domingo, 21 de setembro de 2014

A HIPOCRISIA DA COLIGAÇÃO ANTI-ESTADO ISLÂMICO (EI)



Mehdi Agha Mohammad Zanjani* - Pátria Latina

A formação da Coalizão Internacional contra o Estado Islâmico (EI) ocorre no momento em que países membros dessa Coalizão direta ou indiretamente desempenharam um papel na  criação deste movimento terrorista, ajudando na sua estruração e continuando a apoia-lo  de  formas variadas.

Os Estados Unidos e seus aliados, com objetivo de desviar e enganar a opinião pública mundial, estão agrupando os  rebeldes armados que lutam contra o governo da Síria, em “terroristas bons e maus” ou seja de radicais e moderados. E logo depois anunciaram o seu apoio abrangente aos moderados.

Em primeiro lugar, os grupos, tais como o Estado Islâmico do Iraque ou Frente Al-Nosra que agora os Estados Unidos os chamam terroristas, sempre recebiam o apoio dos EUA e seus aliados e foram  criados basicamente com a ajuda desse país. Em segundo lugar, a gravidade dos crimes cometidos contra o povo e o governo da Síria pelo movimento que os Estados Unidos nomearam combatentes armados moderados, e enfatizaram em apoia-los, não são menores do que do Estado Islâmico (EI) no Iraque, e na essência e natureza, não há distinção entre o Estado Islâmico (EI). Há previsão de que muitos dos que hoje estão lutando em nome de Estado Islâmico (EI) e já agiram como Exército Livre da Síria ou Frente islâmica, com as crescentes pressões ao Estado Islâmico (EI),  conservando sua natureza, aproveitam da situação e se englobam nos chamados “grupos moderados”.

A crise na Síria começou em 2011 , enquanto o Estado Islâmico (EI)  foi formado em 2013. Até o anúncio da sua existência, foram  praticados inúmeros crimes contra o povo e o governo da Síria, pelos grupos terroristas como Exército Livre da Síria, ou Frente Al-Nosra e Ahrar al-Sham ou por outros grupos armados cujos crimes não são menores do que o Estado Islâmico (EI) . Todos eles  também foram apoiados pelos Estados Unidos e seus aliados e agora são conhecidos como moderados. Podemos enumerar e exemplificar alguns desses crimes cometidos por estes rebeldes e que ainda continuam sendo praticados:

-Execução em massa de mais de 120 soldados do exército e polícias pelo Exército Livre da Síria nos primeiros dias de conflito na região de Jisr al-Shughur na província do Idlib.

-Em 2013, nos arredores de Damascus, um grande número de civis foram queimados vivos e alguns executados ou decapitados na praça da cidade. Estes crime foram atuados pelo Al-sham e Ahrar al-Aqsa.

-Ahrar al-sham, atuamente é um membro da Frente Islâmica o qual devidamente, apoiado pos forças estrangeiro faz parte da oposição armada chamada moderados.

-Em 2011 o grupo terrorista Exército Livre da Síria na região Daraa massacrou um grande número de soldados capturados do exército Sírio.

- Na sequência do ataque químico em Khan al-Assal em 2012, na periferia de Aleppo, os inquéritos determinaram que esta ação foi feita pela Frente Al-Nosra. De acordo com Embaixador Russo na ONU, Vitali Tchurkine,  especialistas russos recolheram amostras do local do ataque, em Khan al-Assal, e as provas que foram enviadas em um documento de 80 páginas ao Secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon aprovaram que os rebeldes sírios utilizavam gás Sarin no dia 19 de março de 2012 , perto de Aleppo (norte).

 -O tragico crime na aldeia Holeh da província de Hama, pelo Exército Livre da Síria e a Frente Al-Nosra que massacram  mais de 110 civis, a maioria deles mulheres e crianças, em suas casas.

-Ataques aos locais religiosos, incluindo a cidade cristã Malula, e a captura de freiras, todos estes crimes foram e são praticados por rebeldes sirios que os EUA alega que são elementos moderados (bom terroristas) e  que devem ser armados e apoiados financeiramente.

O Estado Islâmico (EI) surgiu no início de 2013, enquanto já ele era conhecido, sob o nome Estado Islâmico no Iraque e era comandado por Abu Bakr Al-Baghdadi. Desde o início da crise ele entrou em ação praticando muitos crimes. Quem formou o grupo Frente Al-Nosra na Síria sob comando de Abu Mohammed Al Jolani foi o Abu Bakr al-Bagdadi. Em abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Síria, se fundiram para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante, mas a Al-Nosra negou-se a aderir a este movimento e os dois grupos começaram a agir separadamente até o início de janeiro de 2014.Tudo isso aprova que EI antes da sua formação no Iraque agia e lutava na Síria com o apoio dos EUA e os seus aliados. Agora a Frente Al-Nosra é um dos principais grupos armados contra Governo Sírio que também tem o suporte externo.

Sra. Hillary Clinton, o ex Secretária do Estado norte americano, nas suas memórias sob o título “Escolhas Difíceis” escreve:” numa reunião com os parceiros estratégicos dos EUA e o países do Golfo Pérsico em Riade discutimos sobre a oposição Síria. Eu lá disse enquanto se fala de assistência, é na verdade sobre uma extensa ajuda que cada um pode prestar”. Ela falou em vários capitulos do seu livro sobre a ação americana em armação a  oposição Síria que na sua visão eram bom terroristas.

Diferenciar os grupos armados na Síria é hipocrisia e enganar a opinião pública. Não existem diferenças em termos de sua fonte de alimentação financeira e intelectual, entre grupos como o Exército Livre da Síria, Frente Islâmica ou Ahrar Al-Islam. Assassinato e terror são as semelhanças entre todos estes grupos terroristas. Todos eles na sua essência procuram estabelecer o seu califado islâmico.

O Estado Islâmico(EI) não é uma criatura estranha que tenha surgido de repente. Um grande número de membros do EI são estrangeiros que entraram na Síria com assistência externa e através dos países da região ou das fronteiras de países vizinhos. Mesmo assim a maior parte dos rebeldes são sírios que lutam com o apoio externo e o seu objetivo é  derrubar o regime Sírio.

Os EUA e seus aliados na OTAN anunciaram que na luta contra o terrorismo, o primeiro passo é barrar o envio de  armas e recursos ao EI. Enquanto que na sua maioria, os que forneceram armamentos ou foram meios de envio dos recursos para os rebeldes, são aliados dos EUA hoje estão presentes na coalizão anti-EI.

Não existe a luta armada boa ou má. A luta armada contra um governo legitimo é terrorismo e apoia-la é ser cúmplice dessas ações terroristas.

Em conformidade com o direito internacional e da Carta das Nações Unidas em particular, é proibida a intervenção nos assuntos internos dos países. Enquanto os Estados Unidos e os aliados não só apoiaram à oposição politica na Síria, mas claramente tinham suportados os rebeldes  armados e o fluxo do terrorismo. Este ato não só viola as regras internacionais, mas é participação nos crimes contra humanidade que ocorrem na Síria e no Iraque.

A República Islâmica do Irã desde o início da crise na Síria, ajudou o governo e o povo Sírio na luta contra os grupos terroristas. Desde o início, nós advertimos que esta guerra é um confronto entre o governo e os grupos terroristas Sírios e que não existe uma saudavel oposição política. Infelizmente, países que hoje se formaram coalizão anti-EI, sempre protegeram estes grupos terroristas, cometeram erros  no passado, e hoje com alguns pretextos procuram lutar aparentemente com a origem de um problema que eram cúmplice e compartilharam na sua criação.

A luta contra o terrorismo deve ser baseada em uma agenda clara, lógica e realista e em coordenação com as Nações Unidas. A Coalizão na ação anti-terrorista deve colaborar com os países onde estão contaminados com os grupos terroristas e o EI. Caso contrário, considera-se uma invasão, consequentemente sem efeito, agravando ainda mais a crise.

A República Islâmica do Irã também devido à ambigüidade e pontos de interrogação na formação e conteúdo da luta contra o terrorismo que é considerado ilógico e não-realista, não se envolveu nas atividades. Ao mesmo tempo, a República Islâmica do Irã, não hesita nos esforços que possam ajudar os países que estão lutando contra terroristas, em particular, com Estado Islâmica(EI).

*Mehdi Agha Mohammad Zanjani é adido cultural da embaixada do Irã no Brasil

TURQUIA SE PREPARA PARA RECEBER GRANDE ONDA DE REFUGIADOS SÍRIOS




Em apenas um dia, 70 mil sírios, principalmente de origem curda, fogem do "Estado Islâmico" e procuram refúgio na Turquia. ONU diz que esse número poderá chegar a centenas de milhares nos próximos dias.

Devido ao avanço da milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI) no norte da Síria, a Turquia se prepara para uma grande onda de refugiados. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), somente desde sexta-feira, 70 mil pessoas, principalmente curdos, procuraram refúgio na Turquia.

"O Acnur está reforçando seus esforços de ajuda ao governo turco para auxiliar os cerca de 70 mil sírios que fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas", adiantou a organização, em comunicado divulgado na noite de sábado (20/09). O órgão da ONU informou ainda que "o governo turco e o Acnur preparam-se para a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias", enquanto os combates continuarem.

Na sexta-feira, a Turquia abriu suas fronteiras para os sírios que passaram a abandonar a localidade de Ain al-Arab, cercada pelos combatentes do grupo extremista sunita EI. Segundo as Nações Unidas, Ain al-Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, havia sido relativamente poupada pelo conflito no país e chegou a servir de abrigo para cerca de 200 mil curdos deslocados.

No entanto, o recente aumento da atividade dos jihadistas do EI na região e o cerco que fizeram à cidade levaram muitos moradores a fugir, principalmente os curdos. Nos últimos dias, o EI conquistou mais de 60 vilarejos na área em torno de Ain al-Arab.

O governo turco informou que o país já recebeu cerca de 1,3 milhão de refugiados da guerra civil na Síria. De acordo com a ONU, outros 1,8 milhão, em sua maioria refugiados iraquianos, estão à procura de abrigo na região autônoma curda no norte do Iraque.

Aliança global

Enquanto isso, os EUA ampliaram os bombardeios aéreos contra postos do "Estado Islâmico". Neste domingo, aviões teriam bombardeado o quartel-general do EI a oeste de Mosul, informou o site independente de notícias iraquiano Al-Sumaria News.

No sábado, testemunhas afirmaram que os aviões americanos atacaram, pela primeira vez, postos da milícia terrorista em Mosul, no norte do Iraque. A cidade localizada a 400 quilômetros de Bagdá é um bastião do EI. Em junho, Mosul foi tomada pelos extremistas, que passaram, a partir dali, a conquistar outras partes do Iraque.

Até agora, os EUA haviam bombardeado somente a região em torno de Mosul. Na próxima semana, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, Washington irá promover a criação de uma aliança global contra o "Estado Islâmico".

"Aqui não são os EUA contra o 'Estado Islâmico'", disse o presidente americano, Barack Obama, em discurso transmitido pelo rádio neste sábado. "Mas é o mundo contra o 'Estado Islâmico'".

CA/dpa/lusa – Deutsche Welle

Portugal: SERÁ DE PROPÓSITO?



Pedro Marques Lopes – Diário de Notícias, opinião

É provável que a vacuidade de Vítor Bento na análise política e económica seja parecida com a sua qualidade como gestor, mas nada indica que esteja louco ou que seja desprovido do mais básico bom senso. Assim sendo, não é de crer que ele e a sua equipa se tenham demitido por birra ou capricho, colocando em risco o Novo Banco e a já fragilíssima estabilidade do sistema financeiro.

A Bento foi-lhe solicitada uma missão, proposta uma estratégia e depois alguém no Governo ou no Banco de Portugal teve outra ideia e mudou tudo. Qualquer semelhança com a atuação típica do Executivo não é mera coincidência.

É por demais evidente que neste processo do BES/Novo Banco está escarrapachada a incompetência/inconsciência/irresponsabilidade que tem sido a assinatura deste Governo.

Em primeiro lugar, a espécie de delegação, no Banco de Portugal e em Carlos Costa, de poderes para conduzir a questão BES, pós-intervenção. A questão é de interesse público e quem está mandatado pelo povo para tratar assuntos desta gravidade é o Governo, diretamente, sem delegados. Um governo que aparece de toalha, para ir secando as mãos, e finge que é espectador num processo em que está em jogo 20% da riqueza nacional e que pode fazer implodir o sistema financeiro português, é um Governo suicida e irresponsável.

E onde estão as atribuições do Banco de Portugal para administrar bancos comerciais ou desenhar ou, mesmo, executar estratégias de gestão? E, claro está, temos a tarefa que deve estar a espantar o mundo dos bancos centrais: o Banco de Portugal como mediador de negócios de compra e venda.

Enquanto a antiga administração estava em funções, tínhamos ministros a definir a estratégia do banco na praça pública. De manhã era preciso consolidar, à tarde era preciso vender o mais depressa possível. Num dia, a ministra das Finanças punha em causa a supervisão, no outro enaltecia a tarefa do Banco de Portugal.

Tivemos uma estratégia e em meia dúzia de semanas arranjou--se outra: há que vender rapidamente o banco. Qualquer vendedor de carros usados sabe que anunciar pressa na venda faz diminuir o valor de um bem. Como no Governo faltam estadistas mas sobram vendedores de banha da cobra, o mais certo é alguém pensar que mesmo perdendo dinheiro dos contribuintes, mesmo pondo em causa o futuro da instituição, o importante é atirar o problema para um lado qualquer antes das eleições para parecer que o assunto está resolvido.

Mas eis que surge outra confusão. O novo presidente do banco, Stock da Cunha, na carta que dirigiu aos colaboradores do banco, disse que "temos de voltar a crescer em volume de negócios e créditos... e acabar com a discussão permanente sobre o modelo ou a data de venda". Das duas, uma: ou o Governo está a mentir, e afinal não tem pressa em vender, ou Stock da Cunha ainda estará menos tempo no banco do que Vítor Bento.

Estamos perante uma gigantesca trapalhada, em que o Governo se porta como uma barata tonta e se tenta esconder por detrás do Banco de Portugal. No entretanto, brinca com milhares de depositantes e põe em seriíssimo risco os outros bancos.

Os disparates são tantos e tão graves que há alturas em que é legítimo pensar que o Governo quer fazer implodir o Novo Banco e o sistema financeiro português. Talvez na sequência do que está a fazer à Justiça.

Não bastava termos um governo que não estava preparado para enfrentar a crise, temos também governantes que tratam o maior problema do nosso sistema financeiro das últimas décadas duma forma absolutamente errante e irresponsável. É azar a mais.

Portugal: FERNANDO ULRICH FEZ-SE DE “MORTO PARA DEITAR A MÃO” AO BES - PCP




O secretário-geral do PCP afirmou hoje que todos estão a empurrar "uns para os outros" as responsabilidades sobre o caso BES e que o presidente do BPI se fez de 'morto' para "deitar a mão à presa".

Em Évora, Jerónimo de Sousa disse que "empurram todos uns para os outros as responsabilidades" e fazem-se "de mortos ou vêm dizer que nada sabiam, depois de muito terem perorado acerca da solidez do banco", referindo-se ao Presidente da República, Governo, Banco de Portugal e a PS, PSD e CDS-PP.

"Só Fernando Ulrich, o tal banqueiro do 'ai aguenta, aguenta', é que veio dizer que não era preciso ser Sherlock Holmes para ver o que se passava no BES. Sabia tanto e também se fez de 'morto' à espera de deitar a mão à presa", afirmou o líder comunista no encerramento da 8.ª Assembleia da Organização Regional de Évora do PCP.

Jerónimo de Sousa assinalou que Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, e António José Seguro, líder do PS, "tentam colocar o contador das responsabilidades das suas formações partidárias a zero", mas que "um e outro acabam de descobrir nos seus partidos gente ligada aos negócios e de dedo em riste e discursos inflamado para português acreditar anunciam-lhes uma guerra sem quartel".

"Podíamos dizer que mais vale tarde do que nunca, mas tratam-se infelizmente de hipócritas encenações sem reais consequências", considerou, realçando também "a mesma cínica encenação de lavagem de mãos protagonizada por Paulo Portas, que admite questionar a 'troika' sobre o BES".

O líder comunista considerou que a operação em torno do Novo Banco "acaba agora de receber um novo impulso do Governo e do Banco de Portugal, com a nomeação da nova administração, de desvalorização dos ativos com vista a facilitar a sua venda imediata".

Para Jerónimo de Sousa, esta situação "agrava os riscos de transformar o BES num novo BPN, onde uns ficam com um património valioso a preço de saldo e outros a pagar a negociata com desemprego e com os seus impostos".

O PCP já anunciou que vai apresentar uma iniciativa no parlamento para ouvir de urgência a ministra das Finanças sobre o Novo Banco.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal: PCP ACUSA GOVERNO DE ESTAR EM PRÉ-CAMPANHA ELEITORAL




O líder do PCP acusou hoje o Governo e os partidos que o suportam de estarem em pré-campanha eleitoral, considerando que "não há ministro que não esteja a anunciar já uma medidazinha especial para 2015".

Jerónimo de Sousa afirmou que "o Governo e cada um dos partidos que lhe dão suporte lançaram-se já numa descarada campanha de mistificação" em relação à real situação económica e social do país e aos "seus maquiavélicos projetos".

"Há quem já esteja em pré-campanha eleitoral e a aprontar todo um arsenal de mentira e ilusão para tentar enganar outra vez os portugueses", acentuou, referindo que "não há ministro que não esteja a anunciar já uma medidazinha especial para 2015".

Deu como exemplos, entre outros, a "devolução de umas migalhas dos salários roubados, a baixa de impostos depois do maior aumento de que há memória e aumento do salário mínimo depois de anos de congelamento e degradação".

O secretário-geral comunista discursava no encerramento da 8.ª Assembleia da Organização Regional de Évora, que decorreu no pavilhão da Associação de Moradores do Bairro do Bacelo, na periferia da cidade alentejana.

Num discurso de cerca de 30 minutos, perante sala cheia, Jerónimo de Sousa apelidou de "manobras e mistificações" as propostas apresentadas recentemente pelo líder do PS, António José Seguro, entre as quais a redução de deputados na Assembleia da República.

"Manobras e mistificações que não estão desligadas do objetivo de conter o crescimento das forças capazes de dinamizar uma verdadeira alternativa de governo e de política", disse.

"Eles, que pensaram e anunciaram a morte do PCP, quando vêm o PCP crescer e avançar, têm razões para estarem preocupados, mas vão para o terreno e não tentem ganhar na secretaria aquilo que o povo decide com o seu voto", avisou.

Para o líder comunista, os socialistas pretendem com as suas propostas "eternizar o rotativismo bipartidário" e "criar um sistema eleitoral, que, sobretudo, favoreça e estimule a concentração de votos no PS e no PSD para prosseguirem a política do costume".

Lusa, em Notícias ao Minuto

Angola: MUDEM-SE ALGUMAS PESSOAS E TUDO CONTINUARÁ NA MESMA



Folha 8, 20 setembro 2014

O Presiden­te José Eduardo dos Santos, seja como chefe do Governo, ou presidente do MPLA e da Repúbli­ca, continua a valorizar o acessório e a chutar para canto o essencial. Mais uma vez, para resolver os problemas de Luanda, aposta em não ir às ques­tões estruturais – comuns a todas as suas estratégias governativas – ficando­-se pela substituição de pessoas, qual delas a pior. O busílis está no tipo de governação, mas ele en­tende que por ser dono da verdade tem o direito de impor a sua visão, quase sempre distorcida.

José Eduardo dos Santos exonerou o governador provincial de Luanda, Bento Francisco Bento, e mais dois dos três vice­-governadores da capital. Em linguagem popular, mudou as moscas mas deixou a boiar a maté­ria putrefacta que as ali­menta. Que as coisas na capital não estão bem, todos sabem. Mas não estão há muitos, muitos anos. Remendando aqui, esburacando ali, Luanda precisa sobretudo de uma governação competente e não, como acontece, de uma gestão casuística que potencia interesses indi­viduais e marginaliza o colectivo.

E para substituir um po­lítico empolgante na es­tratégia do MPLA em Angola, nomeou um in­trovertido homem, que já havia dado mostras de pouco, também, saber fa­zer, quanto a gestão admi­nistrativa de uma grande cidade, como Luanda: Graciano Francisco Do­mingos. Recorde-se que o novo governador, retorna ao cadeirão que havia ocu­pado, interinamente, há três anos, tendo saído por inadaptação ao cargo, Segundo as motivações que levaram a sua exo­neração. No entanto, ele repete-se nos objectivos, que álias são sempre os mesmos, dando a sen­sação de haver já uma disquete, para cada novo governador. Oiçamos: “As áreas prioritárias da nossa atuação, conforme a atual política em cur­so, serão a saúde pública, o saneamento básico, a recolha de lixo, além da mobilidade, face ao caos diário vivido no trânsito automóvel em Luanda”. Santa misericórdia, esta visao está ao alcance de qualquer garoto da 4.ª classe…, mas enfim, são os governantes que temos. De programa e projecto em concreto Graciano, não tem nada, tanto assim é, que para demonstrar a sua eventual “incom­petência-competente”, na mesma altura, o chefe Eduardo decidiu-se pela repetição, quantas vezes já o fez, nem os seus as­sessores, se dão conta e têm o cuidado de rebus­car decretos anteriores, sobre quantas Comissões de Reestruturação de Luanda foram criadas e, caricatamente, com o mesmo objectivo.

“Necessidade urgente da desconcentração admi­nistrativa e da adopção de um modelo de adminis­tração local diferenciado para esta província, pelo facto de albergar a capi­tal e se tratar da mais po­voada, mais urbanizada e mais estruturada do país”.

E não parando na justi­ficativa a Casa Civil do Presidente, realça que o modelo de desenvolvi­mento do espaço urbano da província de Luanda “assenta em novos entes territoriais e em diferen­tes modelos de gestão”, exigindo-se “a prestação de um serviço público mais eficiente às popula­ções e a criação das me­lhores soluções para a futura administração au­tárquica”.

Óh santo, Dos Santos en­tão só agora? Esperemos que amanhã não venha a ladainha do facto de bi­furcarem cidade e zona metropolitana, para que, tal como agora, num prazo de 90 dias se apresen­te um relatório final. E o apresentado pelo Carlos Feijó ou ainda o do Higi­no Carneiro, foram parar ao tambor do lixo? É que eles também já estiveram na liderança de comis­sões de reestruturação.

DESNUTRIÇÃO ATINGE “APENAS” 3,9 MILHÕES DE PESSOAS EM ANGOLA



Norberto Sateco – O País (ao)

Angola reduziu o número de pessoas que padecem de má nutrição para a metade, durante os últimos 25 anos, diz relatório do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), publicado nesta Quarta-feira, 17, em Roma. Enquanto isso, especialistas comunitários angolanos manifestam dúvidas quanto à fiabilidade destes dados

No mais recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação (FAO), relativo à Insegurança Alimentar no Mundo, Angola aparece com indicadores bastantes animadores.

O documento a que OPAÍS teve acesso, refere que o nosso país registou uma redução “acentuada” de pessoas que enfrentam diariamente o paradigma da desnutrição.

As mais de 6 milhões de pessoas que viviam nesta condição nos anos de 1990/1992 (aquando do fim do conflito armado) baixou para os actuais 3,9 milhões, tendo assim reduzido para metade da sua população desnutrida em apenas 25 anos. Ainda no mesmo documento apresentando pelo director-geral da FAO, José Graziano da Silva, Angola conta actualmente com 3,9 milhões de pessoas sub-nutridas, que implica estarem relegados à condição de má alimentação 18% de toda a população do país.

“Até 1992, a taxa de pessoas subnutridas era de 63,3% do total da população, enquanto neste ano fixouse em 18%, colocando Angola, desta forma, no ranking de países que alcançaram progressos face ao Objectivo de Desenvolvimento do Milénio traçado para 2015”, refere o relatório.

Entretanto, estes dados colocam Angola num lugar confortável ao nível do mundo, em consequência das políticas implementadas pelo executivo no apoio aos pequenos e médios agricultores, com destaque para a agricultura familiar que representa 75 por cento da produção nacional, segundo afirmou, recentemente, na região da Kibala, Kuanza-Sul, o titular da pasta da Agricultura, Afonso Pedro Canga.

Entretanto, em Janeiro deste ano, a Organização Não Governamental (Oxfam) avaliou a situação alimentar de 125 países e colocou Angola entre os três países com maior índice de sub-nutrição do mundo.

Moçambique e a Guiné-Bissau também figuram na lista dentre os 30 piores colocados. Segundo a argumentação de Deborah Hardoon, pesquisadora da Oxfam, não é a falta de comida que atira o país para o fim da tabela mas são essencialmente os preços elevados que se praticam sobre os produtos alimentares.

Dezasseis por cento das crianças angolanas, por exemplo, estão abaixo do peso ideal, segundo o estudo da mesma ONG Internacional. Contudo, destaca a pesquisadora que é o factor da volatilidade dos preços da comida que atira Angola para as piores posições.

“Em Angola assistimos valores muito altos de venda de comida e um recorde de instabilidade no preço dos alimentos”, explicou, tendo acrescentado um outro problema relacionado com o acesso a água potável.

Reacções

De acordo fontes do Ministério da Agricultura a que O PAÍS teve acesso, são vários os projectos que têm sido levados a cabo ao nível das comunidades rurais, em parceria com a FAO, para se atingir esta cifra, tomando como exemplo as escolas de campo nas províncias do Bié e Huambo, onde os camponeses são sensibilizados para novas práticas e técnicas de cultivo com vista a maximizar a produção e melhorar a sua condição económica.

As inquietações que são recorrentemente apresentadas pelos pequenos e médios agricultores, de falta de apoios financeiros do Estado, têm estado a agudizar-se segundo O PAÍS apurou junto da fonte, que disse bastar um olhar para a verba destinada ao sector da agricultura familiar estimada num valor de 1,3 mil milhões de Kwanzas, montante que no ano seguinte manteve-se quase inalterável com 1,4 milhões de Kwanzas.

O responsável do Departamento de Segurança Alimentar do Ministério da Agricultura, contactado para ajudar a compreender estes números disse não estar ao corrente do referido relatório, tendo prometido pronunciar-se numa próxima oportunidade.

Relatório deixa dúvidas

Já para o activista comunitário, Pio Wakussanga os números apresentados pela FAO deixam muitas dúvidas, uma vez que o levantamento estatístico que na maior parte das vezes é feito não tem sido abrangente e inclusivo nas comunidades mais afectadas pela fome.

Para o também sociólogo, olhando para os últimos anos em que o país viveu a seca, várias pessoas ficaram relegadas à condição de má nutrição, daí não intender estes dados apresentados pelo Fundo das Nações Unidas para a Alimentação. “Eu não sei onde a FAO foi buscar estes dados.

Ao nível do interior de Angola a população vive fome e sede devido à falta de água. A situação já existe em algumas zonas há mais de três anos e não tem evoluído, antes pelo contrário, tem piorado”, esclareceu o entrevistado.

O também clérigo católico apontou um outro problema que “até hoje não tem tido pernas para andar”, relativo à sexta básica das famílias afectadas pela fome devido à seca no Cunene e na região dos Gambos, na Huíla.

As 800 mil famílias afectadas pela crise, na última região citada, subiram drasticamente embora reconheça a intenção do Executivo construir diques para reservar água com o fito de implementar culturas resistentes e dar de beber ao gado. Este especialista comunitário manifestou também preocupação quanto ao êxodo rural que se regista nas comunidades.

Cidadãos mobilizam-se para nova alternativa política e económica para Angola




Proponentes querem organizar forum com participação de todos na busca de soluções para os problemas do país.

Manuel José – Voz da América

Um grupo de cidadãos da sociedade civil angolana está a promover a recolha de subscriçõe, para levar a cabo uma ampla concertação nacional para tirar o país daquilo que consideram o caos em que se  encontra mergulhado.

São angolanos oriundos de vários estratos sociais, como académicos, professores, estudantes universitários, entre outros profissionais sem qualquer vinculo partidário que pretendem uma solução diferente das tradicionais, para inverter o quadro social actual do país, pois consideram que o actual sistema não dá resposta aos problemas e necessidades.

A iniciativa aponta para a realização de um Fórum de Concertação Nacional, sem exclusão.

"Nenhuma das soluções até agora deu resultado, nem mesmo as eleições têm sido solução”, disse Adão Ramos, um dos organizadores,  acrescentando que “para que os angolanos se revejam nos símbolos nacionais actuais, é preciso uma solução que não passe por aquelas que já vêm sendo tradicionais”.

Para Adão Ramos uma ampla concertação nacional não pode envolver apenas uma elite de angolanos, mas sim a maior parte dos que pretendem o bem-estar das pessoas".

"O manifesto está a circular na internet e através de suporte físico em papel para recolher subscrições, mas ainda não contém o formato daquilo que poderá ser essa concertação nacional apesar de haver já uma ideia bem sólida", disse.

O grupo de cidadãos fez um diagnóstico da sociedade angolana e chegou  à conclusão que em Angola se assiste à “escalada progressiva de violência entre cidadãos e autoridades, discriminação social baseada na filiação partidária, espancamento e extorsão de zungueiras, moto-taxistas e outros agentes da economia informal nas ruas, interdição de manifestações pacificas e maus-tratos aos manifestantes, escalada de corrupção, nepotismo, clientelismo, entre outros males”.

“O quadro 'e triste", acrescentou Adão Ramos, para quem, na visão deste grupo de cidadãos a culpa é de todos.

Moçambique: MÉDICOS COM MENTE TACANHA



Verdade (mz) - Editorial

A obtenção de um emprego digno, sobretudo o primeiro, é o sonho que move muitos compatriotas a travarem batalhas titânicas com vista a conseguirem uma vaga na Administração Pública. Porém, o mesmo cidadão, quando passa de desempregado para empregado, envereda pela preguiça, desatenção, indiferença e pelo desleixo, em relação às suas tarefas. Esta é a realidade que se vive no posto administrativo de Anchilo, no distrito de Nampula-Rapale, onde os profissionais da Saúde, afectos ao Centro de Saúde de Anchilo, deixam desavergonhadamente os doentes que apresentam sintomas de VIH/SIDA e tuberculose, internados naquela unidade sanitária, à sua própria sorte.

Estas cenas dramáticas repetem-se diariamente um pouco por todas as unidades sanitárias moçambicanas, quando a população procura pela assistência médica. E ao que tudo indica, as coisas andam aos papéis em Anchilo reivindicando o restabelecimento da ordem antes que a desídia e a incúria tomem conta de todo o sistema local.

Esta é uma das provas cabais de que as acções que atentam contra os princípios de prestação de serviços públicos continuam a uma velocidade de bradar aos céus nos distritos, onde o acesso à informação de utilidade colectiva é ainda incipiente ou mesmo uma utopia. Certos funcionários consideram o que fazem em prol da população um favor cujo direito de gozo carece, previamente, de uma súplica.

Sabemos de que o acesso à saúde e educação, por exemplo, é ainda das piores nos distritos, mas deixar um doente quase na fase terminal a rogar atendimento é completamente espantoso e inexplicável. Na verdade, isto acontece também nos centros urbanos, mas no campo tende a ser sistemático os funcionários públicos agirem conforme lhes apraz. É desumano e imoral deixar um enfermo debilitado por tuberculose, SIDA ou qualquer outra doença sem a assistência necessária.

“Com muita tristeza, ainda nos chegam, por todo o país, algumas queixas de mau atendimento, falta de respeito, falta de cortesia, falta de zelo, falta de sensibilidade (…)”, palavras do ministro da Saúde, Alexandre Manguele, proferidas há meses, reconhecendo o facto.

Sabemos que as cidades e as comunidades cresceram e, consequentemente, a procura pelos serviços de Saúde disparou em flecha mas esta situação não retira de nenhuma forma a legitimidade de os pacientes serem tratados com respeito e dedicação. Há falta de médicos em todos os hospitais públicos do país e nos distritos a situação é gritante, o que concorre para a depravação do atendimento, mas isso não dá, a nenhum profissional da Saúde, o direito de abandonar um doente para tratar de assuntos particulares tal como acontece em Anchilo.

A história reza que não foi há muito tempo que o Centro de Saúde de Anchilo foi considerado uma das melhores unidades sanitárias da província de Nampula. Deste modo, é preciso expurgar dela todo um punhado de gente que sem nenhuma piedade deixa doentes em estado crítico dias a fio sem socorro. Profissionais com mente tacanha constituem um perigo para os enfermos e toda uma sociedade. Eles são um verdadeiro estorvo ao bem-estar social, ao progresso e é forçoso que sejam depositados num “caixote de lixo”.

Moçambique – Eleições: Disputa de espaço na Matola entre a Frelimo e MDM




O MDM acusou ontem, o partido Frelimo de pretender inviabilizar o comício de Daviz Simango que será amanhã, na Matola. Em causa está a disputa de um espaço em que os dois partidos agendaram para o mesmo dia e hora, comícios populares dos respectivos candidatos presidenciais.

A guerra de caravanas começou logo pela manhã desta sexta-feira, num espaço público, na zona Acordos de Lusaka, no bairro T3. O MDM diz que pediu o espaço ao município para acolher neste sábado, o comício popular de Daviz Simango, mas ficou surpreendido com o indeferimento do pedido, alegadamente, por a Frelimo é que vai ocupar.

Entretanto a Frelimo diz que o MDM não tem razão. O partido no poder diz que o pedido do MDM, para o uso deste espaço deu entrada no município cinco dias depois do seu expediente, o que ditou o indeferimento.

O munícipio alega ter dado ao MDM a oportunidade de identificar outro local já que este já estava ocupado, mas este partido preferiu usar a força, alegando que não iria dar o braço a torcer.

Com as caravanas dos dois partidos a cruzarem o mesmo espaço, nesta sexta-feira, para este Sábado antevê-se um batalha forte entre o partido de batuque a maçaroca contra o Movimento Democrático de Moçambique.

O País (mz)

Em Moçambique CNE dialoga com candidatos às presidenciais por causa da violência




O aumento da violência na campanha eleitoral em Moçambique levou a CNE a apelar à contenção. Neste contexto o presidente da CNE, Sheik Abdul Carimo, decidiu também conversar com os candidatos dos principais partidos.

Sobre esta situação de intolerância e violência que tem caraterizado a campanha para as eleições gerais de 15 de outubro em Moçambique, a DW África entrevistou Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

DW África: O que está a originar o aumento da violência na campanha eleitoral?

Paulo Cuinica (PC): Uma motivação concreta nós não encontramos. O que eventualmente poderá estar a provocar o aumento da violência é que à medida que os dias vão passando a campanha também vai aumentando de intensidade. Então, assim se tem verificado alguns incidentes, caraterizados por violência, temos acidentes de viação, temos a tradicional sobreposição de cartazes, a danificação, mas também, um pouco por toda a parte, foram detidas algumas pessoas como forma de desencorajar essas violências.

DW África: E qual é a província que regista o maior índice de violência?

PC: Está equitativamente distribuído. O que estamos a notar é que a cada dia que passa tem vindo a aumentar, mas todas as províncias têm estado a verificar um incidente aqui e acolá e o que nos preocupa é isso... estar a aumentar e não a reduzir.

DW África: Comparativamente a outros processos eleitorais, este será o pior ou não?

PC: Pelo contrário, tem sido o melhor. Até aqui temos registado índices de violência menores que nos atos anteriores, isso mercê a atuação da polícia, da própria atuação dos candidatos e dirigentes das formações envolvidas na campanha. Deixa-me também dizer que o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo, já inciou contatos com os candidatos das três principais forças políticas no sentido de os apelar com uma mensagem de paz, tranqulidade, ou seja, uma mensagem de campanha ordeira e pacífica e que seja caraterizada, de facto, por momentos de festa, porque o que se pretende é que as eleições sejam extamente isso e não o contrário. Portanto, ele já conversou com o presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, vai, neste fim de semana, encontrar-se com o líder do MDM, Davis Simango, e logo que possível irá encontrar-se com Filipe Jacinto Nyussi da FRELIMO, exatamente para abordar esta questão. Importa também dizer que desta vez tivemos, também, alguns exercícios de formação e reciclagem com os agentes da República de Moçambique e isso está a contribuir sobre maneira porque, para além de termos aprovado um código de conduta, era preciso socializar este código entre os policiais, que afinal de contas são os maiores responsáveis pela segurança. Então, isso tem ajudado a minimizar a escalada da violência.

DW África: A CNE já projetou algum trabalho com os líderes comunitários para ajudarem a contribuir para o fim da violência na campanha eleitoral?

PC: Claro, temos estado a trabalhar nisso desde que o processo iniciou. Temos estado a trabalhar com eles a vários níveis, temos trabalhado também com os líderes religiosos que têm, de uma ou de outra maneira, procurado sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de uma campanha ordeira. Portanto, esta mensagem tem sido espalhada nos cultos, escolas e nas rádios comunitárias, isto tem sido divulgado com bastante frequência. Não só, também os media têm estado a contribuir significativamente no sentido de desencorajar as práticas que possam constituir ilícitos eleitorais.

DW África: Com o aproximar das eleições a violência tende a aumentar. Que medidas extras a CNE, juntamente com a polícia, pensa implementar para que a situação melhore?

PC: A medida é, efetivamente, fazer um apelo às pessoas para que não enveredem pela vioência. As outras medidas são de lei. A própria lei prescreve sanções para as pessoas quando cometem ilícito eleitorais. Mas o mais importante é o apelo que temos estado a fazer no sentido de desencorajar a ocorrência de ilícitos eleitorais.

Nádia Issufo – Deutsche Welle

Timor-Leste à frente da CPLP com aposta na cooperação económica e empresarial




Lisboa, 20 set (Lusa) - A presidência de Timor-Leste da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terá como prioridade a cooperação económica e empresarial, aproveitando o facto de ser o único país da organização na Ásia, região com um forte dinamismo económico.

"A prioridade de Timor é desenvolver a parte económica, promover o desenvolvimento empresarial e investimentos e a cooperação económica e empresarial", disse à Lusa o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy.

Timor-Leste, que assumiu a presidência da comunidade em julho e terá um mandato de dois anos, "está numa zona extremamente dinâmica em termos de economia e quer aproveitar para expandir a CPLP em termos económicos e empresariais para essa zona", referiu o responsável.

A atual presidência da CPLP "está muito focada na criação de um ambiente de negócios propício para que os empresários possam livremente desenvolver os seus negócios", revelou Murade, exemplificando alguns projetos em estudo: a constituição de uma multinacional para a exploração de um bloco de petróleo em Timor ou a criação de um banco ou de um fundo de investimento.

"Hoje, vemos que no nosso espaço da CPLP há muitos recursos, sobretudo os energéticos, mas também a agricultura. Países africanos como Angola e Moçambique podem perfeitamente, mediante uma cooperação mais sistematizada, produzir comida para abastecer os mercados do Médio Oriente", ilustrou.

Para tal, é necessário "limar alguns condicionalismos", nomeadamente ao nível de leis laborais.

Durante a presidência timorense, a CPLP vai manter em Díli um representante permanente.

"Timor está tão longe de nós, mas é preciso manter perto de nós. Como se costuma dizer: longe da vista, mas perto do coração", disse Murargy.

"O representante permanente vai aproximar-nos cada vez mais. Vai dar maior visibilidade à CPLP naquela zona, vai trabalhar para difundir os nossos ideais e a nossa imagem", mencionou ainda.

Outro dos principais desafios da presidência timorense é a definição da nova estratégia da CPLP, tarefa para a qual foi decidido constituir, durante a cimeira de Díli, um grupo de trabalho.

"É a grande decisão", sustentou o responsável da comunidade.

Certo é que o reforço da vertente económica será "uma das grandes linhas da nova visão".

"A estrada principal são os nossos valores e a língua. Agora temos de ir criando outros subsídios que possam dar mais força a esta componente político-diplomática, como a parte empresarial, a mobilidade, a criação de um Erasmus para a CPLP", afirmou.

Na próxima semana, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos nove Estados-membros da CPLP vão reunir-se em Nova Iorque, à margem da assembleia-geral das Nações Unidas, naquela que será a primeira reunião em que a Guiné Equatorial participa já enquanto membro de pleno direito. O encontro servirá para discutir vários assuntos, entre os quais o apoio à Guiné-Bissau e o balanço da cimeira de Díli, que decorreu no final de julho.

JH // PJA - Lusa

Mobilidade de cidadãos dentro da CPLP será "realidade inevitável" - Murade Murargy




Lisboa, 20 set (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Murade Murargy, considerou que a mobilidade de cidadãos entre os Estados-membros será "uma realidade inevitável", mas no próximo ano já deverão ser abolidos os vistos para algumas profissões.

Por enquanto, apenas existem "acordos bilaterais que decidiram a abertura de fronteiras", mas "para que o cidadão em geral possa circular no espaço, isso ainda vai demorar algum tempo", admitiu o responsável, em entrevista à agência Lusa.

"Não posso dizer que seja no meu mandato [mais dois anos], mas [a abertura de fronteiras] vai acontecer nos próximos tempos. É uma realidade inevitável", considerou.

A medida, na opinião de Murargy, permitirá aos cidadãos "sentir a existência da CPLP".

Um dos principais obstáculos tem sido o facto de Portugal estar integrado no espaço Schengen é um grande obstáculo, o que limita a sua liberdade de decidir, mas o secretário-executivo mostrou-se confiante de que será possível encontrar uma solução.

O secretário-executivo condenou exigências atuais como a obrigação de mostrar o extrato da conta bancária para que seja emitido o visto.

"É perigoso e é contra a liberdade e privacidade da pessoa. Onde é que já se viu isto?", questionou.

Murade Murargy criticou também que alguns Estados-membros da CPLP facilitem mais a circulação de cidadãos de países de fora da comunidade ou que, mesmo após a emissão de vistos, ainda sejam levantadas muitas questões e complicações na fronteira".

"Temos de acabar com isto. Timor-Leste [que detém a presidência da CPLP nos próximos dois anos] está a trabalhar para que os ministros de Interior e da Administração Interna possam decidir no sentido de, no próximo conselho de ministros, em julho do próximo ano, possa haver já uma decisão de que algumas classes possam ter vistos", afirmou.

Entre estas classes profissionais estão empresários, jornalistas, estudantes, artistas ou desportistas.

JH // PJA - Lusa

Milhares de estudantes de Hong Kong iniciam boicote às aulas na luta pela democracia




Hong Kong, China, 21 set (Lusa) -- Milhares de estudantes de Hong Kong iniciam na segunda-feira uma semana de boicote às aulas, ação descrita como o arranque de uma ampla campanha de desobediência civil contra a recusa de Pequim em garantir pleno sufrágio universal.

A China frustrou, no mês passado, as esperanças de que um democracia plena na antiga colónia britânica ao ter anunciado que o futuro chefe do Executivo de Hong Kong será eleito por sufrágio universal a partir de 2017, mas apenas depois da seleção de dois ou três candidatos para se apresentarem ao escrutínio.

Uma coligação de grupos pró-democracia -- liderada pelo movimento "Occupy Central" -- rotulou o plano de Pequim de "falsa democracia" e prometeu levar a cabo uma série de ações incluindo um bloqueio ao distrito financeiro de Hong Kong.

Abrindo caminho para o que os ativistas apelidam de "nova era de desobediência civil", milhares de estudantes de mais de 25 universidades e institutos vão participar a partir de segunda-feira, e ao longo de uma semana, num boicote às aulas para demonstrar a sua insatisfação.

O boicote poderá dar um novo fôlego à campanha pela democracia, que recentemente perdeu força depois de um dos seus líderes ter admitido ser altamente improvável uma mudança de atitude por parte de Pequim independentemente do que façam.

"Este é um momento de viragem", disse Alex Chow, presidente da Federação de Estudantes de Hong Kong, à agência AFP. "O Governo tem de responder àquilo a que muitos residentes de Hong Kong consideram como sendo um sistema de eleição injusto".

A agitação estudantil surge uma semana depois de mais de 1.500 ativistas terem marchado pelas ruas de Hong Kong vestidos de preto, com enormes faixas e cartazes por um sufrágio universal genuíno.

Tratou-se do primeiro protesto considerável desde que a Assembleia Nacional Popular decidiu, no final de agosto, que os aspirantes ao cargo vão precisar do apoio de mais de 50% de um comité de nomeação para concorrer à eleição e que apenas dois ou três serão selecionados.

Ou seja, a população de Hong Kong exercerá o seu direito de voto mas só depois daquilo que os democratas designam de 'triagem'.

A China tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Executivo é escolhido por um colégio eleitoral composto atualmente por cerca de 1.200 pessoas, que seria capaz de escolher o seu líder em 2017.

Segundo Alex Chow, o sucesso do boicote às aulas será determinado pela escala da adesão. Mais de 3.000 estudantes das duas principais universidades de Hong Kong deverão aderir à iniciativa, segundo a organização.

"A legitimidade do governo é muito, muito baixa nesta fase e, neste contexto, gostaríamos de redefinir a direção de Hong Kong", disse Yvonne Leung, presidente da União de Estudantes da Universidade de Hong Kong, instando Pequim a reverter a sua decisão.

A reforma proposta carece de ser submetida ao Conselho Legislativo de Hong Kong (LegCo, parlamento) e aprovada por dois terços dos 70 deputados, dos quais 27 do campo pró-democrata anunciaram ter-se unido num compromisso pelo veto.

DM - Lusa

Instituto Português do Oriente assina acordo para ensinar português na China




Macau, China, 20 set (Lusa) - Instituto Português do Oriente (IPOR) assinou sábado, na cidade continental chinesa de Shenyang, um acordo de cooperação com a escola secundária local para o ensino da língua e cultura portuguesas naquela instituição, que tem mais de 5.000 alunos.

"Respondendo ao crescente impulso conferido à aprendizagem do português na República Popular da China, este protocolo, assinado no dia em que comemorámos os 25 anos do IPOR, é também muito significativo do ponto de vista dos objetivos estratégicos da instituição", disse João Neves, diretor do IPOR, em declarações à agência Lusa, salientando que o documento foi rubricado com a "Shenyang Guangquan Middle School".

João Neves explicou que o acordo traça o quadro da cooperação que será agora "operacionalizado, assente no ensino da língua e cultura portuguesas, potenciando a experiência do IPOR e respondendo ao interesse da escola", que tem desde sábado uma sala de Língua Portuguesa equipada com exposições bilingues e bibliografia doadas pelo IPOR.

O mesmo responsável defendeu que o protocolo pode ser o ponto de partida para experiências semelhantes com outras escolas do mesmo nível de ensino, "reforçando Macau como plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa".

A assinatura do Protocolo decorreu na presença de várias autoridades da Província de Liaoning e de Macau, bem como dos dirigentes do Fórum Macau, que se deslocaram a Shenyang no quadro de uma feira de comércio e investimento.

JCS // SO - Lusa

Brasil – Eleições - Datafolha: ALEGRIA DE AÉCIO É FALSA!




Aécio Neves concentra um número cada vez maior de eleitores que não votariam nele de jeito nenhum

Altamiro Borges, São Paulo – Correio do Brasil, opinião

Aécio Neves está embriagado com os números do último Datafolha. Já alguns “calunistas” da mídia, que detestam a “lulopetista” Dilma Rousseff, mas não confiam plenamente na “ex-petista” Marina Silva, soltam rojões e garantem que a reação do cambaleante tucano é inevitável. Toda esta euforia, porém, não se justifica e pode virar uma baita ressaca. O Datafolha divulgado nesta sexta-feira apontou um aumento de apenas dois pontos percentuais nas intenções de voto do presidenciável do PSDB – ou seja, dentro da margem de erro. Ele subiu para 17% e ainda está distante dos 21% que ostentava antes da trágica morte da Eduardo Campos e da “providência divina” de Marina Santos.

Os apostadores do “mercado eleitoral” – e também os agiotas do mercado financeiro – tentam criar um clima favorável a cada pesquisa. Não é para menos que elas já viraram uma indústria, com uma nova sondagem a cada dois dias. Isto permite enricar os donos dos institutos, arrecadar mais grana para as campanhas e embolsar mais dinheiro na Bolsa de Valores. Os marqueteiros e os políticos fisiológicos ficam mais ricos – e os rentistas, ainda mais. Dois dias antes do Datafolha, o Ibope – do trambiqueiro Carlos Augusto Montenegro – já havia jurado que Aécio Neves estava em alta. A pesquisa, muito estranha, serviu para abortar o movimento pela renúncia do cambaleante tucano e para valorizar o seu passe.

Tentativa de conter a sangria

As duas sondagens revelam, no máximo, uma fotografia do momento e não justificam tanta alegria do presidenciável do PSDB. Ela é falsa! Nos últimos dias, Aécio Neves só teve péssimas notícias. Até o coordenador-geral da sua campanha, o demo Agripino Maia, apunhou o tucano pelas costas ao antecipar o apoio a Marina Silva. Marconi Perillo e Beto Richa, governadores de Goiás e do Paraná, respectivamente, também bateram suas asas tucanas para a candidata-carona do PSB. Já o ex-presidente FHC, mentor do folião mineiro, andou se encontrando com o velho amigo Walter Feldman, o ex-tucano que hoje coordena a campanha da ex-verde. O cenário era de uma overdose de coisas ruins para Aécio Neves.

Jornalistas mais críticos, menos chapa-branca, já apontavam os obstáculos da sua candidatura. Em artigo no Estadão de segunda-feira, Julia Duailibi revelou os dilemas dos tucanos. “Nos bastidores do PSDB, principalmente na ala paulista, as principais lideranças do partido já discutem o caminho que o partido deve tomar caso Aécio não passe para o segundo turno, cenário mais provável hoje… Há uma ala que rechaça Marina, a considera uma aventura e que diz que sairá do partido caso o PSDB declare apoio à candidata. Outra vê a possibilidade de derrotar o PT como o principal caminho a ser tomado pela legenda. Segundo aliados, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seria favorável ao apoio a Marina”.

Volta para Minas, Aécio!

E até jornalistas menos independentes, como Fernando Rodrigues, já tinham enterrado Aécio Neves. Em artigo no seu blog hospedado na Folha, ele decretou: “Aécio só tem uma saída: dedicar-se a Minas Gerais”. Para ele, o presidenciável tucano não tem qualquer possibilidade de reação e corre o risco de perder o governo mineiro. “Se perder no próprio Estado, Aécio fica fragilizado dentro do PSDB para 2018”. Seu pessimismo teve como base a pesquisa do Ibope, que deu um índice maior de aprovação ao tucano. “Os 19% para o presidenciável do PSDB são insuficientes para sonhar com o segundo turno”. Imagine, então, com os 17% dados pelo Datafolha, que pertence ao mesmo grupo empresarial em que trabalha?

“O resultado do Ibope não deixa opções para o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves: o tucano está quase obrigado a retornar para seu Estado natal para não sofrer uma derrota humilhante entre os mineiros. Segundo o Ibope, o candidato do PT a governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, tem 43% de intenções de voto. O nome do PSDB, Pimenta da Veiga, tem apenas 23%, ou seja, 20 pontos a menos do que o petista. É verdade que Aécio Neves está com honrosos 19% na pesquisa Ibope, mas continua muito distante de Dilma Rousseff (PT) e de Marina Silva (PSB). Ocorre que esses 19% são a mesma pontuação que o tucano tinha no final de agosto no Ibope. Ou seja, ele não saiu do lugar”.

Esqueceram do cambaleante

Estes e outros diagnósticos mais sensatos, menos tucanos, confirmam que a situação de Aécio Neves é dramática e que nada justifica a euforia do candidato e de alguns “calunistas” da mídia. Há também outras cenas curiosas que servem como bafômetro para conter a embriagues. Na semana passada, um grupo de artistas divulgou um manifesto de apoio a Geraldo Alckmin e José Serra, candidatos ao governo e ao Senado por São Paulo. O evento “festivo” ocorreu na Livraria Cultura. Curiosamente, o manifesto não citou o presidencial do PSDB uma única vez. “O maestro Amilson Godoy [líder do movimento] atribuiu o ‘esquecimento’ de Aécio a um erro de digitação”, relatou o Estadão. Hilário!

Além da pesquisa redentora, a única boa notícia para o presidenciável tucano nos últimos dias é que ele ainda conta com o apoio das madames decrépitas de São Paulo. Segundo a Folha tucana, “após a subida de Aécio em pesquisa, socialites atacam o voto útil em Marina” e reforçam a campanha do senador mineiro. O relato da jornalista Lígia Mesquita mostra bem a mentalidade tacanha e reacionária da elite paulista e vale a pena ser reproduzida:

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“Acho absurdo (quem escolhe o voto útil). O pessoal estava votando na Marina no 1° turno de medo que a Dilma [pausa]… achando que a Marina fosse a única opção! Agora, a gente tá vendo que o Aécio é a opção”, dizia a ex-primeira-dama paulista Deuzeni Goldman na saída de um encontro de mulheres com o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), nesta quarta-feira (17), em São Paulo.

Animadas com a subida de quatro pontos do presidenciável tucano na pesquisa Ibope divulgada na noite anterior, Deuzeni e muitas das socialites que compareceram ao Diretório Estadual do PSDB aproveitaram para criticar parte do eleitorado do partido que está optando por Marina Silva (PSB).

A escolha pelo voto útil na pessebista, à frente de Aécio nas pesquisas, seria, na visão desses eleitores, a única opção para derrotar a presidente Dilma Rousseff (PT).

“Ainda temos 18 dias até a eleição. Se o Aécio encostar na Dilma, ele ganha. Esta eleição é de oposição ao PT”, comentava Regina Martinez, na plateia.

Segundo a relações-públicas, a vontade de renovar o governo faz com que “o pessoal pegue qualquer coisa para derrotar o PT”. “Até acredito que os brasileiros estejam comovidos com a situação da Marina, que falem olha os destinos de Deus, o avião [de Eduardo Campos] caiu’. Mas muitos que votam na Marina não sabem quais são os programas dela.”

Para a economista Eliandra Mendes, que participou na semana passada de encontro com coordenadores da campanha de Marina Silva, é “lamentável” a opção pelo voto útil. “Nós não votamos por convicção, mas por exclusão. É uma pena porque a gente tá falando da nossa vida, de nossos filhos.”

A empresária Esther Schattan, que também esteve no encontro com a equipe pessebista, disse à Folha na semana passada que poderia cogitar um voto útil. Depois do encontro com Aécio, mudou o discurso. “Eu pensava [assim]. Mas nesse primeiro turno podemos expressar nossa vontade”, afirma.

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