terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014, O ANO EM SE DEVE VARRER PORTUGAL... PARA SER UM BOM ANO

 


2014 deve ser o ano de varrer Portugal da escória que o tem traído e que na maior parte dos casos desempenham funções de elevados cargos diretivos, económico-financeiros e políticos. Alguns desses também pertencem à orda de corruptos que infestam o país, a União Europeia, o mundo.
 
2014 deve adquirir o significado de Abril de 1974 e que corresponde à libertação de Portugal e dos portugueses, à reposição da democracia, à abolição das injustiças. à expatriação daqueles que têm roubado o país e descaradamente chamam ao uso de dinheiros fáceis "aplicações", "investimentos", "poupanças". Um sem número de epítetos que se resumem em pouco de palavras: oportunismo, corrupção, roubo.
 
2014 deve ser o ano em que os portugueses, assim como os europeus (principalmente do sul da Europa) devem dizer BASTA! e agir de acordo com a palavra... Para que se acabe de vez com os abusos dos eurocratas neofascistas ou neoliberais (como queiram).
 
Melhor ano novo só será possível com esta receita ou outra do género.
 
Vamos varrer Portugal desta súcia de malfeitores que tomaram os poderes mentindo para serem eleitos.
 

Portugal: A SAÚDE PÚBLICA JÁ ACABOU

 

Pedro d'Anunciação – Sol, opinião
 
Ontem, a notícia era que o Ministério da Saúde vai penalizar financeiramente os hospitais que receitarem mais medicamentos no próximo ano. Pelo contrário, dará incentivos financeiros, caso essa despesa fique abaixo da média nacional. O que acontecerá portanto aos doentes que precisem de medicamentos, ainda por cima se forem caros? Já tivemos uma amostra quando um Hospital público do Norte se recusou a fornecer um medicamento caro, mas imprescindível para a sua sobrevivência, a um doente com artrite reumatóide. E temos visto o que sucede nos hospitais públicos aos doentes oncológicos que necessitam de medicamentos novos também mais caros.
 
Hoje, é que os hospitais públicos vão ter de reduzir o défice pelo menos para metade durante o próximo ano. Ainda por cima, sofrerão cortes nas receitas de 3,5%. Já se percebeu quem vai arcar com os cortes.
 
Portanto, é oficial: a saúde pública, honesta e com alguma eficácia, acabou em Portugal – por decisão do actual Governo. Vamos precisar de um novo pai do Serviço Nacional de Saúde – ou então abandonar-nos-emos à mentalidade dos americanos que não querem pagar impostos para a saúde dos mais fracos, o que vai contra os modelos europeus até agora vigentes.
 
Nos EUA, os impostos ainda vão para os grandes programas próprias de uma potência mundial. Cá acabarão por ficar apenas para as mordomias dos governantes e políticos, que continuam a não mostrar disposição de se sujeitarem à austeridade que impõem ao povo em geral – a começar pelos gabinetes governamentais absurdamente enormes, cheios de pessoal politico bem pago (cuja redução, segundo um estudo recente de um diário não suspeito, daria para solucionar todos os problemas de cortes em fosforação nacional e troikiana), ao arrepio do que se passa noutros países mais ricos ocidentais.
 

Portugal: O GOVERNO DOS TRÊS REIS MAGOS

 

Tomás Vasques – jornal i
 
O discurso do primeiro-ministro está recheado de falsidades. 2014 vai ser um ano cruel e a verdade é que meio milhão de portugueses nunca mais encontrará emprego
 
O que mais sobressaiu do discurso de balanço do ano, feito pelo senhor primeiro-ministro, na noite de Natal, foi o optimismo, um tanto leviano, com laivos de triunfalismo, num ou noutro passo. Não é de estranhar, já que se avizinha um novo ciclo eleitoral, com eleições europeias em Maio do próximo ano e legislativas no ano seguinte. O discurso de Passos Coelho fixou as traves mestras da ficção em que vai assentar o discurso político dos partidos que nos governam: o paraíso está, ali, ao voltar da esquina, ou seja, usando as palavras de Passos Coelho no seu discurso: “O povo sabe que os seus melhores anos ainda estão para vir”.
 
O retrato da situação em que a maioria dos portugueses vive e o negro futuro que lhe está reservado, nas próximas décadas, como resultado deste implacável empobrecimento, foi empurrado para debaixo do tapete, como convém ao logro em que as sociedades democráticas europeias estão a cair. Mas, sobre o que o líder do PSD é capaz de dizer, para ganhar votos, estamos conversados. Como diz o provérbio: à primeira todos caem, à segunda só cai quem quer.
 
Frases do discurso do senhor primeiro-ministro, como por exemplo: “A economia começou a crescer e acima do ritmo da Europa”, “Até ao terceiro trimestre foram criados 120 mil novos postos de trabalho”, “O desemprego jovem tem vindo a descer, mês após mês” ou “Na recuperação do nosso país ninguém pode ficar para trás” são todo um programa falacioso, feito de meias verdades e mentiras, que ocultam e manipulam a dura realidade. A recessão aumentou em relação ao ano passado, o número de empregos criados está muito longe dos anunciados; o flagelo da emigração disfarça o desemprego, e particularmente, o desemprego jovem; quase metade do meio milhão de desempregados de longa duração nunca mais terá emprego, ficando irremediavelmente “para trás”; e a miséria espalha-se por todo lado, atingindo cada vez mais famílias.
 
A “economia mais democrática” que este governo fez questão de nos dar, segundo as palavras do senhor primeiro-ministro, no seu discurso natalício, seguindo religiosamente as indicações dos três reis magos, invertidos, que nos visitam trimestralmente, para nos tirar o incenso, a mirra e o ouro, significa apenas salários mais baixos, mais horas de trabalho por menos dinheiro, menos direitos e protecção para quem trabalha, reformas mais baixas, menor acesso a cuidados de saúde para quem mais precisa, maiores desigualdades sociais. Como consequência, inevitável, deste povo a empobrecer, redimindo-se de ter vivido “acima das suas possibilidades”, as maiores fortunas aumentam, como no tempo em que Ary dos Santos escrevia “SARL, SARL, SARL, a pança do patrão não lhe cabe na pele”. A emigração voltou à hemorragia dos anos 60, quando o ditador de Santa Comba Dão nos pastoreava, sinal mais do que evidente de que pobreza nos assola, como nesses anos do século passado, enquanto os que por cá ficam na miséria que por aí crassa, uma grande parte dela submersa, aproxima-nos de A Comunidade, de Luiz Pacheco: “Somos cinco numa cama. Para a cabeceira, eu a rapariga, o bebé de dias; para os pés, o miúdo e a miúda mais pequena”.
 
2014 vai ser um ano crucial, independentemente da saída ou não da troika. O empobrecimento generalizado e os confrontos que este governo desencadeou, entre novos e velhos, empregados e desempregados, funcionários do Estado e trabalhadores do sector privado, pensionistas da segurança social e da caixa geral de aposentações, virão à tona de água, nas eleições para o parlamento europeu. Os partidos no poder, já em campanha eleitoral, vão afogar os portugueses, usando todos os meios, para fundamentar a velha rábula salazarista de “pobres, mas honrados”, enquanto irão acenando com amanhãs radiosos, do género: “O povo sabe que os seus melhores anos ainda estão para vir”. Mas, como gato escaldado de água fria tem medo, pode muito bem acontecer que Kundera tenha razão: “a luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento”.
 
Apesar das circunstâncias em que vivemos, desejo um bom ano a todos os meus leitores.
 
Jurista - Escreve à segunda-feira
 

Forças Armadas. Militares avisam que querem imitar heróis da revolta militar de 1891

 

Rosa Ramos – jornal i
 
Sargentos defendem que é preciso resgatar Portugal, país "de joelhos perante uma potência estrangeira"
 
No dia 31 de Janeiro de 1891, um grupo de militares protagonizou um levantamento revolucionário no Porto - que falhou, mas ficou para a história como a primeira grande tentativa republicana de derrubar o poder instalado. Mais de 120 anos depois, a Associação Nacional de Sargentos (ANS) diz que o país "está de joelhos perante uma potência estrangeira" e que por isso é "urgente recuperar o exemplo dos heróis" do 31 de Janeiro.
 
Numa nota enviada aos jornalistas, a ANS acusa Cavaco Silva - que optou por não pedir a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado de 2014 - de "dar cobertura à eventual inconstitucionalidade" de algumas medidas e de preferir "dar satisfação às entidades estrangeiras que continuam a exigir a perda da nossa soberania, em detrimento da qualidade das condições de vida dos cidadãos portugueses". A ANS acrescenta, no entanto, que nada está perdido e garante que vai apelar ao Tribunal Constitucional, ao provedor da Justiça e "a todas as entidades e instâncias possíveis" que podem "defender os portugueses".
 
Leia o texto na íntegra no ionline e na edição em papel
 

CÉLULA DA NSA E DA CIA OPERA EM PORTUGAL

 

Luisa Meireles - Expresso
 
As agências de espionagem norte-americanas têm 80 escritórios espalhados pelo mundo, 19 dos quais na Europa, segundo o ex-espião da NSA, Edward Snowden.

Uma "célula" da Special Collection Service (SCS), uma agência conjunta da NSA e da CIA, estará a operar em Portugal, segundo um documento revelado por Edward Snowden e publicado pelo jornal holandês "NRC".
 
Haverá mais de 80 pontos semelhantes no mundo, 19 dos quais na Europa, assegura Snowden.
 
Leia mais na edição de 28 de dezembro do Expresso
 

EUA: NSA capta dados de cabos submarinos entre Europa e Ásia, diz revista alemã

 


Agência dos EUA obteve dados sobre as maiores redes de comunicação entre os dois continentes
 
Opera Mundi, São Paulo
 
A NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) está envolvida em mais um escândalo de espionagem, dessa vez, monitorando dados captados de cabos submarinos entre os continentes europeu e asiático. A informação foi revelada na edição deste domingo (29/12) da revista semanal alemã Spiegel e republicada pela agência de notícias Deutsche Welle.
 
O sistema de cabos – na maior parte, submarinos – que liga as comunicações entre os dois continentes, tem 18 mil quilômetros de extensão. Completado em dezembro de 2005, ele se tornou o principal meio de conexão para internet e telefonia entre a Ásia e a Europa.

Segundo a revista, a NSA teria conseguido, por meio de uma unidade chamada TAO (Departamento de Operações Customizadas, em português), penetrar no site do consórcio que opera a rede e obter informações sobre o gerenciamento do sistema e sua infraestrutura técnica.

O sistema, chamado de SEA-ME-WE-4, vai da cidade portuária de Marselha, na França, atravessa o mar Mediterrâneo até o norte da África, passa pelo Golfo Pérsico até chegar ao subcontinente indiano e ao sudeste asiático. Ao longo do percurso existem 17 pontos de conexão onde os dados associados a cada região são conectados com o continente e a informação é ao mesmo tempo transmitida e recebida das redes locais.
 
 

UE: Conservadores alemães propõem regras rígidas contra imigrantes pobres

 


A CSU, partido que compõe a coalizão de governo de Merkel, afirma que imigrantes de países europeus pobres são atraídos por benefícios sociais alemães. Críticos acusam social-cristãos de fomentar ressentimentos.
 
A União Social Cristã (CSU), partido conservador da Baviera aliado à União Democrata Cristã (CDU) e que faz parte da coalizão de governo da chanceler federal Angela Merkel, quer criar dificuldades para a entrada na Alemanha de imigrantes de baixa renda vindos de países europeus mais pobres.
 
Entre as medidas que deverão ser discutidas durante encontro do partido, marcado para os dias 7 a 9 de janeiro, estão a completa suspensão dos benefícios sociais para imigrantes durante os três primeiros meses na Alemanha e punições mais rígidas contra quem fraudar o sistema, incluindo deportação e proibição de nova entrada no país. "Quem fraudar, cai fora", afirma um slogan do partido.
 
Pano de fundo da proposta é o livre fluxo, dentro da União Europeia, de trabalhadores vindos da Bulgária e da Romênia, válido a partir desta quarta-feira, 1º de janeiro. A CSU argumenta que o ingresso de imigrantes pobres vai sobrecarregar o sistema social alemão.
 
O Instituto de Pesquisa sobre Mercado de Trabalho e Emprego (IAB) prevê que, só no próximo ano, a Alemanha poderá receber entre 100 mil e 180 mil pessoas oriundas da Bulgária e da Romênia – onde se pagam os menores salários da UE, em média. Atualmente, há cerca de 370 mil cidadãos dos dois países em território alemão. Muitos deles são das etnias sinti e rom.
 
"Imigrantes da pobreza"
 
Os pesquisadores do instituto, no entanto, ressaltam no estudo que os números sobre emprego e pagamento de benefícios dos imigrantes da Bulgária e da Romênia não sustentam a tese de que estes seriam "imigrantes da pobreza". A taxa de ocupação dos imigrantes de países da UE é superior à dos alemães, afirmam.
 
As medidas sugeridas pela CSU seguem regras que já existem dentro da UE. Elas estabelecem que o país que recebe os imigrantes não é obrigado a garantir-lhes benefícios sociais nos primeiros três meses de residência. Também por receio de uma onda de imigração, o governo do Reino Unido estabeleceu leis restringindo direitos de imigrantes desempregados no país.
 
"Os contínuos abusos do livre fluxo na Europa pela imigração da pobreza ameaçam não apenas a aceitação desse livre fluxo por parte dos cidadãos, mas também leva municípios ao limite de suas capacidades financeiras", afirma a proposta da CSU. Por isso, o partido pretende "reduzir falsos estímulos à imigração".
 
Críticas à proposta
 
A proposta despertou críticas de várias outras legendas no país, inclusive de parceiros da coalizão. A secretária de Estado para Migração, Refugiados e Integração e vice-presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Aydan Özoguz, alertou a CSU para não usar o encontro partidário para acirrar os ânimos na sociedade contra os mais pobres "por meio de falsas generalizações".
 
A primeira mulher de origem turca e muçulmana a assumir um cargo no gabinete de governo alemão pediu ainda que a CSU siga os preceitos estabelecidos no acordo de coalizão firmado entre o SPD e a CDU/CSU.
 
Já o Partido Verde e A Esquerda, de oposição, acusaram os social-cristãos de fomentar ressentimentos. "A CSU não deveria intoxicar o clima político interno", afirmou o deputado Volker Beck, do Partido Verde. A líder da bancada dos social-cristãos no Parlamento, Gerda Hasselfeldt, garante, porém, que o partido é favorável ao livre fluxo de trabalhadores na UE, mas rejeita uma imigração cujo único propósito seja o recebimento de benefícios sociais.
 
Deutsche Welle - MSB/dpa/epd/afp – Edição: Alexandre Schossler
 

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