quarta-feira, 17 de abril de 2024

O genocídio de Gaza como política explícita: Michael Hudson cita todos os nomes

Israel, Gaza e Cisjordânia devem ser vistos como uma abertura da Nova Guerra Fria.

Pepe Escobar* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Naquele que pode ser considerado o podcast mais crucial de 2024 até agora, o professor Michael Hudson – autor de obras seminais como Super-Imperialismo e o recente The Collapse of Antiquity , entre outros – estabelece clinicamente os antecedentes essenciais para compreender o impensável: um genocídio do século XXI transmitido ao vivo 24 horas por dia, 7 dias por semana, para todo o planeta.

Em uma troca de e-mails, o professor Hudson detalhou que agora está essencialmente “derramando o feijão” sobre como, “50 anos atrás, quando trabalhei no Instituto Hudson com Herman Kahn [o modelo para o Dr. Strangelove de Stanley Kubrick], os membros israelenses do Mossad estavam sendo treinados, incluindo Uzi Arad. Fiz duas viagens internacionais com ele e ele me contou praticamente o que aconteceu hoje. Ele se tornou chefe do Mossad e agora é conselheiro de Netanhayu.”

O Prof. Hudson mostra como “o plano básico de Gaza é como Kahn concebeu a divisão da Guerra do Vietname em sectores, com canais cortando cada aldeia, como os israelitas estão a fazer aos palestinianos. Também já na altura, Kahn apontou o Baluchistão como a área para fomentar a perturbação no Irão e no resto da região.”

Não é por acaso que o Baluchistão tem sido território de jóias da CIA durante décadas, e recentemente com o incentivo adicional da interrupção, por qualquer meio necessário, do Corredor Económico China-Paquistão (CPEC) – um nó de conectividade chave da Iniciativa Cinturão e Rota Chinesa ( BRI).

O professor Hudson liga então os pontos principais: “Pelo que entendi, o que os EUA estão a fazer com Israel é um ensaio geral para que o país avance para o Irão e para o Mar do Sul da China. Como você sabe, não existe Plano B na estratégia americana por um bom motivo: se alguém criticar o Plano A, não será considerado um jogador de equipe (ou mesmo um fantoche de Putin), então os críticos terão que ir embora quando virem isso. eles não serão promovidos. É por isso que os estrategas dos EUA não param e repensam o que estão a fazer.”

Sudão: "Um milhão de pessoas podem morrer de fome"

A guerra no Sudão começou há um ano e deixou 8,6 milhões de deslocados, vítimas da violência e da fome. Em Paris, chefe da União Europeia diz ser de uma das piores crises humanitárias do mundo. Alemanha pede mais apoio

No dia em que se completa um ano desde o início da guerra no Sudão, líderes europeus reunidos na capital francesa, Paris, pediram mais ajuda para o país, onde milhões de pessoas sofrem diariamente com a violência e a fome.

O conflito já fez pelo menos 14 mil mortos. Diariamente, 20 mil pessoas são deslocadas no país, segundo a Organização das Nações Unidas para as Migrações (OIM).

Segundo a ONU, desde o início dos combates, há um ano, "milhares" de civis foram mortos, feridos, detidos arbitrariamente ou desaparecidos à força. A organização denuncia ataques indiscriminados em zonas densamente povoadas, ataques com motivações étnicas e uma elevada incidência de violência sexual. 

Apelo a mais ajuda

Perante a situação humanitária catastrófica que se vive no país africano, a Alemanha, a França e a União Europeia (UE) apelaram nesta segunda-feira (15.04) à comunidade internacional para que preste mais apoio, urgentemente, à população da região.

"Se não tomarmos medidas maciças como comunidade mundial, o Sudão enfrentará uma fome terrível", disse a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, na conferência de ajuda ao país do nordeste de África, realizada hoje, em Paris.

"Na pior das hipóteses, um milhão de pessoas poderão morrer de fome este ano", disse a ministra alemã.

Angola | Brancos do Puto e de Segunda – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O senhor Vidigal tocava sanfona e cantava nos bares dos pretos, porque os espaços destinados aos brancos lhe foram vedados. A sanfona era velha e resfolegava. A voz do cantor estava queimada pelos excessos alcoólicos. O reportório era sempre o mesmo: Ai, ai, ai, ai. Ai o cheiro que a rosa dá. Ai, ai, ai, ai, ai. Vem à janela morena vem cá! Nesse tempo chegou uma modinha brasileira ao Negage que era assim: Quem te ensinou a nadar/ foi o peixinho do mar/ foi, foi, foi moreninha/ foi o peixinho do mar. E nós mudámos a letra: Quem te ensinou a beber/ foi o senhor Vidigal/ Foi, foi, foi moreninha/ foi o senhor Vidigal. A moreninha era Joana que quando avariava da cabeça se passeava nua pelas ruas poeirentas da aldeia.

Um dia pedi ao senhor Vidigal para me ensinar a sanfonar e ele, já entornado, com umas litradas de cerveja laurentina no bucho, despachou-me: Não dou confiança a brancos. Mas ele era branco ainda que vivesse na sanzala! Um tanto amachucado, encardido, mas branco do Puto (da Tuga como agora se diz), daqueles que quando atravessavam o Equador, desembarcavam em Luanda ou no Lobito e trepavam logo para o topo da escala social. 

Algum tempo depois fui obrigado a tirar o bilhete de identidade para fazer o exame de admissão ao liceu. Na parte onde dizia raça, estava escrito: Branco de segunda. Naquele tempo, há 70 anos, em Angola era assim. Os filhos dos colonos nascidos na colónia eram impuros, de segunda, não chegavam aos calcanhares dos brancos que vinham do Puto. Por isso é que os colonos endinheirados mandavam as suas esposas dar à luz em Portugal. Ou sempre que podiam, registavam os rebentos também em Portugal, para serem falsos brancos de primeira. Essa maka ficou resolvida no final dos anos 50. A “raça” desapareceu dos bilhetes de identidade. Nem negros, nem “mixtos” nem brancos.

Lá no mato era assim, no resto de Angola não sei. Mas no Negage mesmo os brancos eram graduados conforme a sua província de origem em Portugal. Quem tinha a marca de preso político, como meu Pai, era atirado para a sanzala. Os do Uíge diziam que o Negage era a aldeia dos macacos. E nós fomos atirados para os subúrbios desse lugar desclassificado, vizinhos das sanzalas do Catumbo, Cangundo e Dambi. Não éramos brancos de verdade. 

Hoje está tudo igual. A supremacia branca é exclusiva dos países do G7 (EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) excluindo os asiáticos do Japão. Esses são ricos mas não são brancos. Ainda que rastejem aos pés dos brancos. O Poder Branco tentou impor-se em Angola, à boleia do Savimbi e da UNITA. Os seus mentores falharam. Savimbi foi depois recuperado pelo regime racista da África do Sul, num tempo em que já não existia segregação racial nos EUA, por força das Leis Jim Crow que vigoraram entre 1876 e 1965, já eu andava de repórter.

Portugal | Operação Influencer. MP perde recurso no Tribunal da Relação de Lisboa

Arguidos vão ficar apenas sujeitos a termo de identidade e residência.

O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou, esta quarta-feira, o recurso apresentado Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Influencer, aliviando as medidas de coação de todos os arguidos, avançou a SIC e a CNN Portugal. Além disso, considerou que não há indícios de tráfico de influências para Diogo Lacerda Machado e para Vítor Escária, ex-chefe de gabinete de António Costa. 

Os arguidos ficam sujeitos a Termo de Identidade e Residência, deixando de estar proibidos de sair do país, e não terão de pagar cauções à justiça.

Na decisão a que a SIC teve acesso, o Tribunal da Relação esclarece que a decisão "foi tomada por unanimidade"

"Concluiu o Tribunal que os factos apurados não são, só por si, integradores de qualquer tipo criminal", refere o documento, citado pela estação.

Recorde-se que o Ministério Público pretendia restaurar todos os crimes pelos quais indiciava os arguidos e queria medidas de coação mais pesadas. A Operação Influencer, recorde-se, levou à demissão do então primeiro-ministro António Costa.

Esta operação tornou-se pública com uma operação realizada em 7 de novembro pelo MP, que envolveu 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas: Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.

No total, há nove arguidos no processo, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

Notícias ao Minuto

Ler/Ver em NM:

"Fui apenas vítima". Sócrates avança com nova impugnação judicial

Portugal | A PASSOS LARGOS

Henrique Monteiro | HenriCartoon 

Ferreira Leite ataca Passos Coelho por declarações sobre Montenegro e Portas

PORTUGAL

A antiga líder do PSD não gostou que Pedro Passos Coelho “denunciasse” pessoas com quem colaborou. Ferreira Leite critica ainda que a intervenção surja no início do novo Governo PSD.

Manuela Ferreira Leite considera absolutamente inaceitáveis as recentes declarações feitas por Passos Coelho. A ex-líder social-democrata critica o "timing e conteúdo" escolhidos pelo ex-primeiro-ministro.

Numa entrevista, esta segunda-feira, na rádio Observador, Pedro Passos Coelho afirmou que Luís Montenegro se quer “desligar” da sua “herança” e acusa Paulo Portas de não ser de “confiança” aos olhos da ‘troika’.

Em reação a estas palavras, também em declarações à rádio Observador, esta terça-feira, Manuela Ferreira Leite defende que as críticas feitas por Passos Coelho não se fazem no início de um Governo.

“O timing escolhido para a entrevista, o conteúdo das declarações e a nomeação específica das pessoas que foram nomeadas torna esta intervenção absolutamente inaceitável”, afirmou a antiga presidente do PSD.

Questionada sobre se as palavras de Pedro Passos Coelhos deixam o atual primeiro-ministro fragilizado, Manuela Ferreira Leite respondeu que as declarações em causa apenas fragilizam “quem as fez”.

A ex-líder social-democrata foi ainda confrontada com as diferenças de posicionamento de Passos Coelho e Montenegro em relação ao Chega, admitindo que se se “tem identificado com o posicionamento” do atual líder. Mas, ressalva, “mesmo que não me tivesse posicionado nunca escolheria este timing para fosse o que fosse”.

“Não é no início de um Governo que se fazem declarações desta natureza nem se denunciam pessoas que foram antigas colaboradoras”, atirou Ferreira Leite.

Rita Carvalho Pereira | SIC Notícias com vídeo

Portugal | O GOVERNO DE 'MONTENEGO'

Bom dia (apesar de ser algo muito difícil). Vem aí o Curto do Expresso por Liliana Valente, do burgo Francisco Pinto Balsemão da coisa Impresa. Hajam deuses.

O Trato do Curto de hoje pela nossa parte - minorca PG de uns poucos milhões de pespenetas que aqui vêm, parece que para assinar ‘o ponto’ – vai ser breve. Tomem nota:

1 - Existem convites Expresso, talvez de borla. 2 - Cantigas de Montenego memorizadas através do “Memorial dos Trafulhas, Aldrabões e Oportunistas Políticos e Empresariais”. 3 – Nas cantigas existe um refrão simples para os deputados para quem Montenego falará na Assembleia da República. O dito constitui-se por Blá, Blá, Blá, Blá, Blá. Tudo acompanhado por fulanos e fulanas peritos no manuseamento de 77 instrumentos (que seria fastidioso aqui enumerar). 4 – A chamada Operação Marquês reaparece hoje na baila, com barbas compridas e brancas. Dizem que é o tempo da justiça… Qual justiça qual carapuça? Lá por aquela parte o nojo e o fedor sobrepõem-se a quase tudo e a todos deste Portugal dos Pequeninos Tramados, Escravizados e Ignorados… Fezes da Democracia Moribunda. Pois. 5 – Um pacote para terminar a ladainha: Desporto, Cultura, de tudo com cada cor seu paladar. Avisamos que para os plebeus a coisa é amarga, azeda e muito malcheirosa. Aguentemo-nos. Até um dia em que os tais plebeus deixem de ser carneiros.

Fim.

Atentem no Curto. A seguir. Bom resto de semana. O circo continua e os palhaços são os políticos     (não todos mas bastantes). Os paus-mandados dos plebeus são os camelos, os ursos, os bandos de focas aplaudivas e mais. Muito mais do piorio segundo classificação e definição dos ‘dótores da mula ruça’ que se aproveitaram da Revolução de Abril de 1974 para se substituírem "democraticamente" ao regime salazarista-fascista da dita modernidade que nos anda abusivamente a  enrabar há 50 anos…

Ao menos distribuam democraticamente vaselina, por favor! Pois… Boa tarde Montenego.

O Curto a seguir e mais não escrevemos. Por hoje.

MM| Redação PG

Guerras de Netanyahu

Emad Hajjaj, Jordânia | Cartoon Movement

Reino Unido criticado por padrões duplos em crimes israelitas e resposta legal do Irão

# Traduzido em português do Brasil

Islam Times - O ministro das Relações Exteriores do Irã atacou o Reino Unido por apoiar Israel, que está massacrando pessoas em Gaza, dizendo que é surpreendente como o Reino Unido pode se permitir expressar preocupação sobre a resposta legítima do Irã ao ataque fatal israelense contra sua embaixada na Síria. Numa conversa telefónica na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, e o secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, falaram sobre o estado mais recente dos desenvolvimentos na região.

Amirabdollahian referiu-se à defesa legítima do Irão com o objectivo de punir o regime israelita, dizendo que as crises na Ásia Ocidental decorrem do papel destrutivo do regime ocupante israelita.

Ele expressou ainda surpresa com a extensão do apoio que a Grã-Bretanha dá aos crimes do regime sionista e ao assassinato de crianças e pessoas inocentes em Gaza.

Amirabdollahian perguntou a Cameron: “O que é que o governo britânico ganha com este apoio irresponsável a Israel?”

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acrescentou que é surpreendente que, embora vários milhares de toneladas de bombas tenham sido lançadas sobre o povo oprimido de Gaza nos últimos seis meses, a Grã-Bretanha esteja preocupada com a resposta do Irão ao brutal ataque israelita à missão diplomática iraniana em Damasco.

Sublinhou que a ação retaliatória do Irão está em conformidade com o princípio da defesa legítima nos termos do artigo 51.º da Carta das Nações Unidas.

O Irão não saúda uma escalada de tensões na região, mas se o regime israelita procura um acto de aventureirismo, então a próxima resposta do Irão será imediata, mais forte e mais ampla, disse Amirabdollahian, informou o site do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Cameron, por seu lado, expressou preocupação com o aumento das tensões na região após a resposta que o Irão deu aos actos de agressão do regime israelita.

Ele também falou sobre a situação em Gaza, dizendo que a Grã-Bretanha trabalhou 24 horas por dia durante o recente debate sobre uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, a fim de estabelecer um cessar-fogo em Gaza.

Cameron acrescentou que a Grã-Bretanha está a fazer um esforço para que os dois lados também troquem os seus prisioneiros.

Ele alegou que a ação militar iraniana contra Israel era preocupante e aumentava a tensão regional.

O diplomata britânico disse que Londres, ao mesmo tempo, pedirá a Tel Aviv que não faça qualquer movimento, pois não quer uma repetição do que aconteceu de uma forma muito mais ampla.

Ler/Ver em Islam Times:

Autoridades sionistas confusas após a operação anti-Israel do Irã

Oficial promete ao Irã uma resposta mais forte e mais rápida ao novo erro israelense

Todos os mísseis hipersônicos do Irã atingiram alvos em terras ocupadas

Erdogan: Netanyahu, e não o Irão, deveria ser responsabilizado pelas tensões regionais

Islam Times | # Traduzido em português do Brasil

Falando aos jornalistas após uma reunião de gabinete na capital Ancara, Erdogan disse que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e a sua administração são responsáveis ​​pelos ataques aéreos do Irão em 13 de Abril, mas as potências ocidentais recusam-se a reconhecer este facto, informou o Daily Sabah.

“O principal ator responsável pela tensão que tomou conta dos nossos corações na noite de 13 de abril é Netanyahu e a sua sangrenta administração”, disse ele.

Observando que os ataques do fim de semana mostraram a duplicidade de critérios do Ocidente e o potencial de guerra na região, o presidente turco disse que é crucial identificar a principal razão por detrás do ataque de 13 de Abril.

“Desde 7 de Outubro, o governo israelita tem tomado medidas provocativas para alimentar o fogo na região”, disse Erdoğan, acrescentando que o ataque de Israel ao edifício consular do Irão em Damasco, em violação da Convenção de Viena, foi a gota de água.

Ele continuou dizendo que não foram muitos os países que reagiram contra o ataque de Israel, que desrespeitou completamente o direito internacional.

“Aqueles que não manifestaram qualquer oposição à agressão israelita durante meses, estão agora a correr para condenar a resposta do Irão”, disse Erdoğan, acrescentando que deveriam na verdade condenar e criticar Netanyahu, responsável pela morte de 34 mil civis, incluindo mulheres, crianças e bebés. , jornalistas.

“Alimentar o fogo e estragar continuamente a administração de Netanyahu não beneficia ninguém”, disse ele, acrescentando que tal postura injusta levará a novas tensões até que termine a opressão e o genocídio em Gaza.

Erdogan também disse que a Turquia não permitia a venda de quaisquer materiais que pudessem ser utilizados para fins militares por Israel, muito antes dos massacres em Gaza.

Ler/Ver em Islam Times:

EUA não buscam conflito com o Irã: porta-voz do Pentágono

UE alerta Israel; O confronto regional não é do interesse de ninguém

Primeiro-ministro da Malásia: ataques sem precedentes do Irã contra Israel são 'legítimos'

Conselho de Segurança votará quinta-feira sobre candidatura da Palestina à ONU

O bloco regional do Grupo Árabe afirma o seu “apoio inabalável” à candidatura da Palestina.

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

O Conselho de Segurança das Nações Unidas votará quinta-feira o pedido da Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito da ONU, informou a AFP citando várias fontes diplomáticas.

A Palestina, que tem o estatuto de observadora no organismo mundial desde 2012, tem feito lobby durante anos para obter a adesão plena, o que equivaleria ao reconhecimento da condição de Estado palestiniano.

Qualquer pedido para se tornar um Estado membro da ONU deve primeiro passar pelo Conselho de Segurança, onde o aliado de “Israel”, os Estados Unidos, exerce o veto, e depois ser aprovado pela Assembleia Geral.

No meio da guerra israelita em curso na Faixa de Gaza, a Palestina reavivou um pedido de adesão à ONU de 2011 há algumas semanas, o que levou o Conselho de Segurança a lançar um processo de revisão formal, que incluiu um comité que não conseguiu, em 12 de Abril, chegar a um consenso sobre a candidatura da Palestina. e era composto pelos estados membros do Conselho.

O bloco regional Grupo Árabe emitiu um comunicado na terça-feira afirmando o seu “apoio inabalável” à candidatura da Palestina.

OS MÍSSEIS DE ABRIL -- Scott Ritter

Os “Mísseis de Abril” representam um momento de mudança radical na geopolítica do Médio Oriente – o estabelecimento da dissuasão iraniana que afecta tanto Israel como os Estados Unidos.

Scott Ritter* | Consortium News | em Scott Ritter Extra | # Traduzido em português do Brasil

Escrevo sobre o Irã há mais de duas décadas. Em 2005, fiz uma viagem ao Irão para averiguar a “verdade básica” sobre aquela nação, uma verdade que depois incorporei num livro, Alvo o Irã, expondo a colaboração EUA-Israel para elaborar uma justificação para um ataque militar ao Irão destinado a derrubar o seu governo teocrático.

Segui este livro com outro, Empecilho, em 2018, que atualizou este esforço EUA-Israel.

Em Novembro de 2006, num discurso dirigido à Escola de Relações Internacionais da Universidade de Columbia, sublinhei que os Estados Unidos nunca abandonariam o meu “bom amigo” Israel até, claro, o fazermos. O que poderia precipitar tal ação, perguntei?

Observei que Israel era uma nação embriagada de arrogância e poder, e a menos que os Estados Unidos conseguissem encontrar uma forma de retirar as chaves da ignição do autocarro que Israel estava a navegar em direcção ao abismo, não nos juntaríamos a Israel na sua tentativa suicida semelhante a um lemingue. jornada.

No ano seguinte, em 2007, durante um discurso ao Comité Judaico Americano, salientei que as minhas críticas a Israel (contra as quais muitos na audiência se ressentiram) vieram de uma posição de preocupação com o futuro de Israel.

Sublinhei a realidade de que passei a maior parte de uma década a tentar proteger Israel dos mísseis iraquianos, tanto durante o meu serviço na Tempestade no Deserto, onde desempenhei um papel na campanha anti-mísseis SCUD, como como inspector de armas das Nações Unidas. , onde trabalhei com a inteligência israelense para garantir que os mísseis SCUD do Iraque fossem eliminados.

“A última coisa que quero ver”, disse à multidão, “é um cenário em que mísseis iranianos impactassem o solo de Israel. Mas, a menos que Israel mude de rumo, este é o resultado inevitável de uma política impulsionada mais pela arrogância do que pelo bom senso.”

Na noite de segunda-feira, na manhã de terça-feira, 13 e 14 de abril, as minhas preocupações foram transmitidas ao vivo perante uma audiência internacional: mísseis iranianos choveram sobre Israel e não houve nada que Israel pudesse fazer para os impedir.

Tal como aconteceu há pouco mais de 33 anos, quando os mísseis SCUD iraquianos superaram as defesas antimísseis Patriot dos EUA e de Israel para atacar Israel dezenas de vezes ao longo de um mês e meio, os mísseis iranianos, integrados num plano de ataque que foi projetado para sobrecarregar os sistemas de defesa antimísseis israelenses e atingiu alvos designados dentro de Israel com impunidade.

Apesar de ter empregado um extenso sistema integrado de defesa antimísseis composto pelo chamado sistema “Iron Dome”, baterias de mísseis Patriot fabricadas nos EUA e os interceptadores de mísseis Arrow e David's Sling, juntamente com aeronaves americanas, britânicas e israelenses, e As defesas antimísseis embarcadas pelos EUA e pela França, bem mais de uma dúzia de mísseis iranianos atingiram campos de aviação e instalações de defesa aérea israelenses fortemente protegidos.

Os iranianos atingiram pelo menos duas pistas, tirando-as de serviço, e pelo menos cinco estruturas do tipo armazém (isto a partir de imagens de satélite obtidas após o ataque).

O Irã deu a Israel um aviso prévio de cinco horas para transportar itens de alto valor (F-35). Além disso, o Irão não atacou quartéis, quartéis-generais ou alvos que pudessem produzir vítimas.

Os danos podem ter sido pequenos, mas a mensagem é clara: o Irão pode atingir qualquer alvo que quiser, a qualquer momento.

AUKUS liga a Austrália à política perigosa dos EUA

John Queripel* | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

Em Setembro de 2021, o então governo australiano, liderado por Scott Morrison, recorreu ao que muitas vezes é bem sucedido em todo o mundo, uma campanha de medo à segurança nacional, dirigida contra a China, tendo como peça central um acordo AUKUS mal pensado e inventado às pressas com o EUA e Reino Unido.

Considerado na época um clube anglo, de homens brancos, que remete a tempos passados, agora está à beira de cair. A Austrália será a sua principal vítima.

Vinculada ao acordo, a Austrália deverá adquirir oito submarinos de propulsão nuclear da classe Astute por volta de 2050. Esses submarinos AUKUS serão construídos em parceria com o Reino Unido. 

A atual frota de submarinos australiana consiste em uma classe envelhecida de submarinos da classe Collins, prestes a se aposentar. Para preencher a lacuna entre a aposentadoria destes e a classe Astute proposta, os EUA deverão fornecer uma série de submarinos da classe Virginia. A construção naval dos EUA, no entanto, está produzindo apenas metade do número inicialmente planejado para ser construído. É improvável que os EUA suportem os custos e forneçam submarinos da classe Virginia à Austrália, uma vez que não conseguem satisfazer as suas próprias necessidades. 

O custo de tudo isto para a Austrália é proposto em 368 mil milhões de dólares australianos (242 mil milhões de dólares). Este número fantástico não só consumiu as despesas orçamentais necessárias para a educação, a saúde e as infra-estruturas, mas também restringiu outras despesas militares, mais apropriadas para a Austrália. O analista de segurança australiano Allan Behm opinou que o número poderia ser triplicado quando se trata de despesas militares, uma vez que é o que normalmente acontece entre o custo projectado e o custo real, pelo que o custo real para a Austrália pode muito bem ser superior a 1 bilião de dólares.

Cooperação China-Alemanha não é “risco”, mas oportunidade: Xi

Visita injeta positividade nos laços bilaterais China-UE enquanto a Alemanha busca estabilidade

Global Times | # Traduzido em português do Brasil

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou na terça-feira à China e à Alemanha para que vejam e desenvolvam as relações bilaterais a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo, e trabalhem em conjunto para injetar maior estabilidade e certeza no mundo. Xi fez as observações durante uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que concluiu a sua visita de três dias à China em Pequim, depois de liderar uma grande delegação a Chongqing e Xangai.

Tendo como pano de fundo as acusações de subsídios da UE aos veículos eléctricos (VE) e às turbinas eólicas chineses, e a campanha publicitária de "excesso de capacidade" iniciada pelos EUA, Xi apelou a que se encarasse a questão da capacidade de produção objectiva e dialeticamente. Os dois líderes também tiveram uma troca aprofundada de pontos de vista sobre a crise na Ucrânia e outras questões internacionais e regionais de interesse mútuo, informou a Agência de Notícias Xinhua. 

Na terça-feira, Xi e Scholz também passearam pelos terrenos da Diaoyutai State Guesthouse em meio à brisa suave da primavera verdejante, segundo relatos da mídia. 

Uma atmosfera amigável pôde ser sentida durante a visita de Scholz, durante a qual ele visitou fábricas de empresas alemãs na China e fez intercâmbio com estudantes da Universidade Tongji, em Xangai, instituto fundado por um médico alemão há um século e que mantém estreita cooperação com a Alemanha. 

A agenda completa e extensa de Scholz e as suas observações sobre alguns temas sensíveis mostraram que o chanceler alemão manteve um equilíbrio estratégico no meio da pressão de outros partidos como a UE e os EUA, disse Wang Yiwei, diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin de China.

Mais lidas da semana