sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Israel continua o ataque a Gaza apesar da “nova fase da guerra” do enviado dos EUA

O Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, se reunirá com Mahmud Abbas, da Palestina, após conversações com autoridades israelenses.

Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Israel continuou a atacar Gaza, apesar de um alto funcionário dos Estados Unidos ter dito que Tel Aviv concordou em encerrar os bombardeios generalizados e as operações terrestres e mover-se visando atingir com precisão o Hamas.

Apesar dos crescentes apelos internacionais por contenção, Israel prosseguiu na sexta-feira com a sua ofensiva em Gaza. Ataques aéreos em toda a faixa mataram dezenas de pessoas, segundo as autoridades locais.

O bombardeio ocorreu depois que o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, se reuniu com autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

“Haverá uma transição para outra fase desta guerra, focada de forma mais precisa em atingir a liderança e em operações orientadas pela inteligência”, disse o enviado dos EUA aos jornalistas em Tel Aviv após a reunião.

No entanto, ele não disse quando a mudança aconteceria.

Os EUA concordam com Israel que a guerra em Gaza ainda durará meses, acrescentou Sullivan, observando “discussões intensivas” sobre as fases futuras do conflito e as consequências.

Washington também está trabalhando para libertar os restantes prisioneiros israelenses detidos em Gaza, disse ele.

BLOG DE GAZA: Lutas ferozes em Rafah, Shejaiya | Massacres em Khan Yunis, Nuseirat

 As perdas militares israelenses continuam – DIA 70

Os combates ferozes entre a resistência palestina e as forças invasoras israelenses continuaram no bairro de Shejaiya, a leste de Gaza, enquanto aviões de guerra israelenses realizavam novos massacres no centro e no sul de Gaza.

Por equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Mais soldados israelitas foram alegadamente mortos e feridos em novas batalhas, à medida que Washington renovava o seu apoio à guerra de Israel.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES:

Sexta-feira, 15 de dezembro, 17h30 (GMT+3)

DECLARAÇÃO SAUDITA-IRANIANA-CHINESA: Uma declaração saudita-iraniana-chinesa expressou preocupação com a situação contínua na Faixa de Gaza como uma ameaça à segurança e à paz na região. A declaração conjunta sublinhou “a necessidade de parar imediatamente as operações militares na Faixa”.

AL-JAZEERA: Foram relatadas explosões ao sul da cidade ocupada de Jerusalém como resultado de interceptações de mísseis lançados da Faixa de Gaza.

CORRESPONDENTE DA CRÔNICA DA PALESTINA:

Um palestino foi morto no bombardeio de um apartamento residencial na casa da família Masoud, na Praça Shawa, no bairro de Daraj, em Gaza.

Vários palestinos foram mortos e feridos quando aviões israelenses bombardearam duas casas na rua Al-Mughrabi, no bairro Al-Sabra, na cidade de Gaza.

Bombardeio aéreo e de artilharia renovado em várias áreas a leste e ao norte de Khan Yunis.

ESCRITÓRIO DE MÍDIA DO GOVERNO: O exército de ocupação atacou deliberadamente a tripulação do canal Al Jazeera pela quarta vez consecutiva, num crime completo que viola o direito internacional.

AL-JAZEERA: Explosões perto da escola Farhana, em Khan Yunis, onde o cinegrafista palestino ferido, Samer Abu Daqqa, ainda está caído no chão, como resultado de fragmentos de um míssil disparado por um avião de reconhecimento israelense.

GAZA

Damir Novak, Croácia | Cartoon Movement

‘Eu posso ver’: sobre o genocídio de Gaza e a falta de moralidade do Ocidente

Jim Miles* | Palestine Chronicle | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Os EUA são o país menos moral do mundo hoje. Criou e facilitou mais guerras, mais mortes, mais danos, mais desastres humanitários do que qualquer outro país.

Posso ver as fotos: os rostos de crianças assombradas por um caos fora de seu controle; seus rostos de dor, os gritos silenciosos e gritos de injúria e medo; rostos dos pais, dilacerados pela dor e gritos mais silenciosos de dor e injustiça; sangue lavou escadas e pisos de hospitais, sangue endureceu nos rostos de pessoas inocentes – coagulado com pó e cascalho de concreto e gesso demolidos de casas, hospitais e escolas.

Posso ver as fotos: bairros destruídos e destruídos por milhares de bombas; crateras onde antes ficavam prédios e ruas; pessoas, pequenas em comparação com o dilúvio de destruição, escavando com as próprias mãos o emaranhado de escombros de aço e argamassa; pessoas, congeladas no tempo, pedindo ajuda, implorando ao mundo, amaldiçoando o mundo, sem ter para onde se virar, sem escapar do apito e do estrondo de bombas e mísseis.

Não consigo ouvir isso: nem os gritos dos feridos, os gritos dos feridos, os gritos pelos pais perdidos, pelos filhos perdidos, pelas vidas perdidas; os gritos daqueles presos sob os destroços de suas casas.

Não consigo sentir o cheiro disso: o cheiro enjoativo e metálico de sangue; a fumaça acre e sulfurosa das explosões; as poeiras de pólvora e produtos químicos flutuando pelas ruínas; o cheiro angustiante e angustiante de corpos em decomposição sob os escombros; a fumaça de uma pequena fogueira de alguma forma recuperada para ferver água para uma escassa refeição de... alguma procedência desconhecida.

Vídeos “desumanizantes” de soldados israelenses vindos de Gaza

Crimes de guerra serão televisionados

PalestineChronicle | # Traduzido em português do Brasil - vídeos na página original

Imagens de vídeo alarmantes das atividades dos soldados israelenses na Faixa de Gaza, incluindo eles sendo vistos ateando fogo a suprimentos de alimentos e vasculhando casas particulares, foram amplamente compartilhadas online.

Parece que os vídeos foram carregados pelos próprios soldados israelitas durante a sua operação militar terrestre na sitiada Faixa de Gaza.

Num deles, um soldado israelita é visto a tentar atear fogo ao abastecimento de alimentos e água, produtos que são escassos no território, devido ao cerco humanitário e à limitada passagem de mercadorias através da fronteira de Rafah.

Em outro vídeo, um soldado é visto destruindo itens no que parece ser uma loja de presentes. Ouve-se outro soldado rindo ao fundo.

Soldados da ocupação israelense também são vistos em um vídeo andando de bicicleta pelos escombros de edifícios destruídos, enquanto outro mostra um soldado levando tapetes de oração para um banheiro.

Um soldado também filmou itens pessoais, como roupas íntimas e lingerie, encontrados em uma casa, enquanto insultava mulheres palestinas.

Portugal | UM PAÍS SUSPENSO NA PRESSÃO

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

A crise institucional é evidente e não se resume a episódios de arremesso entre instituições, em sentido abstracto, como se as arestas a limar aparecessem entre organismos desabitados, inertes, sem ocupação por eleitos. As pessoas no seu contexto. Um período eleitoral já parece curto para definir a liderança do país que, como tal, avança para eleições sucessivas. Sem contarmos com as inesperadas, ainda por marcação.

Se é indigno o passa culpas entre Marcelo Rebelo de Sousa e Governo no caso das gémeas, pior é o silêncio que parece sustentar o fogo de artifício seco e a paz podre conciliadora entre alguns dos intervenientes. Quando é evidente que muitos protagonistas sentiam que-aquele-não-era-um-caso-como-todos-os-outros, a percepção da pressão tem de ser explicada detalhadamente sob pena de não restar pedra sobre pedra no topo da pirâmide do sistema. Pressão. Também aqui, as instituições são as pessoas e a sua incapacidade de resistir às circunstâncias. Mesmo quando é o sistema democrático que parece ruir entre as suas mãos e pelos seus actos.

Neste contexto de crise, a eleição interna no PS, neste fim de semana, assemelha-se a um voto para primeiro-ministro. Essa é a ideia que Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro pretendem fazer passar, aproveitando a falta de descolagem de Luís Montenegro nas sondagens, como se assegurassem que o actual líder do PSD só tem uma eleição a perder. A campanha para as directas no PS terminou ontem e deixou bem claro que, por realismo ou soberba, há um poder que acredita que o seu momento não chegou ao fim pela leitura de um ponto final, parágrafo.

Se o realismo pagasse imposto, muitos militantes do PSD aproveitariam para pagar por directas no imediato. O desconforto perante a incapacidade de mobilização da sua liderança, mesmo após a sucessão de casos e casinhos da maioria absoluta de António Costa, não permite ascender a um patamar de confiança que não dependa de resultados de terceiros. Com quase todos os indicadores a apontar para a derrota no confronto directo com a futura liderança do PS, a resolução do novelo do PSD está intimamente ligada à crise na justiça, às notícias ou conclusão sobre as investigações em curso ou ao crescimento de uma Direita não democrática que lhe embale um Governo. Suspensão. Quando já ninguém depende de si e depois de criar monstros, sente-se que o PSD olha para os lados e só encontra o CDS.

* Músico e jurista

O autor escreve segundo a antiga ortografia

Portugal: “Quantos novos pobres estão a ser criados por causa da crise da habitação?”

Mariana Mortágua visitou esta quinta-feira o Centro de Acolhimento de pessoas sem abrigo do Beato, onde chegam cada vez mais pessoas que trabalham, mas ainda assim não conseguem pagar uma casa. A crise da habitação, defendeu, só se resolve “com casas a preços acessíveis e salários dignos”.

O Bloco de Esquerda esteve esta quinta-feira no Centro de Acolhimento de pessoas sem abrigo do Beato, o maior de Lisboa, e que dá resposta a centenas de pessoas. Na visita às instalações, Mariana Mortágua começou por notar que estas são instalações temporárias desde o final dos anos 1990, continuando-se à espera de uma verba para obras e que, entretanto, “não têm condições físicas neste momento para dar a melhor resposta possível”.

Apesar disso, salientou que a Vitae, o grupo que o gere, alterou o paradigma do que é o acolhimento de pessoas sem abrigo, “passando de um modelo punitivo, de tratar as pessoas como delinquentes, para um modelo em que as pessoas são acompanhadas com os seus casos individuais, as suas especificidades, as dificuldades que encontraram na vida e também são acompanhadas para que possam ser reinseridas na sociedade com um emprego, e que possam não voltar a uma situação de sem abrigo, depois tornando muito mais difícil o seu acolhimento e a sua reinserção”.

Na reunião com os responsáveis deste centro de acolhimento, falou-se “de novas realidades sociais e de antigas realidades sociais”. O que significa que “há pessoas sem abrigo que têm um histórico de pobreza, de marginalização, de problemas muitas vezes de foro psiquiátrico, de dependências de consumo, mas também há um histórico mais recente de novas pessoas sem abrigo, cada vez mais jovens, que vêm parar estes centros de acolhimento temporário porque são despejadas ou porque não conseguem ter acesso a um alojamento, apesar de trabalharem”.

A miséria espreita a cada esquina e caça os portugueses sem dó nem piedade


Expresso Curto de véspera de fim-de-semana. Autoria de David Dinis, diretor adjunto do Expresso. O título indica aquilo que trata. Não precisamos adiantar muito mais, exceto que Portugal detém nos poderes grandes admiradores e dedicados mãos de obra de novelas e opacidades superiores. Eles é que têm os livros, eles é que sabem tudo.

Muitos outros e Marcelo são eles. Mas o mal, inimigo da transparência, está profundamente arreigado na sociedade. Isso e cunhas. Isso e locupletações (Ação de aumentar o seu próprio património de maneira a prejudicar uma ou mais pessoas). Pois. Toca-nos a nós os milhões de passa fome e de todo o tipo de carências que assentaram arraiais ainda antes da implantação do salazarista fascista. Milhões à farta é para os esgotos bancários e de offshores só de alguns. Eles lá sabem. Essa minoria parasitária que não nos larga a braguilha nem a parca (inexistente demasiadas vezes) sustentação da nossa alimentação, dos setores da educação, da saúde, dos empregos indignos e respectivos  acumulados salários indignos. A miséria espreita a cada esquina e caça os portugueses sem dó nem piedade por ordem a ações de elites que têm os livros e que sabem tudo para nos lixarem, para nos explorarem. para nos enganarem, para nos roubarem enquanto enchem as bocas malvadas com a palavra democracia. Fome de quase tudo para todos. Menos para eles, 'dótores' e donos disto tudo...

A conversa azeda quando nos dispomos a pensar. Um dia não haverá mais conversas e será quando tudo mudará de figura e de procedimentos. Os intrujões dos poderes não mais disporão das porções e pós que têm vindo sempre a adormecer e aniquilar os plebeus a que chamam, por exemplo, eleitores, trabalhadores, etc., etc.. Mas a quem não dão contas, só novelas e ludibriações.

Bom dia, esta primeira parte de abertura contempla desabafos sentidos apelando à ação na descoberta da real e efetiva democracia. Não é a única, antes pelo contrário. Resta a esperança de que um dia virá com um sol radioso de liberdade e justiça de facto. Assim seja.

E agora saltem para o Curto com patacoadas e alguns toques de interesses para partilhar. O 25 de Abril vem novamente aí. Acontecerá num dia qualquer, de todos para todos... os pérrapados. Inté.

O Curto a seguir.

AV | Redação PG

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