sexta-feira, 26 de outubro de 2012

GASPAR: O MINISTRO CÍNICO, DOENTIO, INCOMPETENTE E DESONESTO

 


Isto, hoje em dia, já não é o que era. Um dia, no Liceu Camões, em Lisboa, perceberam a propensão do aluno Gaspar para os números. Era péssimo nas relações pessoais, era frágil e complexado por tudo e por nada... Mas, era um deslumbre em números.
 
A Matemática era o seu forte. Este, era Gaspar, agora ministro das finanças e do garrote que está a ser imposto aos portugueses. Povo ingrato que não reconhece a missão meritória do carrasco das finanças chamado Gaspar. Essa é a grande desilusão (estupidamente simulada) de Gaspar. O seu cinismo campeia. A sua doença isolaciolista, anti-social, mantém-se, como nos tempos do Liceu Camões. O "grande cérebro" de então revela-se em Portugal com uma enorme incompetência patriótica, para além de uma mais que colossal insensibilidade e desumanidade. Mas essa mostruosidade justifica-se quando se compreende ao serviço de quem está. Interesses avessos a Portugal e aos portugueses, como temos visto, sentido e sofrido.

Gaspar, homem que abraçou no estrangeiro os maiores patrões do capital global e que se predestinou a cumprir a missão mercenária de lhes reservar obediência custe o que custar com o objetivo da submissão dos portugueses. Gaspar já não tem Pátria terrena porque a sua pátria são os números, as tabelas exelizadas, os cifrões a quem se rendeu na mercenerização. Gaspar, afinal um subhumano, não semelhante da espécie humana. Antes pelo contrário.
 
Isto, hoje em dia, já não é o que era.

Dentro de horas saiba mais sobre Gaspar, aqui, no Página Global.
 

Gaspar: Portugal está “na fase final da maratona” e precisa de “vontade de vencer”

 

Público - Lusa
 
O ministro das Finanças afirmou hoje que Portugal já realizou dois terços do seu “processo de ajustamento” e está, como um atleta, na “fase final da maratona”, em que a “vontade de vencer” é determinante.
 
Vítor Gaspar recorreu a esta imagem nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, na Sala do Senado da Assembleia da República, depois de referir que “a corrida da maratona foi a imagem mais frequentemente usada para caracterizar estes processos de ajustamento nas reuniões anuais de Tóquio do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial”.

O ministro de Estado e das Finanças considerou que Portugal está “a dois terços da maratona”, ou seja, “por volta do 27.º quilómetro”, aproximando-se da parte da corrida em que, para não se desistir, “é preciso ter treino, é preciso ter disciplina, é preciso ter persistência, é preciso ter força de vontade, é preciso ter vontade de vencer”.

Dirigindo-se aos deputados da maioria PSD/CDS-PP, Vítor Gaspar afirmou: “Como sabem, os corredores de maratona, em geral, não desistem ao 27.º quilómetro, desistem entre o 30.º e o 35.º quilómetro. Uma maratona torna-se cada vez mais difícil e os atletas têm os seus maiores desafios na fase final da maratona. É isso exactamente que acontece com um programa de ajustamento”.

A maratona “é um exercício de persistência e é um exercício de vontade”, concluiu o ministro, apelando ao esforço conjunto dos portugueses.

“A maratona é um desporto individual, o ajustamento é um projecto colectivo. Precisamos de fazer isto todos juntos. E, novamente repito, estas jornadas parlamentares são um exemplo dessa unidade de propósito, são um exemplo para o que é preciso fazer no país para triunfar neste processo de ajustamento”.

Durante esta parte do seu discurso, Vítor Gaspar assinalou que Portugal tem “uma maravilhosa tradição de corredores de maratona” e sabe, por isso, “o que significa correr e triunfar na maratona”.

Antes de usar esta imagem, o ministro de Estado e das Finanças alegou que Portugal tem “uma percentagem tão grande do ajustamento realizado” que é caso para perguntar se “o sucesso está assegurado” e os números parecem indicar que “estará efectivamente assegurado”, mas essa é uma conclusão falsa.

“O sucesso não está assegurado”, sublinhou.

Portugal tem “mais de 80% do financiamento do programa recebido no final da sexta tranche”, excluídas as verbas reservadas para a capitalização dos bancos, tem “90% do desequilíbrio externo corrigido” e “mais de dois terços do ajustamento orçamental realizados no final do ano”, enunciou o ministro.
 

Portugal: O SÔR RELVAS E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

 


Henrique Monteiro – Expresso, opinião, em Blogues
 
A Universidade Lusófona vai ver-se em palpos de aranha para resolver o caso do (por ora) Dr. Relvas, de acordo com a decisão do Ministério da Educação.
 
É que, se assume as equivalências que lhe deu, vai ter os chefes dos ranchos folclóricos, os mandantes do baile mandado e os almoxarifes das confrarias a quererem equivalências idênticas para passarem a doutores.
 
Caso retire o Dr. a Miguel Relvas, passando-o a sôr Relvas, vai ter de fazer o mesmo a inúmeros figurantes que, entretanto, subiram em carreiras da Administração Pública ou ingressaram em postos em que a licenciatura é exigida. A ver vamos, como resolvem o berbicacho...
 
Falando de outro assunto (mas como dizia o velho Eduardo Guerra Carneiro, poeta e jornalista, "isto anda tudo ligado"), descobri, via relatório do FMI, que voltaremos ao nível da dívida pública de 2007 daqui a 17 anos.
 
Confesso que estou entusiasmado por, quando tiver 73 anos, ter ainda a hipótese de uma vida normal. Prometo que se lá chegar, e se a crise tiver mesmo acabado, sou capaz de brindar ao sôr ou ao Dr. Relvas, consoante for a decisão da Universidade. Mas, até lá, ocorre-me que a minirremodelação de ontem tinha sido uma oportunidade de ouro para o Governo se ver livre do putativo Dr.
 
E escusam de me acusar de estar em campanha contra Relvas. Como já escrevi no meu Facebook, eu sei que há uma campanha contra ele, na qual participo, com todo o gosto, e na medida das minhas possibilidades.
 
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro
 
Facebook:Henrique Monteiro http://www.facebook.com/hmonteiro
 

Portugal: GOVERNO E PS TROCAM ACUSAÇÕES DE “PATIFARIA SOCIAL

 
 

i online - Lusa
 
O Governo e os partidos de maioria trocaram com o PS acusações de "patifaria social", culpando-se mutuamente de responsabilidade pela crise económica atual.
 
"Os senhores vêm aqui pregar uma moral social que não têm. Em 2010 e 2011 fizeram um ataque sem precedentes a nível social, eram anos que se seguiram a um ano eleitoral", disse o secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa. "O sr. deputado [socialista Nuno Sá] acusa-nos de patifaria social, isso é muito feio. Quem o fez foram os senhores que usaram dinheiros dos abonos para tentar mudar os resultados eleitorais [nas legislativas] em 2009."
 
A socialista Helena André, antiga ministra do Trabalho, acusou o Governo de estar a travar uma "batalha ideológica" visando "desmantelar progressivamente o sistema de segurança social público, reduzindo contribuições ou reduzindo as respostas sociais, sem deixar que os mais pobres escapem".
 
O social-democrata Adão Silva respondeu considerando que "falar em patifaria social é descabido vindo de quem vem", acusando a bancada socialista de chorar "lágrimas de crocodilo".
 

Portugal: LEITE COM CHOCOLATE

 


Fernanda Câncio – Diário de Notícias, opinião
 
Há nos EUA uma expressão muito usada na política: pork. Este pork, ou seja, carne de porco, refere situações em que se desperdiça o dinheiro público para benefício de clientelas. Em Portugal não temos palavras assim, tão despachadas e carregadas de ironia, para designar ocorrências típicas da política.
 
Para o facto, por exemplo, de o Governo ter anunciado a restrição das viagens gratuitas para os trabalhadores das empresas de transportes e pela calada garantir aos magistrados que mantêm essa benesse. Ou para a manutenção, na mesma corporação, dos subsídios de habitação de 620 euros mensais não sujeitos a impostos (que incluem magistrados jubilados e implicam mais de 20 milhões de euros/ano), quando não se ensaiou nada em retirar a integralidade dos subsídios de Natal e férias a todos os trabalhadores do Estado.
 
Difícil apontar melhor exemplo de gorduras e mordomias que este anacrónico subsídio de habitação concedido aos magistrados. Mas quando no início de 2011 foi discutido o respetivo estatuto, o PSD não só não propôs a abolição do abono, como se opôs a que fosse taxado em sede de IRS, considerando tratar-se de "uma dupla penalização", pois o então Executivo previa já uma diminuição de 20% no montante. Dupla penalização, claro, não será uma sobretaxa sobre o IRS ou taxar subsídios de doença e desemprego.
 
Aliás, quando o País, na retórica atual do PSD, balançava indefeso à beira da bancarrota, os sociais-democratas não só obstaculizavam estas racionalizações de recursos como bradavam (ouve-se ainda o eco indignado) contra qualquer aumento de impostos ou baixa das deduções fiscais. Rasgavam as vestes ante a proposta de aumento do IVA em produtos alimentares tão essenciais e saudáveis como os refrigerantes e o leite com chocolate - os mesmos que nem um ano após anunciavam o aumento do da restauração para 23%. E os autointitulados democratas cristãos, o que guinchavam, no fim de 2010, com o congelamento das pensões? Ainda zumbe nos ouvidos. Mas ei-los, no OE 2012, a aprovar, sem tugir, o esbulho de dois subsídios aos pensionistas (e no OE 2013 o de um subsídio mais um corte médio de 5% mais o maior aumento de impostos da história).
 
Se foi assim que PSD e PP agiram quando, é pacífico na cartilha dos partidos no poder, o País até já devia ter pedido um resgate e tudo, como terá sido nos anos anteriores? Que propostas fizeram, de 2005 a 2011, para combater o que apelidam de "criminoso despesismo do Estado"? Como votaram diplomas governamentais visando conter a despesa pública ou racionalizar recursos?
 
Ah pois é. Portanto, de cada vez que um ministro, secretário de Estado ou deputado do PSD ou do PP se erga para mais uma catilinária contra o anterior governo pelo "estado a que isto chegou" na vã tentativa de nos distrair das enormidades do atual, gritemos todos, a plenos pulmões: "Leite com chocolate." É mais elegante que aldrabões e tem a vantagem de avivar a memória.
 

Lisboa: TRABALHADORES DO METRO VÃO JUNTAR-SE À GREVE GERAL

 

 
Cerca de 400 trabalhadores do Metropolitano de Lisboa decidiram juntar-se à greve geral decretada para 14 de novembro e preparar novas formas de luta.
 
Numa moção aprovada por unanimidade e aclamação, os trabalhadores dizem estar «conscientes da necessidade de derrotar toda a ofensiva imposta quer pelo governo quer pela administração».
 
Por isso, vão entregar terça-feira uma proposta de revisão parcial do Acordo de Empresa (AE) e «prosseguir a luta, caso o Conselho de Administração, em tempo oportuno, não responder à proposta reivindicativa».
 
Paulo Alves, da Comissão de Trabalhadores, explicou à Lusa que «o que está em causa é o não cumprimento do AE no que respeita ao pagamento das horas extraordinárias e dos subsídios de férias e de natal».
 
Em causa está também o despedimento de 20 por cento dos funcionários previsto no Orçamento do Estado para 2013, o que representa 300 trabalhadores, e a «tentativa do Estado de privatizar a empresa a todo o custo», disse.
 
Presente no plenário, o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares disse à Lusa estar a mostrar «solidariedade num momento em que, segundo a previsão do OE, 20 por cento dos trabalhadores serão despedidos».
 
Relacionado
 

O RESGATE DE SÃO PAULO

 


Emir Sader – Carta Maior, em Blog do Emir
 
São Paulo, uma das cidades mais extraordinárias do mundo, se tornou uma cidade triste, cinzenta, cruel, de exclusão, de discriminação, de intolerância. Tornou-se a cidade mais injusta do Brasil, pela brutal polarização entre a mais desenfreada riqueza e os maiores polos de pobreza, de miséria, de abandono do Brasil. A isso ficou reduzida nossa querida São Paulo nas mãos da sua elite e dos partidos que a representam.

A chance de seu regate é agora. Pelo desgaste das políticas da direita e pela conjunção de fatores que levou Fernando Haddad a liderar as pesquisas. Não por acaso o resgate é comandado por um ex-estudante da USP e um ex-operario metalúrgico do Abc – algumas das grandes marcas que de São Paulo, de que nos orgulhamos tanto.

São Paulo foi guindada, pelas mãos da sua direita, à condição de uma cidade que renega o que ela tem de melhor. Renega a diversidade, renega os movimentos sociais, renega os trabalhadores nordestinos – que construíram, com suas mãos e seu sofrimento, a riqueza de São Paulo -, renega a cultura, renega sua relação com o Brasil, renega o seu povo.

Uma São Paulo que virou as costas para o outros estados, virou as costas para Brasil. Uma São Paulo que tentaram manter à margem do maior processo de democratização econômica e social que o país já viveu. À margem do reconhecimento e extensão dos direitos básicos a todos os cidadãos brasileiros, antes marginalizados pelos governantes, especialmente no governo tucano acentuou a desigualdade, a miséria e a pobreza no Brasil.

Ao invés de “locomotiva da nação”, como apregoa a velha elite paulista, tornou-se objeto de vergonha nacional – pela miséria, pela discriminação, pelo racismo, pela violência policial e dos grupos extermínio, pela decadência de seus sistemas de educação e de saúde pública, entre tantas outras vergonhas.

Agora chegou a hora do resgate de São Paulo. Chegou a hora de colocar São Paulo no mesmo processo que tem feito o Brasil avançar, pela primeira vez, na superação da sua maior chaga – o de ser o pais mais desigual do continente mais desigual do mundo.

Chegou a hora, as condições estão dadas, se juntam as prementes necessidades com as excelentes perspectivas. Vamos, todos ao resgate de São Paulo. Essa cidade carece e merece esse resgate. O povo paulistano necessita. O Brasil precisa de uma São Paulo justa, humana, solidária. Vamos ganhar para realizar, juntos o resgate de São Paulo.
 

Brasil: TUDO BEM COM ANGOLANOS, CAOS HUMANITÁRIO COM HAITIANOS NO ACRE

 


Brasil oferece residência permanente a angolanos e liberianos
 
Vinícius Soares - Repórter da Agência Brasil
 
Brasília - Novas regras pulicadas nesta sexta-feira (26) no Diário Oficial da União pelo Ministério da Justiça definiram como deve ser feito o pedido de residência permanente no Brasil por refugiados de Angola e da Libéria. O pedido é necessário porque o Ministério da Justiça suspendeu a condição de refugiados dos dois grupos, orientado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, porque os conflitos reconhecidos como de risco para eles terminaram nos dois países.
 
Com a residência permanente, angolanos e liberianos, que estavam nessa situação, poderão se manter regulares no Brasil. Os estrangeiros terão prazo de 90 dias para solicitar o registro na Polícia Federal. Eles precisam entregar declaração reconhecida em cartório de que não respondem a processos criminais, inquéritos policiais, nem sofreram condenação penal no Brasil e no exterior.
 
Para obter a permissão de permanência no Brasil, o refugiado deve ainda se enquadrar em uma das seguintes condições: morar no país há pelo menos quatro anos, ser contratado por instituição registrada no Ministério do Trabalho, ter capacitação reconhecida por um órgão da área pertinente ou ter um negócio estabelecido com capital próprio. Menores de 18 anos terão que se apresentar acompanhados pelos pais.
 
De acordo com o ministério, vivem hoje no Brasil 1.688 angolanos e 258 liberianos. O país abriga 4.656 refugiados, a maioria do continente africano.
 
Edição Beto Coura
 
Chega ao caos situação de ajuda humanitária a haitianos no Acre, diz secretário
 
Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil, com foto
 
Brasília - A entrada ilegal de haitianos em Brasileia (AC) levou ao caos a situação de ajuda humanitária prestada pelo governo do estado, de acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. No total, 204 imigrantes estão na cidade. Com dívida de seis meses de aluguel da casa que abriga essas pessoas e sem dinheiro para pagar os empresários da cidade pelo fornecimento diário de alimentação, ele disse à Agência Brasil que a situação é insustentável.
 
O secretário admitiu que não tem como o governo acriano bancar mais alimentação e abrigo aos haitianos que entram em Brasileia por Cobija, na Bolívia, em grupos diários de 20 a 30 pessoas. Segundo Nilson Mourão, a partir de agora, a decisão é suspender o fornecimento de comida e abrigo. Na prática, o fornecimento está suspenso desde 19 de setembro, e os haitianos sobrevivem de doações nem sempre regulares.
 
Ele reclamou que há quase dois meses encaminhou ao Ministério do Desenvolvimento Social um plano de trabalho de ajuda financeira pelo governo federal. “O que eu sei é que eles estão estudando o projeto, mas não temos qualquer recurso [federal] internalizado”, acrescentou o secretário.
 
Diante da situação, o governo acriano decidiu suspender a ajuda humanitária com recursos próprios e manter apenas o que é repassado por convênios com o Ministério da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos do Acre.
 
O representante da secretaria em Brasileia, Damião Borges, relatou que “a situação é de calamidade”. Fora os poucos que ainda têm dinheiro para comprar comida no comércio local, os demais contam com doações, especialmente dos empresários que buscam mão de obra. Isso faz com que eles fiquem até dois dias sem ter o que comer destacou.
 
“Pode ter certeza que, pelo volume com que chegam por Cobija, na segunda-feira [29] teremos 250 ou mais”, disse Damião.
 
Outra agravante, segundo ele, é a redução do número de empresas que vão à cidade para contratar os haitianos. Ele disse que o empresariado também “está chegando ao limite” na capacidade de absorver a mão de obra haitiana.
 
Damião Borges não sabe o que fazer com as mulheres grávidas que estão na cidade. Até o momento, ele informou que há no abrigo entre dez e 15 mulheres nessa situação, que não são contratadas pelos empresários. Segundo ele, o hospital da cidade não tem como fazer o trabalho de parto dessas haitianas.
 
O problema aumenta, segundo Damião, porque a população de Brasileia “cansou e não está ajudando mais em nada [doações de alimentos, por exemplo]”. Brasileia e Cobija são cidades de fronteira divididas pelo Rio Acre. Os haitianos que chegaram ao Brasil usam os serviços de taxistas bolivianos e entram em Brasileia por duas pontes que unem as cidades.
 
Edição: Talita Cavalcante
 
Leia também
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
Leia mais sobre Brasil (símbolo na barra lateral)
 

Guiné-Bissau: SURTO DE CÓLERA, CHEFE “ALHEIO”, GOVERNO FANTOCHE QUER RESPEITO

 
 
OMS confirma casos de cólera na Guiné-Bissau
 
25 de Outubro de 2012, 16:00
 
Bissau, 25 out (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou hoje a existência de um surto de cólera na Guiné-Bissau, que já causou nove mortos entre cerca de duas mil pessoas afetadas.
 
A Guiné-Bissau começou a ser atingida em agosto por um surto que as autoridades locais consideram ser de diarreia aguda, lançando apelos às populações sobre os cuidados a ter com o saneamento básico e com os alimentos.
 
A pedido das autoridades sanitárias guineenses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou análises que revelaram que o surto inclui diarreias e cólera.
 
Fonte do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau disse hoje à Agência Lusa que "como a OMS diz, há cólera", o que não significa que os cerca de dois mil infetados tenham sido atingidos pela doença.
 
"Não negamos que haja cólera. Poucos casos. Mas dizer que as pessoas que têm sido atingidas pela diarreia aguda têm todas cólera, isso não podemos admitir, porque sabemos que a cólera mata rápido se não for bem tratada", disse a fonte.
 
A fonte do ministério da Saúde confirmou que até terça-feira foram registados 1.807 casos de diarreia aguda, que resultaram na morte de nove pessoas, sete das quais na capital, Bissau.
 
"Temos de admitir que algumas dessas pessoas terão falecido devido a cólera, mas há um surto declarado de diarreia no país", observou a fonte da Saúde Publica guineense, lembrando que na última epidemia de cólera registada no país em 2008 "em poucos dias" morreram mais de 200 pessoas.
 
A fonte oficial enfatizou que as diarreias são frequentes na Guiné-Bissau na época das chuvas (entre de maio e novembro) sobretudo em Bissau "devido às péssimas condições de higiene e saneamento", apontando situações em que as latrinas ou as casas de banho são construídas ao lado de poços de água.
 
MB //JMR.
 
Chefe das forças armadas da Guiné-Bissau afirma ser alheio a espancamento de políticos
 
25 de Outubro de 2012, 16:44
 
Bissau, 25 out (Lusa) - O chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou ser completamente alheio ao espancamento de dois políticos na segunda-feira e que está a "tentar esclarecer a situação", disse hoje o Movimento da Sociedade Civil.
 
Na segunda-feira, um dia depois de uma tentativa de assalto a um quartel militar, Iancuba Indjai e Silvestre Alves, líderes de pequenos partidos da Guiné-Bissau, foram levados por militares e abandonados em matas depois de espancados.
 
Mamadu Queta, vice-presidente e porta-voz do Movimento da Sociedade Civil (organização que congrega organizações da sociedade civil e sindicatos), disse hoje à Lusa que se reuniu na terça-feira com António Indjai, chefe das Forças Armadas, para lhe expressar as suas preocupações sobre a situação na Guiné-Bissau, e que hoje também se reuniu com o primeiro-ministro de transição com o mesmo objetivo.
 
"Salientei a necessidade da salvaguarda dos direitos fundamentais dos cidadãos e de que não se pode fazer justiça por mãos próprias", disse Mamadu Queta, acrescentando que recebeu de António Indjai a garantia de não ter mandado espancar os dois políticos e de que apenas tinha mandado deter Ibraima Só (outro dirigente político, que não foi encontrado pelos militares).
 
"Garantiu que irá esclarecer a situação dos espancamentos e disse que continuam à procura dos implicados no caso de domingo", disse Mamadu Queta.
 
Segundo o responsável, na reunião de hoje o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, também confirmou "que a situação decorrente dos acontecimentos de domingo deve de ser resolvida pela justiça", tendo igualmente mostrado disponibilidade "para colaborar com a Sociedade Civil".
 
O Movimento da Sociedade Civil está a diligenciar para ser recebido pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
 
Na madrugada de domingo um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
 
FP //JMR.
 
Governo de transição da Guiné-Bissau considera "vergonhosas" declarações de dirigentes cabo-verdianos
 
25 de Outubro de 2012, 20:16
 
Bissau, 25 out (Lusa) - O porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, considerou hoje "vergonhosas" as declarações do primeiro-ministro e do Presidente de Cabo Verde sobre a Guiné-Bissau e pediu que acabem as "faltas de respeito".
 
"Perguntamos se a independência de Cabo Verde é verdade e de que país é que veio. Terá vindo de Portugal?", questionou Fernando Vaz, em declarações à RTP África, em Bissau, a propósito de declarações do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.
 
Na sequência da tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem sempre as declarações políticas correspondem à realidade.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
Leia mais sobre Guiné-Bissau (símbolo na barra lateral)
 

Timor-Leste: MAIS KIRSTY, MAIS SIDA, MAIS PEDINCHA, MAIS UM MASSACRE

 


Presidente da República dá posse à embaixadora da Boa Vontade
 
25 de Outubro de 2012, 15:09
 
O Presidente da República Taur Matan Ruak empossou Kirsty Sword Gusmão como a embaixadora da Boa Vontade para a educação em Timor-Leste, no Palácio do Presidente, em Aitarak Laran.

Taur Matan Ruak tomou a iniciativa de nomear Kristy, embaixadora da Boa Vontade, pelo interesse que a mesma tem demonstrado pela melhoria na área da educação.

Kirsty Sword Gusmão agradeceu ao ex-presidente da república, José Ramos Horta e ao actual presidente da república, Taur Matan Ruak pela confiança na continuidade da prestação do seu serviço no campo da educação em Timor-Leste.

SAPO TL ho Suara Timor Lorosa’e

Pessoas infectadas com HIV/SIDA aumenta a cada dia
 
25 de Outubro de 2012, 16:14
 
O número de pessoas infectadas com HIV/SIDA aumentou para 294, segundo a direcção nacional das doenças contagiosas em Timor Leste, pela voz da directora nacional de saúde comunitária Isabel, no hotel Vila Verde.

A cada dia o número aumenta. Mensalmente é feito um relatório nos 13 distritos.

294 casos da HIV/SIDA, 31 dos quais morreram e os outros pacientes estão receber um tratamento intensivo. Em maior número regista-se os distritos de Díli, Bobonaro e Baucau, refere a directora.

A doença é transmitida através da relação sexual e transfusão de sangue. As populações devem cuidar da sua saúde, pois é uma doença difícil de curar, disse Isabel.

SAPO TL com Suara Timor Lorosa’e

Consulado de Portugal em Timor-Leste tem novas regras de atendimento
 
26 de Outubro de 2012, 15:00
 
Díli, 26 out (Lusa) - O consulado de Portugal em Timor-Leste, Díli, informou hoje que há um novo modelo de atendimento ao público, que passa pela marcação por telefone ou através de endereço eletrónico.
 
"Em paralelo à construção de um novo espaço de atendimento da seção consular foi acrescentado um novo modelo de atendimento", afirmou à agência Lusa a consulesa de Portugal em Timor-Leste, Sílvia Inácio.
 
Segundo Sílvia Inácio, atualmente as pessoas interessadas em tratar de atos consulares ou outros assuntos devem fazer marcação por telefone - através do(00670)3311520 - nos dias úteis, entre as 08:00 e as 18:00, ou enviar um correio eletrónico para o endereço consular@embaixadadeportugal.tl.
 
A comunidade de portugueses e luso-timorenses residentes em Timor-Leste é de cerca de 16 mil pessoas.
 
O consulado de Portugal em Timor-Leste é a única entidade que emite vistos para o espaço Schengen.
 
MSE // DM.
 
Inaugurada exposição para recolha de fundos para ala pediátrica de hospital de Timor-Leste
 
26 de Outubro de 2012, 15:30
 
Díli, 26 out (Lusa) - Uma mostra de fotografias sobre a vida de crianças em Díli, Timor-Leste, abriu hoje ao público no Hotel Timor e as receitas da venda daquelas obras vão reverter para a ala pediátrica do Hospital Nacional Guido Valadares.
 
O trabalho é do fotógrafo indonésio, residente na Finlândia, Rio Gandara, e pode ser visto até 08 de novembro.
 
Em declarações à Lusa, Rio Gandara explicou que quando chegou há um ano, em Díli, começou a tirar fotografias reparou que havia sempre crianças.
 
"Foi por isso que decidi fazer só fotografias de crianças e foi muito gratificante, porque enquanto tirava as fotografias falava e brincava com elas", explicou.
 
Para Rio Gandara, o trabalho foi também "muito nostálgico", porque as crianças timorenses o remeteram para o local onde nasceu e cresceu na Indonésia.
 
"Depois decidi que tinha de dar algumas coisas a estas crianças e resolvi fazer a exposição e contatei algumas organizações não-governamentais que me apoiaram e decidimos que o dinheiro da venda das fotografias vai para a ala de pediatria do Hospital Nacional Guido Valadares", disse.
 
A exposição inclui dezenas de fotografias de crianças timorenses na escola, na praia, a jogar futebol ou até a vender ovos, retratando o seu dia a dia.
 
MSE // DM.
 
Cinco mortos e cinco feridos em ataque no subdistrito timorense de Atabae
 
26 de Outubro de 2012, 19:19
 
Díli, 26 out (Lusa) - Cinco pessoas morreram e cinco ficaram feridas num ataque contra uma casa em Atabae, subdistrito do distrito de Bobonaro, na zona ocidental de Timor-Leste, disse hoje à agência Lusa fonte policial.
 
Segundo a mesma fonte, entre as vítimas mortais há crianças.
 
A fonte policial precisou que o ataque ocorreu na noite de quinta-feira e as causas ainda não foram determinadas, nem foram detidas pessoas.
 
A polícia está a proceder a investigações, disse a fonte, acrescentando que os cinco feridos se encontram internados no Hospital Guido Valadares, em Díli.
 
Atabae fica a cerca de uma centena de quilómetros de Díli.
 
MSE // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
Leia mais sobre Timor-Leste (símbolo na barra lateral)
 

Cabo Verde: TODOS NÓS E A DEMOCRACIA FICAMOS MAIS POBRES COM O FIM DO LIBERAL

 


Liberal chega ao fim
 
CARTA AOS LEITORES
 
As prontas manifestações de solidariedade dos muitos leitores, ao mesmo tempo que nos têm comovido, demonstram claramente que Liberal está vivo no coração de um sector importante da sociedade cabo-verdiana, mas como já dissemos a sobrevivência do jornal passa por compromissos que lhe garantam meios de subsistência para além do imediato
 
Prezados leitores, caros amigos,
 
Liberal agradece encarecidamente todas as manifestações de apoio que tem recebido por várias vias, mas informa não ter ainda encontrado uma solução para obstar ao seu encerramento.
 
A maioria dos leitores tem sugerido a divulgação de um número de conta bancária e manifestado a intenção de apoiar financeiramente o jornal. Compreendemos que se trata de uma boa possibilidade que pode ajudar bastante mas que, no entanto, não resolve os problemas de fundo do Liberal.
 
A continuidade do nosso jornal, bem mais do que apoios pontuais – ou de promessas de apoio -, necessita de compromissos sérios, sustentados por quem se queira empenhar efectivamente na manutenção deste jornal enquanto projecto editorial e trincheira de combate pela liberdade, pelo pluralismo e pela democracia, contra as entorses autoritárias.
 
Ou seja, não pretendemos aguentar o jornal por mais uns tempos, queremos dar-lhe sustentabilidade financeira que lhe permita continuar a ser o grande espaço de liberdade que sempre foi.
 
As prontas manifestações de solidariedade dos muitos leitores, ao mesmo tempo que nos têm comovido, demonstram claramente que Liberal está vivo no coração de um sector importante da sociedade cabo-verdiana, mas como já dissemos a sobrevivência do jornal passa por compromissos que lhe garantam meios de subsistência para além do imediato.
 
Continuamos à espera de soluções de compromissos, pelo que quem queira ajudar-nos a encontrá-las poderá contactar-nos através do seguinte endereço electrónico: geral@liberal-caboverde.com
 
E, havendo uma solução, comprometemo-nos, desde já, a tudo fazermos para que as trafulhices, as fraudes, as incompetências, os actos corruptos, os nepotismos e as mentiras sejam aqui, neste espaço, vigorosamente denunciados para que não minem os bons hábitos que devem prevalecer nos servidores públicos do Estado cabo-verdiano.
 
Liberal
 
*Título PG
 
O NOSSO IMPERIOSO LAMENTO
 
As más notícias correm depresa, dizem. Pela nossa parte procurámos contrariar o ditado e ignorámos por uns dias a notícia do fecho do jornal caboverdiano Liberal - temendo uma percipitação. Mas tem de ser. Por muito que nos custe devemos transcrever a notícia, a exemplo de tantas outras que usámos por fonte no Liberal, a exemplo de tantas colunas de opinião que lhe “roubámos” e que veículavam uma postura diferente deste jornal em relação ao alinhamento servil dos poderes instituidos - mais ou menos democráticos - em Cabo Verde.
 
A rebeldia do Liberal, dos seus “obreiros”, esteve sempre patente naquilo que colhiam para fundamentar as suas críticas e o NÃO justificado à paz podre que outros da comunicação social daquele país parecem não ver e recusam desnudar, varrendo para debaixo do tapete o que não devem.
 
Acaba o Liberal. Acaba com ele um pouco da crina rebelde e agitada mas coerente do corcel da democracia. Lamentamos. Imperiosamente lamentamos. Agarrados à esperança de que o Liberal regresse, se possivel com mais energia para cavalgadas em defesa da liberdade de informar e formar as hostes que têm por dever estar atentas aos que falseiam a democracia, a justiça, a liberdade, a verdade.
 
Página Global fica à espera do regresso do Liberal porque já basta de todos nós andarmos a ficar cada vez mais pobres.

(Redação PG)
 

Cabo Verde: DURÃO BARROSO CHEGA HOJE E OLIVEIRA MARTINS CHEGOU PRIMEIRO

 


Durão Barroso chega hoje a Cabo Verde para reforçar parceria especial da UE
 
26 de Outubro de 2012, 04:22
 
Cidade da Praia, 26 out (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia (CE) chega hoje à Cidade da Praia para uma visita de dois dias, aproveitada para assinar dois acordos de cooperação e assinalar o 5.º aniversário da Parceria Especial UE/Cabo Verde.
 
Logo após a sua chegada, prevista para as 17:00 locais (19:00 em Lisboa), José Manuel Durão Barroso reúne-se com o chefe do executivo cabo-verdiano, José Maria Neves, a que se seguirá uma reunião entre as delegações da União Europeia (UE) e de Cabo Verde.
 
Depois, as duas partes assinarão outros tantos acordos - o Protocolo de Revisão a Meio Percurso do 10.º FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento) e o Acordo de Facilitação da Atribuição de Vistos de Curta Duração -, após o que se seguirá uma conferência de imprensa conjunta com Barroso e Neves.
 
A parceria especial, assinada em 2007, abarca seis pilares: boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, transformação, modernização e convergência técnica e normativa, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento.
 
O acordo relacionado com a concessão de vistos é celebrado no quadro da Parceria para a Mobilidade, estabelecida entre as duas partes em 2007, enquanto instrumento para melhorar a circulação legal de pessoas entre a UE e países terceiros e subscrita inicialmente por quatro países - Portugal, Espanha, França e Luxemburgo.
 
O documento visa diminuir o prazo de tomada de decisão sobre a emissão de vistos, implementar taxas de vistos preferenciais ou isenção total delas para uma dezena de categorias profissionais, envolvendo os titulares de passaportes diplomáticos, estudantes e integrantes de programas culturais e desportivos, empresários e jornalistas.
 
Sábado, e após uma visita à sede da UE na Cidade da Praia, o presidente da CE segue para a Assembleia Nacional (AN), onde, além de reuniões com o presidente do parlamento e com os líderes das duas bancadas parlamentares, discursará no hemiciclo, onde assinará, posteriormente, o livro de honra.
 
Ainda de manhã, Barroso é condecorado pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, com a medalha de Primeiro Grau da Ordem Amílcar Cabral, a mais alta distinção honorífica do país.
 
Após uma visita ao Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), projeto apoiado pelos "27", e de um almoço na residência oficial em Monte Tchota (20 quilómetros a norte da Cidade da Praia), Barroso segue para a ilha de São Vicente, onde terá encontros com a edilidade local, que lhe entregará a "Chave da Cidade do Mindelo".
 
Ainda no Mindelo, Barroso visitará alguns projetos financiados pela UE, jantando com escritores, intelectuais, artistas plásticos e músicos cabo-verdianos, após o que regressará à Cidade da Praia e seguirá para Lisboa na mesma noite.
 
JSD // HB
 
Presidente do Tribunal de Contas de Portugal defende papel dos TC no combate à crise
 
25 de Outubro de 2012, 17:27
 
Cidade da Praia, 25 out (Lusa) - Se os governantes europeus tivessem ouvido as orientações dadas, há anos, pelos tribunais de contas (TC), a crise financeira internacional não teria a dimensão que tem, disse hoje à agência Lusa o presidente do TC de Portugal.
 
Guilherme Oliveira Martins que é também presidente da Organização dos Tribunais de Contas Europeu (EUROSAI), salientou que "muito poderia ter sido evitado", mas manifestou esperança de que, daqui para a frente, as coisas possam mudar.
 
"Se as suas orientações (da EUROSAI) tivessem sido mais ouvidas, muito daquilo a que se chegou teria sido evitado. Daqui para a frente, é indispensável tomarmos consciência de que os TC têm de ser mais ouvidos, uma vez que é a única maneira de superarmos a atual crise", sublinhou.
 
Oliveira Martins sustentou que, para superar a crise, "que é global", é preciso "resolver um dilema e superar um paradoxo", que "não pode haver ultrapassagem da crise sem disciplina e investimento produtivo, criador de emprego".
 
"As medidas que duravelmente têm de ser adotadas exigem que os Estados não se endividem e que, ao mesmo tempo, realizem despesas reprodutivas orientadas para a Justiça e criação de emprego", acrescentou Oliveira Martins, que participa na capital cabo-verdiana num encontro dos presidentes dos Tribunais de Contas lusófonos.
 
Para Oliveira Martins, em Portugal chegou-se a uma situação em que "cada vez mais" se tomou consciência de que os TC "têm um papel fundamental e têm de ser ouvidos".
 
Sublinhando que os atuais meios à disposição do TC português são "adequados", Oliveira Martins indicou que a atual legislação portuguesa neste domínio está "aperfeiçoada" - a última revisão foi feita em finais de 2011 -, o que permite aumentar a "relevância" das instituições de fiscalização das contas públicas.
 
"Hoje, pode dizer-se que o TC, na sua ação em Portugal, tem consequências e que os cidadãos podem estar certos e seguros de que a instituição está muito atenta à melhor utilização possível do dinheiro público", afirmou.
 
Questionado pela Lusa sobre a falta de visibilidade ou de credibilidade do TC, Oliveira Martins destacou que existem três tipos de responsabilidade.
 
"A política, que cabe ao parlamento, a criminal, que cabe aos tribunais comuns, e a financeira, que cabe aos TC. A responsabilidade financeira do TC tem sido exercida com eficácia. Os nossos relatórios dizem claramente que o número de sanções aplicadas tem registado um aumento", respondeu.
 
"Em relação ao parecer da última conta geral do Estado, atingimos 80 por cento de recomendações cumpridas. Mas, ainda assim, há recomendações que não têm sido acatadas", acrescentou, defendendo a generalização do Plano Oficial de Contabilidade Pública, que muitos serviços ainda não têm.
 
JSD //JMR.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
Leia mais sobre Cabo Verde (símbolo na barra lateral)
 

Angola: SUCESSO NA PROJEKTA, QUE PREPARA UA PARA HAVER ORDEM NA GUINÉ-BISSAU?

 


Ministro considera Angola um caso de "sucesso" na abertura da maior feira setorial do país
 
25 de Outubro de 2012, 18:34
 
Luanda, 25 out (Lusa) - A nova imagem de Angola e o caso de "sucesso" que constitui, foram hoje evidenciadas em Luanda pelo ministro da Construção, Fernando Fonseca, na abertura da 10.ª edição da Projekta, a maior feira setorial de Angola.
 
A Feira Internacional de Equipamentos e Materiais para Construção Civil, Obras Públicas, Urbanismo e Arquitetura decorre até ao próximo domingo nas instalações da Feira Internacional de Luanda (FILDA) e marca o início das primeiras parcerias público-privadas (PPP), em infraestruturas rodoviárias e na exploração de postos de venda de combustíveis.
 
Fernando Fonseca destacou o facto desta edição da Projekta ser a montra do que designou como "nova dinâmica do país" que ao transformar-se num "canteiro de obras passou a refletir a imagem de uma Angola em movimento acelerado, com vontade de se refazer das marcas da guerra e de projetar o seu desenvolvimento".
 
"As feiras temáticas visam mudar a imagem de destruição e mostram o país em franca e irreversível mudança, voltado para o futuro, disposto a refazer-se", acrescentou.
 
Segundo Fernando Fonseca, com o fim da guerra civil há 10 anos, Angola "transfigurou-se, mudou para melhor, passou a oferecer aos seus cidadãos mais e melhores serviços e criou uma rede de infraestruturas públicas".
 
Citando o Presidente José Eduardo dos Santos no seu discurso de posse no passado dia 26 de setembro, Fernando Fonseca salientou que entre as prioridades do governo angolano está "prosseguir com dinamismo a reconstrução e o desenvolvimento das infraestruturas".
 
"Angola é hoje não só uma referência positiva no mundo, mas indiscutivelmente um caso de sucesso", frisou.
 
Com 380 empresas angolanas e estrangeiras (Portugal, África do Sul, Brasil, Itália e Turquia) presentes no certame, sob o tema "Projetar o futuro, construindo o presente", a edição deste ano da da Projekta visa "criar um espaço dinâmico capaz de potenciar os contactos e o estabelecimento de parcerias duradouras", refere a organização no programa do evento.
 
As empresas portuguesas constituem o maior contingente das estrangeiras presentes no certame, com 70 representações.
 
Destas, 55 estão no pavilhão organizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), cujo diretor comercial, Jorge Oliveira, disse à agência Lusa que há "bastante entusiasmo por parte das empresa portuguesas, que estão cada vez mais a apostar na internacionalização dos negócios".
 
Jorge Oliveira destacou ainda a importância do mercado angolano para os setores da construção civil e obras públicas em Portugal, sendo atualmente o quarto mais importante a nível mundial para as vendas de produtos e bens portugueses.
 
Quanto ao trabalho da AIP, Jorge Oliveira disse que além da participação na Projekta, as empresas portuguesas representadas estiveram já em Benguela e no Lobito, litoral sul de Angola, e durante a realização da feira visitam projetos e as universidades Agostinho Neto e Lusíada.
 
"Esta é uma novidade. A AIP está a fazer um projeto com os departamentos de Arquitetura da Universidade Agostinho Neto e da Universidade Lusíada, com apoio da Ordem dos Arquitetos portuguesa, que oferece livros para as bibliotecas das universidades", afirmou.
 
Com uma área de 15 mil metros quadrados, a Projekta2012 conta com 380 empresas, 60 por cento das quais são fornecedoras de equipamentos e materiais de construção.
 
EL // NV.
 
Angola quer saber o que está a União Africana a preparar para repor ordem constitucional na Guiné-Bissau
 
26 de Outubro de 2012, 08:26
 
Luanda, 26 out (Lusa) - Angola quer saber o que a União Africana (UA) está a preparar para "repor a ordem constitucional" na Guiné-Bissau, manifestou o secretário de Estado das Relações Exteriores angolano, citado na edição de hoje o diário estatal Jornal de Angola.
 
Manuel Augusto, que interveio na quinta-feira em Adis Abeba, na reunião ministerial do Conselho de Paz e Segurança da UA, acrescentou que a situação na Guiné-Bissau "está cada vez mais preocupante e urge a necessidade de a UA e todos os envolvidos trabalharem unidos para ajudar a encontrar uma solução de paz", escreve o Jornal de Angola.
 
Na madrugada de domingo, um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante.
 
A informação foi prestada pelo Governo de transição, que diz que o grupo era comandado pelo capitão Pansau N´Tchama e acusa Portugal, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e o primeiro-ministro guineense deposto, Carlos Gomes Júnior, de envolvimento no ataque.
 
Na reunião ministerial da UA, foi ainda debatida a aplicação dos acordos entre o Sudão e o Sudão do Sul e a situação no Mali, onde o norte é controlado por islamitas radicais.
 
EL // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
Leia mais sobre Angola (símbolo na barra lateral)
 

Mais lidas da semana