quinta-feira, 28 de abril de 2011

Brasil: MNE considera 2012 prazo "razoável" para fechar acordo entre Mercosul e UE




FYRO – SK - LUSA

Rio de Janeiro, 28 abr (Lusa) -- O chefe da diplomacia brasileira, António Patriota, considerou hoje que o prazo de 2012 é "razoável" para a implementação de uma zona de livre comércio entre os países do Mercosul e a União Europeia.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, falou aos jornalistas à saída do Fórum Económico da América Latina, que hoje arrancou no Rio de Janeiro.

"O prazo 2012 é razoável, até porque muito do trabalho já foi feito. Nós estamos agora na fase de avaliar ofertas melhoradas dentro de um cronograma acelerado", afirmou Patriota, referindo-se à data anunciada hoje pelo chefe da delegação do Parlamento Europeu para as relações com os países do Mercosul, Luis Yáñez.

Luis Yáñez, que lidera uma comitiva de 11 deputados europeus que foi ao Brasil com objetivo de discutir os termos do acordo e verificar o ambiente para consolidar as propostas, adiantou hoje que o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia preparam-se para assinar um acordo de livre comércio já no próximo ano.

O deputado europeu acrescentou que a proposta em discussão representa um avanço sem precedentes.

"Vai ser o maior acordo do mundo entre dois blocos regionais. As possibilidades são impressionantes: multiplicação do nível de intercâmbio, geração de prosperidade e de criação de empregos", afirmou Yáñez.

Aos jornalistas, o chefe da diplomacia brasileira disse, por sua vez, que ficou "muito satisfeito" por ver que os parlamentares europeus estão a apoiar a iniciativa, mas lembrou, contudo, que o acordo é assinado com o executivo europeu e é com ele que é preciso ver se é possível chegar um acordo satisfatório.

"Mas eu vejo como algo que é realizável, sim", afirmou António Patriota.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil não confirmou, porém, as declarações do chefe da delegação do Parlamento Europeu de que nas negociações foram acordados mais de 90 por cento dos pontos referentes ao setor industrial e mais de 80 por cento dos respeitantes ao setor agrícola.

As negociações do Acordo de Associação entre a União Europeia e o Mercosul, suspensas em 2004, foram retomadas em maio de 2010 e desde então já tiveram lugar quatro rondas de negociação.

**Na foto: António Patriota

Brasil: Presidente da Bunge defende direito a terras para investidores estrangeiros




FYRO - LUSA

Rio de Janeiro, 28 abr (Lusa) - o presidente da Bunge, Pedro Parente, confirmou que a lei que restringe a aquisição de terras por estrangeiros no Brasil afetou a empresa, uma das principais produtoras de etanol do país, numa época em que o mercado sofre com a alta dos preços do produto.

"A medida está ligada a uma preocupação de soberania, que não teve a intenção de atingir empresas como a nossa, mas o facto é que atingiu", afirmou o executivo, após participar de uma mesa de debate sobre a questão do futuro da produção de alimentos durante o VI Fórum Económico Mundial da América Latina.

Parente defendeu que, apesar de ser uma empresa de origem norte-americana, a Bunge possui mais de 20 mil funcionários no Brasil e é a terceira maior exportadora do país, pelo que não haveria motivos para esse tipo de restrição à sua expansão.

"A Bunge é uma empresa brasileira em todos os aspetos, ela produz no Brasil, emprega no Brasil e paga impostos no Brasil", ressaltou o executivo.

O preço da gasolina tem sofrido sucessivas subidas a nível interno nas últimas semanas, sobretudo devido à alta do etanol anidro, que é adicionado à gasolina com a intenção de reduzir a utilização do combustível fóssil.

Na opinião de Parente, o governo não deve intervir na situação com a criação de quotas ou metas de produção de biocombustíveis, como tem sido feito, mas sim no caso de garantir o acesso a terras.

A proposta em debate é permitir a estrangeiros apenas o direito de uso da terra, sem a garantia de posse.

"Se empresas como a Bunge têm condições favoráveis de investimento, o governo não tem que se preocupar com essa questão, porque o setor privado vai fazer a sua parte", declarou.

Parente confirmou que a empresa está interessada em aumentar os seus investimentos para a produção de etanol, o que implica também a compra de terras para a plantação da cana-de-açúcar.

"Toda relação ligada à agricultura e a áreas da cana-de-açúcar nos interessa. Nós precisamos crescer e o Brasil também precisa disso", concluiu.

TIMOR REFUGEE CENTRE KO’d




LINDSAY MURDOCH – THE AGE – 29 april 2011

Julia Gillard's proposal to build a refugee centre in East Timor has been rejected by the country's President Jose Ramos-Horta, the only senior political figure in the tiny nation who had left the door open to the plan.

''Timor-Leste [East Timor] says that we will not agree to set up an asylum seeker processing centre in the country,'' Dr Ramos-Horta told Timorese journalists.

The declaration will embarrass the Prime Minister, who has been insisting talks with East Timor's leaders were continuing at the highest levels despite earlier rejection of the plan by the country's Prime Minister Xanana Gusmao, Deputy Prime Minister Jose Luis Guterres and senior ministers.

Yesterday, a spokesman for Immigration Minister Chris Bowen was still insisting East Timor's Council of Ministers - the equivalent of Australia's cabinet - has not rejected the plan.

However, the council decided last year that East Timor would not negotiate the plan directly with Australia, referring the issue instead to a 50-nation meeting on people smuggling known as the Bali Process.

Official sources in Dili told The Age that members of East Timor's delegation felt they were poorly treated by Australia's representatives during a ministerial-level meeting of the Bali Process last month, where Ms Gillard's plan did not rate a mention during official talks.

Their complaint was discussed during a recent meeting of the Council of Ministers in Dili, sources said.

Mr Bowen's spokesman referred The Age to comments Mr Bowen made on radio on Wednesday, including that Dr Ramos-Horta still regarded the centre as a possibility and that ''discussions continue''.

But Dr Ramos-Horta delivered the final blow to the plan in comments reported by East Timor's Independente newspaper, saying a regional centre was not an issue to be discussed between East Timor and Australia.

''There should be a regional agreement and the agreement should not be made by Timor-Leste and Australia because it is not a bilateral problem,'' Dr Ramos-Horta said.

Observers in Dili say the plan was never going to be approved by East Timor, a country of a million mostly impoverished people struggling with a myriad of social, security and development problems.

But East Timor's leaders

wanted to be seen to be considering Ms Gillard's proposal as Australian diplomats and officials attempted to push what was widely seen as an ill-conceived idea.

In addition to government leaders, the plan was also opposed by the Fretilin opposition, four parties in the ruling coalition and dozens of non-government and community organisations.

Canberra journalist Laurie Oakes revealed last year that hours before Kevin Rudd was deposed as PM he told Ms Gillard that a refugee centre in East Timor would not work and East Timor would not accept it. But Ms Gillard went ahead despite the advice and announced her plan for the centre only days before the last federal election.

Last year, some senior officials in Dili toyed with the idea of allowing Australia to build the centre on East Timor's undeveloped south coast if Canberra in return were to fund major infrastructure projects in the area.

But Mr Gusmao publicly dismissed the plan during an interview with The Economist magazine in London in March, saying he would not be able to explain to his poor countrymen why foreign asylum seekers would be entitled to international-grade healthcare, food, clothing and schooling for their children while many Timorese did not.

Mr Ramos-Horta revealed two weeks ago in an interview he had not discussed Ms Gillard's plan with any Australian officials for months, while still insisting the door was still open to negotiations. But he raised concerns about the length of time it would take to process asylum seekers, and said that setting up a regional centre outside a regional agreement framework ''would be like a Band-Aid approach''.

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Tinan-tinan, CCT Fo Kafe Oan-Aikakeu 600 Mil Ba Agrikultores




JOSEFA PARADA – SUARA TIMOR LOROSAE – 28 abril 2011

DILI- Atu hamoris ambiente iha nasaun foun ida ne’e nia laran, oras ne’e dadauk Coperativa Café Timor (CCT) fo kafe oan, aikakeu, ai-oan no aiteka oan kuaze 600 mil pes ba agrikultores sira atu kuda.

“Ami tinan-tinan halo ai-oan kafe oan, aiteka oan, aikakeu kuaze 600mil pes ne’ebe fo ba agrikultores sira kuda. Se ai 600mil pes deit tinan-tinan mak agrikultura kuda mak moris hotu lakleur meiu ambiente timor laran sai matak,”afirma Director CCT, Germinino Amaral dos Reis ba STL iha nia knar fatin Bidau Lecidere, Dili, Tersa (26/4).

Germinino hateten, bainhira produs ai-oan invez tinan-tinan aumenta maibe tinan-tinan diminui halo grafiku ne’e tun. Tamba kafe tuan ona inklui la troka kafe foun no laiha rehabilitasaun ne’ebe diak. Husi ne’e mak halo menus nia produsaun.

Maibe oras ne’e CCT mos iha ona programa atu halo iha  area rehabilitasaun ne’ebe halo ona alende mos komesa ona atu kuda foun.   

Husi aspektu ne’ebe mak iha Director ne’e husu husi parte floresta no ambiente nian tenke iha mos koperasaun hamutuk, oinsa sosializa agrikultura sira no populasaun sira para labele tesi ai arbiru.

“ Se ita tesi aihun ida para halo ita nia uma ita kuda fali aihun lima tenke tau ema ba hare. Tamba timor nasaun ona hodi ukun-an, nune’e maka agora kuidadu ita nia nasaun para ambiente nasaun nian bele sai diak liu tan,”afirma Germinino.

Director CCT ne’e deklara tan katak, divizaun agridiversifikasaun iha programa ha’at maka hanesan programa habokur karau, programa kuda baunila, programa agroflorestal (kuda ai-industria, ai –sunu no ai-han karau) no programa rehabilitasaun kafe.

Suporta programa sira ne’e maka USAID ne’ebe liu husi NCBA-CCT halo implementasaun iha kampo ho agrikultores sira.

Husi programa hirak ne’e nia objektivu atu loke kampu de servisu iha sector agrikultura, halo produsaun iha area habokur karau, hakiak baunila, hakiak ai ne’ebe iha valor ekonomia bot no hasa’e produsaun kafe, hadia kresimentu ekonomia familia agrikultores sira nian iha area rurais no halo exportasaun ba komoditi ne’ebe agrikultores sira produs hanesan kafe karau, baunila no ai-industria.

“Aktividade sira ne’e hotu agrikultores maka hala’o no hetan asistensia tekniku husi staf CCT-NCBA,”tenik Director Germinino.

Idelberto Amaral nudar  membru agrikultor rekonhese katak, mesmu hanesan nasaun ne’ebe mak foin ukun-an prinsipalmente tenke hadomi ida-idak nia ambiente. Tamba ambiente sai ona hanesan mata dalan atu hamoris no hamorin nasaun timor ba oin.

Iha sorin seluk, agrikultor Gil Mendonsa afirma tan katak programa CCT ne’ebe atu fo ai-oan ba agrikultura sira atu kuda ne’e importante tebes. Atu nune’e ambiente cidade sai hanesan guarda ida atu fo sestentabilidade ne’ebe matak iha nasaun ida ne’e, maske hanesan nasaun ne’ebe kiik.

“ Kuda kafe no ai-oan sira signifika katak bele hamoris ona grafiku amibiente iha sosiedade nia laran,”agrikultor ne’e konfesa.

Entertantu lamentasaun hanesan mai husi, Irene Pereira nudar agrikultor hatutan, kafe timor tuir ona standar agrikultura organiko ho nivel internasional, tamba ne’e agrikultores sira iha teritoriu tomak merese duni atu hetan ai-oan sira ne’e. Para nune’e bele hametin no haburas ambiente iha nasaun foun ne’e nian. vey    

LISU HALO KOMUNIDADE LARAN SUSAR




JOSEFA PARADA – SUARA TIMOR LOROSAE – 28 abril 2011

DILI – Komunidade iha parte ida  hakarak moris iha ambiente nebe mos no saudabel, maibe husi parte seluk labele ses aan husi  kultura iregularidade nebe dalawain kontribui hafoer sidade Dili.

Konsetu  Dili sidade da paz nebe inisia husi Prezidente Republika,  Jose Ramos Horta no hetan apoiu Governu ho programa limpeza jeral iha kada sesta feira, seidauk lori mudansa nebe signifikante imajen sidade Dili.  Tanba  realidade bairo balu sei nakonu lisu maske iha ona  fatin lixu.

Laos ne’e deit PR Horta hamutuk ho Governu liu husi Distritu Dili, ne’ebe deklara ona ba publiku atu haburas sidade Dili, ho  konvida  grupu  Band Nizi Indonesia mai konsertu iha sidade Dili. Maibe realidade to’o oras ne’e bairo-bairo sei nakonu ho foer nebe namkari inklui sirkulasaun animal.

“Hau hanesan lider komunitariu husu  Governu atu atende  lalais problema sira ne’e,  tanba  fo impaktu makaas tebes ba populasaun,” dehan komunidade Comoro, Cancio Nunes, ba STL iha nia hela fatin Comoro Dili, Kuarta (27/4).

Cancio hatete tinan-tinan sira  sempre Servisu hamutuk  ho komunidade sira seluk hodi halao atividade  limpeza iha  bairo, liu  husi atividade hirak nee  konsege hamos sira nia bairo husi foer, maibe hamos ambiente seidauk hanesan kultura ba povu rai nee.

Nia husu governu atu  hadia valeta sira iha Dili laran inklui iha bairo-bairo hodi asegura sirkulasaun bee tantu nebe sai husi rai laran no produs husi udan been.

Aniceto da Costa Komunidade Caikoli hatete governu lolos  tenke  kontrola foer sira iha bairo laran, tanba limpeza nee laos ba iha sidade deit, maibe iha bairo-bairo. “Governu sempre aviza bebeik dehan tenki hamos ida-idak nia bairo, maibe realidade hamos hotu tiha, saniamentu la mai foti, ho kondisaun ida ne’e halo komunidade sira mos baruk atu halo limpeza,” tenik Aniceito.
 
Parte seluk Komunidade Beto barat Comoro, Renato Cardozo, hatete limpeza nudar atividade  nebe tenke rutin halao  hodi  redus foer  nebe sai preokupasaun ema hotu nian.

Entretantu reprezentante po­vu iha Uma Fukun Parlamentu Na­sional, Fretilin Jose Texeira ha­tete, foer problema sai duni preukupasaun populasaun sira nian, tanba agora dadaun bairo ba­lu maka foer nakonu. “Ita koa­lia kona ba foer agora dadaun iha bairo balu maka kondisaun am­biente ladiak ka grave tebes, tan­ba saniamentu  sira seidauk ser­visu masimu,” hatete Texeira. Fal

DEZEMPREGU IHA POTENSIA BA INSTABILIDADE, RIHUN 500 LAIHA SERVISU




JOSEFA PARADA – SUARA TIMOR LOROSAE – 28 abril 2011

DILI — Dezempregu futuru bele sai hanesan potensia boot ida ba iha instabilidade, bainhira go­ver­nu laiha politika ida diak hodi kria kampu servisu iha rai laran.

Konflitu entre grupu artemarsiais nebe dala barak mosu iha  iha rai laran, sempre liga ho problema dezempregu, maske ne hanesan hipoteza ida, maibe asuntu dezempregu labele konsidera hanesan buat  nebe la vale.  Nunee sai hanesan reponsabilidade governu atu buka nia solusaun.

Direitor Fundasaun Mahein (FM), Nelson Belo hatete, desde  TL hetan nia restorasaun independensia 2002, problema dezempregu sai ona kestaun ida ne’ebe seriu ba governu, tanba numeru dezempregu aumenta ba bei-beik, maibe laiha kampu servisu, nunee hamosu deskontente no frustradu ba dezempregu sira.

Maske  nunee too agora seidauk iha dadus fiksu numeru dezempregu iha TL,  maibe tuir estudu ka peskiza  ne’ebe hala’o husi Sekretaria Estadu Formasaun Profesional no Empregu (SEFOPE) 2009-2010, konsege diskobre ona numeru dezempregu iha TL  hamutuk rihun 600 resin.

Dezempregu  sura husi idade tinan 15 ba leten,  tuir rezultadu sensus 2010 hatudu katak total populasaun hamutuk milaun ida resin, maioria joven ho idade 15 ba leten ne’ebe mai husi distritu sanolu resin tolu.

Husi numeru  hirak nee  maioria dadaun buka servisu  iha kapital Dili, tanba sidade Dili hanesan kapital nasaun ne’ebe fasil atu hetan servisu, maske realidade hatudu oin seluk.

Problema dezempregu, ou  juventude ka ema nurak sira iha sidade Dili  tuir avaliasaun pobreza/Poverty Assessment estima hamutuk 43% iha 2001, numeru ne’e iha probabilidade atu sai bo’ot liu,  tanba tinan-tinan produs dezempregu  kuaze nain 15.000-20.000, enkuantu  merkadu servisu ba mane 13% no feto 9% deit.

Tuir availiasaun nee indika mos katak  juventude barak mak laiha abilidade baziku ka formasaun, joven balu  para  es­tudu tanba  konflitu molok   ukun an. Lian Portugés no Inglés, ha­nesan mos impedimentu seluk ida wainhira sira hakarak hetan servisu tantu iha  governu ka organizasaun internasional sira.

Prezidente Konselhu Nasional Joventudi Timor Leste (JNCTL), Leovigildo Hornai rekoinese katak, konflitu ne’ebe mosu iha rai laran iha ligasaun ho dezempregu. Joven balu tanba laiha servisu, ransu malu hodi hemu tua iha estrada ka bairo, nunee  wainhira ema ruma provoka, fasil tebes atu hamosu konflitu. Hau hanoin governu tenke kria kampu servisu atu nune’e bele kria estabilidade iha komunidade nia let.” */car

UDAN TUN, SIDADE DILI NAKFILA BA FATIN LISU




JOSEFA PARADA – SUARA TIMOR LOROSAE – 28 abril 2011

DILI – Udan laos hamosu deit inundasaun no hapara distribuisaun bee mos ba komunidade iha kapital Dili, maibe udan  mos destroi murak furak imajen  sidade dili nebe bonito.

Sidade Dili iha tempu udan hanesan atual, haree husi dook matak no nabilan  tebes, maibe bainhira haree husi besik, sabraut, tanba inundasaun nebe  rezulta udan produs foer bar-barak  naklekar iha estrada  no kampu laran.


“Nee seidauk aumenta estrada nebe  kuak lemo-lemo iha Dili laran,” Xefi Suku Bairo Pite, Sub Distritu Don Aleixo, Distritu Dili, Joao Batista da Costa Belo, kasu  lia hirak nee  ba STL iha ninia servisu fatin Sede Suku Bairo Pite semana liu ba.

Nia dehan mudansa klima komesa haterus  ona povu, tanba kuaze loron tomak la bele halao atividade servisu tanba deit udan la fo fatin. Pior iha bairo nebe  maioria populasaun hetan abastamentu bee mos husi  SAS hetan difikuldade boot tanba bee la suli,  eletrisidade  mate lakan.

Xefi suku nee konsidera  Governu  promete deit mak barak, maibe nunka realiza,  nunee komunidade sira barak mak lakon konfiansa ba ulun boot sira tanba la kumpri sira nia promesa.  Suku Bairo Pite iha  Aldeia 5 nebe besik liu ba iha rai hun, komunidade iha aldeia hirak nee  afetadu tebes ho ameasa natureza,  bee mos  no eletrisidade.

Iha fatin hanesan Siquita Soares hatete  nudar  ema povu ki’ik  bainhira iha udan hasoru problema  eletrisidade mate lakan, la asesu bee mos no inundasaun.

Nunee mos  Fransisco da Costa ejiji atu hadia ona drainajen iha Dili laran, tanba kauza husi inundasaun iha Dili laran, mai  husi drainajen nebe la funsiona. “Ami iha Bebora, kuandu tempu udan ona, ami tenke lulun kalsa ain, tanba  bee nakonu,” tenik Fransisco. son

Ministro-chefe australiano apoia reivindicações timorenses sobre gás do Sunrise




MSO – LUSA

Díli, 28 abr (Lusa) -- O porta-voz do Governo de Timor-Leste, Ágio Pereira, considerou hoje que as declarações proferidas pelo ministro-chefe do Território do Norte (Austrália), Paul Henderson, constituem uma manifestação de apoio às reivindicações timorenses relativamente ao campo petrolífero de Sunrise.

"O ministro-chefe do Território do Norte, Paul Henderson, veio apoiar as reivindicações de Timor-Leste quanto aos benefícios económicos decorrentes da transformação do gás em terra", comentou Ágio Pereira, reportando-se a declarações feitas dia 26 por aquele responsável regional australiano.

"Henderson observou que a indústria de transformação e fornecimento de gás e petróleo do Território do Norte poderá gerar centenas de milhões de dólares dentro de uma década, talvez dez ou vinte vezes os 150 milhões de dólares por ano atualmente estimados", cita.

O porta-voz timorense refere que Paul Henderson considerou "extremamente importante" o conjunto de benefícios que até agora resultaram para a região, principalmente com o gás canalizado para Darwin a partir do campo de Bayu-Undan, no Mar de Timor, que faz parte da Área de Desenvolvimento Petrolífero Conjunto (JPDA) partilhada entre Timor-Leste e a Austrália".

Segundo Ágio Pereira, Henderson "expressou o seu desapontamento" pelo facto de se ter planeado o processamento do gás do campo de Sunrise numa plataforma flutuante, considerando que tal poderia resultar "numa perda de empregos para a economia".

O representante do Governo timorense esclarece que está em curso a criação de uma base de abastecimento no distrito de Suai, na costa sul, "o primeiro projeto de uma série a ser lançada como parte do desenvolvimento de um "cluster", baseado em Suai, Betano e Beaco".

O empreendimento está vocacionado para apoiar indústrias de petróleo e gás do Mar de Timor e engloba um porto marítimo, um parque de contentores, um armazém de área de logística, edifícios de escritórios, área de armazenamento de combustível, e um heliporto.

"A base de Suai apoiará o projeto Sunrise e outros, e está prevista para ser igual, se não for economicamente mais vantajosa para Timor-Leste, do que Bayu-Undan foi e continua ser para Darwin", conclui, justificando com a posição geográfica privilegiada.

CNRT deve rejeitar coligação se não for partido mais votado, defende Dionísio Babo




MSO – LUSA

Díli 28 abr (Lusa) -- Dionísio Babo, secretário-geral do CNRT, partido presidido por Xanana Gusmão, disse hoje que vai defender no Congresso que, se aquela estrutura partidária não for a mais votada nas próximas eleições, não deve integrar um futuro Governo.

Na véspera da abertura do congresso nacional do CNRT, que vai reunir em Díli 995 delegados de todo o país, o atual secretário-geral declarou à Lusa que se irá recandidatar e explicou a estratégia política que pretende defender.

"Não queremos dramas de coligação no futuro e queremos andar sozinhos. Se não formos o partido mais votado, preferimos ir para o Parlamento desempenhar o nosso papel na oposição", afirmou.

Para Dionísio Babo, a aliança, de cinco anos, com outros partidos "tem sido uma experiência muito difícil", que, por vezes, o leva a concluir que o partido preside ao Governo, mas não o controla.

"Isso faz muita diferença. Da forma como estamos agora, não podemos dizer que estamos a implementar um plano como nós queremos, com um Governo coeso. Por isso estamos determinados a ir sozinhos às próximas eleições", explicou.

Dionísio Babo esclareceu, no entanto, que apesar daquela ser a sua opinião, "a porta não está totalmente fechada a coligações", porque essa é uma decisão que não deverá ser tomada apenas pelas lideranças do partido, mas envolverá também as bases".

"Essa decisão deverá ser tomada em conferência nacional, com delegados de todo o território", defendeu.

Um não categórico é a resposta que dá quando questionado sobre uma aliança com a FRETILIN de Mari Alkatiri, para formar um governo de unidade nacional, pós-eleitoral.

"Com a FRETILIN, da forma que está agora, não. Só se houver uma mudança na estrutura da liderança da FRETILIN é que podemos repensar essa posição", disse.

Quanto à questão do candidato às eleições presidenciais, revelou à Lusa que será apresentada ao congresso uma proposta para que a escolha seja remetida para a conferência nacional, em que terão assento a maioria dos congressistas.

Sobre a possibilidade de Xanana Gusmão ser o candidato do CNRT, admitiu que "está ser debatida aprofundadamente", mas não esconde a sua discordância.

"Pessoalmente penso que é preferível, se o CNRT ganhar as próximas legislativas, ser ele a ocupar o cargo de primeiro-ministro", adiantou.

Segundo o secretário-geral, "o CNRT pode apresentar o seu candidato próprio, mas também pode apoiar uma personalidade de fora do partido".

Dionísio Babo revelou à Lusa que se vai recandidatar ao cargo no Congresso que amanhã se inicia, admitindo poder ter opositores, embora afirme que desconhece qualquer "afirmação oficial" de outra candidatura.

"Proponho-me levar o partido a executar o programa que vai ser apresentado ao Congresso e que abrange perto de vinte setores de atividade, principalmente na área do desenvolvimento, e que foi elaborado por um conjunto de intelectuais e profissionais dessas especialidades. Se esse programa for aprovado, é o que o partido vai procurar realizar nos próximos cinco anos", explicou.

No congresso, durante o qual serão realizadas as eleições internas para os órgãos do partido, têm assento 995 delegados, estando cada núcleo representado por um delegado ao nível de suco (aldeia), os sub-distritos com três delegados, e os distritos com cinco delegados.

Além daqueles, são delegados por inerência os membros dos vários órgãos, designadamente do conselho nacional e da comissão política.

Moçambique vai enfrentar jogo de interesses da China, Brasil e Índia - Loro Horta





Maputo - O Governo moçambicano terá de enfrentar "um complexo jogo de equilíbrio" para responder à disputa dos recursos energéticos do país pela China, Índia e Brasil, considera o investigador timorense Loro Horta. 
 
Num artigo publicado pela revista Yale Global, da universidade norte-americana de Yale, Loro Horta, filho do Presidente timorense, José Ramos-Horta, refere que o interesse chinês em Moçambique é também estratégico, além de económico.
 
"Moçambique é uma importante rota alternativa ao canal do Suez", diz o académico, acrescentando que o país "oferece ainda a ligação marítima mais próxima para a Zâmbia e Zimbabwé, que têm duas das cinco zonas económicas especiais chinesas em África. 
 
Para Loro Horta, o Governo moçambicano tem feito "um sofisticado jogo de equilíbrios" perante os interesses da China, mas também do Brasil e da Índia, pelos recursos energéticos do país, principalmente o carvão. 
 
Os três países, defendeu, têm em curso ou em carteira investimentos cerca de três mil milhões de dólares (pouco mais de dois mil milhões de euros) na indústria extractiva do carvão. 
 
"Contudo, com o crescente sector mineiro de carvão do país, o seu potencial para biocombustíveis e relatos de descobertas de petróleo, este jogo de equilíbrio irá provavelmente tornar-se mais complexo", afirma o investigador.
 
"A expansão das indústrias extractivas e o crescendo de investimentos estrangeiros têm o potencial para trazer benefícios significativos, mas também trazem novos desafios ao país", considera ainda Loro Horta.  
 
O académico timorense aponta que a economia moçambicana tem vindo a beneficiar do crescimento do sector mineiro, diversificando as suas fontes de crescimento, tradicionalmente assentes na produção agrícola, principalmente nas exportações de caju, açúcar, algodão e chá.  
 
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), segundo Loro Horta, prevê que,  em 2020, Moçambique seja o segundo maior exportador africano de carvão, com vendas anuais próximas de 110 milhões de toneladas. 
 
As reservas carboníferas moçambicanas estão avaliadas em 10 mil milhões de toneladas.  

**Na foto: Loro Horta

Angola: PGR PRENDE SUSPEITOS DE FRAUDE




ANGOLA 24 – 28 abril 2011

O Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, revelou ontem, no Lubango, que estão preventivamente detidos, à espera de julgamento, centenas de pessoas suspeitas de fraudes financeiras, burlas, abuso de confiança e corrupção organizada contra bens pÚblicos.

João Maria de Sousa afirmou que, em resultado destas detenções, foram apreendidos milhões de dólares norte-americanos e de kwanzas desviados do Tesouro Nacional por via de acções de revista, busca e apreensões em contas bancárias.

O magistrado, que falava no acto central alusivo ao 32º aniversário da instituição, assinalado ontem, afirmou que aquela instituição teve que recorrer à colaboração internacional para apreender os bens no exterior.  João Maria de Sousa disse que "foram apreendidos muitos bens móveis e imóveis suspeitos de terem sido adquiridos com dinheiro obtido ilegalmente".

"Um considerável nÚmero de processos foi concluído e remetido aos órgãos competentes. Os bens apreendidos foram entregues ou colocados à ordem dos tribunais", disse o magistrado.

João Maria de Sousa disse que a PGR teve que actuar sobre pessoas suspeitas, muitas delas desempregadas, que "ostentavam e exibiam livre e impunemente riquezas injustificadas". O  Procurador-Geral da RepÚblica afirmou que essas pessoas "compravam casas milionárias em condomínios fechados e em projectos habitacionais a pronto pagamento". Essas pessoas suspeitas, segundo o  Procurador-Geral da RepÚblica, "adquiriam no estrangeiros viaturas novas de topo de gama a pronto pagamento, algumas delas sem condições técnicas de circular nas nossas estradas".

"Algumas pessoas já foram responsabilizadas criminalmente e presas preventivamente e outras, ainda não identificadas, deixaram de exibir o dinheiro do modo como faziam anteriormente", afirmou.

João Maria de Sousa considera que, em função da actuação da PGR, o mercado imobiliário e automóvel ressentiu-se, baixando os preços. "A oferta passou a ser maior que a procura em imóveis de alta renda e viaturas de altas cilindradas", afirmou.

O Procurador-Geral da RepÚblica afirmou que a intervenção directa daquela instituição no combate ao crime organizado teve resultados positivos. Assistiram à cerimónia, o Procurador-Geral Militar, Hélder Pita Gróz, a vice-ministra do Interior, Margarida Jordão, procuradores de Portugal e Brasil, magistrados do Ministério PÚblico, o governador da província da Huíla, Isaac dos Anjos, entre outros convidados.

Ameaças aos magistrados

O Procurador-Geral da RepÚblica, João Maria de Sousa, denunciou a existência de organizações criminosas que perseguem os magistrados do Departamento Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP). Esta instituição tem a missão de investigar e instruir processos-crime especiais, relacionados com entidades nomeadas pelo Presidente da RepÚblica, deputados, magistrados judiciais, procuradores e provedores de justiça. Este órgão, que recentemente fez a investigação e a instrução dos processos de desvio de milhões de dólares norte-americanos do Banco Nacional de Angola (BNA), tem também competência para prevenir e investigar crimes transnacionais, crime organizado, crimes económico-financeiros, narcotráfico, corrupção, branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.

João Maria de Sousa disse que a PGR está a intervir directamente no combate a estes crimes. Afirmou que os magistrados estão a ser ameaçados de morte. "Estamos atentos ao que se passa e deixo expressa a certeza que qualquer atentado contra um magistrado ou operador da justiça será motivo de um cerco mais apertado de todos os suspeitos", afirmou João Maria de Sousa, acrescentando que os criminosos estão a utilizar diferentes métodos.

RENAMO desafia PGR a processar Obama por validar lista de "barões da droga"




Lista inclui empresário moçambicano

PMA – LUSA

Maputo, 28 abr (Lusa) -- A bancada parlamentar da RENAMO, a maior da oposição moçambicana, desafiou hoje a Procuradoria-Geral da República, a processar o Presidente Barack Obama por ter validado uma lista de "barões da droga" que inclui o empresário moçambicano Momad Bashir.

Momad Bashir, dono de um dos maiores supermercados de Moçambique, e conhecido por alegadamente fazer ofertas 'chorudas' ao partido no poder, FRELIMO, foi colocado em junho do ano passado numa lista de "barões da droga" elaborada pelo Departamento do Tesouro norte-americano e validada pela Casa Branca.

Na altura, vários quadrantes da sociedade moçambicana instaram a Procuradoria-Geral da República a abrir um inquérito às acusações feitas pelos EUA ao empresário, mas no informe que prestou quarta e quinta-feira à Assembleia da República, o Procurador-Geral moçambicano, Augusto Paulino, disse que Momad Bashir ainda goza do princípio da presunção de inocência, porque "ainda não foram encontrados factos que consubstanciem crime".

"Sobre esta matéria, reiteramos que agimos em total respeito pelo princípio da presunção de inocência, sobretudo quando a pessoa visada não foi sequer constituída arguida, e não com base em perceções", sublinhou Augusto Paulino.

Insatisfeito com o posicionamento do PGR, o deputado da RENAMO, Fernando Milaco, que falou em nome da sua bancada nesta matéria, desafiou o Estado moçambicano a processar o chefe de Estado americano.

"Processem o Presidente Obama, porque foi ele que validou a lista que acusa Momad Bashir de barão da droga. Obama mostrou-se de acordo com as investigações norte-americanas que acusam Momad Bashir de tráfico de drogas", afirmou Fernando Milaco.

Para o maior partido da oposição, a alegada inatividade das autoridades judiciais moçambicanas em relação ao caso revelam medo por "membros intocáveis" do partido no poder.

"Está visto que o dinheiro oferecido por Momad Bashir à FRELIMO resulta de lavagem de dinheiro", disse Milaco.

Reagindo às acusações da RENAMO, a chefe da bancada da FRELIMO, Margarida Talapa, exortou a PGR a não transigir no cumprimento da lei e a resistir à tentação de atuar com base em pressões.

"Apelamos para que aja com base na lei", frisou Margarida Talapa, dirigindo-se ao PGR.

*Na foto: Momad Bashir

Guiné Bissau: CNE precisa de sete milhões de euros para plano de três anos




MB – LUSA

Bissau, 28 abr (Lusa) - A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau necessita de pouco mais de sete milhões de euros para executar o plano estratégico que visa a realização das eleições autárquicas e das legislativas de 2012 no país.

A informação foi revelada hoje por Desejado Lima da Costa, presidente da CNE guineense, num encontro com jornalistas, no qual estavam também presentes elementos do corpo diplomático e responsáveis das Nações Unidas e União Europeia.

Lima da Costa disse que a verba de que a CNE precisa, terá de ser conseguida com ajuda dos parceiros internacionais e através do Orçamento Geral de Estado guineense, e destina-se à execução de quatro tarefas programadas no plano estratégico.

As tarefas a serem executadas são: atualização da cartografia eleitoral (mapa eleitoral), recenseamento dos potenciais eleitores, preparação de eleições autárquicas e realização das eleições legislativas de 2012.

O presidente da CNE guineense afirmou que, de acordo com um estudo mandado realizar pela sua instituição, que contou também com o apoio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), as primeiras eleições autárquicas no país poderiam ter lugar no 3º trimestre deste ano ou então no 2º trimestre de 2012.

Já as eleições legislativas, de acordo com o ciclo normal, deveriam realizar-se ou no primeiro trimestre de 2012 ou no início do primeiro trimestre de 2013.

Desejado Lima da Costa sublinhou que as recomendações apontadas pelo estudo, que deu lugar ao plano estratégico, indicam que a melhor solução seria um recenseamento biométrico dos potenciais eleitores para, desta forma, poderem evitar-se as desconfianças em relação aos cadernos eleitorais.

O presidente da CNE diz ter a consciência da situação de dificuldades económicas que o mundo atravessa, pelo que, vai propor ao governo a realização de uma mesa redonda, em Bissau, com os potenciais parceiros financiadores dos atos eleitorais na Guiné-Bissau.

Lima da Costa aponta o mês de junho próximo para a realização desse encontro, no qual seria apresentado o plano estratégico e solicitados os apoios financeiros.

Na conferência de imprensa dada pelo presidente da CNE, Portugal esteve representado pelo cônsul Salvador Pinto da França.

Cabo Verde: PREÇO DA ÁGUA DOS CHAFARIZES DA PRAIA VAI AUMENTAR




EXPRESSO DAS ILHAS

A Câmara Municipal da Praia vai actualizar as tarifas de água vendidas através dos 72 chafarizes, gerido pela Agência de Distribuição da Água (ADA), tendo em conta a última actualização feita pela Electra.

De acordo com o vereador Gilberto Silva, foram revistos dois itens, nomeadamente a água vendida em latas, que passou de 13 escudos para 16, e a água vendidas em bidões, que passou de 135 escudos para 160 escudos, cada.

"É uma actualização fundamental, uma vez que só assim se poderá garantir a sustentabilidade da ADA. Há que garantir a continuidade de prestação desse serviço", assegura, para acrescentar que havia necessidade da sua actualização, devido à última actualização feita pela Electra, bem como os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis.

É de referir que a nova tarifa terá efeito a partir da próxima segunda feira, 2 de Maio.

Cabo Verde: Liberdade, e que liberdade para as novas gerações (?!)




ANTÓNIO MIRANDA, MS – EXPRESSO DAS ILHAS, opinião

Estamos a entrar numa nova fase da Governação de Cabo Verde, a VIII legislatura onde temos os nossos representantes que nos dão vez e voz no Parlamento e que contribuem para educação das gerações mais novas.

A democracia, considerado um dos valores fundamentais da sociedade moderna é, comum e remotamente definida como o Governo do povo. Esta é uma definição que remonta à Grécia Antiga. Pressupõe-se, segundo a definição que é o povo quem governa. Isto é verdadeiro do ponto de vista de princípio. Mas esse conceito tem uma maior amplitude. Senão vejamos: Segundo Amartya Sen, "a Democracia não deve ser identificada apenas como a vontade da maioria. Ela tem contornos complexos que inclui tanto o acto de votar como o respeito pelos resultados das eleições, mas requer também a protecção das liberdades, o respeito pelos direitos legais, a garantia de liberdade de expressão e de não censura na distribuição de informações (...)".

Vamos centrar a nossa breve análise na questão específica da liberdade.

A liberdade abrange tanto a liberdade política, religiosa, de imprensa, social, económica, etc., como também a liberdade pessoal e civil do indivíduo. Nisto inclui liberdade de consciência, de sentimento, de opção e de adesão.

Considero existirem três vias de enobrecimento da liberdade na vida das pessoas e cidadãos:

a) A primeira, tem a ver com a liberdade política como sendo uma parte importante da liberdade humana de um modo geral. Neste sentido, o exercício dos direitos civis e políticos constituem parte integrante e importante do bem-estar dos indivíduos. É um sentimento. Não vou, agora invocar os vários e diferentes teóricos da liberdade, mas apraz-me aqui referir Kant - "Ser livre é ser autónomo racionalmente, é dar a si mesmo as regras". É claro que só damos aquilo que temos. Não damos(?) nem prometemos(?) aquilo que não temos e/ou não podemos dar, quando livres. Quando manietados, condicionados, "alienados" sabe lá Deus!

b) A segunda, tem a ver com o valor instrumental da democracia ligado à melhoria da audição que os cidadãos esperam obter do sistema político, ao expressarem livremente as suas reivindicações políticas. Essas reivindicações devem ser respeitadas e atendidas com verdade. Devem ser ouvidas e solucionadas. Fazer vista grossa e ouvidos moucos é uma ausência total de respeito pela confiança/contrato estabelecido. Assim se educa novas gerações? Assim se constrói o "Cabo Verde dos nossos sonhos"? Não. Não, meus representantes.

Eu quero seguir e superar os nossos/(meus?) mestres democráticos, aqueles que desimpediram os entraves criados e aqueles que conquistaram a liberdade e o direito à criação de novas instituições, livres e democráticas.

c) A terceira, mostra que a prática democrática proporciona aos indivíduos uma segunda/3ª oportunidade de aprenderem com as boas práticas de democracia participativa, inclusiva, que respeita as pessoas e também aprender com a diferença, uns com os outros. Assim ajudam na construção da sociedade e formar novas gerações, homens e mulheres que defendem os valores democráticos e que têm soluções para os problemas.
 
Aliás, devemos honrar a nossa condição de homens e mulheres (ir)racionais (?) que é a capacidade de resolver os problemas. A praxis democrática em Cabo Verde tem dado lições contrárias, às novas gerações, daquilo que é a nobreza e ética política na (con)vivência em democracia. Tem-se mostrado que "vale tudo na política". Vale o ódio, vale a perseguição, vale a mentira, vale o incumprimento, vale a corrupção (o crime compensa), enfim, aquilo que é válido hoje, não o é amanhã. O dito e o não dito já não se distinguem. A nova geração absorve estes ensinamentos tal como no "efeito esponja", reproduz e cultiva-a extasiadamente. A praxis política não deixa de ser um jogo. Mas um jogo com regras claras que devem ser respeitadas, não só para garantir o fair-play como também para educar, transmitir aos pares, filhos e netos uma noção clara de competição, mérito e valores sociais. Somos todos educados e educamos, ou no mínimo, é-nos transmitido um conjunto de saberes, valores e formas de ser e de estar para o pleno desenvolvimento da nossa personalidade e transmiti-la. É uma responsabilidade partilhada.

Que nível de liberdade precisamos para desenvolvermos em pleno a nossa personalidade? Não vale a pena dizer apenas que temos um nível elevado de liberdade nisto e naquilo. Falemos de liberdade como um sentimento.

Este não é preciso que me seja invocado. Sinto-a, sentimos(?). Será que todos os cabo-verdianos já se encontram numa fase de satisfação das suas necessidades básicas a ponto de se preocuparem com este tão nobre sentimento, o da liberdade? Não creio. Aí que está o ponto. Os nossos governantes descobriram isso. E exploram-na até à exaustão. Como exigir a quem esteja a pensar na sua subsistência, parar e fazer valer a sua liberdade, a liberdade de escolha? Nunca. Seria desumano pedir tanto! Lá se vai o tal sentimento da liberdade. É um confronto comparado ao de David e Golias. É desigual e desonesto. Que venha o pasto, depois o tal sentimento. A isto chama-se exploração da miséria, alimentação de esperanças que não acontece.

Liberdade e, que liberdade para as novas gerações(?!)

O GRANDE XADREX SÍRIO




PEPE ESCOBAR, Asia Times - Tradução: Vila Vudu – OUTRAS PALAVRAS

No Oriente Médio, não há ironia sem megadose de arsênico. O governo de Bashar al-Assad, na Síria, põe fim ao estado de emergência vigente há 48 anos, exatamente no momento em que o país vive real estado de emergência. No mesmo dia, um jornal do regime,Tishrin, declara que “a mais sublime forma de liberdade é a segurança da pátria.”

Pela “segurança da pátria”, o regime de Assad – oligarquia familiar-empresarial-militar – invadiu a cidade de Daraa com colunas de tanques. Assad havia feito algumas concessões para acalmar os protestos sírios. Não funcionaram. Então, o regime resolveu copiar o sucesso da Casa de Saud ao implantar “democracia” no Bahrain.

Na dúvida, faça como faz o Pentágono: o ataque a Daraa é a versão síria da operação “choque e pavor”. O problema é que o regime pode ter criado as condições para longa e sangrenta guerra civil à moda do Iraque. E, por causa disso, todos os grandes atores – regionais e em todo o ocidente – correm em busca de onde se esconder.

O que se vê não é o que é

A questão crucial na Síria – e nem as pedras veneráveis da mesquita Umayyad em Damasco conhecem resposta definitiva – é o que se abriga nos corações e mentes de milhões de sírios.

A oposição síria não é organizada ou coesa. Em muitos aspectos – como no Egito –, a revolução síria talvez seja revolução dos pobres. O governo de Assad aboliu subsídios para os combustíveis e deixou os preços flutuar ao sabor do mercado; o preço do diesel triplicou; o preço de itens básicos também subiu muito; houve longa estiagem; e a explosão dos preços globais dos alimentos veio e arrematou a miséria dos sírios mais pobres.

Os legítimos padecimentos dos sírios incluem muita ira contra estado policial intoleravelmente violento; as décadas de ditadura do partido Ba’ath; os excessos de uma microscópica elite comercial, em contraste com o alto desemprego entre os jovens – e tudo isso num contexto em que as classes médias e os pobres têm de lutar pela vida, com salários baixos e inflação alta.

Se houver alguma revolução popular na Síria, os novos principais atores políticos serão os camponeses pobres – em agudo contraste com a pequena elite comercial sunita e o estado policial controlado pelos alawitas.

Isso implica que a primeira tarefa da oposição seja, por enquanto, seduzir as classes média e alta nas grandes cidades, sobretudo em Damasco e Aleppo. Mas mesmo que os protestos na Síria não alcancem proporções de praça Tahrir egípcia, podem fazer o regime sangrar lentamente até a morte, paralisando a economia.

O ímpeto revolucionário na Síria parece ser muito mais hardcore que o do movimento “Verde” no Irã. Os manifestantes não querem reformas no regime – o que absolutamente não admitem; querem o fim do governo do partido Ba’ath, único meio para conseguir derrubar o estado de segurança controlado pelos alawitas, com seu componente chave de negócios-corrupção.

Alguns manifestantes são pacifistas. Alguns já começam a usar armas leves improvisadas. Na luta contra repressão estatal armada, só parece haver uma saída: a ação direta, chamada “luta armada”.

O regime já interceptou vários caminhões carregados de armas contrabandeadas do Iraque. Ricos sunitas do Golfo já ofereceram e garantem apoio financeiro. E, aspecto crucialmente importante, as armas aparecerão no confronto também por motivos associados à Fraternidade Muçulmana, porque governos regionais como Turquia e Líbano não querem o fim do governo de Assad. Entendem que privilegiar a Fraternidade Muçulmana, e inclusive outros grupos jihadistas, é receita para o caos.

Quanto a alguma R2P (“responsabilidade de proteger”) que levasse a ONU a criar zona aérea de exclusão sobre a Síria, esqueçam. Diferente da Líbia, a Síria não tem petróleo nem fundo soberano milionário cobiçados.

E entram os sauditas

A dinastia sunita al-Khalifa que governa o Bahrain de população majoritariamente xiita diagnosticou como conspiração iraniana as manifestações populares na ilha do Golfo. O regime Assad culpou também uma conspiração externa (e “bem conhecida”) – mas recusou-se a nomear os conspiradores. Não interessa a Bashar al-Assad antagonizar a Arábia Saudita, mas ninguém duvida de que a Casa de Saud esteja profundamente envolvida na desestabilização da Síria, pelo apoio que dá às redes salafistas.

Daraa está a 120 quilômetros ao sul de Damasco, próxima da fronteira com a Jordânia, em área muito sensível de segurança. É região árida e pobre. Não por acaso, o capítulo jordaniano da Fraternidade Muçulmana nasceu em Daraa.

Os sauditas wahhabistas, que têm muita influência sobre a Fraternidade Muçulmana síria, tiveram ativa participação na incitação do povo de Daraa e de Homs. O sofrimento dos pobres com a seca prolongada explica muita coisa. Damasco esqueceu a região. Mas esses sofrimentos reais foram significativamente instrumentalizados.

Há anos, a Casa de Saud pagou 30 milhões de dólares para “conquistar” o vice-presidente sírio Abdul Halim Khaddam. A conquista foi facilitada, porque Khaddam é parente do rei Abdullah da Arábia Saudita e do ex-primeiro ministro do Líbano Rafik Hariri. Khaddam partiu para a França, exilado, em 2005. Já há muito tempo a Arábia Saudita usa Khaddam e outros líderes exilados da Fraternidade Muçulmana contra o governo de Assad. Khaddam tem passaporte saudita. Seus filhos, Jamal e Jihad, têm mais de 3 bilhões de dólares investidos na Arábia Saudita.

A agenda da Casa de Saud, na essência, é detonar a aliança Teerã-Damasco-Hezbollah para minar a resistência do Hezbollah contra EUA/Israel. Portanto, o que se tem na Síria é EUA, Israel, Jordânia e Arábia Saudita, mais uma vez operando a favor de uma mesma agenda comum. As apostas, aí, são extraordinariamente altas. O que se vê não é o que é.

Quer dizer, além de todos esses interesses estrangeiros, há, sim, movimento de legítimo protesto popular na Síria. O Partido Ação Comunista, por exemplo – que há décadas faz oposição ao regime – continua na oposição. Mas não se conhece o componente de esquerda que há na oposição. A agenda ultra-sectária de muitos manifestantes não é bom sinal.

E a estrada à frente pode ser muito acidentada: a corrente secular, progressista que há na oposição – digamos que, por hora, seja minoria – pode bem estar apanhada numa arapuca, em cenário como o do Irã 1979-1981; como pode acontecer, também, de ser esmagada pelos fundamentalistas, se o regime cair.

É fácil entender que os progressistas vacilem, quando se veem aliados à medieval Casa de Saud – que comandou a contrarrevolução contra a grande revolta árabe de 2011 –, no movimento para derrubar o regime de Assad. Os progressistas também têm boas razões para tremer, se se veem aliados a Israel – quando Israel dá a impressão de desejar que Assad permaneça no poder, se a alternativa for a Fraternidade Muçulmana.

Nesse sentido, a aliança sauditas-Israel existe no que tenha a ver com a contra-revolução do Bahrain e da Líbia, mas não existe no que tenha a ver com a Síria.

No Líbano, a TV Al-Manar, do Hezbollah, têm repetido que os protestos na Síria são parte de uma “revolução dos EUA”. É possível que sejam, em parte – porque Washington investe, há décadas, em grupos de oposição em vários pontos do Oriente Médio. Mas, no pé em que estão as coisas hoje, parece mais operação da Casa de Saud, misturada à ira popular genuína contra décadas de governo policial do partido Ba’ath.

Por sua vez, o rei Abdullah da Jordânia tenta desqualificar o argumento de Assad (“ou eu ou a Fraternidade Muçulmana”) e, como era de esperar, tem dito que se trata de conter o Irã. Abdullah está convocando árabes e ocidentais para que apostem suas fichas numa coalizão de tribos curdas, druzas e sunitas e na classe média urbana sunita (aliada dos sauditas), para formar o governo da Síria pós-Assad.

Compensar na Síria a perda do Egito?

Jornal sírio Champress publica hoje notícia interessante. O que o regime define como “conspiração contra a Síria” seria plano dos EUA para compensar a “perda” do Egito. Por isso os EUA “ignoram os apelos por reformas” na Arábia Saudita e no Bahrain, onde deixam, “em silêncio”, que a repressão prossiga.

O plano visaria a criar total caos na Síria; empurrá-la para o campo de influência dos sauditas; reduzir a influência do Irã no conflito árabes-israelenses; e torpedear a entente Turquia-Síria.

Faz perfeito sentido. O eixo Teerã-Damasco-Hezbollah é o único contrapeso em todo o Oriente Médio contra a hegemonia EUA-Israel. Damasco frágil fragiliza simultaneamente Teerã e o Hezbollah. Não por acaso, no Líbano, o ex-primeiro-ministro Saad Hariri – sunita, basicamente lacaio da Casa de Saud – não se cansa de repetir essa retórica sectária.

Os sunitas sírios, tanto quanto os wahhabistas sauditas, são inimigos da seita alawita – ramo do xiismo – que controla grande parte da riqueza do país, apesar de só representar 12% da população. Não surpreende que a Casa de Saud e a Fraternidade Muçulmana – furiosamente antixiitas – tentem, há décadas, livrar-se do regime sírio dos alawitas.

A aliança Turquia-Síria – que progrediu, ao ritmo em que regrediu a antiga entente Turquia-Israel – também está em perigo. O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan e o ministro turco de Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, andam ocupadíssimos reunindo Turquia, Síria, Líbano e Jordânia como bloco econômico, alimentado com muitos investimentos alta tecnologia turca. Ninguém sabe o que acontecerá, se houver mudança de regime em Damasco.

A Síria é importante em todos os fronts – do Irã ao Iraque, da Turquia ao Líbano, da Palestina a Israel. Mas o que a intervenção da Casa de Saud está fazendo ao país é, sobretudo, terrivelmente destrutivo: disseminando por todo o Oriente Médio uma epidemia sanguinária de sectarismo (começou no Bahrain).

Washington adorará que a Síria seja desestabilizada, se isso levar à restauração da hegemonia regional de EUA-Israel, muito seriamente ameaçada desde a emergência de um novo Egito. Mas esqueçam para sempre qualquer ocidente que implantaria alguma “democracia” na Síria. Se a história não nos pregar alguma grande peça – como Bashar al-Assad assinar, semana que vem, tratado de paz com Israel –, então EUA, França e Grã-Bretanha não moverão uma palha para proteger civis sírios e não se incomodarão se o regime (com Assad ou sem) chocar, apavorar e matar todos os sírios e reduzir a ruínas toda a Síria.

Cabe hoje aos sírios progressistas acertar o passo, unificar o discurso e provar que Bashar al-Assad errou. Porque, se não for com ele, será com algum mestre salafista horrivelmente retrógrado e apoiado pela Casa de Saud.

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