terça-feira, 28 de agosto de 2012

Timor-Leste: GOVERNO EXPORTA TIMORENSES, FESTA FALINTIL, A DEFESA COM A CPLP

 


Governo envia mais trabalhadores para a Coreia do Sul
 
Timor Digital – 28.08.12
 
Díli - O Governo vai proceder ao envio de mais sete timorenses para trabalharem na Indústria de Pesca sul-coreana.
 
Desde 2008, Timor-Leste já enviou 1.067 pessoas para a Coreia do Sul, com o fim de trabalharem em fábricas. Destes, 300 vão regressar a Timor-Leste em 2014, quando os seus contratos chegarem ao fim.

O secretário de Estado para a Política de Formação e Emprego, Ilídio Ximenes, pediu aos trabalhadores para serem disciplinados enquanto trabalharem na Coreia do Sul.

«A nossa mensagem para os trabalhadores timorenses aconselha-os a terem uma boa atitude e a não destruírem a imagem do país enquanto estiverem no estrangeiro», referiu Ilídio Ximenes.

Aqueles que terminarem o contrato de trabalho no próximo ano e voltarem para Timor-Leste, receberão empréstimos do Governo e do Banco Português em Díli, caso queriam executar o seu próprio negócio, o que poderá ajudar a reduzir o desemprego.

O secretário de Estado do apoio ao sector privado, Veneranda Lemos, disse que os trabalhadores devem ser unidos enquanto estiverem na Coreia do Sul e que deverão agir como embaixadores do seu país, não apenas cuidando dos seus próprios interesses financeiros.

(c) PNN Portuguese News Network
 
Reunião do Ministério da Defesa da CPLP
 
Timor Digital – 21.08.12
 
Díli - Timor-Leste será um país desenvolvido depois de ter implementado o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional, de acordo com o Primeiro-ministro Xanana Gusmão.
 
«É comum dizer que não há paz sem democracia. Mas é igualmente verdade que, sem desenvolvimento, não há democracia e, consequentemente, não há paz», disse Xanana Gusmão, quando se dirigia para a reunião do Ministério da Defesa dos países de língua portuguesa em Fatuhada, Díli, na passada semana.

«É por isso que Timor-Leste está empenhado em implementar o Plano Estratégico de Desenvolvimento a 20 anos, que deve transformar-nos de um subdesenvolvido de baixa renda para uma nação de média-alta renda em 2030, fazendo utilização de todo o nosso material e do potencial humano», referiu.

Timor-Leste vive agora em paz e as instituições democraticamente eleitas desempenham as suas funções com pleno respeito pelas regras constitucionais, disse Xanana Gusmão.

«Isto foi provado recentemente pelas eleições Presidenciais e Parlamentares, que mostraram mais uma vez a maturidade e o civismo do povo timorense», disse o Primeiro-ministro, que se mostrou satisfeito com a reunião.

«A oportunidade de presidir ao início desta reunião faz-me orgulhoso como Primeiro-Ministro do Governo Quinto Constitucional, que foi jurado há apenas 10 dias. Como o ministro da Defesa e Segurança, é uma grande honra receber os representantes maiores das Forças Armadas dos países da CPLP».

Xanana Gusmão disse que a Força de Defesa de Timor-Leste, que é o herdeiro natural das FALINTIL, ainda está a crescer.

«A formação e profissionalização dos nossos militares não teriam sido possíveis sem o apoio de vários países amigos, em particular dos países da CPLP. Como tal, queremos fortalecer os laços de cooperação bilateral que temos», disse o Primeiro-ministro.

«Gostaria de destacar, tendo em vista a importância, o técnico de cooperação militar com Portugal. Entre outras actividades relevantes, esta cooperação tem sido responsável por fornecer treinamento militar para os novos recrutas que entram nas fileiras da F-FDTL», disse.

Xanana Gusmão disse acreditar que Timor-Leste vai continuar a desfrutar da boa vontade e da disponibilidade permanentes por parte dos países irmãos da CPLP.

«Seguindo o que Portugal nos indica, integrando pessoal da F-FDTL na missão no Líbano, queremos continuar a preparar as nossas forças para participarem em missões, sob a bandeira das Nações Unidas», concluiu o Chefe de Governo.

(c) PNN Portuguese News Network
 
37 º aniversário das FALINTIL no Governo
 
Timor Digital – 21.08.12
 
Díli - O Major-General Lere Anan Timur disse que os jovens timorenses devem olhar para os veteranos do país para retirarem exemplos de disciplina e organização.
 
No decorrer da cerimónia realizada esta segunda-feira, 20 de Agosto, para comemorar o 37 º aniversário das Forças Armadas de Libertação e Independência de Timor-Leste no Governo, o Major Lere Anan Timur disse que, durante os 24 anos em que a Indonésia ocupou o país, os veteranos das FALINTIL organizaram-se a trabalhar na selva para combaterem o inimigo.

«É a verdade. Durante a luta, as FALINTIL ganharam o coração do povo timorense ganharam Timor-Leste», disse o Major-General.

Lere Anan Timur agradeceu a outros timorenses que tomaram parte na longa luta contra o exército indonésio, tanto aqueles que trabalharam no movimento como os que faziam parte de uma frente diplomática.

Ele disse que os membros FALINTL lutaram com uma bandeira e um único objectivo: a vitória contra a força de ocupação.

«Os veteranos devem continuar a dar um bom exemplo às pessoas deste país, nomeadamente ajudando a resolver os muitos problemas enfrentados pela nação», disse o Major-General.

O Presidente da República, Taur Matan Ruak, não compareceu na cerimónia por se encontrar doente.

A celebração foi conduzida pelo Presidente do Parlamento Nacional, Vicente Guterres, com as participações do Primeiro-ministro Xanana Gusmão, do Presidente do Tribunal de Recurso, Claucio Ximnes, da Procuradora-Geral Ana Pessoa, e dos membros do Governo e do Parlamento Nacional.

O ex-Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres, o antigo Chefe de Estado, José Ramos Horta, e o ex-Primeiro-ministro, Mari Alkatiri, também participaram, juntamente com representantes de países lusófonos.

Um dia antes da cerimónia, o Presidente Taur Matan Ruak disse que o aniversário das FALINTIL é um motivador para cada cidadão contribuir para o bom desenvolvimento do país.

«Cada um deve trabalhar mais para desenvolver as pessoas e o país», referiu o Chefe de Estado.

Tratou-se também de um dia para lembrar aqueles que morreram em nome da independência do país, disse o Presidente.

(c) PNN Portuguese News Network
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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É CRIME NÃO SER DO MPLA

 

Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*
 
Apesar de garantir que milhões e milhões de angolanos (presumo que cerca de 99%) vão votar no MPLA, o regime angolano continua dar porrada em todos aqueles que sejam, ou aparentem ser, da UNITA.
 
No dia em o “querido líder”, também conhecido por “o escolhido de Deus”, esteve no Huambo, os efectivos da Guarda Presidencial espancaram um jovem por este ter cometido o mais grave dos crimes: usava uma camisola da UNITA.
 
Diga-se, contudo, que o MPLA bem avisou. Quando, no início deste nês, discursava no Estádio Nacional de Ombaka (Benguela) o ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, general Kundi Paihama, disse que os que lutarem contra o MPLA e contra José Eduardo dos Santos “vão ser varridos”.
 
Como o regime só reconhece a existências de um único deus, Eduardo dos Santos, não admite que existam dúvidas, não aceita que a sua liberdade termine onde começa a do Povo. Vai daí, intimida, ameaça, espanca, rapta e mata quem tiver a veleidade de contrariar o “querido líder”.
 
Na senda do que tem feito ao longo dos anos, o MPLA acusa a Oposição de enveredar por "manifestações violentas e hostis, provocando vítimas, inventando vítimas, incentivando a desobediência civil, greves e tumultos, provocando esquadras e agentes e patrulhas da polícia com pedras, garrafas e paus". E como, segundo o regime, todos são culpados até prova em contrário, Eduardo Militão bateu todos os índices de criminalidade ao circular no Huambo com uma camisola da UNITA, ainda por cima no dia em que o dono do país estava na cidade.
 
Outro crime que está a atormentar as soberbas mentes do regime respeita ao facto de, segundo o MPLA, haver indícios de que demasiados angolanos estão a pensar sem ser com a barriga. E isso não pode ser tolerado. Desde logo porque pensar faz ver que existe uma diferença entre a hiena que chora e a que entoa o hino do MPLA.
 
Tendo na memória as manifestações dos jovens ou a mais recente de ex-combatentes, não adianta, pelo menos por enquanto, dizer que a polícia (armada até aos dentes) e os seus capangas à civil, desrespeitam o direito à manifestação e os direitos humanos. E não adianta porque Angola não é um Estado de Direito mas, antes, um reino em que o soba tem plenos poderes, inclusive para mandar matar quem pense de maneira diferente.
 
Seja como for, todos esses manifestantes ajudam a semear a Primavera, embora até agora vivam no mais duro Inverno. Todos gritam que "a polícia é do povo, não é do MPLA", ma continuam a esquecer-se que o MPLA é Angola e Angola é o MPLA.
 
Recorde-se que a 3 de Setembro do ano passado, uma manifestação organizada pelo movimento de jovens terminou com a detenção de 21 manifestantes, 18 dos quais foram julgados e condenados a penas de prisão entre um mês e 90 dias, por ofensas corporais à Polícia e danos materiais.
 
Em Angola "vive-se uma democracia com medo", disse na altura o "rapper" angolano Mona Dya Kidi. Mentira. No reino de Eduardo dos Santos existe a mais avançada democracia de que há conhecimento… Duvidam? É só perguntarem, entre outros, a Cavaco Silva, Passos Coelho ou Durão Barroso. E se, mesmo assim, tiverem dúvidas perguntem ao insuspeito… José Eduardo dos Santos.
 
Falar, no caso de Angola, de democracia com medo é uma forma de branquear a situação, compreensível no contexto de que os angolanos sabem que o regime mata primeiro e pergunta depois. Aliás, se existe medo é porque não existe democracia.
 
O regime de Eduardo dos Santos sabe bem que a melhor forma de exercer a sua “democracia” é ter 70% da população na miséria, é ter tirado a coluna vertebral à esmagadora maioria dos seus opositores políticos e militares, a começar por Geraldo Sachipengo Nunda e acabando em “Black Power”.
 
O regime não brinca em serviço e, por isso, nada como preventivamente mostrar aos manifestantes (bem como aos jornalistas) que quem manda em Angola, tal como em Portugal, é o MPLA.
 
Defender a liberdade de expressão não é nada do outro mundo, mas é algo que o regime não quer. Tudo quanto envolva a liberdade (com excepção da liberdade para estar de acordo com o regime) é algo que causa alergias graves a Eduardo dos Santos.
 
Recorde-se, a propósito das manifestações, que Bento Bento, o chefe do posto do MPLA em Luanda, foi claro quando disse: "Quem tentar manifestar-se será neutralizado, porque Angola tem leis e instituições e o bom cidadão cumpre as leis, respeita o país e é patriota."
 
Apesar de tudo, as manifestações fazem – por muito pequenas que (ainda) sejam - tremer o regime. A tal ponto que – relembremos - perante o anúncio da primeira manifestação, o Governo angolano apressou-se a pagar salários em atraso nas Forças Armadas e na Polícia, a fazer promoções em série e a, inclusive, a mandar carradas de alimentos para a casa de milhares de militares.
 
Basta também ver que, perante essas manifestações, o regime pôs nas rua e por todo o lado – mesmo em locais onde os angolanos nem sabiam que iria haver manifestações – os militares e a polícia a avisar que qualquer apoio popular aos insurrectos significava o regresso da guerra.
 
No entanto, por muita força que tenha a máquina repressora do regime angolano (e tem-na), por muito apoio que tenha de alguns órgãos de comunicação estrangeiros, como a RTP, nunca conseguirá fazer esquecer que a luta continua e a vitória é certa.
 
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
 
Título anterior do autor, compilado em Página Global: SONHAR COM COMIDA E ARROTAR DE SATISFAÇÃO
 

Angola: Nova baía de Luanda foi hoje inaugurada pelo PR Eduardo dos Santos

 

EL - Lusa, com foto
 
Luanda, 28 ago (Lusa) - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, passou a manhã de hoje, dia em que faz 70 anos, em inaugurações, com destaque para a nova marginal da baía de Luanda, numa requalificação liderada pelo consórcio português Mota Engil/Soares da Costa.
 
A obra, orçada em 300 milhões de euros, foi assumida pela banca privada angolana, liderada pelo Banco Atlântico e integra 147 mil metros quadrados de espaços pedonais, três parques infantis, oito espaços para a prática de vários desportos, cinco áreas para iniciativas culturais e 10 novas praças ao longo do passeio marítimo.
 
A inauguração do novo espaço, cuja requalificação se prolongou por 30 meses, bordeja a Avenida 4 de Fevereiro e foi marcada pela realização dos primeiros jogos desportivos da baía nas modalidades de vela, basquetebol, andebol e patinagem, em que participaram 600 crianças.
 
José Eduardo dos Santos, que não interveio, esteve acompanhado da mulher, Ana Paula dos Santos, numa cerimónia em que estiveram presentes o embaixador de Portugal, João da Câmara, membros do Governo angolano, corpo diplomático e diversas individualidades, entre as quais o vice-presidente da República, Fernando Piedade dos Santos, e o presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma.
 
Depois da marginal, José Eduardo dos Santos, sempre acompanhado da mulher, inaugurou a Mediateca de Luanda, espaço com capacidade para atender duas mil pessoas diariamente.
 
As obras do edifício, que ocupa uma área de 2.900 metros quadrados, estiveram a cargo de uma empresa chinesa e duraram 14 meses.
 
Na entrada do novo espaço, José Eduardo dos Santos teve a acolhê-lo algumas dezenas de pessoas, trajadas com as cores do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido que lidera, que gritaram palavras de ordem de incitamento para as eleições gerais de sexta-feira.
 
A última inauguração foi uma unidade de saúde no bairro Katintom, em Luanda, com capacidade de internamento para 120 doentes.
 
O novo hospital prestará serviços nas áreas de pediatria, medicina, maternidade, raio x, hemoterapia, bloco operatório, ortopedia, estomatologia, planeamento familiar, entre outras especialidades.
 

Moçambique: INJUSTIÇA É PARA POBRES, FACIM 2012, LAGO NIASSA DA DISCÓRDIA

 

Défice de cultura jurídica impede aceso de pobres à justiça
 
28 de Agosto de 2012, 10:47
 
Chimoio, Moçambique, 28 ago (Lusa) - O défice de cultura jurídica continua a impedir que a população pobre tenha acesso à justiça em Manica, no centro de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ).
 
Em declarações à Lusa, René Macumbe, delegado provincial do IPAJ em Manica, disse que prevalece a ignorância de cidadãos pobres sobre o direito de acesso à justiça e à assistência jurídica, apelando para maior adesão nos programas de educação cívica da população sobre os seus direitos e deveres perante a lei.
 
"Efetuamos feiras jurídicas para assistir a população carenciada, sobretudo nas zonas recônditas, mas continuamos a priorizar a educação cívica por ser a única forma do IPAJ fazer os cidadãos conhecerem os seus direitos para o acesso à justiça e assistência jurídica, para que saiba reivindicar", disse René Macumbe.
 
Além das feiras jurídicas nas cadeias e zonas do interior de Manica, disse, a instituição tem desenvolvido palestras dirigidas à população sem acesso à justiça, em aldeias e escolas, sobre direitos fundamentais do cidadão, direito à justiça e a boa governação.
 
Entre janeiro e junho de 2012, 35 palestras foram realizadas em cinco distritos da província de Manica, mais de metade do total realizado em 2011 (59 palestras). O IPAJ está representado nos 10 distritos da província.
 
No primeiro semestre de 2012, durante as feiras e os trabalhos de assistência, foram atendidos, 7.288 beneficiários acusados em 3.644 processos-crime e cível. Ao todo em 2011, 14 mil cidadãos foram assistidos em 7.724 processos.
 
"Continuamos com o desafio de aumentar o número de cidadãos a atender por dia, pois ainda há muitos pobres que precisam de ter acesso à justiça", precisou Macumbe.
 
AYAC.
 
Manu Dibangu é a maior atração cultural da FACIM 2012
 
28 de Agosto de 2012, 17:00
 
Maputo, 28 ago (Lusa) - O músico camaronês Manu Dibangu será a principal atração cultural da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que arrancou na segunda-feira, atuando em parceria com o saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça, uma ocasião para os dois artistas "partilharem sentimentos".
 
Em conferência de imprensa realizada no distrito de Marracuene, que acolhe as novas instalações da FACIM, Manu Dibangu, agora com 79 anos, manifestou satisfação por estar pela primeira vez em Moçambique e poder dividir o palco com Moreira Chonguiça.
 
"De Moçambique, conhecia apenas a menina do atletismo (Lurdes Mutola) e o próprio Moreira Chonguiça, com quem mantenho contacto desde 2000, depois de o conhecer na África do Sul", disse Manu Dibangu.
 
Questionado sobre o que vai oferecer aos visitantes da FACIM no domingo o artista camaronês, conhecido como "O Leão de África", não se alongou na resposta.
 
"O melhor será ouvir no dia do espetáculo. Garanto que vai ser uma ocasião para partilhar em palco os sentimentos que tenho com o Moreira Chonguiça, porque temos isso em comum, até pelo facto de ambos tocarmos saxofone", afirmou o músico camaronês.
 
Por sua vez, o saxofonista moçambicano mostrou-se satisfeito por poder tocar ao lado de Manu Dibangu pelo seu estatuto de "músico internacionalmente reconhecido".
 
"Basta lembrar que a sua música ´Mama Makossa` é a que mais versões teve no mundo, incluindo uma imitação pelo Michael Jackson, com quem aliás teve um caso em tribunal por causa dos direitos de autor, para ter a dimensão de quem é Manu Dibangu", disse Moreira Chonguiça, referindo-se ao entusiasmo de tocar com a estrela da música camaronesa.
 
PMA
 
Malaui e Tanzânia apelam à mediação do Tribunal Internacional de Justiça
 
28 de Agosto de 2012, 12:00
 
Maputo, 28 ago (Lusa) - Os governos do Malaui e da Tanzânia vão pedir a mediação do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para a resolução do diferendo sobre a posse do lago Niassa, reivindicado pelos dois países.
 
A recomendação foi feita durante um encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros malauiano, Ephraim Mganda Chiume, e tanzaniano, Benard Membe, que decorreu em Lilongwé, na capital de Malaui.
 
Falando aos jornalistas no final do encontro, o chefe da diplomacia do Malaui garantiu ter havido progressos na busca de solução do conflito, anunciando uma nova ronda negocial para setembro na capital tanzaniana, Dar-es-Salaam, antes de submeter o caso ao TIJ.
 
"Achamos que ainda existem outras opções diplomáticas que poderemos explorar, incluindo o envolvimento de uma terceira parte. Nós recomendamos aos funcionários dos dois lados para olharem para o assunto novamente em Dar-es-Salaam", disse Ephraim Mganda Chiume.
 
Os dois países têm trocado nos últimos dias acusações sobre a posse do lago Niassa (também conhecido como Lago Malaui) nas águas não detidas por Moçambique.
 
O Malaui defende como sua toda essa área, mesmo a que banha a costa tanzaniana, ao abrigo do Tratado anglo-alemão de 1890, enquanto a Tanzânia exige uma partilha a meio do terceiro maior lago africano.
 
"Nós concordamos que a disputa que temos requer uma solução negociada através da diplomacia, enquanto isso, ambas as partes são instadas a abster-se de fazer quaisquer declarações provocativas que possam criar tensão entre os povos dos dois países", disse, no entanto, o chefe da diplomacia da Tanzânia.
 
MMT.
 

Brasil: PIZZOLATO, VALÉRIO E SÓCIOS JÁ ESTÃO CONDENADOS – CUNHA NÃO

 


Seis dos onze ministros já apresentaram seus votos, relativos ao primeiro bloco do processo do “mensalão”. Todos foram unânimes em pedir a condenação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, pelo desvio de verbas do Fundo Visanet, via agências de publicidade de Marcos Valério e sócios. Já a denúncia contra o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), é motivo de polêmica entre os juízes do Supremo. A votação continua nesta quarta (29), com a apresentação do voto do ministro Cezar Peluso.
 
Najla Passos - Carta Maior
 
Brasília - Seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já apresentaram seus votos, relativos ao primeiro bloco do processo do “mensalão”, que trata do desvio de recursos público para abastecer o suposto esquema. Todos foram unânimes em pedir a condenação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, pelo desvio de verbas do Fundo Visanet, via agências de publicidade de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Já a denúncia contra o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), é polêmica. Três ministros pediram a condenação dele por quatro crimes. Dois, a absolvição em todos. E um terceiro, o condenou por dois crimes, o absolveu em outro e deixou o quarto para ser analisado depois.

Cunha é acusado de corrupção passiva, por ter recebido R$ 50 mil de Valério e sócios, conforme a denúncia para favorecer a agência SMPB em processo de licitação da Câmara. Foi denunciado, também, por lavagem do montante. É acusado, ainda, de dois peculatos. O primeiro por permitir que a SMP&B vencesse a licitação da casa e recebesse, indevidamente, o bônus de volume pago pelos veículos de comunicação: aquela espécie de comissão por propaganda veiculada. E o segundo por subcontratar a empresa IFT, do jornalista Luís Carlos Pinto, para lhe prestar assessoramento pessoal, com recursos da Câmara.

O ministro-relator, Joaquim Barbosa, entendeu que Cunha é culpado dos quatro crimes. Foi seguido integralmente no seu voto pelos ministros Luiz Fux e Carmem Lúcia. A ministra Rosa Weber o acompanhou nas acusações de corrupção passiva e em um dos peculatos, o que trata dos desvios de verbas via SMP&B. Mas pediu sua absolvição da acusação de subcontratar irregularmente a IFT, entendendo que o jornalista prestou serviços à Câmara e, mesmo que também o tenha prestado ao presidente da casa, não imputou prejuízo ao erário. “Eu aduzo que, como o próprio Ministério Público admitiu, e o que encontra-se nos autos, pelas notas fiscais da IFT e pelas minuciosas descrições de Luís Costa Pinto, é de se concluir que os serviços foram efetivamente prestados. Entendo que não é possível afirmar que tais serviços beneficiariam João Paulo Cunha somente em caráter pessoal”, justificou.

Quanto à acusação de lavagem de dinheiro de Cunha e dos demais réus, a ministra disse que irá enfrentá-la em outro momento do processo. “A ocultação ou dissimulação da lavagem é nada mais do que um iceberg. Então, vou postergar o meu voto em relação à tipificação do crime de lavagem com relação a João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato e aos outros denunciados para um segundo momento, quando enfrentarmos a questão em uma outra fatia”.

Caixa dois de campanha

A tese da inocência de Cunha, aceita pelo ministro-revisor, Ricardo Lewandowski, também foi abraçada pelo ministro Dias Toffoli, que reconheceu que houve ilícito no recebimento dos R$ 50 mil, mas o definiu como caixa dois de campanha, e não como corrupção passiva. Para Toffoli, o ex-presidente da Câmara pediu que sua esposa, Márcia Regina, buscasse o dinheiro na agência do Banco Rural, no Shopping Brasília, acreditando que se tratava de recursos do PT para o pagamento de pesquisas eleitorais. “Nenhuma prova foi produzida de que o réu, ao determinar o saque pela sua mulher, tivesse conhecimento que o dinheiro fosse proveniente da SMP&B”, afirmou.

E, tecendo duras críticas à acusação, continuou: “O Ministério Público tenta inverter o ônus probatório, como se a defesa é que tenha que produzir provas sobre sua versão. Isso [a presunção de inocência] é uma das maiores garantias que a humanidade alcançou”.

O ministro também defendeu que não houve irregularidade no processo licitatório em que a SMP&B saiu vencedora. Referendou a tese do revisor de que o percentual de subcontratações executado pela empresa foi considerado normal e que, portanto, os bônus de volume recebidos foram corretos. “O ministro revisor demonstrou uma série de empresas idôneas que receberam dinheiro”, disse, em provocação à mídia, que ficou com R$ 7 milhões dos R$ 10, 9 milhões repassados à SMP&B.

Ele deixou claro que o caso de Henrique Pizzolato é diferente do de Cunha porque, no primeiro, houve atos de ofício, provas técnicas irrefutáveis, do crime de peculato. “Pizzolato autorizou pessoalmente três antecipações de recursos para a DNA [agência de publicidade que atendia ao Banco do Brasil] por serviços não prestados”, esclareceu. Segundo ele, o desvio total de recursos do Visanet foi da ordem de R$ 78 milhões. No caso de Cunha, não houve desvio comprovado e o valor repassado à agência, quase R$ 2 milhões, condiz com os bônus de volume devidos no período.

Duelo entre relator e revisor

Os já tradicionais embates entre os ministros relator e revisor continuaram na sessão. O primeiro se deu logo após o voto da ministra Rosa Weber, que pediu a absolvição de Cunha da acusação de autorizar a subcontratação da IFT para lhe prestar assessoramente pessoal. “Há provas e testemunhos de que o jornalista Luís Carlos Pinto teria prestado não só serviços à Câmara, mas também de cunho pessoal. Há diversas reuniões de caráter político-partidário que ele compareceu”, afirmou Barbosa.

Lewandowski rebateu. Segundo ele, há um acórdão da mais alta corte de contas dizendo que os serviços foram prestados, além de testemunho de jornalistas, políticos e outros documentos. “Ou esta corte admite esses testemunhos e perícias como verdadeiros, ou teremos que repassá-los ao Ministério Público para tomar as devidas providências. Se entendermos que essas testemunhas e peritos cometeram perjúrio, eles terão que ser responsabilizados por isso”, afirmou.

Os ministros voltaram a se enfrentar após o voto de Toffoli. Barbosa defendeu que o processo de licitação que conduziu ao contrato da Câmara com a SMP&B foi “absolutamente irregular”. “Uma das concorrentes funcionava no mesmo endereço, tinha os mesmos telefones e usava os mesmos funcionários da SMP&B. Isso é indício de licitação fictícia”, disse.

O ministro-relator insistiu na tese de que a SMP&B não prestou serviços à Câmara como deveria. “Ela terceirizou quase tudo e recebeu por comissão por tudo. Inclusive serviços não relacionados no contrato, como serviços de Arquitetura e Engenharia e realização de pesquisas do tipo: ‘Zé Dirceu tem culpa?’ ou ‘Como você considera a gestão de João Paulo Cunha?’. Isso é desvio de dinheiro público e, portanto, peculato”, alegou.

O ministro-revisor também interviu. Segundo ele, as altas taxas de subcontratações são comuns à dinâmica da prestação de serviços publicitários, conforme largamente comprovado nos autos: a maior parte dos recursos vai para a veiculação na mídia, serviço integralmente terceirizado. No caso dos serviços de arquitetura e engenharia, ele explicou se deveram à construção dos novos cenários para a TV Câmara. “A Denilson, agência anterior que prestou serviços à Câmara [durante a gestão do ex-presidente Aécio Neves (PSDB-MG)] subcontratou 100% dos serviços e não houve ação penal contra ela”, rebateu.

Alterado, Barbosa o enfrentou: “Esse lero-lero, ministro? Não há evidência de que se tenha pagado propina no caso da Denison”.

A discussão só foi encerrada quando o presidente da corte, ministro Ayres Britto, disse que as teses de cada um já estavam suficientemente demonstradas e que era preciso ouvir os demais. A votação continua nesta quarta (29), com a apresentação do voto do ministro Cezar Peluso, que se aposenta no próximo dia 3. Ainda não se está definido se ele antecipará todo o seu voto, ou se irá se pronunciar apenas sobre os réus abordados neste bloco.

Brasil: O TAMANHO AO NASCER

 

Espaço Livre* – Direto da Redação
 
A média do tamanho dos bebês quando nascem continua muito baixa, apesar da diminuição da mortalidade infantil (aquela que acontece durante o primeiro ano de vida). Porém uma coisa não mudou - a fome ancestral - que assola a maior parte do Povo Brasileiro.
 
Quando se compara o tamanho dos neonatos nordestinos com os de populações brasileiras de melhor renda, a diferença dos nossos recém-nascidos pobres é gritante. Apesar da diminuição do número de crianças com peso insuficiente ao nascer (menos de 2.500g) tenha diminuído, este é um indicador pouco significativo.
 
O comprimento médio permanece sendo de 47 centímetros. (Desde 1960 venho alertando que o nordestino tem baixa estatura devido a uma precária nutrição materna e quando falo em desnutrição, englobo todas as mazelas da miséria, conferir no livro de nossa autoria Nordeste Pigmeu publicado em 1987).
 
Nascer pequeno não é um handicap apenas físico, é também emocional. Diminui a capacidade de aprendizado, aumenta o comportamento antissocial e a violência. Aqueles que nascem com menos de 47 cm são os que têm maior risco, já que um crescimento fetal insatisfatório poderá ter efeitos de longo prazo sobre a química do cérebro.
 
Em 320 mil crianças nascidas entre 1973 e 1980 na Suécia, o número de tentativas de suicídio, até 1999, era maior nas crianças que nasceram pequenas. É importante saber que os bebês incluídos no estudo tinham, em média, ao nascer, entre 50 cm e 51 cm de comprimento. No grupo analisado, houve 759 tentativas violentas de suicídio - definidas como enforcamento, uso de arma de fogo ou faca, salto de alturas, jogar-se em frente a um veículo ou afogamento.
 
A ligação entre o comprimento no nascimento e o risco de suicídio mostrou forte associação com o peso inferior a 2,5 kg no nascimento. O baixo peso aumenta a propensão às doenças psicossomáticas, infecciosas, degenerativas, etc.
 
Um crescimento insatisfatório do bebê no útero influencia a altura do bebê no nascimento e a forma como o cérebro se desenvolve. Além disso, deturpa a produção dos neurotransmissores como a serotonina, também conhecida como a substância "mágica" ligada ao desenvolvimento e ao humor de um modo geral, notadamente baixa em pessoas com depressão.
 
O pouco crescimento no útero poderia ser causado pelo uso abusivo de drogas, inclusive álcool, pela mãe ou por uma dieta ruim ou mesmo por um ambiente estressógeno - de Miséria. É possível identificar gestações de risco e mães em situação adversa, como aquelas com problemas sociais, mães adolescentes e as com passado criminoso. Há evidências mostrando que uma intervenção nessas mães pode ter efeito no desenvolvimento da criança, no longo prazo.
 
Por que não tentar agora, melhorando as cestas básicas das gestantes, com mais proteínas e melhores nutrientes, além de outras coisas mais? E pensar em um acompanhamento pré-natal que não se resuma ao fornecimento de cestas básicas ou uma orientação médica de última hora. É o melhor que se pode fazer, no momento, em prol das futuras gerações brasileiras.
 
Caso contrário a coisa não anda.
 
- Contribuição de Merado Zisman, médico psicoterapeuta. Email: meraldozisman@uol.com.br
 
* Este espaço é preenchido com a colaboração dos leitores. Os textos serão publicados de acordo com a oportunidade do tema e/ou seguindo a ordem de recebimento.
 

Brasil: INTRANSIGÊNCIA GOVERNAMENTAL

 


 
A greve nas instituições públicas de ensino superior (IFES) completou 100 dias. A duração desta greve é comparada à outra realizada em 2001, em plena era FHC. Mas porque greves na educação, reconhecida como prioridade nacional chegam a estes patamares de longevidade?
 
Uma das evidências comuns da estratégia dispensada no tratamento da greve pelo ”patrão”, o governo federal, é inicialmente ignorá-la, acobertando suas reais causas,prolongando o máximo possível à negociação com os grevistas, na tentativa de vencer pelo cansaço e de jogar a população contra os professores, chamando-os de “intransigentes” e “radicais”, sem ao menos discutir suas reivindicações. Tenta também, aparelhar o movimento grevista pelas forças políticas aliadas do Governo que dirigem a maior parte das Entidades dos Servidores Públicos no sentido de impor uma derrota exemplar ao movimento e responsabilizar os dirigentes autênticos. A presente greve que se desenrola, não foge a esta regra, com o governo se negando a negociar.
 
No caso atual, foi o descumprimento de um acordo feito entre o governo federal com a representação da categoria, o Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (ANDES) no ano passado, que resultou no uso extremo do recurso da greve. Além do mísero reajuste de 4%, havia sido acordado que o governo, em março de 2012, apresentaria uma proposta para a carreira dos docentes, que nos últimos anos foi totalmente desestruturada e avacalhada, tratando de forma desigual, aqueles que desempenham as mesmas funções, tornando-a assim menos atrativa a carreira de professor universitário. É esta a questão que está em jogo na greve das universidades federais.
 
Com o acordo não cumprido e a falta de diálogo levou a categoria, a nível nacional, à decisão extrema de entrar em greve no dia 17 de maio, mostrando a exclusiva (ir)responsabilidade do governo federal. Este é um ponto que merece ser destacado, pois se tenta junto a setores da opinião publica, responsabilizar e marcar com a pecha da intransigência os docentes e seu sindicato nacional.
 
No estado de direito, a negociação em casos de conflitos, é o caminho desejável para se tentar resolver impasses. Mas a intransigência do governo, desde o primeiro dia da greve foi evidente. Somente depois de transcorrido 60 dias de paralisação é que houve o primeiro encontro entre as partes, e uma proposta foi colocada na mesa, que, diga-se de passagem, não tinha nada a haver com o pleito dos docentes. Esta provocação seguida de uma ação midiática foi totalmente desmascarada. Aumento de 40% em 3 anos, foi este o destaque dado pela mídia. Após os esclarecimentos devidos, à sociedade entendeu o embuste, pois somente 5% da categoria receberiam este aumento parcelado em três anos, e o restante da categoria seriam penalizados; e alguns, nem teriam a reposição da inflação (como avaliar a evolução inflacionaria nos próximos três anos?). Depois da rejeição unânime, passados algumas semanas, o governo apresentou a mesma proposta, com uma pequena elevação na soma dos recursos alocados, representando um acréscimo de R$ 100,00 para os docentes com a titulação de mestres. Outra provocação para a categoria, que quer discutir além de salário, suas condições de trabalho e a reestruturação da carreira. Novamente a proposta “requentada” foi rejeitada maciçamente pelos professores.
 
Diante da firmeza de propósito e da união do movimento docente, a estratégia governamental foi modificada. Com a adesão de um grupo de sindicalistas “chapa branca” (tão freqüente na historia dos movimentos sociais no país), com ligações político partidárias com o atual governo, assinou-se um simulacro de acordo entre o Ministério da Educação (MEC)/ Secretaria de Ensino Superior (SESU). Mesmo repudiado pela maioria de 90% dos docentes, o SESU/MEC neste momento, encerrou as “negociações (?)” unilateralmente.
 
Esta cronologia dos fatos mostra claramente a intransigência e o autoritarismo de quem nunca se dispôs a negociar, e sim impor com truculência e ameaças suas propostas.
 
*Heitor Scalambrini Costa, professor associado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), graduado em Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/SP), Mestrado em Ciências e Tecnologias Nucleares na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Doutorado em Energética, na Universidade de Marselha/Comissariado de Energia Atômica (CEA)-França.
 

Timor-Leste: PASSEIO DE RELVAS, RECADO DE XANANA, FUTURO PASSEIO DE PASSOS

 


Cooperação é para ser mais objetiva, concreta e abrangente - Xanana Gusmão
 
28 de Agosto de 2012, 10:24
 
Díli, 28 ago (Lusa) - A cooperação entre Portugal e Timor-Leste é para ser mais objetiva, concreta e abrangente, defendeu hoje o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, ao refutar o sentido de reforço porque tem uma conotação de vazio que não existe.
 
"Não é para reforçar porque isso tem um sentido de qualquer coisa para preencher, preencher um vazio. Tem sido contínua e agora é mesmo hora para olharmos para a cooperação em termos mais objetivos, mais concretos, mais largos", afirmou Xanana Gusmão, numa declaração após ter recebido em audiência o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
 
Xanana Gusmão sublinhou também que a cooperação e as relações entre Timor-Leste e Portugal "não podem estar misturadas com a missão das Nações Unidas".
 
"A missão das Nações Unidas veio num contexto, esse contexto acabou e agora vamos reforçar as relações que temos não só com os nossos parceiros e aliados da CPLP como com outros", acrescentou o governante.
 
O chefe do Governo timorense afirmou ainda que a crise que obrigou ao regresso das Nações Unidas a Timor-Leste acabou e recordou que o próprio secretário-geral das Nações Unidas esteve no país onde "todos concordaram que esse capítulo da (nossa) história está fechado".
 
Recebendo Miguel Relvas no Palácio do Governo, onde estão a ser preparadas as cerimónias de comemoração do 13.º aniversário do referendo que deu a independência a Timor-Leste, Xanana Gusmão aproveitou para se colocar a par das mais recentes notícias do futebol nacional e do "seu" Benfica, num encontro que se prolongou por cerca de 45 minutos.
 
JCS.
 
Passos Coelho visita Timor-Leste "brevemente" - Miguel Relvas
 
28 de Agosto de 2012, 11:46
 
Díli, 28 ago (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, visita "brevemente" Timor-Leste, disse hoje em Díli o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
 
Sem especificar datas, Miguel Relvas, que falava após ter sido recebido no Palácio do Governo pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, salientou ser o quarto ministro português a visitar este ano o país e explicou que chega a Díli para "manter uma relação de grande proximidade".
 
"Como disse o primeiro-ministro Xanana Gusmão não há nada a preencher porque não há vazios, é uma relação de continuidade", salientou o ministro.
 
Para Miguel Relvas, Portugal e Timor-Leste estão próximos, não só pela ligação histórica e da língua, mas também pela "ambição de olhar em conjunto no contexto mais vasto da CPLP, dos países de língua portuguesa, mas também deste espaço do mundo" com vista ao desenvolvimento dos dois povos.
 
Já as diversas visitas feitas por governantes portugueses a Timor-Leste simbolizam, para Miguel Relvas, a "qualidade e a proximidade" das relações entre os dois países, mas salientou haver ainda muita coisa a fazer em conjunto.
 
"Portugal tem tido aqui um papel importante na área da educação, da área da língua, na área da comunicação social. Há aqui uma relação de povos irmãos em que temos muito a ver uns com os outros", disse.
 
Sobre o protocolo na área da comunicação social que assina na quarta-feira com o seu homólogo timorense, Hermenegildo Pereira, ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Miguel Relvas salientou tratar-se de abranger de forma específica as áreas tradicionais nas várias valências da comunicação - da escrita, à rádio e à televisão.
 
"Portugal e a agência Lusa têm também aqui um papel muito importante na cooperação que pode ser ao nível da formação e essa formação pode ser mais vasta porque aquilo que nos une a todos é a língua e a língua é o petróleo desta relação, é o que nos dá força, é o combustível desta relação e nós temos de continuar nesse caminho", assinalou.
 
Além do protocolo, Miguel Relvas tem na quarta-feira encontros com os Presidentes da República e do parlamento timorense, respetivamente Taur Matan Ruak e Vicente Guterres.
 
JCS.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
- Nota PG: E a Agência Lusa perdeu a cabeça? Foi a Timor-Leste? Anda exclusivamente, atenta, veneranda e obrigada a cobrir o ministro Relvas e os seus chefes Lusa e RTP? Ou ganhou vergonha e vai cumprir o que lhe compete relativamente a um país lusófono passando a estar sempre presente em TL e fazer a cobertura diária dos principais acontecimentos daquele país? É que já lá vão cerca de dois meses que está em falta com o que deve nesse aspeto aos portugueses e a centenas de milhões do mundo da lusofonia.
 

PORTUGAL FALA DE DEMOCRACIA PARA ANGOLA ARMADO EM PAÍS DEMOCRÁTICO

 


Portugal deseja que país consolide processo democrático
 
28 de Agosto de 2012, 09:29
 
Luanda, 28 ago (Lusa) - Portugal deseja que Angola "se estabilize cada vez mais e consolide também o processo democrático" com as eleições gerais de sexta-feira, disse em entrevista à Lusa o embaixador de Portugal em Luanda.
 
João da Câmara, no cargo desde junho passado, acrescentou que as autoridades portuguesas querem que Angola "possa ter uma palavra cada vez maior, ter cada vez mais a dizer sobre o desenvolvimento da África Austral, da África em geral e seja um parceiro de Portugal em todos os 'fora' internacionais".
 
"As eleições são um momento importante para o processo político e o processo de consolidação democrática em Angola. É um processo que começou já há uns anos e que teve depois uma interrupção com a guerra", acentuou.
 
O escrutínio de sexta-feira é um "complemento" daquele processo e constitui igualmente "um momento importante para o processo de desenvolvimento que Angola encetou também desde a paz e, cada vez que tem as suas lideranças e a sua governação legitimada através de eleições, mais esse processo se consolida".
 
Relativamente à continuação do relacionamento bilateral, que classificou como "muito bom", João da Câmara salientou que esta ligação "não é fruto simplesmente da conjuntura, mas de uma persistência, de uma vontade de ambas as partes em ter um relacionamento especial, que tem a ver com afetos, com história e cultura, língua".
 
"Tem a ver também com interesses e foi o enquadramento de tudo isso, numa estratégia comum, que fez com que chegássemos ao relacionamento que temos hoje em dia e que é de facto ímpar, pioneiro das relações entre a Europa e a África e que atingiu um nível muito bom", acrescentou.
 
Sobre o poder de atração de Angola em Portugal, designadamente a chegada de novos emigrantes e o aumento da presença de empresas, o diplomata acha "natural" que um país "que tem um processo de desenvolvimento tão grande e tão repentino" atraia portugueses.
 
"As pessoas sentem-se muito bem, em casa, onde se fala a mesma língua e as pessoas têm costumes parecidos com os nossos", adiantou.
 
Em Angola vivem atualmente cerca de 120 mil portugueses e o mercado angolano é já o mais importante para as empresas portuguesas, fora do espaço da União Europeia.
 
"Há uma presença portuguesa que significa investimento, apesar de não só. Há muitos portugueses que aqui estão a trabalhar para empresas estrangeiras, empresas angolanas, não só para empresas portuguesas. Mas é evidente que há uma quota-parte importante dos portugueses que trabalham para empresas portuguesas, e isso tem um significado em termos de investimento", concluiu.
 
EL.
 
Portugueses diferenciam-se de outras comunidades na transmissão de conhecimentos
 
28 de Agosto de 2012, 09:29
 
Luanda, 28 ago (Lusa) - A transmissão de conhecimentos constitui a grande diferença dos portugueses que vivem e trabalham em Angola comparativamente a outras comunidades estrangeiras residentes no país, disseram à Lusa cidadãos portugueses ligados à banca e cultura.
 
Para António Direitinho, nascido há 63 anos em Minas do Lousal, concelho de Grândola e antigo funcionário do Banco de Portugal, de que foi representante em Angola, esta é a terceira experiência em Angola e, de comum a todas, tem o trabalho de formação em que se envolveu.
 
"A diferença dos portugueses e outras nacionalidades é que nós fazemos a diferença porque ajudamos a formar. Portugal, inicialmente no tempo colonial, sempre fez desta terra a sua terra e, como sua terra, construiu para ficar", afirmou.
 
"Eu próprio sinto isso: nunca vim com objetivos de me fixar, sempre fui um consultor, um técnico. Aqui o meu objetivo de vida é formar quadros que me substituam e tenho um prazo curto, porque os vistos de trabalho são muito limitativos, de três anos", acrescentou.
 
Álvaro Candeias, nascido no Porto há 59 anos, mas desde 1980 em Angola, "com breves interregnos em Portugal", anui na importância da formação.
 
Ele próprio foi um dos primeiros 500 professores que ao abrigo da cooperação luso-angolana em 1982, espalhados pelas 18 províncias de Angola, veio ensinar e divulgar a língua portuguesa. E formar professores.
 
Hoje, fora da cooperação, Álvaro Candeias prossegue a formação, agora na Universidade Lusíada e, mantém um amor antigo, o atletismo, treinando atletas a quem transmite a sua experiência na modalidade, que o teria levado aos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscovo, não fora o boicote dos países ocidentais devido à invasão soviética do Afeganistão.
 
António Direitinho e Álvaro Candeias são ainda da mesma opinião relativamente à integração dos portugueses em terras angolanas e aos motivos que leva cada vez mais conterrâneos a seguir-lhes as pisadas.
 
"As dificuldades que a Europa está a passar, o próprio Portugal, é que faz com que as pessoas tenham necessidade de emigrar e fazer a sua vida noutras partes do mundo e Angola é um país que fala a mesma língua, que recebe bem, e há uma proximidade muito grande, até ao nível familiar", considerou António Direitinho.
 
Álvaro Candeias também acha que "no geral" os portugueses são bem aceites.
 
"No geral somos bem aceites. Há um caso ou outro, mas na generalidade estamos bem vistos. Luanda é hoje uma cidade cosmopolita, que vai aceitando naturalmente os estrangeiros, como fazendo parte do social, como as outras sociedades", completa.
 
Este poder de atração de Angola só é limitado pela burocracia dos vistos.
 
"A burocracia ainda é o grande tampão. Os portugueses vêm à procura de uma oportunidade que não têm em Portugal, procuram uma vida estável, de trabalho", mas, alerta, "Angola não é o 'El Dorado' Que muitos julgam ser".
 
"Hoje em dia, as pessoas vêm pensando que isto é um 'El Dorado'. Quando se fala que um português vai ganhar para Angola 3 ou 4 mil euros, é um atrativo, mas quando se chega aqui, não vale porque Luanda é a segunda cidade mais cara do mundo", destaca.
 
"Deparam-se com um embate que os leva a pensar se realmente valeu a pena ou não vir para aqui. É uma vida diferente, um clima agressivo", acrescenta.
 
A distância de casa, dos familiares e amigos é mitigada pelo acesso a bens e serviços iguais aos de Portugal.
 
"Temos os mesmos canais na televisão por cabo que em Portugal e há sempre bacalhau", elogia António Direitinho, que sente sempre saudades de Portugal.
 
"Tem-se sempre. Mas temos projetos de vida e eles (a mulher e os dois filhos) sabem porque é cá estou", consente.
 
Diferente é a posição de Álvaro Candeias, que embora vá duas a três vezes por ano ao Porto, continua a ter em Luanda o desprendimento que o levará a fazer as malas e a regressar finalmente a casa se o que faz não for mais necessário.
 
"Realizei-me nas duas coisas, no ensino e formação na língua portuguesa e no atletismo. Se perceber que já não sou necessário, faço as malas e vou-me embora", rematou.
 
EL.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 

Angola: HABITANTES DO LUBANGO SEM ÁGUA POTÁVEL

 
Lázaro Pinduka – Maka Angola
 
Os habitantes de algumas zonas da cidade do Lubango estão sem água potável há mais de duas semanas. Os bairros 14 de Abril, Comercial, e João de Almeida são algumas das áreas mais afectadas. Nestas zonas, mulheres e crianças com cantis, bacias, baldes à cabeça percorrem diariamente vários quilómetros em busca de água.
 
Maria Isabel, residente no Bairro 14 de Abril (área do Benfica), disse ao Maka Angola que os moradores têm recorrido aos poços de água (cacimbas) para cozinhar, lavar e beber. A água das cacimbas não é tratada.
 
Na zona da Laje, os moradores estão há quatro dias sem água potável. “Aqui retiramos a água para beber, cozinhar e lavar na manivela [furo de água] que fica do outro lado da estrada”, avançou Justina da Gloria, moradora do bairro Comercial.
 
“Estamos a caminho de um mês sem água nas torneiras, a alternativa tem sido a sonda [furo de água]”, apontou Miséria Lourenço, moradora do bairro João de Almeida (zona da Rotunda).
 
Noutras áreas da cidade, tal como a Lage, a falta de água também se tem feito sentir mas de forma intermitente.
 
O director da Energia e Águas da Huíla, Abel João da Costa, adiantou que a falta de água potável será resolvida em breve. “Devido aos arranjos que estão a ser feitos na conduta principal de abastecimento de água àcidade do Lubango, o seu fornecimento tem sido faseado. É um esforço que estamos a empreender e os trabalhos já terminaram. Os munícipes do Lubango terão já água tratada e canalizada a partir de segunda-feira, 27 de Agosto, data em que será reinaugurado o sistema por sua excelência o senhor Governador da Huíla, engenheiro Isaac Francisco Maria dos Anjos. Pedimos desde já desculpa aos nossos consumidores pelos transtornos causados”, clarificou em declarações ao Maka Angola.
 
Na quinta-feira passada, 23 de Agosto, em véspera da visita de José Eduardo dos Santos à província da Huíla, foram destacadas três cisternas de água potável para a lavagem dos passeios nas artérias da cidade do Lubango, por onde passou a caravana presidencial.
 
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