sábado, 9 de dezembro de 2023

Na época da boa vontade, uma dica para Biden… Pare de alimentar a guerra

Na Época da Boa Vontade, não pode haver paz no que diz respeito aos Estados Unidos.

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

O presidente dos EUA, Joe Biden, não conseguiu obter a sua lista de desejos de Natal de 111 mil milhões de dólares em fundos militares adicionais para a Ucrânia, Israel e Taiwan.

O chamado “pacote de ajuda militar suplementar” foi bloqueado pelo Senado esta semana principalmente devido à oposição dos legisladores republicanos. A sua oposição baseou-se principalmente em exigências de mais financiamento para medidas de segurança nas fronteiras dos EUA, e não em princípios anti-guerra e pró-paz.

No entanto, é algo satisfatório que o militarismo maluco de Biden tenha sofrido um golpe.

É também uma grande surpresa que o presidente americano – o suposto líder do “mundo livre” e um cristão devoto professo – não veja nada mais importante do que gastar quantias tão colossais de dinheiro em armas de guerra. É ainda mais odioso dada a aproximação do Natal e do Tempo da Boa Vontade.

A terrível violência em Gaza e a guerra inútil na Ucrânia devem ser interrompidas imediatamente. A paz e o alívio do sofrimento devem ser a máxima prioridade para todos os líderes mundiais dignos desse nome.

No entanto, a administração Biden não aceita nada disso. O Presidente Biden quer enviar mais 68 mil milhões de dólares em armas para a Ucrânia – para além dos mais de 120 mil milhões de dólares que a sua administração já forneceu em ajuda ao regime de Kiev.

O QUE SE LÊ EM ISRAEL -- INFORMAÇÃO HARETZ MUITO REDUZIDA

O que aconteceu hoje na Palestinainformação Haaretz (Israel)

■ Enquanto as forças terrestres israelitas continuavam a combater em toda a Faixa de Gaza , as FDI afirmaram ter localizado e destruído vários túneis do Hamas. As IDF publicaram uma foto de satélite na qual um local de lançamento de foguetes é visto perto de uma escola no sul de Gaza, dentro da zona segura definida pelo exército.

■ Depois de Israel ter autorizado a reabertura da passagem de Kerem Shalom para ajuda a Gaza, um novo processo de inspecção da ajuda está a ser testado, mas a passagem ainda não está aberta, disse um alto funcionário da ONU à Reuters no sábado.

■ Pelo menos 17.700 palestinos foram mortos e 48.780 feridos em Gaza desde o início da guerra, informou no sábado o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

O ministério disse que dois paramédicos ficaram feridos quando as forças israelenses atacaram uma ambulância enquanto esta trabalhava para evacuar pacientes feridos do Hospital Europeu de Gaza.

■ O Kibutz Be'eri anunciou a morte em cativeiro em Gaza de Sahar Baruch , 25 anos, que foi sequestrado pelo Hamas em 7 de outubro. O Hamas divulgou na sexta-feira um vídeo de Baruch parcialmente filmado há duas semanas, como parte de sua guerra psicológica em curso. O irmão e a avó de Sahar foram assassinados pelo Hamas no dia 7 de Outubro.

■ Os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apelava a um cessar-fogo humanitário imediato entre Israel e o Hamas.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que o veto dos EUA o tornou cúmplice do que ele descreveu como crimes de guerra contra os palestinos. O Hamas condenou a decisão como "antiética e desumana".

Altos funcionários israelenses estão preocupados com o fato de que, se outra proposta de cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU for feita nas próximas semanas, a administração Biden possa decidir não usar o seu veto.

■ O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o Ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan Al-Saud, que apelou à implementação de "medidas urgentes" para estabelecer um cessar-fogo em Gaza. Na sexta-feira, Blinken reuniu-se com os ministros das Relações Exteriores do Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e Turquia, bem como com um alto funcionário da Autoridade Palestina.

"Parece que a guerra em Gaza também é apresentada pelos estados árabes como mais um caso que mostra a sua capacidade limitada de organizar uma acção comum contra movimentos militares ou diplomáticos na região" - Zvi Bar'el

■ Os Houthis do Iémen anunciaram no sábado que consideravam navios " de qualquer nacionalidade" que navegam através do Mar Vermelho para portos israelitas para serem alvos legítimos de ataque, se Gaza não receber a ajuda de que necessita.

     - Autoridades de defesa israelenses disseram ao New York Times que os líderes iranianos estavam pressionando os Houthis a intensificarem os ataques e que se um míssil balístico Houthi atingisse Israel, causando danos significativos ou mortes de civis, seria "extremamente difícil" para Israel não responder. Uma autoridade iraniana observou que os Houthis alertaram que qualquer ataque dentro do Iêmen seria enfrentado com o fechamento de todo o acesso comercial marítimo ao Mar Vermelho e com o disparo indiscriminado de drones e mísseis contra os navios.

■ As FDI anunciaram a morte de quatro soldados mortos em combates na Faixa de Gaza. Um dos mortos foi Maor Cohen Eisenkot, sobrinho do ministro da guerra, Gadi Eisenkot, cujo filho foi morto em Gaza na quinta-feira.

■ Um soldado das FDI foi gravado em vídeo vandalizando uma loja em Jabalya, Gaza. Um porta-voz das FDI disse que o caso seria investigado minuciosamente e que seu comportamento era "inapropriado e contrário aos valores das FDI".

■ Três membros do Hezbollah foram mortos num ataque de drone israelita no sudoeste da Síria na sexta-feira, disseram duas fontes à Reuters. As IDF disseram que atacaram uma base do Hezbollah no Líbano em resposta a mísseis antitanque lançados contra Israel no início do sábado.

■ Seis palestinianos foram mortos na manhã de sexta-feira numa troca de tiros com forças israelitas no norte da Cisjordânia, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.

■ Um palestino de 25 anos foi morto a tiros no sábado por disparos das FDI durante uma prisão no sul da Cisjordânia . Segundo as IDF, o homem atacou soldados com uma faca durante a sua prisão, ferindo moderadamente um deles.

Israel declarou guerra depois que o Hamas matou pelo menos 1.200 israelenses e feriu mais de 3.300 num ataque impiedoso. Em Gaza, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas informa que pelo menos 17.700 palestinianos foram mortos. O Hamas e a Jihad Islâmica Palestina mantêm como reféns mais de 136 soldados e civis , vivos e mortos, incluindo cidadãos estrangeiros.

A guerra surge após dez meses da mais significativa crise política e social interna em décadas, devido ao golpe judicial do governo liderado por Netanyahu – legislação que visa enfraquecer dramaticamente o poder judicial de Israel e potencialmente resgatar Netanyahu dos três julgamentos de corrupção que enfrenta – e no meio de uma crise escalada de violência entre palestinianos da Cisjordânia e colonos israelitas, estes últimos empoderados pelo governo mais direitista de sempre de Israel.

Ler/Ver em Haaretz:

Seis palestinos morreram em prisões israelenses durante a guerra, dois encontrados machucados

O Hamas não consegue conter o exército israelense – mas Sinwar tem outros planos

Angola | Exportador de Paracuca e Bagre Fumado – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Kizaca. Paracuca. Catato. Bagre fumado. Macaco congelado. Estes são s produtos que vou exportar para os EUA. Já pedi ajuda ao ministro Massano e vou receber milhões de apoio às exportações. Em breve vamos ver os gringos devorando os meus produto. Pensavam que daqui só vai petróleo? Tomem lá comida boa seus boçais! (não digam nada mas os apoios financeiros às minhas exportações vão ter o mesmo destino dos que tiveram os oferecidos aos artistas do Carrinho e da Omatapalo. Sim, estou a caminho de ser milionário corrupto.

O ministro Massano chamou os jornalistas e disse-lhes que as relações com os EUA não podem ser melhores. Os investimentos em obras estruturais chegam ao tecto do Palácio da Cidade Alta. Dinheiro kiavulu! Também falou da cooperação militar com o estado terrorista mais perigoso do mundo. Calma aí! Essa parte não pode ficar a pairar. Fiquei preocupadíssimo por ser Massano e não o General Furtado  falar disso. Foi demitido? Foi transferido para a guarda do mobutista Tulinabo Mushingi? Queremos saber. João Lourenço tem a obrigação de explicar por que razão foi o ministro Massano a falar da “cooperação militar” com o estado terrorista mais perigoso do mundo.

O mobutista Mushingi fez ontem e repetiu hoje uma afirmação que exige esclarecimento imediato. Alguém explique ao Presidente da República que por se ter ajoelhado aos pés de Joe Bidem isso não quer dizer que todos os angolanos estejam ajoelhados. O Mishingi disse que Angola está a colaborar na paz mundial ao condenar a guerra da Rússia contra a Ucrânia. E disse mais isto: No Médio Oriente Angola está com Israel na luta contra a organização terrorista HAMAS”.

Estou a cair da tripeça, não consigo fazer saltos mortais à retaguarda nem flic-flacs mas tenho ouvido de tísico. Eu ouvi o Presidente João Lourenço condenar a mortandade de Israel na Faixa de Gaza. Agora cambalhotou? Rasteja aos pés dos donos? Que eu saiba Angola só considera organizações terroristas, aquelas que assim são classificadas pela ONU. O HAMAS só é uma organização terrorista para os EIUA e países da União Europeia. O que mudou? Esclareçam imediatamente. João Lourenço sujou as mãos de sangue inocente de palestinos quando apertou a mão ao assassino Joe Biden. Agora temos também de saber se está a apoiar o Genocídio. 

Se não desmentir imediatamente o mobutista Mushingi, cabe ao Bureau Político do MPLA esclarecer os angolanos e particularmente os militantes do partido, se Angola apoia o Genocídio de Israel na Palestina. Só um lembrete. Se fossemos todos iguais aos que se ajoelham aos pés do estado terrorista mais perigoso do mundo, Angola hoje não era independente. O Baixo Congo chegava ao rio Cuanza e o resto era um imenso bantustão dos racistas da África do Sul. O cabeça de lista do MPLA que exerce o cargo de Presidente da República tem o dever de respeitar quem o elegeu. 

Angola | O Sentimento da Notícia e Edições Perdidas -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os radialistas angolanos eram muito cientes do seu espaço e não queriam ser jornalistas. Eu bem lhes dizia que a Linguagem Jornalística e sua gramática nasceram graças à democratização da Rádio. Até ao desenvolvimento da comunicação à distância e às ondas radiofónicas, o jornalismo usava, de empréstimo, a linguagem literária. E com ela viveu durante séculos. 

Os telegramas das agências noticiosas e o tempo real da Rádio impuseram o modelo da mensagem directa, substantiva e afirmativa, tendencialmente imperativa. Um mundo maravilhoso associado à voz humana que é e sempre será o mais belo espectáculo do mundo.

A Rádio Angolana nos primórdios era mesmo um grande espectáculo. As vozes que iam ao microfone eram impecáveis, imaculadas, sem o mínimo defeito de dicção. Os edifícios sonoros, ainda rudimentares, usavam a música com ou sem palavras como material de construção. Os sonoplastas apareceram em grande nos anos 60. Ninguém teve a sorte que eu tive. Trabalhei com os melhores técnicos do mundo: João Canedo, José Maria e os manos Neves (Artur e Fernando). 

Apesar de todos os esforços, os jornalistas na Rádio eram apenas “assistentes literários”. A primeira Redacção a sério nasceu na Emissora Oficial de Angola (RNA). Foi criada e dirigida por Cruz Gomes, que veio do Jornal do Congo e Rádio Clube do Uíge. Em 1974, foi substituído por António Cardoso, Manuel Rodrigues Vaz e este vosso criado. Criámos duas Redacções, uma para cada jornal, às 13 e às 20 horas. Eu chefiava a Redacção do Jornal das 13,00 horas e impus a paridade de género. 

A minha adjunta era Graça D’Orey. E além dela, trabalhavam nessa redacção as jornalistas Maria Dinah, Catarina Gago da Silva, Isabel Colaço e Conceição Branco (Tatão) mais conhecida por Leoa de Benguela. Os homens: Victor Mendanha, José Mena Abrantes, Pena Pires, Quinta da Cunha, Anapaz, Francisco Simons (chefe da reportagem) e o estagiário João Melo. As vozes também estavam em paridade: Luísa Fançony, Maria Dinah, Francisco Simons e Manuel Berenguel. Se fosse necessário avançavam também Concha de Mascarenhas e Horácio da Fonseca. Eram as pistolas de ouro. Mas sempre uma voz feminina e uma masculina.

Os radialistas angolanos eram excelentes. Joana Campino e Sebastião Coelho puseram o Rádio Clube do Huambo nas bocas do mundo ao lançarem o programa Xeque-Mate (já estavam a pensar em João Lourenço) o primeiro interactivo. Os ouvintes ligavam para a estação respondendo a questões culturais. Foi este espaço radiofónico que catapultou Sebastião Coelho para o topo da Rádio Angolana. Melhores do que ele, só mesmo os que tinham o sentimento da notícia. As suas vozes eram excepcionais, ninguém elevou o espectáculo da Rádio ao nível que eles elevaram. Os espectáculos radiopublicitários tiveram também mestres: Alice Cruz, Ruth Soares, Artur Peres e Luís Montês.

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 9 DE DEZEMBRO DE 2023 (atualização do mapa)

-- Os ataques russos destruíram o depósito de munição ucraniano perto de Volchansk;

-- Os ataques russos tiveram como alvo a infra-estrutura militar no campo de aviação de Kulbakino;

-- Os ataques russos danificaram uma infra-estrutura em Kherson;

-- Em 8 de dezembro, os ataques russos atingiram alvos na região de Kiev;

-- Em 8 de dezembro, os ataques russos atingiram alvos na região de Dnepropetrovsk;

-- Pelo menos 11 barcos ucranianos com militares ucranianos a bordo foram destruídos e danificados na região de Kherson durante a noite;

-- A AFU bombardeou a aglomeração da cidade de Donetsk 10 vezes no último dia;

-- As forças russas repeliram os ataques ucranianos perto da floresta Serebryansky;

-- Os confrontos continuaram em Krynki;

-- Os confrontos continuaram perto de Kurdyumovka, Andreyevka e Kleshcheyevka;

-- Os confrontos continuaram perto de Pyatikhatki, Verbovoye e Rabotino;

-- As forças russas eliminaram 105 militares ucranianos, três veículos motorizados, bem como um sistema de artilharia autopropelida Gvozdika na área de Kupyansk;

-- As forças russas eliminaram 155 militares ucranianos, dois veículos blindados de combate e três veículos motorizados na área de Krasny Liman;

-- As forças russas eliminaram 200 militares ucranianos, dois veículos blindados de combate, dois veículos motorizados, um obuseiro Msta-B e um canhão D-30 na área de Donetsk;

-- As forças russas eliminaram 80 militares ucranianos, bem como dois veículos motorizados na área de South Donetsk;

-- As forças russas eliminaram 35 militares, dois veículos motorizados, um obus D-30, um sistema de artilharia Gvozdika na região de Zaporozhye;

-- As forças russas eliminaram 50 militares ucranianos e três veículos motorizados na região de Kherson;

-- Os sistemas de defesa aérea russos abateram 11 drones ucranianos no último dia.

Ler/Ver em South Front:

Hezbollah tem como alvo posições e tropas israelenses perto da fronteira com o Líbano (vídeo)

Exército israelense relata fortes confrontos no norte de Gaza (vídeos)

Situação militar na Síria em 9 de dezembro de 2023 (atualização do mapa)

Leopardo alemão 2A4 para enriquecer a coleção de troféus russos

Tensões aumentam no médio oriente enquanto Israel renova ataque a Gaza

As tensões aumentaram em todo o Médio Oriente à medida que Israel renovava os seus ataques ao enclave palestiniano da Faixa de Gaza, após o fim de um cessar-fogo de uma semana.

South Front | # Traduzido em português do Brasil | com vídeo

As Forças de Defesa de Israel (IDF) começaram a lançar ataques em Gaza logo após o término do cessar-fogo, na manhã de 1º de dezembro. As tropas israelenses também retomaram as operações terrestres na cidade de Gaza, no campo de refugiados de Jabaliya e na cidade de Beit Lahia, na parte norte de a faixa. Pouco depois, Israel expandiu as operações para a cidade de Khan Yunis e áreas próximas no sul de Gaza, apesar de enfrentar forte resistência do Movimento Hamas e de outras facções armadas na Faixa.

O novo ataque israelita a Gaza pôs fim a uma trégua de facto na frente libanesa. O Hezbollah renovou as operações contra as FDI em 1º de dezembro, lançando um total de cinco ataques. Nos dias seguintes, o número de ataques ficou em média acima de dez.

Mais escalada foi relatada em 2 de Dezembro, quando a Resistência Islâmica no Iraque (IRI), uma coligação de facções armadas apoiadas pelo Irão, retomou os ataques contra bases dos Estados Unidos na Síria e no Iraque, em resposta ao apoio incondicional de Washington à guerra israelita em Gaza.

O primeiro ataque teve como alvo os militares perto do Aeroporto Internacional de Erbil , na região do Curdistão. Mais tarde, vários ataques tiveram como alvo a Base Aérea de al-Harir, também localizada no Curdistão, e a Base Aérea de Ain al-Assad em al-Anbar. A IRI também lançou ataques contra bases dos EUA na Síria, incluindo Green Village e Conoco em Deir Ezzor, bem como al-Shaddadi e Khrab al-Jir em al-Hasakah.

A escalada também foi relatada na frente sul da Síria após o fim do cessar-fogo em Gaza. Em 3 de dezembro, um ataque com foguetes teve como alvo as Colinas de Golã ocupadas por Israel. As FDI limitaram a sua resposta a alguns ataques de artilharia, provavelmente para evitar uma escalada.

Também em 3 de dezembro, os Houthis (Ansar Allah) retomaram os ataques contra Israel, tendo como alvo dois navios de propriedade israelense no Mar Vermelho. Os EUA afirmaram que um terceiro navio comercial também foi atingido e que um dos seus navios de guerra interceptou drones lançados em sua direção. No entanto, os Houthis não assumiram a responsabilidade.

Os Houthis escalaram em 6 de dezembro com o lançamento de um míssil balístico na cidade de Eilat, no extremo sul de Israel. No entanto, foi interceptado pelo sistema de defesa aérea Arrow da IDF.

No geral, as tensões no Médio Oriente estão mais uma vez em níveis perigosamente elevados. Um conflito regional poderá eventualmente eclodir se a guerra de Israel contra Gaza se prolongar.

EUA vetar resolução da ONU? "Torna os EUA cúmplices da carnificina em Gaza" - MSF

Avril Benoît, diretora executiva dos Médicos Sem Fronteiras dos EUA, afirmou, este sábado, que a decisão dos EUA de vetar uma resolução da ONU que apela a um cessar-fogo "torna-os cúmplices da carnificina em Gaza".

"Israel continuou a atacar indiscriminadamente civis e estruturas civis, a impor um cerco que equivale a uma punição coletiva para toda a população de Gaza, a forçar deslocações em massa e a negar o acesso a cuidados médicos vitais e a assistência humanitária. 

Os EUA continuam a fornecer apoio político e financeiro a Israel à medida que prossegue as suas operações militares, independentemente do terrível custo para os civis. Para que os voluntários possam responder às necessidades esmagadoras, precisamos de um cessar-fogo agora. O veto dos EUA torna-os cúmplices da carnificina em Gaza", frisou, em comunicado citado pelo The Guardian.

Inês Frade Freire  | Notícias ao Minuto

Ler/Ver em Notícias ao Minuto:

Autoridade Palestiniana responsabiliza EUA por sangue derramado em Gaza

Irão alerta para possibilidade de explosão regional após veto dos EUA

China dececionada com veto dos EUA na ONU a cessar-fogo em Gaza

Manifestantes pró-palestina em Nova Iorque indignados com veto dos EUA

O objetivo final de Netanyahu em Gaza é a sua própria sobrevivência política

Ciente de que uma derrota do Hamas é improvável, o primeiro-ministro de Israel está decidido a prolongar a guerra em Gaza, principalmente para ganhar tempo, salvaguardar o seu legado político e evitar a prisão.

CorrespondenteThe Cradle na Palestina | Traduzido em português do Brasil

Independentemente de como termine a guerra brutal de Israel na Faixa de Gaza, um resultado inegável parece estar a emergir – o potencial fim da carreira política do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. 

Para além das repercussões imediatas da operação de inundação de Al-Aqsa, liderada pelo Hamas, os problemas de Netanyahu têm raízes profundas, entrelaçadas com os seus esforços incansáveis ​​para evitar acusações de corrupção e uma possível prisão. Isto levou-o a formar o governo de extrema-direita mais extremista da história de Israel, preparando indirectamente o cenário para a operação histórica lançada pela resistência palestiniana em 7 de Outubro.

A vida política de Bibi está em jogo 

O sistema militar e de segurança do estado de ocupação, embora se pensasse ter sido apanhado de surpresa pela escala dos acontecimentos de 7 de Outubro, sentiu a volatilidade iminente na Gaza sitiada, na Cisjordânia ocupada e até nos territórios ocupados em 1948. 

As ações de ministros extremistas como o ministro das Finanças, Bezalel Somotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, a quem Netanyahu protegeu para manter a unidade do seu frágil governo de coligação, contribuíram indiscutivelmente para a crise crescente.

No meio da carnificina e da devastação do actual ataque israelita a Gaza, a crise política interna de Tel Aviv está a infiltrar-se no mini-gabinete de guerra montado para dirigir a guerra. A divergência entre Netanyahu e os oficiais militares, juntamente com a sua recusa inicial em prosseguir uma trégua humanitária e iniciativas de libertação de prisioneiros, sugere uma crise enraizada no próprio primeiro-ministro.

O desespero do primeiro-ministro em manter a sua imunidade política e evitar a prisão deixou-o ansioso por prolongar a guerra em Gaza. Ele acredita que isso lhe dará tempo para chegar a um acordo de saída – provavelmente sob o patrocínio dos EUA – para evitar um destino semelhante ao da agressão pós-Líbano do ex-primeiro-ministro Ehud Olmert em 2006. Isto, apesar dos milhares de mortos e feridos de soldados israelenses que o conflito causou. suportado.

Netanyahu, plenamente consciente de que eliminar o Hamas é um objectivo impossível , está, no entanto, a empregar publicamente este objectivo de guerra como cobertura para outros resultados estrategicamente benéficos que procura: o controlo do gás de Gaza , projectos de deslocação palestiniana para o Sinai e a Jordânia, pressão para confrontos directos entre os EUA e o Irão. , e a eliminação de seus aliados extremistas.

Um nojo chamado Austrália inserido no neocolonialismo anglófono dos EUA e do RU*


Nas universidades de todo o mundo, a definição de anti-semitismo apresentada pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) tem sido utilizada para silenciar comentários críticos sobre as violações dos direitos humanos e os crimes de guerra de Israel. Na Austrália, a definição tem tido um efeito inibidor nos campi de todo o país.

No meio do bombardeamento implacável de Israel sobre Gaza, que matou quase 16 mil pessoas, incluindo mais de 6 mil crianças, estudantes e funcionários que se organizaram em solidariedade com o povo palestiniano enfrentaram pressão e intimidação.

Ler/Ver completo em Al Jazeera

* Título PG

O jornalismo transformou-se em campo de batalha na guerra de Israel contra Gaza

E na batalha sobre a forma como a guerra é relatada a partir de Gaza, os jornalistas têm sido as principais vítimas.

Somdeep Sen* | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Não muito tempo atrás, o mundo testemunhou imagens fortemente contrastantes.

Por um lado, vimos nos nossos ecrãs o jornalista da televisão palestiniana Salman al-Bashir, visivelmente angustiado após a notícia da morte do seu colega Mohammad Abu Hatab. Hatab estava no ar há 30 minutos. Quando voltou para casa, Hatab e onze membros de sua família foram mortos em um ataque aéreo israelense.

Al-Bashir foi reduzido às lágrimas: “Não podemos mais. Estamos exaustos, estamos aqui vítimas e mártires à espera da nossa morte, somos um após o outro e ninguém se importa connosco nem com a catástrofe em grande escala e com o crime em Gaza”. Ele então tirou seu equipamento de proteção, acrescentando: “Sem proteção, sem proteção internacional alguma, sem imunidade a nada, esse equipamento de proteção não nos protege e nem aqueles capacetes”.

Também vimos imagens da CNN, cuidadosamente coreografadas e selecionadas, após a operação terrestre dos militares israelitas em Gaza. Disseram-nos que a CNN estava “incorporada” a eles. Como condição para entrar em Gaza com apoio aéreo israelita, os meios de comunicação social são obrigados a “submeter todos os materiais e filmagens aos militares israelitas para revisão antes da publicação”. A CNN concordou com esses termos.

Se já não fosse evidente, os meios de comunicação social e o jornalismo tornaram-se um campo de batalha central nesta guerra entre Israel e Gaza. E na batalha sobre a forma como a guerra é relatada a partir de Gaza, os jornalistas têm sido as principais vítimas.

Em 3 de dezembro, Shima El-Gazzar, jornalista palestiniana da rede Almajedat, foi morta juntamente com membros da sua família num ataque aéreo israelita à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em 23 de Novembro, um ataque aéreo à sua casa, no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, custou a vida do jornalista Muhammad Moin Ayyash e de cerca de 20 membros da sua família.

Guerra Israel-Hamas ao minuto: adolescente palestino morto na Cisjordânia – Ministério

Virginia Pietromarchi  e  Usaid Siddiqui | Al Jazeera - 9 de dezembro de 2023 | # Traduzido em português do Brasil

Os ataques tornam-se mortais na Cisjordânia enquanto as forças israelenses continuam a atacar Gaza

O Ministério da Saúde palestino afirma que um adolescente foi morto pelas forças israelenses no sul da Cisjordânia ocupada.

As autoridades palestinianas criticam o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apela a um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, considerando-o “desastroso” e “uma vergonha”.

O bombardeamento israelita ao enclave sitiado continua, com dezenas de mortos em ataques a Khan Younis, no sul.

Pelo menos 17.487 palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro. Em Israel, o número oficial revisto de mortos é de cerca de 1.147.

Mais de 50 mil refugiados em al-Mawasi

Hani Mahmoud - Reportagem de Rafah, sul de Gaza

Acabamos de chegar ao centro de evacuação de al-Mawasi, em Rafah.

No momento em que descemos do nosso veículo, as pessoas correram até nós pensando que estávamos aqui para prestar ajuda humanitária. As pessoas aqui não comem há dois dias. Se as pessoas não morrerem devido ao bombardeamento, poderão morrer de fome.

As pessoas estão com fome e com sede. Eles não têm todos os suprimentos básicos que poderiam ajudá-los a sobreviver.

O número estimado de pessoas que se refugiam aqui é de mais de 50 mil. Muitas tendas foram montadas e a área está ficando sem espaço. Aqueles que possuem terras aqui acabaram dividindo-as em pequenas porções e alugando-as ou vendendo-as aos desabrigados.

A situação é muito desesperadora. Está muito frio e venta muito… e há possibilidade de inundações se começar a chover. As tendas são muito pequenas e inadequadas para as pessoas morarem.

GAZA GENOCÍDIO

Ahmad Qaddura, Suécia | Cartoon Movement

EUA vetam resolução do Conselho de Segurança que exigia cessar-fogo em Gaza

Resolução dos Emirados Árabes Unidos contou ainda com a abstenção do Reino Unido.

Os Estados Unidos vetaram esta sexta-feira um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, apesar do apelo inédito lançado pelo secretário-geral da organização, António Guterres.

A resolução, da autoria dos Emirados Árabes Unidos e que foi apoiada por dezenas de Estados-membros, foi rejeitada com um voto contra dos Estados Unidos (membro permanente, com poder de veto), 13 a favor e uma abstenção (Reino Unido).

O projeto de resolução - agora rejeitado - manifestava "grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestiniana", sublinhava que "as populações civis palestinianas e israelitas deveriam ser protegidas de acordo com o direito humanitário internacional" e exigia um cessar-fogo humanitário imediato.

Exigia também a libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a garantia de acesso humanitário.

A votação ocorreu depois de Guterres ter invocado na quarta-feira, pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas, pedindo ao Conselho de Segurança, o único órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo, que "evitasse uma catástrofe humanitária" no enclave e aprovasse um cessar-fogo.

Na manhã de ontem (08.12), numa reunião do Conselho de Segurança, Guterres reiterou esses apelos, mas os Estados Unidos opuseram-se explicitamente a um cessar-fogo.

TSF | Lusa

Mais lidas da semana