terça-feira, 9 de agosto de 2011

Timor-Leste: REFORMA NO ENSINO BÁSICO PRETENDE ABOLIR LÍNGUA PORTUGUESA





«Combate à iliteracia»

Díli – O Conselho de Ministros timorense está a preparar o diploma legal, com vista a eliminar a Língua Portuguesa do sistema de ensino básico em Timor-Leste. A medida não é consensual dentro do Executivo de Xanana Gusmão.

A manutenção do português como língua oficial do país volta a ser questionada no seio da sociedade timorense, numa altura em que se começam a vislumbrar as bandeiras dos partidos políticos tendo em vista as eleições de 2012. Uma fonte próxima do Governo garante que a reforma no ensino básico tem vindo a provocar desentendimentos políticos que poderão ameaçar a coligação que sustenta a Aliança da Maioria Parlamentar (AMP).

Xanana Gusmão e Kirsty Gusmão, Embaixadora da Boa Vontade para a Educação e esposa do Primeiro-Ministro, têm sido os principais promotores da ideia que poderá estar no centro do debate político das próximas eleições.

A estratégia que conta com o apoio do Instituto Nacional de Linguística e do Conselho Nacional de Educação, poderá relançar a questão linguística no centro do debate e ameaçar a própria maioria que suporta o actual Governo.

O combate à iliteracia constitui o forte argumento apontado para a reforma que Xanana Gusmão pretende avançar. No entanto, tal estratégia para a educação é apontada por «muitas vozes» como potenciadora da fragmentação linguística de Timor-Leste e como uma cedência ao lobby anglo-saxónico.

Ironicamente, a AMP, que defendeu a utilização do Português junto da ONU e da União Europeia e que votou favoravelmente à utilização da língua de Camões pelo menos uma vez por mês no Parlamento de Timor-Leste, será a responsável por tal medida que inevitavelmente afasta os jovens de uma das línguas oficiais do país.

Esta medida pode pôr em causa o envio de mais de uma centena de professores de português, que nos últimos anos têm vindo a assegurar o ensino da língua aos professores timorenses do primeiro ciclo. Esta vertente da cooperação tem absorvido grande parte do esforço orçamental que Portugal reserva para Timor-Leste, principal destinatário da cooperação portuguesa no seio da CPLP.

O Governo da oitava nação a adoptar o Português como língua oficial, pode assim abrir caminho para que as gerações mais jovens, que falam principalmente Tétum e Indonésio, deixem de se expressar em Português.

(c) PNN Portuguese News Network

Governo de Pernambuco deixa presídio ser comandado por reclusos de grupos de extermínio




ÁFRICA 21, com Agência Brasil

“Os chaveiros representam a deformidade administrativa do sistema prisional no estado de Pernambuco e fomentam a violência no espaço prisional com autorização do estado”.

Brasília – Um grupo de presidiários, conhecido como “milícia dos chaveiros”, administra os pavilhões do Presídio Aníbal Bruno, em Pernambuco, segundo denúncias de organizações de defesa dos direitos humanos encaminhadas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e Organização dos Estados Americanos (OEA) em junho. Os chamados chaveiros são presos que desempenham função de agentes de segurança e recebem autorização para supervisionar e controlar pavilhões inteiros.

“Os chaveiros representam a deformidade administrativa do sistema prisional no estado de Pernambuco e fomentam a violência no espaço prisional com autorização do estado”, diz o documento encaminhado à OEA ao qual a Agência Brasil teve acesso.

De acordo com as organizações de defesa dos direitos humanos, os chaveiros determinam quem pode ou não negociar drogas. Além disso, eles aplicam castigos e decidem quem deve ser encaminhado para os setores de atendimento médico, jurídico e psicossocial. Segundo a petição, os chaveiros são presos acusados de pertencerem a grupos de extermínios.

O documento encaminhado à OEA é assinado por organizações de direitos humanos – Pastoral Carcerária, Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (Sempri), Justiça Global e Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard – e denuncia também as numerosas mortes violentas, torturas, agressões e ameaças sofridas por detentos em Pernambuco. “O Presídio Aníbal Bruno funciona na base da violência”, afirmam as organizações.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o governo de Pernambuco e aguarda uma resposta da Secretaria de Defesa Social.

Atualmente, 4,8 mil homens vivem em um espaço designado para cerca de 1,4 mil. Essa realidade, embora seja comum em muitas penitenciárias brasileiras, chama a atenção, no caso de Pernambuco, pelos altos índices de morte de presos. De acordo com o documento, desde janeiro de 2008, pelo menos 94 presos do Aníbal Bruno morreram, sendo que 52 dessas mortes ocorreram de forma violenta.

“As mortes violentas, somadas à prática sistemática de tortura e à negligência médica relativa a graves problemas de saúde, evidenciam uma situação de extrema gravidade e urgência em razão dos danos irreparáveis sofridos pelas pessoas no Presídio Aníbal Bruno”, diz o documento.

Em setembro de 2010, integrantes das organizações estiveram reunidos com representantes da Vara de Execução Penal de Recife para apresentar as denúncias de homicídios, torturas e graves problemas de saúde no presídio. Em janeiro de 2011, uma carta foi encaminhada às mesmas autoridades solicitando providências relativas aos presos com graves problemas de saúde e às queixas sobre a falta de assistência jurídica. Porém, o estado não se manifestou em relação às denúncias.

A prática de tortura é comum, segundo relatos de presos ouvidos por integrantes dessas organizações. Existem denúncias do uso de balas de borracha e spray de pimenta sem regulamentação oficial durante as agressões. “Agentes penitenciários fazem uso destas armas sem nenhuma restrição porque consideram como um método de tortura autorizado pelo estado”, diz o documento.

Além da violência, a situação de saúde dos presos no Presídio Aníbal Bruno é “deplorável”, segundo as organizações. Presos com ferimentos graves ou que foram diagnosticados com tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo, são mantidos em um pavilhão separado. No entanto, eles não recebem tratamento médico adequado. “Medicação é fornecida tão-somente aos presos com tuberculose. Presos com ferimentos visíveis e doenças graves passam meses no pavilhão sem receber qualquer tratamento. O risco de infecção entre os presos é, sem dúvida, extremamente alto”, aponta a petição.

Na caçada aos corruptos, PF cumpre 38 mandados de prisão no Ministério do Turismo




CORREIO DO BRASIL, com ABr - de Brasília

A Polícia Federal informou o cumprimento, na manhã desta terça-feira, de 38 mandados de prisão no Ministério do Turismo: 19 de prisão preventiva e 19 de prisão temporária. De acordo com a assessoria da PF, o alvo da operação são servidores do ministério acusados de corrupção e tráfico de influência.

A Polícia Federal ficou de apresentar mais detalhes sobre a operação ao longo dos próximos dias e prefere não revelar integralmente os próximos passos para não colocar em risco as investigações em curso. A assessoria do Ministério do Turismo disse não ter conhecimento sobre os motivos que levaram à operação nem informações de quem são os servidores.

Entre os presos está o secretário-executivo do ministério, Frederico Costa, e o ex-secretário-executivo da pasta, Mário Moyses. A Operação Voucher investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá. Costa foi nomeado em janeiro pelo ministro Pedro Novais (PMDB) e Moysés dirigiu a Embratur até o mês passado. Moyses é ligado ao PT e assessorou a ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy, enquanto Colbert teria sido indicado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima.

A PF mobilizou cerca de 200 agentes, divididos em São Paulo, Brasília e Macapá, no cumprimento dos 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão.

NO CHILE, ESTUDANTES PREPARAM PARALIZAÇÃO NACIONAL




CORREIO DO BRASIL, com ANP - de São Paulo

Após a forte repressão policial às manifestações estudantis que ocorreram na última semana, os estudantes chilenos estão preparando uma paralisação nacional, que irá contar com a adesão de outros segmentos sociais. A estimativa é de que pelo menos 100 mil pessoas saiam às ruas de Santiago no final da tarde desta terça-feira.

Para falar sobre a mobilização, a estudante de psicologia da Universidade do Chile e integrante da Corrente estudantil Práxis, Valentina Olivares, concedeu entrevista à jornalista Luciana Silvestre Girelli para a Radioagência NP, que passamos a reproduzir em seguida.

– Quais os objetivos da paralisação?

– Haverá uma jornada nacional de protestos pela educação, na qual não somente estudantes, mas professores, trabalhadores da educação em geral, funcionários públicos e os trabalhadores da construção civil estarão em marcha contra as forcas de repressão policial e contra o governo. Também convocamos uma paralisação produtiva de todos os trabalhadores do Chile, em 17 de agosto, para apoiar a luta dos estudantes. Haverá também uma paralisação nacional convocada pela CUT para os dias 24 e 25 deste mês.

– Qual tem sido a resposta do governo às reivindicações estudantis?

– Há muita repressão policial e perseguição política nas ruas e nas escolas aos dirigentes de base. Também há uma tentativa de invibiazibilizar o que acontece nas regiões pelo bloqueio midiático. A resposta concreta exigida pelos estudantes na Confederação de Estudantes do Chile deveria ser dada na última quarta-feira, mas o governo continuou com a posição de levar a resolução da questão para o parlamento, onde a população não tem influência nenhuma. As propostas feitas pelo governo para serem levadas ao parlamento apenas aprofundam a contra reforma neoliberal da educação.

– Quais as principais reivindicações dos estudantes?

– Educação gratuita e de qualidade em todos os níveis. No caso da educação secundaria, exigimos que os colégios voltem a ser mantidos pelo Estado, ou seja, queremos a desmunicipalizacao. Na educação superior queremos o aumento do financiamento público para as universidades, porque menos de 10% de recursos aplicados em educação superior são de origem pública.

– Quais as perspectivas para o movimento?

– A perspectiva de luta é convocar todos os setores populares para as manifestações. Na semana passada, famílias saíram às ruas para defender a luta pela educação. Foram feitos protestos e barricadas. O fato demonstrou um apoio popular muito forte. A mobilização não vai diminuir até que alcancemos nossas demandas.

DISTÚRBIOS EM LONDRES: POR QUE AQUI E POR QUE AGORA?




TARIQ ALI*, Londres – OPERA MUNDI

Por que será que sempre as mesmas áreas explodem antes, independente do motivo? Puro acidente? Talvez tenha algo a ver com raça, classe social, pobreza institucionalizada ou o simples e cruel dia-a-dia? A coalizão de políticos (incluindo os novos Trabalhistas, que são capazes de formar um governo de unidade nacional caso a recessão continue), com suas ideologias petrificadas, não podem dizer isso, porque os três partidos são responsáveis pela crise. Eles criaram a bagunça.

Eles privilegiam os mais ricos. Eles deixaram claro que juízes e magistrados devem dar o exemplo aplicando sentenças punitivas contra manifestantes encontrados com armas de brinquedo. Eles não questionam seriamente porque nenhum policial foi julgado pelas mais de mil mortes sob custódia desde os anos 1990. Não importa o partido, ou a cor da pele do primeiro-ministro, eles dizem os mesmos clichês. Sim, sabemos que a violência nas ruas de Londres é ruim. Sim, sabemos que saquear lojas é errado. Mas porque isso está acontecendo agora? Por que isso não aconteceu ano passado? Porque descontentamentos crescem com o tempo, porque quando o sistema deseja a morte de um jovem negro oriundo de uma comunidade carente, ele deseja, simultaneamente, se não inconscientemente, uma resposta.

E pode piorar se os políticos e a elite econômica, com o apoio da televisão estatal e das emissores de Murdoch, falharem em lidar com a economia e punirem os pobres e menos favorecidos pelas políticas de governo que eles vêm promovendo pelas últimas três décadas. Desunamisar o "inimigo", em casa e no exterior, criando medo e prisões sem julgamentos, não funciona para sempre.

Se existisse uma oposição séria no país, ela estaria argumentando a favor do desmonte do andaime instável do sistema neo-liberal antes que ele se desintegre e prejudique ainda mais pessoas. Ao redor da Europa, as características exclusivas que distinguiam centro-esquerda de centro direita, conservadores de social-democratas, desapareceram. A mesmice da política oficial priva os segmentos menos privilegiados do eleitorado, ou seja, a maioria.

A juventude negra desempregada ou semi-empregada em Tottenham e Hackney, Enfield e Brixton, sabe bem que o sistema está contra ela. O blá blá blá dos políticos não tem qualquer impacto nessas pessoas, ainda menos nas que estão provocando incêndios nas ruas. O fogo será extinguido. Haverá algum inquérito patético ou outros para avaliar porque Mark Duggan foi morto a tiros, desculpas serão ditas, flores da polícia serão depositadas no funeral. Os manifestantes presos serão punidos e todos darão um suspiro de alívio e seguirão em frente. Até que aconteça de novo. 

*Tariq Ali é um escritor e ativista paquistanês e escreve periodicamente para o jornal britânico The Guardian e para a revista New Left Review. Artigo originalmente publicado no LRB blog.



MAIS DE 650 PESSOAS DETIDAS EM LONDRES E BIRMINGHAM - polícia




BRUNO J. A. MANTEIGAS - LUSA

Londres, 09 ago (Lusa) - Mais de 650 pessoas foram detidas em Londres e Birmingham, no centro de Inglaterra, após os violentos motins dos últimos dias, anunciou hoje a polícia britânica.

De acordo com o último balanço da Scotland Yard, 525 pessoas foram interpeladas na capital britânica, onde as esquadras já não têm capacidade para o elevado número de detidos após três noites consecutivas de violência.

Em Birmingham, segunda maior cidade do país, onde a violência se registou hoje de madrugada, 138 pessoas foram detidas. A polícia sublinhou que alguns dos detidos eram «espantosamente jovens» e pediu às famílias que garantam que os adolescentes fiquem em casa esta noite.

*Foto em Lusa

MOTINS EM LONDRES FIZERAM A PRIMEIRA VÍTIMA MORTAL





Um homem de 26 anos, baleado num automóvel durante os tumultos de segunda-feira à noite em Londres, não resistiu aos ferimentos e morreu. É a primeira vítima mortal da vaga de violência registada na capital britânica. O primeiro-ministro anunciou uma reunião extraordinária do Parlamento. A polícia de Londres efectuou mais 200 detenções e fala na "pior noite" de sempre.

O homem, que não foi identificado, foi encontrado na segunda-feira, às 21.15 horas, dentro de um automóvel no bairro de Croydon (no Sul de Londres), onde vários edifícios foram incendiados durante os tumultos, precisou a polícia, em comunicado.

A vítima "foi hospitalizada em estado grave", referiu a mesma nota. Dois jovens, que se encontravam no local na posse de objectos roubados, foram detidos, acrescentou a polícia.

Cameron anuncia reunião extraordinária

O Parlamento britânico vai interromper as férias e reunir extraordinariamente na quinta-feira, afirmou o primeiro-ministro britânico em Downing Street. A decisão foi tomada após uma reunião de emergência do comité Cobra, que lida com emergências civis, chefiada por David Cameron, que antecipou o regresso de férias em Itália.

Após três noites de motins em Londres, que entretanto alastraram a outras cidades como Birmingham, Liverpool, Manchester e Bristol, esta é considerada a mais grave onda de violência no Reino Unido desde a década de 1980. "As pessoas não devem duvidar de que faremos tudo para repor a ordem nas ruas", garantiu, qualificando de "doentias" as cenas de violência e pilhagem registadas.

David Cameron admitiu ser necessária "mais polícia" e uma acção "mais robusta", pelo que o número de agentes será reforçado para que estejam presentes 16 mil polícias nas ruas, esta terça-feira à noite. Disse ainda que as folgas e férias das forças de segurança serão suspensas e os procedimentos nos tribunais acelerados.

A "pior noite" de sempre

As autoridades já condenaram os "níveis inaceitáveis de pilhagem, incêndios e desordem" registados em várias zonas de Londres. Na noite passada, realizou-se a "maior operação policial das três noites" de motins, com mais 2500 agentes a juntarem-se aos 3500 já nas ruas, referiu a polícia de Londres.

Foram feitas mais de 200 detenções, fazendo ultrapassar o número de pessoas detidas para mais de 450 no conjunto das três noites. O resultado é que "todas as celas da Polícia Metropolitana de Londres (Scotland Yard) estão cheias e os detidos estão a ser levados para (instalações de) forças nos arredores", acrescentou a polícia londrina.

Na noite passada, 58 pessoas ficaram feridas, entre as quais 44 polícias e 14 civis.

Também os bombeiros descreveram a madrugada de terça-feira como "a mais movimentada" dos últimos anos, tendo recebido 2169 telefonemas, 15 vezes mais do que o normal.

Angola - Huíla: Ministro quer responsabilidade no atendimento dos antigos combatentes




ANGOLA PRESS

Lubango - O ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Kundi Paihama, chamou, segunda-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, a atenção dos funcionários do seu ministério para maior responsabilidade e dinamismo no tratamento das questões que têm a ver com os pensionistas.
 
Falando num encontro com os responsáveis das Associações de Antigos Combate na província da Huíla, o ministro disse ser necessário que os quadros do seu pelouro tenham consciência e maturidade no atendimento aos assistidos.
 
Kundi Paihama afirmou que o sector deve ser dinamizado e moralizado e, para que este desiderato seja cumprido, urge a necessidade de haver mudanças no comportamento dos funcionários do topo à base.
 
"Estou sem saber porque é que continua a se registar atrasos no pagamento das pensões dos antigos combatentes a nível da província. Vamos averiguar esta situação que tem  preocupado o Executivo e as famílias dos ex-militares", ressaltou.
 
Segundo o governante, tem havido muita burocracia no atendimento aos pensionistas, pois os ministérios dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e das Finanças estabeleceram um acordo para que haja celeridade no processo de pagamento das pensões.
 
"Estive na província do Cunene e encontrei respostas positivas, pois a liquidação das pensões está em dia, mas nas restantes províncias o processo continua moroso e sem qualquer explicação", sublinhou.
 
Na província da Huíla, a Direcção dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria controla cinco mil e 742 pensionistas, entre viúvas e filhos.

Kundi Paihama, que iniciou uma visita de trabalho de dois dias a província da Huíla, onde manteve um encontro com o governador provincial, Isaac dos Anjos, visitou as instalações da Direcção dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria e o local onde será edificado as instalações da associação dos ex-militares.
 
Na terça-feira, o titular da pasta dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria vai manter um encontro com os antigos combatentes, deficientes de guerra, viúvas, órfãos e ascendentes.

Cabo Verde - Eleições: Votação "livre e justa" mas com "pressão" e "compra de voto"




ANGOLA PRESS

Cidade da Praia - As missões de observação africanas às eleições presidenciais de domingo em Cabo Verde consideraram segunda-feira a votação "livre, justa e transparente", mas denunciaram pressões sobre eleitores e "compra de votos".  

Numa conferência de imprensa conjunta, as missões da União Africana (UA, 16 observadores) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO, 82) recomendam, por outro lado, a realização de eleições "em datas mais favoráveis" para garantir uma maior disponibilidade dos eleitores. 

As missões de observação da UA e da CEDEAO realçaram os atrasos na abertura de urnas, a fraca mobilização do eleitorado e de incidentes e agressões, tentativas de intimidação e de obstrução à votação de alguns eleitores, e "algumas tentativas de compra de voto" na Cidade da Praia e São Vicente. 

"Essas diferentes falhas requerem que se dê uma atenção particular a fim de se aprender com as lições que se impõem", lê-se no relatório final da missão da CEDEAO, corroborada pela UA, que falam ainda de "manipulação de consciências". 

No relatório, a UA pede "maior rigor" no cumprimento da lei no período entre o encerramento da campanha e o dia da votação. 

Ambas afirmam, porém, que as irregularidades não põem em causa a essência da votação, considerando que as eleições foram "credíveis, livres, justas e transparentes". 

Os resultados finais provisórios das presidenciais cabo-verdianas de domingo ainda não são conhecidos, mas está já confirmada a necessidade de se realizar uma segunda volta. 

O segundo turno oporá, a 21 deste mês, Jorge Carlos Fonseca, vencedor oficioso da primeira volta, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição), a Manuel Inocêncio Sousa, sustentado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder). 

Guiné-Bissau: PRESIDENTE REJEITA CRISE POLÍTICA E APELA À MODERAÇÃO





Bissau - O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, rejeitou hoje (terça-feira) a existência de crise política no país que "ponha em causa o normal funcionamento das instituições" da República, mas apelou às forças políticas a prosseguirem na via do diálogo e da ponderação. 

A posição de Bacai Sanhá foi transmitida ao país pelo seu porta-voz, Agnelo Regalla, numa declaração lida na Presidência da República. 

"Após longo processo de auscultações, o Presidente da Republica constatou haver discordâncias, aliás normais em democracia entre os partidos da oposição e no poder (...), tendo no entanto, concluído que não existem elementos bastantes que indiciem grave crise política e social, que ponha em causa o normal funcionamento das instituições da Republica", diz o comunicado lido por Agnelo Regalla. 

Bacai Sanhá lembrou que a sua posição se baseou nas consultas com os partidos, Governo, organizações da sociedade civil e parceiros do desenvolvimento do país representados pelo corpo diplomático acreditado em Bissau. 

Contudo, o chefe de Estado apelou às forças políticas do país "ao diálogo permanente, à ponderação e moderação nos seus actos, para que seja preservado o ainda frágil clima de estabilidade política e paz social que o país vive".

"O Presidente da República reafirma a sua determinação no combate à impunidade, à corrupção e na garantia da realização da justiça, no quadro das competências que lhe confere a constituição da República, mas sempre no respeito do consagrado princípio de separação de poderes", diz ainda o comunicado de Malam Bacai Sanhá. 

O Presidente lembrou que, "a necessidade de conferir maior celeridade aos processos de investigação" dos assassínios de dirigentes políticos ocorridos em 2009, cavalo de batalha da oposição, "levaram à nomeação de um novo Procurador-Geral da Republica". 

Malam Bacai Sanhá pediu ainda ao povo da Guiné-Bissau que se una e que respeite os valores da tolerância e da solidariedade. 

O Presidente salientou também ser um direito constitucional que assiste aos partidos quando estes se manifestam contra situações que não lhes agradarem.

Bissau: ONG recomenda encerramento do hospital Simão Mendes" por falta de higiene"




MB - LUSA

Bissau, 09 ago (Lusa) -- A organização não governamental espanhola, Povos Em Marcha, defende o encerramento imediato do maior hospital da Guiné-Bissau, o Simão Mendes, "por falta de condições de higiene" para o atendimento dos pacientes.

A denúncia é de Francisco Javier Fernandes, secretário-geral da ONG Espanhola, Povos em Marcha, envolvido numa polémica com o diretor do hospital de referência da Guiné-Bissau, Agostinho Semedo.

"Não se pode trabalhar aí. Isto não pode manter aberto como um hospital", declarou Francisco Javier, referindo-se às "péssimas condições de higiene" que, diz, o hospital apresenta.

"É um hospital que deve ser encerrado porque este hospital não reúne nenhum tipo de condição de higiene, nenhuma condição de assistência sanitária, devia ser encerrado", observou o responsável da ONG espanhola que trabalha na Guiné-Bissau desde 2003.

"Com os danos e erros que esse hospital causa às pessoas, este país não teria dinheiro para pagar as indemnizações que seriam pagas se fosse caso para isso", notou ainda Francisco Javier.

Em resposta, o diretor do Simão Mendes, Agostinho Semedo, diz que "a ira desse senhor" contra o hospital e a sua direção prende-se com o facto ter sido solicitado a apresentar documentos que provem que ele é médico.

"Não podemos aceitar que alguém venha para aqui e se aproveita das nossas carências para fazer gato-sapato de nós só porque tem equipamentos e diz logo que pode tratar os nossos pacientes sem que tenha os conhecimentos na área da medicina", afirmou Agostinho Semedo.

"Conheci o senhor Francisco Javier como angariador de equipamentos na Europa para oferecer aos diferentes países do mundo. Não sabia que ele era médico, até já nos ofereceu equipamentos. Tanto ele como os outros elementos da sua equipa nunca provaram, com certificado ou diploma, que na realidade não médicos", acrescentou o diretor do Simão Mendes.

Por seu lado e sem confirmar se possui habilitações na área da medicina, Francisco Javier diz que, por estar a trabalhar no Simão Mendes desde 2003, não precisa de provar nada através de documentos.

Na realidade o hospital apresenta carências visíveis. Mas, o diretor afirma que tudo se deve ao facto de a unidade estar a ser alvo de "importantes obras", com a construção de novos pavilhões e encerramento de alguns.

Com fundos do Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD), o hospital tem vindo a ser remodelado, por dentro, e se tudo correr como previsto terá novos pavilhões e salas de atendimento em 2012.

Alguns serviços, como a maternidade e a pediatria apresentam sinais de sobrelotação. Vêem-se crianças e acompanhadas das suas mães nos corredores dos dois serviços.

Há um cheiro fétido percetível nos corredores sobretudo quando se aproxima das casas de banho da maternidade ou da pediatria. O diretor do hospital não esconde a realidade e admite as dificuldades.

"Não podemos escamotear a realidade dos factos. Admitimos sempre. Temos aqui imensas dificuldades em termos de alimentação para os doentes. Não temos material de higiene, não é segredo para ninguém", afirma Agostinho Semedo.

"Mas esse senhor sempre soube dessas dificuldades, nunca disse nada, até chegou a comparar o nosso hospital com um hospital dos Estados Unidos. Agora, como foram acossados, por causa da documentação, saiu-se com essa de falta de condições e que o hospital devia ser encerrado", observou o diretor do Simão Mendes.

*Foto em Lusa

Ana Gomes defende que regulação governamental é saída para crise financeira




RTP, ANTENA 1, c/ áudio

No Conselho Superior da Antena1 desta manhã, Ana Gomes afirma que em Timor-Leste e na Indonésia tem verificado que há uma grande apreensão e preocupação com as quedas nas bolsas de valores mundiais.

À crise soberana na Europa, juntaram-se agora as incertezas em relação à economia norte-americana, o que faz com que muitas pessoas acorram aos mercados para retirar o dinheiro que tinham investido em euros e em dólares.

Ana Gomes acredita que esta crise vai durar enquanto os líderes europeus e norte-americanos não retirarem as devidas consequências da crise de 2008. A eurodeputada socialista defende que a regulação governamental e o lançamento dos ‘eurobonds’ seriam a saída para a crise atual. O emprego deve estar também no centro das preocupações dos dirigentes.

OUVIR DECLARAÇÕES DE ANA GOMES – saída de Timor-Leste e chegada à Indonésia (9-9) a caminho de Lisboa.

ZENILDA GUSMÃO CASOU – UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ




ANTÓNIO VERÍSSIMO

O tema é irresistível e a abordagem impõem-se: Zenilda Gusmão casou. Não fosse o caso de ser filha de Xanana Gusmão, atual PM de Timor-Leste, e seria somente mais um casal de pombinhos que dera o nó. Mas assim não é defacto. A filha de Gusmão, certamente por via de ser filha de quem é, tem dado pelas barbas ao povo timorense, como é de algum modo público e como por lá se diz e é notório.

“Era uma rapariga simples que vivia sempre com algumas dificuldades financeiras, apesar de um pouco melhor que a maioria dos timorenses, e agora, desde que o pai é PM, enriqueceu num ápice – pelo menos dá mostras disso nas exibições públicas.” Comenta a quem é feita a pergunta sobre Zenilda Gusmão e aquilo que dela dizem os timorenses.

Mas é assim tão evidente que esta personagem que ainda há uns poucos de anos era quase uma desconhecida, merece agora que falem dela e sobre o seu enriquecimento “relâmpago”? O que estará na base de tudo isto?

Dizem portugueses cooperantes ao serviço da ONU em Díli, e que conheceram “a miúda do Xanana”, que ela era uma “tesa” e até uma “crava”, que andava sempre na “pendura”, porque não tinha dinheiro para restaurantes, para discotecas, para se divertir. “Era quase como uma “mascote” para nós. Havia sempre alguém que lhe pagava o que consumia”, afirmam ao recordar os anos de 2002 e até cerca de 2007. E não é só um ou dois cooperantes que estiveram em Timor-Leste que o afirmam. “A miúda era simpática, simples, mas era uma “tesa”, não tinha nada.” É o consenso descritivo dos inquiridos.

Sendo assim, com toda a legitimidade, pergunta-se: Como é possível Zenilda Gusmão ter uma vida de fausto a partir do momento em que o pai Gusmão ascende a PM? Como enriqueceu Zenilda Gusmão? Enriqueceu por obra e graça do Espírito Santo? É realmente rica como dizem e ela demonstra?

O NEGÓCIO DO ARROZ “MAL COZINHADO”

Timorenses melhor informados também recordam que Zenilda Gusmão começou a “ter posses depois de Xanana Gusmão passar a exercer o cargo de primeiro-ministro. Principalmente a partir do momento em que o pai cometeu a irregularidade mais que conhecida de a introduzir no negócio do arroz.” Referem-se concretamente a “negócios de empresas criadas a propósito para comercializarem arroz que o Estado Timorense adquiria posteriormente para regular e dar acesso do alimento à população, algo do género. Ora Zenilda surge como sócia de uma empresa por formas que redundam ilegais – uma vez que o pai, na qualidade de PM, não podia legalmente entregar o negócio àquela empresa devido ao facto de ter lá uma familiar na estrutura principal.” Saliente-se que esses “negócios do arroz” já eram apontados como “falcatruas” apadrinhadas pelo PM Gusmão antes de serem despoletadas as acusações (comprovadas) de conluio com a empresa de Zenilda. Na época já haviam “nebulosos propósitos” e procedimentos em que amigos do PM Gusmão “eram beneficiados, uns até criaram uma empresa chamada Três Amigos, que praticamente, durante algum tempo, tiveram o monopólio da comercialização do arroz que depois o governo lhes comprava. A ponto de Xanana Gusmão sentir necessidade de ir desmentir à TVTL que estivesse a fazer “falcatruas” com esses negócios de arroz "mal cozinhado".

A “JUSTIÇA” TIMORENSE

Como sempre acontece em Timor-Leste, a justiça, o Poder Judicial, nunca atua nestes casos. Quando atua tudo cai no esquecimento dos inquéritos ou afirma descaradamente que nada de irregular detetou. Saliente-se a subserviência do Poder Judicial ao poder de Xanana Gusmão, de Ramos Horta, de empresários próximos daqueles - os tais que antes “quase nada tinham de seu”. Ainda hoje está por ser tirado da gaveta as conclusões às ilegalidades cometidas pelos responsáveis da libertação total e rocambolesca de Martenus Bere, referenciado por crimes contra a humanidade pelas Nações Unidas. Ilegalidades em que Xanana Gusmão (PM), Ramos Horta (PR), Lúcia Lobato (Ministra da Justiça), Comando da PNTL e outros estiveram envolvidos. A esse propósito o presidente do Conselho Superior de Magistratura Judicial e do Tribunal de Recurso de Timor-Leste anunciou ter ordenado averiguações ao "caso Bere" e, "a verificar-se que houve libertação ilegal, desencadeará a acção penal e disciplinar correspondente". Esse tal presidente da “justiça-mor”, Cláudio Ximenes, assim declarou nos primeiros dias de Setembro de 2009. As conclusões a que chegou, a que o órgão máximo da “justiça” timorense chegou estão por conhecer. Aqui ficou a prova, se dúvidas existissem, de que a justiça timorense comporta-se à maneira dos animais amestrados de um circo e nada mais que isso. Julga e condena timorenses de baixo estrato social enquanto oferece a impunidade aos do poder político-governamental e aos seus aliados no empresariado. Isto para não referir práticas denunciadas de crimes de eclesiásticos que a própria PGR tem medo de proceder em conformidade com as determinações da lei.

É por tudo isso que podemos considerar inútil as denuncias de práticas ilegais dos que detém os poderes em Timor-Leste. A corrupção é rainha e senhora naquele país, o conluio é descarado, do nepotismo nem se fala por ser tão doentio. A exibição de riqueza obtida por “mistérios” é prática quotidiana. Atualmente já existe uma elite poderosa que se construiu ao abrigo de Gusmão e de Horta, entre outros. Os sonhos de justiça, democracia, liberdade, estado de direito, etc. foram só isso mesmo: sonhos. A realidade é dolorosa e agora já não existe modo de retornar ao passado e começar de novo, com justiça. País sem justiça, ou com uma “justiça” como aquela que existe em Timor-Leste, não é país realmente democrático. A Democracia é incompatível com a violência, a injustiça, a corrupção, a fome… Tudo isso é aquilo que existe demasiado em Timor-Leste.

O CASAMENTO DA “MIÚDA DO XANANA”

Não esquecendo a razão da prosa, o casamento faustoso de Zenilda Gusmão, será útil recorrer ao Timor Hau Nian Doben, blogue timorense, que anuncia o casório, autoria de Zizi Timor Oan,  e mostra muitas fotografias sobre “o luxo asiático” em que decorreu, vertendo toda a sua indignação por aquilo que considera o casamento da “… PRINCESA DO ARROZ FRAUDULENTO – ZENILDA GUSMÃO”, apesar da miséria em que muitissimos timorenses mal sobrevivem.

Curiosamente, ou talvez não, Zenilda Gusmão passou de “Miúda do Xanana”, termo carinhoso, a vários epítetos demonstrativos do asco que suscita, um deles é “Princesa do Arroz”. Tudo tem que ver com aquilo que os timorenses vêem em Zenilda, uma oportunista e alguém que fica indiferente às realidades do país e aos erros e crimes que são apontados à “nata” da elite timorense de que ela demonstra fazer parte. O casamento de Zenilda, segundo afirmam e é credível pelo demonstrado, valeu um despesa de trezentos mil dólares… Quem ofereceu aquela boda aos “distintos” presentes foi Zenilda? Foi Xanana? Foi o Xá da Pérsia? A "dádiva" é pertença dos timorenses esfomeados? Como sempre, tudo fica pela penumbra. À vista temos a fome e a miséria em Timor-Leste.

Se na verdade os timorenses têm razão (e devem de ter) ao dizerem que enquanto eram esbanjados recursos escandalosamente excessivos na boda por entre os corruptos amigos e familiares do poder, logo ali ao lado e não muito longe, ou no interior montanhoso do país, a miséria perdura e a fome é facto, é ameaça e companheira no quotidiano, quem põe cobro a isto e a outros acontecimentos similares que denunciam capacidades financeiras imensas e que dificilmente terão sido conseguidas honestamente? 

Xanana Gusmão… e Ramos Horta, os ditos “pais da nação”, mostram que nem maus padrastos sabem ser. A fome para os timorenses, a vergonha para eles – ao menos recomendada aqui nesta prosa. Este casamento, a boda, o que o rodeia e antecede, pode ser só mais uma mostra de podridão a que alguns (muitos) da elite timorense se aliaram. Outras mostras já se viram, outras haverá.

Depois desta aceitação e vivência com as injustiças da realidade timorense – implícita no fausto do casamento -  nem fará sentido desejar felicidades aos noivos, o que é lamentável, porque um casamento deveria ser sempre pautado pela transparência, pela dignidade, pela solidariedade, pela honestidade, pela paz e pelo amor. Assim, pelo visto, de certeza que não é o caso.

Zenilda Gusmão casou-se e mostrou os poderes adquiridos… Uma desgraça nunca vem só. O império da família Gusmão será alargado, a exemplo de Eduardo dos Santos ou de Obiang, esse bandido dono da Guiné-Equatiorial.

Timor-Leste – Comissão Nacional de Eleições analisa proposta sobre nova estrutura da ADST





Tribunal ainda não tomou uma decisão

Díli - O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Faustino Cardozo, comunicou que a instituição está ainda a estudar a nova liderança da ADST, sugerida pelo presidente do partido, Francisco Xavier do Amaral, em Julho.

O Presidente da Associação Social-Democrata Timorense (ADST), não incluiu Gil Alves, actual ministro do Turismo, Comércio e Indústria, na nova estrutura partidária.

Gil Alves foi escolhido como secretário-geral da ADST, em 2006, mas os apoiantes de Francisco Xavier do Amaral decidiram eleger João Correia como novo líder do partido, numa assembleia extraordinária em 2008.

«Estamos ainda a analisar a estrutura e a verificar os estatutos», afirmou Faustino Cardozo. O Presidente da Comissão Nacional de Eleições adiantou ainda que a sua instituição enviou um comunicado ao tribunal, com o fim de apelar à análise do pedido efectuado por Francisco Xavier do Amaral, acerca de um mês.

José Camoens, Oficial de Justiça, afirmou que o tribunal está ainda a analisar o documento e ainda não tomou uma decisão.

Apesar das demonstrações contra o Congresso Nacional da ADST realizado este fim de semana, Francisco Xavier do Amaral foi reeleito Presidente do partido, enquanto Gil Alves foi escolhido como Presidente Executivo.

(c) PNN Portuguese News Network

China: Artista dissidente Ai Weiwei denuncia alegadas detenções ilegais e tortura de amigos




SIC NOTÍCIAS - LUSA

Pequim, 09 ago (Lusa) -- O artista plástico dissidente Ai Weiwei, libertado a 23 de junho pelas autoridades chinesas, quebrou o silêncio e denunciou através do Twitter alegadas detenções ilegais e tortura de amigos.

Ai não publicava comentários no Twitter, censurado na China, desde 03 de abril, data da sua detenção, e acordara com as autoridades chinesas após a sua libertação, a 22 de junho, que não abandonaria Pequim nem divulgaria opiniões através da Internet.

O artista denunciou no Twitter detenções que considera ilegais de amigos como o desenhista Liu Zhenggang, o jornalista Wen Tao e o seu primo e motorista Zhang Jinsong, que, aponta, lhes causaram "grandes danos mentais e físicos devido à tortura".

Inglaterra: RASTILHO DE VIOLÊNCIA ALASTROU A OUTRAS CIDADES





Na noite passada, a violência nos arredores de Londres alastrou a outras cidades como Birmingham, Bristol e Liverpool. Há relatos de confrontos, incêndios e pilhagens.

O caos saiu de Londres, na noite passada. Em Birmingham centenas de jovens ocuparam as ruas do centro da cidade. No local, uma jornalista da BBC mostrava uma loja onde tudo foi roubado. No local, testemunhas falam em terror.

Ainda assim, a capital continua a ser a mais afectada. A BBC diz mesmo que a última vez que se viu Londres a arder desta forma, a cidade estava a ser alvo de bombardeamentos da Alemanha Nazi.

Num helicóptero, um repórter da cadeia de televisão apontava para um armazém que ardia porque lá em baixo a polícia não podia garantir a segurança dos bombeiros.

A palavra mais repetida pelos jornalistas é fogo e o que chega de Inglaterra são imagens de incêndios. Edifícios a arder, alguns deles prédios residenciais. Há também muitas lojas saqueadas, nomeadamente lde artigos electrónicos.

Às televisões, testemunhas queixam-se que a polícia, apesar de estar no local, pouco ou nada faz.

O último boletim da Scotland Yard dá conta que, desde sábado, dia em que começaram os confrontos, foram detidas 450 pessoas, entre elas, um rapaz de 11 anos.

Para tentar conter estes motins, a Scotland Yard mobilizou para a capital 1700 homens.

Esta terça-feira, Londres acordou em choque. A luz do dia já deixa perceber o caos de destruição.

PORTUGUESES RELATAM “PANDEMÓNIO” EM LONDRES





Vaga de tumultos está a alastrar a várias zonas de Londres e a outras cidades, como Birmingham e Leeds.

Ricardo Afonso, Francisco Teixeira e Rafael Cunha, três portugueses a viver em Londres, contaram à Renascença como têm sido os últimos dias de tumultos na cidade.

Francisco Teixeira compara a propagação dos incidentes como se de um vírus de violência se tratasse.

“Já está a espalhar-se ao sul de Londres, é mais um vandalismo, não se consegue descrever muito bem. É um vandalismo em que os jovens partem os vidros das lojas, saqueiam, roubam, incendeiam carros, autocarros, carros da polícia, casas particulares”, refere esta português a residir na capital britânica.

“É um pandemónio sem explicação, mas o que está a preocupar mais neste momento as pessoas é a maneira como está a espalhar-se, como um vírus. Começou anteontem [sábado] no norte de Londres e agora já está a espalhar-se por toda a grande Londres”, relata Francisco Teixeira. 

Um outro português a residir em Londres, Ricardo Afonso, dá conta de um sentimento generalizado de falta de resposta por parte das autoridades.

“Há uma espécie de angústia em relação à falta de reacção do Governo. As pessoas estão à espera de reacção do Governo e uma reacção imediata, é preciso fazer algo. Eu tenho estado a seguir o Twitter e há pessoas que já estão a pedir uma reacção mais extrema, que é trazer o Exército para a cidade, mas se calhar não é assim tão extrema, se calhar é necessária.”  
  
“A polícia para não ter mão, parece que está a apagar fogos um passo atrás, não consegue sequer proteger os bombeiros, os bombeiros não entram a tempo porque não têm protecção, então se calhar é preciso uma acção mais forte do Exército”, afirma Ricardo Afonso.

Nestas declarações à Renascença, Ricardo Afonso mostra-se incrédulo com as cenas de violência dos últimos dias no coração de Inglaterra.

“Eu sinceramente estou de boca aberta, eu nunca vi nada disto a passar-se aqui em Londres, é uma espécie de pessoas a atirarem pedras a janelas dos próprios sítios onde vivem, não faz sentido estarem a roubar as coisas que lhes pertencem. Há bocado uma senhora dizia na televisão que «estamos a roubar estas televisões porque estamos a tentar compensar o que pagamos nos impostos». Não faz sentido, não consigo fazer sentido das palavras dessa senhora.”

Outro testemunho recolhido é o Rafael Cunha, residente no bairro de Camden, onde esta noite a polícia se viu impotente para conter as pilhagens.

“São adolescentes que não sabem o que estão a fazer e estão a roubar as lojas em Camden. Ouve-se carros da polícia a passar, mas não me parece que haja confrontos frente a frente”, explica Rafael Cunha

CAMPO DE TORTURA NO ZIMBABUÉ? – É APENAS PARA CHATEAR MUGABE




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA

Os inimigos do democrata e, também, defensor dos direitos humanos Robert Mugabe passam a vida a denegrir  a imagem do grande líder (a seguir ao seu homólogo angolano) africano.

Dizem agora, como se alguém acreditasse, que foi descoberto um campo de tortura situado numa zona mineira de Marange, no Zimbabué, gerido pelas forças de segurança do país.

A descoberta deste "centro de tortura", vejam só,  coincide com a intenção desse baluarte dos direitos humanos a nível mundial, a União Europeia, de intensificar o comércio de diamantes (que obviamente nada têm de sangue) de duas importantes minas, localizadas na região.

De acordo com a BBC, testemunhas afirmam que os campos de tortura estão em actividade há pelo menos três anos. Em Marange, as forças governamentais "recrutam civis para procurar diamantes de forma ilegal e encaminham os que oferecem resistência para os campos de tortura", assim como os que "procuram diamantes por conta própria".

"Recebemos 40 chibatadas pela manhã, 40 à noite e mais 40 durante a madrugada", afirmou à BBC uma das vítimas libertadas em Fevereiro.

"Usaram pedaços de madeira para bater nos pés, enquanto eu estava no chão e acertavam com pedras nos tornozelos", referiu.

Um ex-oficial, que trabalhou no campo principal, em 2008, afirmou, segundo a BBC, que torturou prisioneiros, algumas vezes com a ajuda de cães. "Os prisioneiros eram algemados e soltávamos os cães para os morder".

Bem vistas as coisas, apenas se trata de métodos copiados dos mais evoluídos sistemas ocidentais, de que são exemplos Guantánamo (Cuba) ou Abu Ghraib (Iraque).

Um dos campos, localizado na cidade de Zengeni, (a pouca distância da mina Mbada, uma das explorações a que a UE espera dar "luz verde") conhecido como a "Base Diamante", é composto por tendas militares, numa área delimitada por arame farpado, com o objectivo de não deixar fugir eventuais prisioneiros.

É claro que a UE diz que as duas minas na área passaram a obedecer aos padrões internacionais e quer que os diamantes destas áreas sejam aprovados imediatamente para exportação, o que suspenderia parcialmente um embargo imposto em 2009.

O embargo passou a vigorar por determinação do chamado Kimberley Process (KP), organização internacional que fiscaliza o comércio de diamantes, o órgão que denunciou os assassinatos e os abusos por parte das forças de segurança nos campos de diamantes de Marange.

O KP foi criado pela indústria de diamantes, por governos de vários países e organizações não-governamentais para evitar a entrada no mercado de diamantes vindos de áreas de conflito.

Nick Westcott, um porta-voz do grupo de trabalho do KP, disse que a descoberta dos campos "é algo que não foi relatado ao Processo Kimberley".

Em Junho, o presidente do KP, Matieu Yamba, anunciou formalmente que a proibição da exportação de diamantes de duas das minas de Marange tinha sido suspensa.

Mas, é claro, nada disto é um obstáculo para a UE. Basta recordar, por exemplo, que Margaret Thatcher, que em Maio de 1979 se tornou a primeira mulher a dirigir um governo britânico, proibiu nesse ano o seu enviado especial à Rodésia de se encontrar com Robert Mugabe.

O argumento, repare-se, era o de que "não se discute com terroristas antes de serem primeiros-ministros", segundo arquivos oficiais britânicos desclassificados no dia 30 de Dezembro de 2009.

"Não. Por favor, não se reúna com os dirigentes da 'Frente Patriótica'. Nunca falei com terroristas antes deles se tornarem primeiros-ministros", escreveu - e sublinhou várias vezes - numa carta do Foreign Office de 25 de Maio de 1979 em que o então ministro dos Negócios Estrangeiros, Lord Peter Carrington, sugeria um tal encontro.

Ou seja, quando se chega a primeiro-ministro, ou presidente da República, deixa-se de ser automaticamente terrorista. Não está mal. É verdade que sempre assim foi e que sempre assim será.

*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Timor-Leste: QUATRO CLUBES DE ARTES MARCIAIS LEGALIZADOS




SAPO TL

Kera Sakti, Korka, Kempo e Perisai Diri, são quatro grupos de artes marciais que se dirigiram ao notário do Ministério da Justiça para se registarem, após a sua legalização, informa a TVTL.

O vice ministro da Justiça Ivo Jorge Valente pediu aos grupos de artes marciais acima citados que sejam um exemplo para todos e que consigam manter a imagem do país no exterior.

“Os líderes destes grupos de artes marciais têm um papel educativo para com os seus seguidores no que ao comportamento diz respeito, assim como ajudando uns aos outros e no respeito aos outros grupos,” diz Valente.

O Secretario de Estado para a Juventude e Desporto Miguel Manetelu disse que para a sua legalização, os clubes de artes marciais deverão preencher os requisitos mínimos, isto é, uma estrutura própria, criar uma constituição e possuir um local próprio para os treinos.

“Eles têm que preencher os requisitos se querem ser legalizados. Primeiro têm que ter uma estrutura própria, segundo criar os estatutos e por fim deverão ter um centro de treinos apropriado para a ocasião. Este ultimo ponto é deverás importante, permitindo-lhes o evitar de qualquer tipo de conflito indesejável,” conclui.

SAPO TL com TVTL

Brasil: País pacífico não pode ser confundido com um país desarmado, diz Celso Amorim


Dilma abraça Amorim na posse do novo ministro da Defesa. Ele disse que vai "mais ouvir do que falar" no cargo - foto de Roberto Stuckert Filho/Presidência

R7

Novo ministro da Defesa assume após pedido de demissão de Nelson Jobim

Celso Amorim tomou posse na tarde desta segunda-feira (8) como ministro da Defesa dizendo que cabe a ele “mais ouvir do que falar”. Em seu curto discurso de posse, Amorim afirmou que um país pacífico não deve ser confundido com um país desarmado e indefeso.

- Cabe a mim mais ouvir do que falar. Cabe a mim empenhar e obter os recursos necessários às Forças Armadas. [...] Um país pacífico como o Brasil não pode ser confundido com um país desarmado e indefeso. [...] Além da indispensável defesa da população, devemos defender nossos recursos naturais.

A escolha de Celso Amorim, um diplomata de carreira, para o comando da Defesa, desagradou aos militares que veem no chanceler "a pior surpresa" dos últimos tempos, só comparável à escolha de José Viegas Filho, também diplomata, no início do governo Lula, para o mesmo cargo.

Ele foi nomeado ministro da Defesa na última sexta-feira (5), um dia após o pedido de demissão de Nelson Jobim, que se afastou depois de ter feito críticas públicas às ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

Amorim enfrenta resistências porque, durante sua atuação no Itamaraty, tomou posições contrárias às dos militares. O ex-chanceler, por exemplo, priorizou a relação com Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela, além de se aproximar de Mahmmoud Ahmadinejad, do Irã, regime conhecido por seu autoritarismo.
Crise não abala Dilma

Celso Amorim se reuniu no sábado (6) pela primeira vez com a presidente Dilma Rousseff e com os comandantes das Forças Armadas. Amorim almoçou com Dilma no Palácio da Alvorada, onde chegou por volta das 12h45 e de onde saiu às 15h20. Segundo a assessoria do ministério, durante a longa conversa com a presidente, o novo ministro recebeu as primeiras orientações sobre a condução da pasta.

Do Alvorada, Amorim seguiu direto para o Palácio do Planalto, onde recebeu os comandantes do Exército, general Enzo Peri; da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito; da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. O encontro durou 1h45.

De acordo com a assessoria da pasta, o novo ministro apresentou aos militares os motivos que o levaram a aceitar o convite para assumir o cargo. Ele disse estar com bastante disposição, prometeu se empenhar para executar as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em 2008, e disse que não vai “reinventar a roda”.

Além de se apresentar ao novo ministro, os comandantes militares destacaram as prioridades de cada pasta. Ainda de acordo com a assessoria, Amorim ficou bastante satisfeito e considerou a conversa positiva. Nos próximos dias, ele deve se reunir com cada comandante individualmente a fim de conhecer mais a fundo as necessidades.

Polêmicas

Os militares criticam o fato de ele ser um homem de esquerda e temem pela condução que o novo ministro dará a temas estratégicos, como o programa nuclear, o reaparelhamento das forças e a instalação da Comissão da Verdade, que abordará violações de direitos humanos durante o regime militar.

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