sábado, 24 de setembro de 2011

XANANA GUSMÃO - HONORIS CAUSA… DE HONRA SUJA?




BEATRIZ GAMBOA

O inacreditável acontece e cada vez mais me convenço de que não deve suceder por acaso, refiro-me a muito daquilo que acontece na política global e também na de Portugal e na de Timor-Leste.

Desta vez o inacreditável tem por origem a Universidade de Coimbra e o PM timorense Xanana Gusmão. No entender dos doutorados daquela universidade o que é que Xanana Gusmão tem feito para merecer com toda a legitimidade o título honorífico de doutor honoris causa (Dr. h.c.)?

Como se sabe “honoris causa” é uma locução latina com relação a “causa de honra”. Que causa de honra em Xanana Gusmão no passado próximo ou na atualidade? Pela corrupção à solta no regime timorense? Pela fome que o seu governo instila no povo timorense? Pelo enriquecimento ilícito que galopa no país? Pelo golpe de estado em 2006? Pela destruição e assassinatos desse ano no território timorense? Pela intentona de Março de 2008 em que o anunciado laureado por Coimbra é apontado como “contraditório, incólume e estranha vítima”? Daí resultando a agressão intencionalmente mortífera do PR Ramos Horta? Será pelo facto de ser um PM alcoólatra de modos mesquinhos e irascíveis, como denuncia Ramos Horta? Porquê honoris causa?

Provavelmente ainda mais grave é que seja pelo fato de Gusmão ser um honrado defensor da lusofonia – uma causa de honra, sem dúvida. Mas isso é um embuste que demonstra quanto tardiamente a Universidade de Coimbra se decidiu a oferecer muitíssimo imerecidamente aquele título honorífico a Xanana Gusmão. É que ele e o seu governo ainda há pouco mais de um mês decidiu eliminar o ensino do português no ensino básico de Timor-Leste! Fê-lo em conluio com o lóbi anglófono representado pela apontada, sua mulher, Kirsty Sword Gusmão. Assim, causa de honra não existe em Xanana Gusmão para que mereça tal título da prestigiada (por enquanto) universidade portuguesa.

Ressalta de tudo isto que facilmente se prevê a completa erradicação do português no ensino em Timor-Leste em termos práticos e logo que possível uma reviravolta constitucional, conforme desejo e interesse da Austrália. Kirsty Gusmão é australiana. Se teve as intensas atividades conhecidas em 2006, quando do golpe de estado em que os serviços secretos portugueses apontaram o envolvimento da Austrália, porque havia ela de agora agir de modo diferente e adstrita aos interesses da Nação Timorense?

Será a conceituada universidade de Coimbra capaz de explicar por que razão distingue tão tenebrosa figura em Causa de Honra? Que honra? Que defensor da lusofonia? Que qualidades presentes se vislumbram que possibilitem credibilidade e merecimento àquele título honorifico?

Como estamos à espera que aconteça: será de toda a utilidade para o esclarecimento público e continuidade da boa reputação da Universidade de Coimbra que tudo seja muito bem explicado. Portugueses e timorenses merecem-no. Causa de honra… Honra suja? Esperemos que também os jornalistas honrem a sua profissão e saibam contribuir para o esclarecimento e denuncia deste tão badalado embuste.


- Todos os relacionados na ligação TIMOR-LÍNGUA

Brasil: SÉRIA CRISE NO CONSELHO DE EMIGRANTES




RUI MARTINS, Berna – DIRETO DA REDAÇÃO

Berna (Suiça) - O desabafo da titular do Conselho de Emigrantes, Ester Sanches Naek, teve o efeito de uma explosão reboando em todas regiões onde existem associações ativas de emigrantes. O texto, publicado com foto aqui no Direto da Redação, foi acolhido por dezenas de blogs brasileiros, emigrantes e teve destaque nos grupos do Facebook.

E, pela primeira vez, o Itamaraty saiu daquela postura distante de diplomata, publicando uma carta aberta no site reservado aos emigrantes, o Brasileiros no Mundo, assinada pelo ministro-conselheiro Aloysio Dias Gomide, chefe da Divisão das Comunidades Brasileiras no Exterior, órgão ainda recente, que fica subordinado à Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.

A bronca da Ester foi a gota d´água que fez transbordar o opaco vaso, já cheio de frustrações, indagações não respondidas, tentativas de interlocuções reduzidas ao monólogo. O pano de fundo causador da crise era a expulsão do suplente. Quatro meses depois de terem sido enrolados na farinha rançosa da intolerância, muitos titulares chegavam à conclusão de que as críticas levantadas pelo suplente eram procedentes e correspondiam exatamente ao formato do Conselho de Emigrantes, cuja falha principal é a de estar sob a severa tutela do Itamaraty.

Aloysio Dias Gomide fez sua estréia na mídia emigrante explicando que, apesar dos pedidos de emigrantes e de titulares do CRBE, não podia intervir, exceto no caso específico de solicitação de processo por atitude desrespeitosa ou não condizente com o Conselho. Deu, portanto, a idéia, e aproveitou para manifestar seu desapontamento e estranheza diante do ocorrido e das intenções declaradas de Ester Sanches de fazer campanha contra o CRBE.

Como naquele exato momento, os titulares estivessem votando pela reintegração do suplente, por delito idêntico, deveria realmente ser desanimadora a constatação de que a erva daninha da contestação parecia ter infectado uma titular do Conselho.

E para reforçar seu arrazoado, Aloysio Gomide enumerou as iniciativas daquela repartição do Itamaraty para concretizar os pedidos da comunidade emigrante. Infelizmente, para os infectados pelo virus que ameaça se transformar em pandemia entre os emigrantes, é justamente aí a razão da contestação – os emigrantes querem assumir totalmente sua responsabilidade e liberar o Itamaraty dessa carga suplementar de tutelar, dirigir e conter os emigrantes.

Longe estaria o ministro-conselheiro Aloysio Gomide de imaginar que seu “pito” na indisciplinada titular, tivesse um efeito justamente contrário. Em lugar de um diplomático debate de luvas de pelica com luvas de veludo, Ester, que vai virando star dos emigrantes, puxou o pano da mesa e estilhaçou os cristais das boas maneiras.

Reproduzo trechos da resposta de Ester Sanches ao seu puxão de orelha.

E agora? Porque a minha opinião diverge da SGEB serei expulsa como quizeram fazer com o Rui?

Eu revelei coisas da comunidade porque para mim está tudo bem! Eu não preciso do sistema brasileiro para me ajudar. Graças a Deus, conquistei um espaço, dentro das comunidades em que vivo, de respeito, carinho e muita atenção.

Fui convidada para as posses de dois presidentes americanos Bush e Obama, pelo trabalho que desenvolvo junto às comunidades e por isso eles me respeitam.

Isto foi mérito de uma brasileira. Sou a única brasileira Juiza de Paz nos EUA; sou capelã, notário publico. Tenho dois cursos superiores, um de especialização e iniciei o mestrado sobre desenvolvimento econômico de comunidades. Tudo pensando na comunidade brasileira.

Destaco-me dentro de muitas comunidades e o meu governo brasileiro oferece-me desprezo? O meu governo brasileiro, a minha Patria que amo de paixão, que levanto a bandeira para defender e divulgá-la positivamente aqui fora, não me valoriza?!

Luto pelo povo porque foi por ele que me candidatei. Sacrifico a minha familia para excercer esta posição e por isso não vou me calar. A reunião de trabalhadores de Boston não contou com os demais conselheiros na organização e até o Fausto, que tinha a sua opinião contrária na primeira reunião, foi deixado de lado na organização, pois ele é "trouble maker!"

Vamos ser realistas! O CRBE não funciona. Temos que ter um órgao que realmente nos envolva, nos valorize, nos dê atenção, não nos ignore e muito menos não nos expulse quando as nossas idéias divergem das demais.

E saibam que ainda sou Conselheira, pois não mandei a minha carta de renúncia, mas não vou ficar mendingando este cargo não. Já observei que me tiraram da lista e desde a reunião de Brasília não recebo informações. Eu peço que me respeitem porque fui eleita pelo povo para fazer o que é melhor para ele.

Sou uma cidadã brasileira, uma lider comunitária, uma VOLUNTÁRIA antes de ser Conselheira. Tenho um filho de 12 anos que tem cidadania brasileira e um esposo paquistanês que admira o nosso povo e o nosso país.

Seria muito mais humano de vossas partes tentar saber o que nos aflige, o que nos deixa para baixo e como ajudar para que possamos continuar contribuindo, do que nos ignorar e nos deixar de lado.

Tomei a liberdade de transcrever essa revolta, compreensível, porque Ester tornou público esse desabafo e enviou para a mídia emigrante.

Houve muitos comentários no Facebook, sobre a carta do conselheiro-ministro Aloysio Gomide a Ester Sanches, mas o melhor comentário que me chegou foi o do suplente do CRBE eleito pelos emigrantes que vivem na costa oeste americana, o ponderado Sérgio Mello.

Transcrevo também esse importante comentário, porque fará sem dúvida parte dos documentos responsáveis pela conquista da independência dos emigrantes e pelo fim da tutela exercida sobre eles pelo Itamaraty. E porque neste momento, o Direto da Redação tem uma papel importante junto aos emigrantes.

Lembro igualmente a todos que esse quente debate e a criação da Frente de Emancipação dos Emigrantes serão os temas dos encontros em Boston, dia 5, Nova Iorque, dia 7, e Newark, dia 8, em locais e horários que estão sendo divulgados pelas comunidades locais e pelo Brazilian Times.

Segue o documento do suplente Sérgio Mello:

Aqui vai minha OPINIÃO sobre a carta do SGEB à Ester:

1) `pelo próprio formato como foi montado o CRBE`

- Este `formato` é chamado `Formato Frankenstein`: incapacitado de falar, apenas obedecer ordens do criador, corpo dormente que se move mediante a choque, mesmo que totalmente descoordenado. O final da estória do Frankenstein é bem conhecida.

2) `ampla autonomia`

- O CRBE não tem `ampla autonomia` pois não tem verba.

3) `gradual surgimento de lideranças genuínas`

- Frase mais apadrinhadora que já escutei. O pior é que implica que as eleições do CRBE não resultaram em lideranças `genuínas` (!). Lideranças genuínas já existem, e estas se renovarão como necessário. Talvez estejam se referindo a lideranças no `Formato Frankeinstein`, que realmente podem ser problemáticas.

4) "nos sintamos desapontados quando testemunhamos, por parte de membro do CRBE, falta de confiança nesse projeto".

- Mais corretamente deveria-se referir a membros, no plural, e nem esta é a primeira vez que testemunham nossa falta de confiança. Existe um corpo enorme de mensagens de insatisfação, muito consistentes entre si, de pelo menos uma dúzia de membros durante estes 9 meses. O problema é justamente não terem reconhecido, aprendido ou sequer respondido nada sobre estas mensagens.

5) `Lideranças agregadoras`:

- Isto é exatamente o que está sendo destruído. Com eleições políticas muito mal conduzidas, colocaram líderes locais uns contra outros em busca dos mesmos votos. Isto não é agregar, é dividir.

6) 1 resposta em 9 meses:

- Isto seria considerada boa `comunicação` se tivesse sido enviada pelo próprio Barão do Rio Branco. O MRE não está interessado nas formas efetivas de tentar conhecer a diáspora. Infelizmente, a mãe e criança brasileiras que morreram de fome na Alemanha não conseguiram esperar tanto tempo.

7) "processo evolutivo, que requer aprendizado mútuo governo- lideranças":

- Como, se perguntas diretas não são respondidas?

8) `e, sobretudo, ajustes das expectativas de ambas as partes - ajustes que vêm sendo efetuados com êxito pela quase totalidade dos seus membros.`:

- As expectativas certamente estão se ajustando. Pois pensávamos que o CRBE era do imigrante e para o imigrante, que já se `ajusta` como pode no exterior. Nota-se que não existe menção de `ajuste` por parte do SGEB.

9) `De nosso ponto de vista, portanto, o CRBE vem funcionando a contento`:

- Ótimo saber a quem o CRBE está satisfazendo. Pena que não se importaram em perguntar aos imigrantes, ou aos suplentes antes de tal declaração. Portanto o adiamento da Conferência deve ter sido por tão alto desempenho.

10) `Vemos com estranheza, portanto, as declarações da Conselheira Sanches-Naek, a qual, ao invés de dedicar-se ao trabalho concreto de cumprimento dos mandatos específicos da comunidade brasileira, como o fazem seus colegas do grupo, declara haver decidido - sem qualquer mandato explícito daquela própria comunidade de que se tenha conhecimento`. :

- A Conselheira Ester tem trabalhado e financiado suas iniciativas de forma autonoma. Sendo ela autonoma e eleita, o mandato dela está estabelecido, e é o eleitorado dela quem decide. O MRE não conhece as consultas que ela fez com a comunidade para chegar a conclusão que ela chegou.

No mais, a lista de projetos não tem nada haver com o CRBE.

"Transparência na política significa ser capaz de admitir que não sabem certas coisas”. Sérgio Mello.

*Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é líder emigrante, ex-membro eleito no primeiro conselho de emigrantes junto ao Itamaraty. Criou os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado dos Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreve para o Expresso, de Lisboa, Correio do Brasil e agência BrPress

AS MENTIRAS DA MINISTRA




ANTÓNIO MARINHO E PINTO – JORNAL DE NOTÍCIAS, opinião

Há muitas coisas a corrigir, mas a melhor maneira de o fazer não é, seguramente, com mentiras nem enxovalhando publicamente os advogados.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, mostrou finalmente o que pretende: acabar com o actual modelo de apoio judiciário que permite que os cidadãos economicamente mais carenciados possam aceder aos tribunais e à justiça. A ministra podia (e devia) assumir essa opção política com frontalidade. Mas não. Como não tem argumentos sólidos, optou pela via da infâmia e da mentira.

Em primeiro lugar, lançou para a opinião pública uma suspeita desonrosa sobre os cerca de dez mil advogados que prestam serviço no âmbito do sistema de acesso ao direito, fazendo crer que existe aí uma fraude generalizada. Um tablóide de Lisboa chegou mesmo a anunciar (e o Ministério da Justiça não desmentiu) que havia pagamentos indevidos na ordem dos oito milhões de euros. Tudo isso ainda antes de iniciada uma auditoria que a Ordem dos Advogados prontamente aceitou e que ainda está a decorrer.

Mas como essa auditoria não está a dar os resultados que a ministra pretendia, veio então afirmar publicamente que o sistema de apoio judiciário não é sustentável, pois - disse-o em comunicado - a despesa "equivale a cerca de 10% do montante do Orçamento do Estado atribuído ao Ministério da Justiça". Trata-se de uma inominável desonestidade da senhora ministra da Justiça, imprópria de uma pessoa que desempenha funções governativas num Estado democrático e indigna de uma mulher com o seu trajecto cívico.

O orçamento do Ministério da Justiça para 2011 é de euro 1 346 347 232,00. Por isso, desafio publicamente a senhora ministra a divulgar onde são gastos os 134 milhões de euros que corresponderiam ao apoio judiciário. Quanto aos advogados, posso garantir que o que eles recebem no âmbito do sistema de acesso ao direito é idêntico ou inferior ao que o Ministério paga aos magistrados só a título de subsídio de habitação (totalmente isento de impostos) para eles viverem em casa própria mesmo depois de aposentados. Mas sobre isso a ministra não tem coragem de falar, muito menos de alterar.

O actual modelo de apoio judiciário constitui uma das maiores reformas da justiça depois do 25 de Abril, a única de cariz essencialmente democrático, já que passou a permitir um efectivo acesso ao direito e à justiça às pessoas mais pobres. Todas as outras reformas na justiça ou satisfizeram reivindicações das corporações judiciárias, nomeadamente mantendo e alargando os privilégios dos magistrados, ou então destinaram-se a afastar as pessoas dos tribunais, quer aumentando as custas judiciais quer desjudicializando a justiça, ou seja, fazendo com que ela deixasse de ser administrada nos tribunais e passasse a sê-lo em instâncias não soberanas, nomeadamente em conservatórias, cartórios notariais, julgados de paz, centros de mediação ou ainda nessa forma de "justiça clandestina" que são os chamados tribunais arbitrais. Sintomaticamente, o Governo acaba de propor ao Parlamento a aprovação de uma nova Lei da Arbitragem. Essa é que é a justiça importante para as grandes sociedades de advogados de Lisboa a que a senhora ministra pertence.

Antes de 2008, o sistema de acesso ao direito era utilizado pela Ordem dos Advogados para dar formação e subsidiar os estagiários, já que eram estes que faziam a maior parte das defesas oficiosas e da forma que mais agradava aos magistrados, ou seja, limitando-se a pedir justiça ou a oferecer o merecimento dos autos. A partir de Setembro de 2008, a OA dignificou o sistema de acesso ao direito fazendo com que as defesas e patrocínios oficiosos fossem efectuados só por advogados. Acabaram os cambões, pois as nomeações de advogados passaram a ser feitas aleatoriamente pela OA e não por magistrados, funcionários ou polícias. Quando tomei posse como bastonário, a legislação em vigor propunha pagar aos advogados menos de seis (6) euros por mês por processo. Impedimos essa ignomínia, evitámos que os honorários continuassem a ser fixados arbitrariamente por juízes e recuperámos as tabelas de honorários de 2004 que são as que ainda estão em vigor.

Há, sem dúvida, muitas coisas a corrigir, mas a melhor maneira de o fazer não é, seguramente, com mentiras nem enxovalhando publicamente os advogados que prestam esse serviço ao nosso Estado de direito democrático.

Portugal: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA É UMA “COUTADA DE FAMILIARES E AMIGOS” DA MINISTRA




      
O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, afirmou, este sábado, que o Ministério da Justiça é gerido "por uma coutada de familiares e amigos" de Paula Teixeira da Cruz.

Durante uma assembleia-geral extraordinária da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto disse que o ministério "está entregue a João Correia [ex-secretário de Estado da Justiça do Governo de José Sócrates], cunhado da ministra", Paula Teixeira da Cruz, criticando ainda a nomeação de assessores por parte da ministra.

O Bastonário da Ordem dos Advogados acusou a ministra da Justiça de "ter duas caras, uma quando estava na Ordem e outra quando chegou ao Governo", acusando-a de "estar a levar a cabo uma campanha infame e covarde contra os advogados que prestam apoio judiciário".

"Quando estava na Ordem, a senhora ministra propôs que os honorários fossem pagos em oito dias e depois de chegar ao Governo mudou o discurso. Isto demonstra uma clara falta de vergonha e um elevado grau de oportunismo por parte da ministra", acusou Marinho Pinto.

 Mais Portugal:

Portugal: CGTP propõe sistema para pagar indemnizações e convoca duas manifestações




PÚBLICO - LUSA

A CGTP defendeu hoje a criação de um sistema para indemnizar trabalhadores despedidos sem indemnização e anunciou duas manifestações contra o que diz ser o ataque “mais cínico, retrógrado e abusivo” dos últimos cem anos aos direitos dos trabalhadores.

Em conferência de imprensa, a central sindical considerou que, na situação de crise que o país atravessa, é necessário criar um sistema para criação de indemnização a trabalhadores despedidos em “situações excepcionais” como o encerramento de empresas completamente descapitalizadas.

Este sistema teria como características ser exclusivamente financiado por contribuições dos empregadores, prever a responsabilidade subsidiária do empregador pelo pagamento das indemnizações dos trabalhadores em caso de insuficiência do sistema, ter natureza colectiva e ser gerido por entidade pública.

Carvalho da Silva salientou que este sistema seria “subsidiário e não substitutivo da indemnização por despedimento” que defende ter de continuar a existir, não obstante o “Fundo de Compensação Social” proposto pelo Governo.

Na opinião do secretário-geral da CGTP o “Fundo de Compensação do Trabalho” é uma “forma encapotada” de tentar passar uma revisão da legislação do trabalho.

Apresentado como tendo a dupla função de assegurar o pagamento de indemnizações e de incentivar a poupança individual, o “fundo” serve de “instrumento à eliminação do conceito de indemnização por cessação de contrato de trabalho e tem como finalidade injectar fundos no mercado de capitais”, afirmou.

O líder sindical considera uma “manipulação grosseira” pretender misturar o direito à indemnização com planos de poupança individuais, como sugere o documento, e sublinha que estes só são possíveis com “salários justos”.

O responsável não deixou de salientar o facto de o “fundo se dirigir prioritariamente aos novos contratos de trabalho, atingindo sobretudo os mais jovens e recém-chegados ao mercado de trabalho”.

Na sequência destas propostas governamentais, a CGTP convocou duas manifestações para Lisboa e Porto, no dia 1 de Outubro, para lutar contra políticas que têm como objectivo “a eliminação da indemnização por despedimento, a liberalização dos despedimentos e a redução dos salários”.

Carvalho da Silva alertou que “a retirada de direitos e intensificação da exploração não tem qualquer relação com o pagamento da dívida de Portugal” e ameaça em poucos anos baixar em cerca de 30 por cento o seu nível de desenvolvimento.

Na opinião do responsável, a saída apontada pelo Governo não resulta em entrada de dinheiro nos cofres do Estado mas sim nos cofres das empresas.

O problema é que para pagar a divida “precisamos de produzir riqueza e não é isso que as politicas em marcha estão a fazer”, afirmou, sublinhando que “o que estamos a fazer é acumular divida sobre divida”.

Carvalho da Silva considera que o que os empresários e entidades patronais “mais retrógrados” estão a fazer é “aproveitar o cenário de crise” para alterar o quadro jurídico relativo aos direitos dos trabalhadores.

O sindicalista mostrou preocupação com o caminho que está a ser trilhado em direcção ao “fim dos direitos conquistados, fruto de uma luta de século e meios” e apelou aos jovens para que se “mobilizem e forcem a reconstrução da solidariedade na sociedade”.

É também nesse sentido que a central sindical convocou as manifestações: “não podemos permitir na sociedade portuguesa que cada cidadão se isole no seu sofrimento em nome de uma defesa do colectivo”.

*Foto EPA

PUTIN-MEDVEDEV: DEMOCRACIA À LA RÚSSIA




Introdução-opinião de Página Global

Na Rússia, como em muitos outros países, a “originalidade” das seitas clientelistas e das máfias políticas coladas aos poderes, tanta vezes criminosos e violadores dos Direitos Humanos, sobressai na desavergonhada intenção da dupla Putin-Medvedev estarem a preparar-se para prosseguirem detentores dos poderes do país. É a “democracia à la Rússia”.

Talvez de forma menos descarada as outras pseudo-democracias do ocidente também usam de estratagemas quase semelhantes para se manterem nos poderes durante décadas, é o caso de Portugal, por exemplo – numa partilha entre PSD e PS com laivos esporádicos do CDS. O povo diz comummente que “mudam as moscas mas a trampa continua a mesma”, sem que ajam de modo a que aconteça diferente, sem que assumam a responsabilidade pelas suas prejudiciais escolhas.

Daqui se conclui que por estes métodos e passividade vincada de estupidez cresce o clientelismo, cresce a corrupção e o conluio, cresce a putrefação dos estados, dos países, do mundo. Já nem se trata de mudar as moscas, porque quer elas quer a trampa são praticamente sempre as mesmas. Pelo mundo inteiro estamos a ficar entregues aos desígnios de malfeitores de uma máfia global que sem preconceitos se vai refinando nas causas e efeitos dos males da humanidade. Fica a notícia. (Redação PG)

Medvedev propõe que Putin volte a candidatar-se à presidência

PÚBLICO - AFP

O actual Presidente russo, Dmitri Medvedev, propôs neste sábado que o primeiro-ministro e antigo chefe de Estado, Vladimir Putin, se candidate à presidência em Março de 2012.

"Acho que seria bom se o congresso apoiasse a candidatura do líder do partido, Vladimir Putin, à presidência do país", disse neste sábado Medvedev, durante o congresso Rússia Unida, que reuniu o partido no poder. O Presidente sucedeu em 2008 a Vladimir Putin que terminava nesse ano o segundo mandato como presidente.

Na Rússia não é possível um presidente candidatar-se a um terceiro mandato consecutivo

Moçambique: CPLP DEVE REFLETIR SOBRE ENTRADA DE PAÍSES NÃO-LUSÓFONOS




RÁDIO ONU

Declaração foi feita pelo presidente moçambicano, Armando Guebuza, durante entrevista exclusiva à Rádio ONU.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, deve analisar, com profundidade, o pedido de adesão de nações que não falam o idioma.

A opinião é do presidente de Moçambique, Armando Guebuza.

Segundo ele, o interesse no bloco é positivo, mas a entrada de países não-lusófonos poderia representar uma mudança nos rumos da Cplp no que diz respeito à identidade do grupo. Os oito membros atuais da organização têm em comum a mesma língua, falada por 245 milhões de pessoas das Américas à Ásia.

Angola

Nesta entrevista exclusiva à Rádio ONU, Armando Guebuza lembrou que ao assumir a presidência rotativa da Cplp, no próximo ano, Moçambique deve dar continuidade ao trabalho que Angola está fazendo à frente da organização. E comentou o interesse de países que não falam português pela Cplp.

“O interesse dos vários países não há dúvidas de que é positivo. Mas se eles entram para uma organização de oito países e daí mais oito de fora, então o problema é termos que saber: será isto que nós queremos? No sentido de que iludirá a nossa identidade nesse mesmo processo. Nós temos que refletir sobre isso. Precisamos de muitas cabeças, infelizmente. Os povos da nossa organização pensam muito sobre aspectos relacionados à isso, mas o certo é que temos que pensar”, afirmou.

Acordo Ortográfico

Ao comentar a identidade lusófona que une os países da Cplp, Guebuza citou o Acordo Ortográfico, que já foi implementado pelo Brasil, e em parte por Portugal. Ele disse que Moçambique está estudando a implementação do tratado. Mas segundo ele, este é um tema que talvez não diga respeito aos  países que não falam o idioma, mas que se interessam pela Cplp.

“Esses países que pretendem entrar, que interesse terão no acordo ortográfico? Talvez tenham, talvez não. Ou melhor, talvez alguns especialistas na área possam ter. Mas isso é um problema que mexe com todos os países da CPLP. Se vierem os outros, estarão interessados? Será igualmente importante? Veremos. Portanto, aquilo que eu diria essencialmente é: é bom que haja interesse de fora para entrarem para a CPLP. Mostra que a nossa organização é muito importante para eles também. Mas não sei se será igualmente bom que esses outros entrem para a nossa organização, sem por em causa alguns elementos fundamentais que nos unem”, disse.

Segundo a Cplp, entre os países que estão interessados em participar do bloco estão a Guiné-Equatorial, que já fez do português língua oficial da nação. Além da Guiné, Senegal, Ilhas Maurício, Ucrânia e Austrália manifestaram a vontade de acompanhar os trabalhos do grupo com status de observadores ou membros associados.

Vários oficiais-generais prontos para a reforma, incluindo CEMA, diz PR da Guiné-Bissau


Bubo Na Tchuto

FERNANDO PEIXEIRO - LUSA

Bissau, 23 set (Lusa) -- O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, garantiu hoje que "a estabilidade veio para ficar" no país e revelou que vários oficiais-generais estão prontos para se reformarem, incluindo o chefe do Estado Maior da Armada, Bubo Na Tchuto.

Num encontro com a imprensa hoje em Bissau, a propósito dos 38 anos de independência do país, que se comemoram sábado, Malam Bacai Sanhá disse que "não passam de rumores" as notícias que têm saído sobre ser o chefe do Estado Maior da Armada contra a reforma na defesa que está em curso.

A Guiné-Bissau está a preparar uma reforma das forças de segurança e defesa, que implica a passagem à reforma de militares, sendo para isso necessário dinheiro. Organizações como a CPLP ou a ONU, entre outras, já disseram que iam contribuir.

CESÁRIA ÉVORA INTERNADA DEVIDO A NOVO AVC




CP – TVI24

Cantora decidiu terminar carreira por motivos de saúde

A cantora Cesária Évora está internada desde sexta-feira à tarde no hospital de Pitie-Salpetriere, em Paris, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), informou fonte da sua promotora em Lisboa.

«Após ter sofrido um novo AVC, Cesária Évora foi hospitalizada quarta-feira às 13h00 de Paris [12h00 de Lisboa], no Pitie-Salpetriere», disse à Lusa fonte da promotora.

A mesma fonte adiantou que «o diagnóstico clínico é ainda reservado».

Sexta-feira, antes de ser internada, a promotora Tumbao, que representa Cesária Évora, anunciou que «a cantora decidiu, em acordo com o seu produtor e manager, José da Silva, que iria pôr termo definitivamente à sua carreira» por motivos de saúde.

*Foto em Lusa

Angola: Manifestação do MPLA de apoio ao Presidente angolano já decorre em Luanda




VISÃO - LUSA

Luanda, 24 Set (Lusa) -- A manifestação de apoio ao presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, promovida hoje pelo MPLA, começou já nos oito municípios de Luanda, incluindo uma marcha, por onde deverá passar o primeiro secretário provincial do partido, Bento Bento.

No município de Viana, a cerca de 20 quilómetros de Luanda, onde a Lusa se encontra, o ato teve início perto das 11:00, estando neste momento a decorrer a marcha de cerca de quatro quilómetros, até ao campo da regedoria, local determinado para a manifestação.

A manifestação do MPLA, anunciada por Bento Bento a 15 de setembro, deveria inicialmente decorrer numa das avenidas de Luanda, terminando no Largo da Independência. No entanto, uma circular do Governo Provincial de Luanda, emitida no mesmo dia, levou à divisão da mesma por oito municípios.

Guiné-Bissau: PR AFIRMA-SE ORGULHOSO DO PAÍS, 38 ANOS APÓS A INDEPENDÊNCIA




LUSA

Bissau, 24 set (Lusa) -- O Presidente da República da Guiné-Bissau afirma-se orgulhoso do país, 38 anos depois da declaração de independência, e destaca a "estabilidade quase total" e harmonia que se viveu nos últimos dois anos.

A Guiné-Bissau comemora hoje os 38 anos da declaração de independência com uma cerimónia na Assembleia Nacional Popular, pretexto para Malam Bacai Sanhá fazer um balanço positivo deste período.

"Foram 38 anos interessantes, cheios de história, de festas, de trabalho, de realizações, e também de amargura. Chegámos até ao ponto de pegarmos em armas uns contra os outros", afirmou aos jornalistas.

XANANA GUSMÃO EXCLUI PORTUGUÊS DO ENSINO BÁSICO E RECEBE “HONORIS CAUSA”




A Unidade e a Força de Timor-Leste como Nação residem no Português e no Tétum
LORO NAROMAN*
“A UNIFICAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA, é um factor de IDENTIDADE NACIONAL, de UNIDADE na COMUNICAÇÃO e um meio de APERFEIÇOAMENTO e CONSOLIDAÇÃO da LÍNGUA TÉTUM a médio prazo…”
Aproximam-se as eleições presidenciais, e já se avistam, no que respeita à solidificação da língua portuguesa, sintomas de divisão e enfraquecimento, que atentam contra a UNIDADE e COESÃO nacionais…
A língua portuguesa é uma língua madura, perfeitamente estruturada, a qual tem vindo a enriquecer o tétum, no seu processo linguístico, e naturalmente se reconhece a sua importância no futuro de Timor-Leste. Para além de fazer parte da história da libertação do povo e ser um manancial de informação cultural, histórica e científica é também um factor unificador preponderante, quer na expansão do conhecimento, quer na eliminação do obscurantismo e da ignorância.
Mais uma vez, começamos a perceber que a forte intenção de abolir as línguas nacionais (português e tétum) das escolas primárias de Timor-Leste, terá como consequência uma complexa divisão em termos nacionais. Além de mais, estando próximas as eleições presidenciais, melhor seria que se criassem condições para envolver a sociedade num sentimento de unidade que solidificasse a ideia de retomar a construção de um Timor-Leste mais justo, onde predominasse a fraternidade, o desenvolvimento económico e social, a justiça e a equidade.
Se não, vejamos:
A ideia de implementar as línguas locais nas escolas primárias, sendo as mesmas mais de quinze, coloca-nos perante um processo muito demorado e complexo, exigindo a existência (ou não) de um “batalhão” de pessoas preparadas para o ensino das diferentes línguas, e para a respectiva elaboração de livros, manuais, programas, e todo o material curricular correspondente.
Além disso, as línguas locais são línguas de comunicação oral, não suficientemente estruturadas para a divulgação do conhecimento escrito. E, o facto de não existirem professores para o efeito, nem material curricular necessário, leva-nos a concluir que não é possível introduzir um aprendizado coerente e coeso. 
Por consequência, ficamos assim, perante um País totalmente fragmentado pela quantidade de línguas, uma torre de Babel, onde todos falam e ninguém se entende, e evidentemente as línguas unificadoras, o português e o tétum, se diluirão nesta confusão.
Além disso, a ser implementada tal ideia, mais uma vez nos defrontamos com uma situação perigosamente divisionista, sendo cada região uma “ilha” separada do todo. As pessoas se sentirão isoladas das outras regiões, deixará de existir fluidez na comunicação e a troca de conhecimentos encontrará cada vez mais dificuldade, pela simples razão de que a maioria dos timorenses não entende todas as línguas locais existentes em Timor-Leste. Todavia, sendo as mesmas parte integrante da história de Timor-Leste, devem ser protegidas e objecto de estudo científico.
Ora, a questão em causa, afigura-se mais de carácter político do que simplesmente linguístico, tendo presente a escolha do momento: aproximação de eleições presidenciais decisivas.
Obviamente, é imprescindível a existência de uma língua forte, unificadora, que simbolize a nossa identidade histórica e nos conduza a um bem viver, resultante de uma comunicação colectiva correctamente estruturada, onde as ideias e as palavras se espalhem com facilidade promovendo a união, a harmonia, a divulgação do conhecimento e a evolução do pensamento cultural timorense.  
Apostar fortemente no português agora, como língua unificadora, enquanto o tétum se vai aperfeiçoando a um ritmo realista, é um factor fundamental para solidificar a independência, e envolver toda gente no processo de desenvolvimento de Timor-Leste, que foi intencionalmente interrompido em 2006.
Por outro lado, escrever a nossa história cultural e política, incluindo a nossa história silenciada, para que finalmente nos reconheçamos a nós próprios timorenses de Timor-Leste, tenhamos orgulho nos nossos heróis de ontem e de hoje e sejamos respeitados pelo que fomos, pelo que somos e pelo que viremos a ser.
De facto, pela experiência dramaticamente vivida em 2006, fomos testemunhas de que os perigos da Nação provêm de grupos divisionistas internos e externos que servem os interesses de políticos facilmente corrompidos pelo poder. Continuamos a perceber que não existe um verdadeiro interesse de governar para o desenvolvimento e a estabilidade interna de um Timor-Leste que seja efectivamente dos timorenses, mas sim um Timor-Leste, “Paraíso” de oportunistas indiferentes aos interesses colectivos, que se regem simplesmente pela ganância do poder e do dinheiro, indiferentes aos resultados caóticos de tais divisionismos estratégicos. 
Além disso, algumas políticas internacionais terão interesse em manter uma situação de permanente divisionismo, que surge nos momentos de grande importância política para os destinos de Timor-Leste, para assim poderem gerir, manipular e confundir os timorenses, conforme interesses políticos visivelmente duvidosos.
Por várias vezes Timor-Leste foi violentamente invadido por forças externas, mas a honra, lealdade e a honestidade de muitos timorenses, criou o elemento da União, cujo resultado se viu no culminar da Independência e da criação de um projecto sério de Desenvolvimento Sustentável para a Nação, que resultasse num progressivo bem estar das suas gentes e na elevação do seu nível cultural.
Reconquistar e perpetuar este projecto de Desenvolvimento Sustentável, é o nosso objectivo maior. Mas, continuamos a sentir que existe uma força tremenda e obscura que procura destruir a nossa UNIÃO e IDENTIDADE. 
A existência de uma língua unificadora, o português, escolhida pela vontade expressa dos timorenses, e consagrada na constituição, abrirá caminhos seguros para a expansão e divulgação do conhecimento e para o aprofundamento de ideias e de questões inerentes ao bem-estar e ao progresso humano e igualitário. A ignorância e o mercenarismo desaparecerão da nossa sociedade, e teremos uma visão mais clara, que nos permitirá participar activamente, impedindo práticas políticas de baixo nível que conduzem os destinos da população à miséria e à “cegueira” colectiva.
A acontecer a eliminação da língua portuguesa no ensino primário, o projecto linguístico para uma comunicação unificada desaparece, ficando enfraquecida a Unidade e a Força de Timor-Leste como Nação. A subordinação aos poderes golpistas, passará a ser parte do dia-a-dia, e se instalará uma fragilidade cultural que poderia até por em risco a nossa identidade nacional.
Para chegarmos a esta conclusão, não é preciso irmos longe das nossas fronteiras, basta recuperar a fabulosa história da nossa libertação e independência para reconhecermos o valor e o poder de uma língua comum, falada e escrita, compreendida por todos. 
Neste momento, que precede a campanha eleitoral, é importante a tomada de consciência relativamente a todas as medidas que tencionem, mais uma vez, dividir o povo e comprometer o futuro de Timor-Leste.
Para tirar partido da história, há que relembrar a divisão brutal e oportunista que foi arquitectada recentemente, em 2006, cujas consequências estratégicas resultou no aumento da pobreza na população e na ausência do pensamento crítico e social. Foi rápido o enriquecimento dos “arquitectos” de tal divisão, e dos seus apoiantes, alguns dos quais são internacionais, “colados” a contratos multimilionários, prolongados indefinidamente no tempo. Longe de serem humanistas dispostos a trabalharem com o povo na mesma direcção, também eles foram sugando as riquezas nacionais, pactuando com o avanço de políticas pouco sérias.
O Timor de 2011, é incomparável ao Timor de 2006, e ao mesmo tempo comparável…
Incomparável, porque até 2006 existia um projecto de Desenvolvimento sustentável, que estava a ser implementado passo a passo, mas que era constantemente atacado e que foi vergonhosamente destruído…
Comparável, porque já se nota agora, o início de divisões internas. Uma força atentando contra a solidificação da língua portuguesa, mesmo sabendo que seria um factor de unidade e de fluidez na comunicação; a mesma força, defendendo a implementação e ensino das línguas locais na educação primária, mesmo perante a total evidência de que isso seria um processo tecnicamente complexo e falhado, provocando ainda mais dificuldade na comunicação e no aprendizado. 
A força das línguas, português e tétum, simbolicamente representativas da nossa cultura e, além de mais, escolhidas pelo Povo timorense, contrastam com a imposição de uma língua, que não represente a nossa cultura e que seja simplesmente implementada com fins de enfraquecimento nacional e cultural.
No momento importante que atravessamos, temos de reunir esforços para reconstruir a Nação, envolver TODOS num processo de UNIDADE à volta de ideais fortes, não esquecendo que a UNIFICAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA, é um factor de IDENTIDADE NACIONAL, de UNIDADE na COMUNICAÇÃO e um meio de APERFEIÇOAMENTO e CONSOLIDAÇÃO da LÍNGUA TÉTUM a médio prazo…
*Loro Naroman profissional da educação em Timor-Leste
NOTA DE MARGEM DE PÁGINA GLOBAL
Xanana Gusmão, PM em Timor-Leste, chega a Portugal na próxima segunda-feira em visita oficial. Tem sido destacado pela imprensa portuguesa a sua visita e sobretudo a distinção que a Universidade de Coimbra lhe reserva com o grau de Doutor Honoris Causa. O fundamento para tal título é a afirmação da lusofonia, o que é ridículo e enganoso.
Na realidade Xanana Gusmão é no presente um ativo e importante elo do lóbi anglófono em Timor-Leste. Na qualidade de primeiro-ministro do país aprovou recentemente o diploma que institui a eliminação do português no ensino básico. Medida que não vai servir a unidade e identidade de Timor-Leste como nação naquele lugar do mundo.
 Devemos perguntar com toda a legitimidade sobre o sentido que fará galardoar o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, como defensor da lusofonia após ele próprio ter demonstrado que é seu antagónico. Esta será uma pergunta bastante pertinente e obrigatória que os jornalistas em Portugal devem fazer aos que decidiram galardoar o PM timorense, devendo igualmente perguntar com toda a frontalidade a Xanana Gusmão porque razão decidiu pela eliminação do português no ensino básico no seu país. Projeto que está identificado com o lobie anglófono existente e ativo em Timor-Leste, de que a sua mulher, Kirsty Sword Gusmão, é parte destacadamente integrante e a que, pelos vistos, Gusmão aderiu. Refira-se que a eliminação do português naquelas circunstâncias é uma decisão que está a ser tomada à revelia da maioria do Parlamento Nacional timorense e dos principais líderes e partidos da oposição.
Voltaremos com brevidade a abordar o tema. Aos interessados em acompanhar o que a propósito tem vindo a ser publicado em Página Global, sugerimos que acedam à ligação TIMOR-LÍNGUA.
(Redação)

Portugal - Madeira - Jardim: Se Portugal e Madeira são dois países, dêem-nos a independência





O presidente do PSD Madeira disse que se o Estado português olha a Madeira e o Continente como «dois países», então que dê a independência ao arquipélago madeirense.

«Se Portugal vai resolver os problemas de todos os portugueses, vai ter que resolver os problemas dos portugueses do Continente e dos portugueses da Madeira, porque se há dois países - a Madeira e o Continente -, então dêem-nos a independência», disse no jantar/comício do PSD Madeira realizado esta noite na freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz, que reuniu mais de um milhar de pessoas.

Alberto João Jardim atribuiu o «barulho à volta da dívida» da Madeira alegadamente ao facto de «eles» [Continente] quererem que a Madeira não tivesse dívida, para «ajudá-los a pagar a dívida deles, que é muito mais grave» do que a madeirense. «Queriam também que nós ficássemos sozinhos a aguentar os nossos problemas», acrescentou.

O cabeça da lista social-democrata às eleições legislativas regionais acusou o que disse ser «aquela cambada em Lisboa das televisões» que «fala da Madeira», o que, na sua opinião, «serve às mil maravilhas ao PS, porque ninguém fala do Estado a que o PS deixou Portugal».

Acrescentou que «também serve ao governo PSD/CDS», por entender que «enquanto falam da Madeira não estão a dar notícias das medidas graves que estão a ser tomadas» no país.
Jardim desafiou ainda o Estado português a fazer o mesmo que o governo regional fez esta sexta-feira ao divulgar a dívida directa e indirecta, avaliada em 5800 milhões de euros.

«Faço um desafio ao Estado português: Eu apresentei a dívida directa mais a indirecta. Agora desafio o Estado português a mostrar aos portugueses a sua dívida indirecta», disse. (TSF) – Foto em Lusa




A DIVIDA OCULTA

Alberto João Jardim, o Presidente do Governo Regional da Madeira, viu-se envolvido numa nova polémica, depois de ter sido acusado de ocultar uma dívida de 113,3 milhões da Madeira. Esta descoberta financeira originou uma série de reacções por parte dos políticos portugueses…

Acompanhe todos os desenvolvimentos deste novo escândalo económico da Madeira e partilhe a sua opinião sobre este tema.


*Em MSN Notícias

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