quinta-feira, 1 de março de 2012

Timor-Leste – Eleições: ALTERAÇÃO DA LEI ELEITORAL FOI “BOM SENSO” – Lu Olo



MSE - Lusa

Díli, 01 mar (Lusa) - O candidato às presidenciais de 17 março em Timor-Leste Francisco Guterres Lu Olo considerou como "bom senso" a alteração à lei eleitoral feita hoje, segundo dia da campanha para as presidenciais, pelo parlamento nacional.

"Para mim foi bom senso do Parlamento nacional", afirmou o candidato contactado por telefone pela agência Lusa.

Segundo Francisco Guterres Lu Olo, corria-se o risco de não se cumprir com a Constituição porque o Presidente da República tem de tomar posse até 20 de maio.

"No futuro precisamos de ver se as eleições não devem ser realizadas mais cedo", salientou.

O parlamento timorense aprovou hoje a revogação do artigo 26.º da lei eleitoral para o Presidente da República, que previa a marcação de uma nova data para o escrutínio por morte ou incapacidade de algum candidato.

O parlamento introduziu também uma alteração ao artigo 25.º da mesma lei incluindo que em "caso de morte ou declaração de incapacidade de algum candidato à segunda votação, são sucessivamente chamados os restantes candidatos, por ordem de votação, para, no prazo de 24 horas, declararem que aceitam a sujeição da respetiva candidatura a segunda votação".

As alterações à lei eleitoral do Presidente da República ocorrem no segundo dia da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 17 de março e coincidem com a hospitalização do candidato Francisco Xavier do Amaral, com idade superior a 80 anos, na terça-feira.

As outras candidaturas ainda não reagiram à alteração da lei.

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Horta sobre as eleições: "Se perco é uma grande lição de democracia" para Timor-Leste



i online – Lusa

O Presidente de Timor-Leste e candidato às presidenciais de 17 de março, José Ramos-Horta, disse à agência Lusa que não vai fazer campanha eleitoral e considerou que uma eventual derrota seria "uma grande lição democracia para o país".

Em entrevista à agência Lusa, José Ramos-Horta afirmou que decidiu avançar, no final de janeiro, para as presidenciais depois de uma petição nesse sentido, assinada por 120 mil pessoas, mas também pensou na possibilidade de perder.

"O que mais pesou foi a petição”, afirmou. "Também pensei ‘candidato-me e perco e é também uma grande lição de democracia no nosso país’. Faria um discurso de aceitação da derrota, de uma forma pedagógica, madura, equilibrada, serena. Será ótimo, é uma grande educação para o nosso país."

O chefe de Estado timorense, que, ao contrário da votação há cinco anos, não conta com o apoio do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, de Xanana Gusmão), disse, no entanto, que não gasta muito tempo a pensar no resultado das eleições, deixando em aberto o seu futuro político depois de 17 de março.

"Se eu não ganhar tenho muitas outras coisas para fazer na vida, no plano pessoal ou até no plano político. Quem sabe até não participo nas eleições [legislativas] de junho apoiando um dos partidos. Levaria os meus votos e os meus apoiantes para esse partido que eu escolher apoiar", admitiu.

Segundo o Presidente timorense, "alguns já ouviram esses zunzuns e estão muito interessados num possível apoio a um dos partidos que se vão gladiar para o parlamento nas eleições legislativas em junho".

À Lusa, Ramos-Horta reafirmou que não fará apelos ao voto e garante que, se tiver de comparecer em algum evento de caráter político, social ou cultural, durante a campanha eleitoral, não haverá cartazes referentes à sua candidatura.

"Não direi uma única palavra de apelo para votarem em mim. Pelo contrário, quase que tenho vindo a fazer campanha pelos outros candidatos", afirmou em entrevista à Lusa José Ramos-Horta, referindo-se às candidaturas do general Taur Matan Ruak, Francisco Lu Olo Guterres, Fernando La Sama de Araújo e José Luís Guterres.

Qualquer um destes quatro candidatos "pode ser um bom Presidente", disse o chefe de Estado timorense.

"Tenho falado deles ao povo, ‘qualquer um deles pode ser um bom presidente, não fiquem muito preocupados sobre quem é o próximo Presidente porque qualquer destes quatro candidatos fará um bom papel’", declarou.

Destaques em Página Global
 
ELEITORES TIMORENSES: PARTICIPEM NA SONDAGEM “VOTO PARA PR DE TIMOR-LESTE”, na barra lateral

BRASIL QUER PREVENIR PIRATARIA NAS SUAS ÁGUAS



JSD - Lusa

Cidade da Praia, 01 mar (Lusa) - O aumento da pirataria no Atlântico está a preocupar o Brasil, que está a ajudar a combater o fenómeno na costa ocidental de África para evitar que chegue às águas territoriais brasileiras, disse um responsável brasileiro.

O comandante da Marinha brasileira, almirante de esquadra Júlio Moura Neto, disse à agência Lusa na Cidade da Praia que o Brasil já está a participar, como observador, nas operações a decorrer atualmente no Golfo da Guiné, no âmbito da iniciativa «Africa Partnership».

"É uma preocupação mundial o aumento da pirataria. A pirataria está na costa leste de África mas temos a tendência que pode caminhar para a costa oeste da África, onde envolve o oceano Atlântico. O Brasil vê-a com muita preocupação. Ainda não chegou à costa brasileira, mas pode vir a chegar. Combatê-la é um desejo nosso", disse.

"Temos participado como observadores no 'Africa Partnership', cujas operações decorrem no Golfo da Guiné, mas ainda não enviámos quaisquer meios navais para essa zona", acrescentou. A possibilidade não está posta de lado, adiantou.

O comandante brasileiro, que efetua uma visita de trabalho a Cabo Verde de terça a sexta-feira, garantiu à Lusa que a base de pesquisa mantida pelo Brasil há 28 anos na Antártida, destruída recentemente por um incêndio que provocou dois mortos, vai ser reconstruída rapidamente.

"O acidente foi uma tragédia. O Programa Antártico tem 30 anos e a estação Comandante António Ferraz tem 28. O incêndio que destruiu a estação atingiu com muita força o nosso programa antártico mas já temos a decisão governamental de que vamos reconstrui-la e isso vai começar com a brevidade possível", explicou.

Júlio Moura Neto adiantou que as autoridades brasileiras vão fazer "todos os esforços" para que a pesquisa na Antártida não seja interrompida, lembrando que é feita em dois locais: metade na estação incendiada e outra nos navios e refúgios que o país tem espalhados pela região.

"Vamos agora encontrar soluções para prosseguir com os projetos de pesquisa para que, no próximo verão antártico, possamos retomar os trabalhos. Mas o que o comandante da Marinha do Brasil sente é a perda de dois homens, que são heróis. A pesquisa conseguiremos recuperar, mas os homens não", afirmou.

"O futuro da base está garantido e a continuação da pesquisa também", insistiu.

Júlio Moura Neto manifestou à Lusa preocupação face à proteção de toda uma vasta área territorial marítima brasileira onde se situam as principais plataformas petrolíferas do país, conhecida como "camada pré-sal".

"A preocupação existe. Estamos hoje com um programa de construção de navios patrulha de 500 toneladas. Já temos dois, cinco estão em construção e há um projeto para construir mais 20. Falta acertar os recursos. Assim, a Marinha terá condições para manter um navio patrulha permanentemente junto aos campos petrolíferos", respondeu.

"Essa é a ideia e estamos a fazer um esforço financeiro muito grande para que possamos estar prontos para qualquer ameaça", concluiu.

Literatura: DULCE RODRIGUES NA FEIRA DO LIVRO EM BRUXELAS



CONVITE

Se se encontra em Bruxelas durante a Feira do Livro, teria muito gosto em que me viesse cumprimentar no domingo, dia 4 de Março, entre as 10-12 horas. Estarei no stand 244, a convite do Service du Livre Luxembourgeois.

Além dos meus livros em francês, estão disponíveis também alguns dos meus livros em português e inglês.

Saudações cordiais e literárias.

Dulce Rodrigues

www.dulcerodrigues.info - www.barry4kids.net (clicar imagem para ampliar)

APOLÓNIA, A HEROÍNA DO TARRAFAL DE SANTIAGO




Gonçalo Amarante – Liberal, opinião, em Colunistas

Um povo que desconhece a sua história corre o risco de incorrer nos mesmos males. A narrativa que passa a desenvolver-se tem como heroína uma humilde mulher da vila do Tarrafal de Santiago, a Polónia, que, na era colonial enfrentou com dignidade e coragem, o Administrador do Concelho.

Quando já velhinha, ela, não porque deseja-se evidenciar-se, mas porque achava serem saudáveis para a comunidade os exemplos de honradez e firmeza, pediu-me que viesse a publicar o sucedido.

Três eram os traços físicos e especialmente notórios no dito administrador: era nédio, careca e faiscava-lhe uma carranca severa.

A sua índole pesporrente era exponenciada pelo “status” do administrador. Naquela altura perdurava a secular destrinça entre oprimidos e opressores, reclamando estes que aqueles lhes rendessem um culto quase idolátrico. Despótica e caprichosamente, o administrador punha e dispunha sobre esta gentalha, por ele considerada de despicienda, contrariando-lhe até os mais elementares e naturais gestos e atitudes de dia-a-dia.

Entre os perversos atributos desse fulano figurava a chafurdice sexual com várias amantes, pelo que ele não apenas na mira de acantonar, desarticular e aquietar politicamente as gentes, mas também com o intento de afastar “mirones” e até, eventualmente, deliberar-se de concorrentes na abordagem às damas, determinou que, a partir das dezanove horas, nenhum jovem andasse pelas ruas e se apostasse em qualquer esquina.

A quem fosse abarbatado como infractor era rapado o cabelo, chicoteado e atirado para choça.

O terror imposto era de tal ordem que muitos pais aconselhavam os filhos a irem assentar praça ou a arrumarem, como contratados, para as roças de São Tomé e Príncipe.

O tirano tinha às suas ordens uma horda de mal feitores que, cavilosa e perfidamente, espiavam e denunciavam, sendo rechaçado implacavelmente até o mais ténue trejeito de descontentamento, em relação ao “status cuo” que pretendia eternizar.

Quem tivesse o azar de deparar, onde quer que fosse, com esse crápula e algoz, logo era acometido de fulminante tremor e desfazia-se em vénias e salamaleques.

Com uma alma cheia de entulho não percepciona o Amor ( que é um Dom de Deus), as relações sexuais desse homem com as diversas amantes eram, evidentemente, meramente mecânicas e, logo o frenesim em ir descartando sensações já “gastas”, buscando novas experiências.

A dada altura, abate-se-lhe a cupidez sobre uma bela rapariguinha de quinze anos. E, é claro, conforme no-lo atestam séculos de História, aos opressores tudo fica bem, nada se nega e mais: face à sua sacra importância, têm que ser servidos, além de rastejantemente, sem demora.

Transferiu para os pais da moça certos valores, ou seja, fez um simulacro de “negócio” que lhe deixou a sensação no baixo-ventre (sim, talvez a nível do baixo-ventre!) de ficar autorizado no tocante ao acometimento contra as “vergonhas” da infeliz.

Mesmo junto à habitação onde ele acometia a moça, morava a Apolónia, tendo esta o hábito de permanecer até altas horas no pátio da casa a saborear a brisa do crepúsculo e da noite. Incomodava-o essa presença aí.

Mandou, pois, um guarda de serviço entregar à Apolónia uma intimação no sentido de jamais no pátio permanecer, a partir das dezanove horas.

Ela, porém, persistiu no velho hábito, pelo que logo foi intimada a aparecer no gabinete.

Ele interrogou-a e increpou-a, trouvejantemente, bem depressa se tendo dado conta de que tinha, perante si, uma mulher respeitosa, inteligente e afoita.

Ela riposta, com bem notória preocupação de respeito, mas sem abdicar de uma forma firmeza que o faz estrebuchar de cólera. O que é?!

Admitir que uma abjecta criatura o contraria, isso não! E, vai daí ele assevera cinicamente à Apolónia que de imediato, o guarda rapará de palmatória e a fustigará.

Imperturbável, talvez até espontaneamente perpassada por discreto sorriso de altivez, ela crava nele um olhar tão transparente como estas palavras que lhe dirige: Tenho, com todo o respeito - a dizer ao Senhor Administrador que o pátio é meu, porque a casa é minha.

Acometido o tirano de um momentâneo lampejo, diz-lhe que, para que surra venha a ser ainda mais impiedosa lhe vai deixar aquela noite para reflexão, voltando ao interrogatório no dia seguinte. Assim sendo, não chegou à polónia a exibir a faca que levava disfarçado sobre as vestes.

No interrogatório do dia seguinte, as mesmas desabridas increpações por parte dele e, tocante a Apolónia, sempre muito respeitosa, a mesma determinação. E insiste assertiva:

Tenho, com todo o respeito, a dizer ao Senhor Administrador que o pátio é meu tal como a cãs é minha, tendo-a, à custa de muito suor, conseguido para mim e meus filhos.

O administrador ordena, tonitruante, o começo da surra. Já erguida à palmatória, a polónia saca da faca do saiote e brandia, ameaçadora, ora no enlace do administrador, ora no do guarda presente.

Os seus algozes demandaram ante esta mulher enfurecida. E tão fácil era fazer a leitura da reacção da vila do Tarrafal de Santiago: toda a gente, aquela esmagadora gente, lhe enaltecia e agradecia tal coragem.

Perante a atitude afoita da Apolónia e face ao vislumbre de que massivamente a vila do Tarrafal de Santiago lhe era solidária, o Administrador esconde-se um pouco atrás daquilo que, afinal de contas, tinha de sobra: a cobardia.

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Américo Jonas Costa: O cabo-verdiano quer ser o Obama da França nas próximas eleições




Américo Jonas Costa tem 54 anos, nasceu em Santo Antão, Cabo Verde, e cresceu em França. É empresário, apresenta-se como “artesão da política”, e quer ser o Obama do Eliseu para pôr o povo a mandar no país.

É mulato, alto, magro, e tem um sorriso fácil. Gosta das câmaras, é fã de Jacques Brel e de Valéry Giscard d'Estaing [Presidente de França entre 1974 e 1981]. Fala dele próprio na terceira pessoa e, embora não seja uma cara conhecida dos franceses, nem tenha ainda reunido o apoio de 500 assinaturas, obrigatório de acordo com a lei francesa para formalizar a candidatura, diz que concorre à Presidência da República “para ganhar”.

“Político artesão”

É “todo” político, desde sempre. Tem “a política nas veias”. Já em Cabo Verde, de onde saiu aos 15 anos, era assim: “As pessoas diziam-me ‘Américo, és pequeno mas és político’”, conta, sempre a sublinhar que é “diferente dos outros”.

“A diferença entre Américo Costa e os políticos convencionais é que eles são políticos profissionais. Américo Costa não é político profissional, é um político artesão. [Isto] quer dizer que eu mesmo penso e eu mesmo realizo”, explicou.

O candidato é “centrista e ecologista”. A sua ideia de política, diz, é “totalmente diferente”, é “uma política no terreno [para] a transformar as ideias simples em ideias concretas”, que, considera, “dão mais resultados do que as ideias académicas”.

“A minha política é mais baseada na democracia do povo, para que o povo tenha o seu poder próprio. Para que a pessoa tenha uma liberdade total para expressar a sua vontade, mas com todo o respeito em relação aos outros e à natureza”, acrescentou.

“A França do Povo”

Foram estas ideias que o impeliram a criar, há um ano, o movimento “A França do Povo”, um partido político que, garante, abrange todos os partidos: “Não tem nenhum limite, [representa] todos os cidadãos que aderem a esta ideia”, afirmou.

A votos quer levar um programa “simples”, para “dar voz ao povo” através de um sistema de referendo. Américo Costa defende que “não pode ser uma pessoa só a decidir por 65 milhões. O povo tem que tomar nas mãos as decisões sobre o seu futuro nas questões mais importantes”.

Este homem garante que tem a solução para o fim da crise em França: “É preciso pôr mais gente no mercado de trabalho. Isso faz-se liberalizando completamente o mercado. Defendo um limite máximo de 40 horas semanais. De resto, liberdade. Se uma pessoa tem meios para subsistir deve poder, se quiser, reformar-se aos 40 anos de idade”, disse.

Os outros “argumentos fortes” da sua candidatura, considera, são “o ambiente e o nuclear”. Américo Costa diz-se especialista nas duas áreas que, considera, não podem ser vistas em separado e podem contribuir para a criação de “milhões” de postos de trabalho.

Na Educação quer uma “escola para todos”, com alunos de uniforme. Na Saúde quer formar médicos para “acabar com a falta de profissionais nesta área”.

O Obama dois do mundo
Américo Jonas Costa acredita que França é “o país mais livre do mundo”. O “único” problema que a sua candidatura enfrenta é “na área da comunicação” porque “os vultos das máquinas partidárias aconselham os media a não darem espaço aos candidatos pequenos”.

“Mas a partir do momento em que eu consiga passar a mensagem, logo que o povo saiba que existe ‘A França do Povo’, que existe Américo Costa e que Américo Costa vai, dia a dia, desenvolver as suas ideias e o seu programa, muitas pessoas vão dizer ‘sim, Américo Costa pode ganhar e ser Presidente da República’”, acredita.

A imagem, desconfia, pode valer-lhe pontos: “Ser o Obama dois do mundo, o Obama de França, seria uma boa coisa. Permitiria a mais pessoas sonharem, mostraria que, neste país, tudo é possível.”

As eleições para a Presidência da República francesa realizam-se a 22 de Abril e a 6 de Maio. O candidato do Partido Socialista, François Hollande, surge em primeiro lugar nas intenções de voto dos franceses. O actual Presidente, Nicolas Sarkozy, já anunciou a sua recandidatura.

Ministros dos PALOP e Timor-Leste reúnem-se na Praia para debater formação profissional



CLI - Lusa

Cidade da Praia, 01 mar (Lusa) - Os ministros do Emprego dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste reúnem-se na sexta-feira na capital cabo-verdiana para aprovar um plano de ação comum e medidas que reforcem o combate a pobreza.

O plano de ação foi discutido esta semana pelos diretores-gerais do Emprego dos PALOP e de Timor-Leste no âmbito do Projeto de Apoio ao Setor da Formação Profissional (PASFP), financiado pela União Europeia (UE) no valor de 2,5 milhões de euros.

O diretor-geral do Emprego de Cabo Verde, Olavo Delgado, explicou que são três os objetivos essenciais no âmbito do projeto: "a capacitação dos dirigentes dos países a nível da formação profissional e do emprego, o estabelecimento de um conjunto de mecanismos para permitir a cooperação solidária e ainda a promoção de ações de formação profissional nos países que favoreçam sobretudo jovens desempregados e mulheres chefes de família".

Olavo Delgado destacou algumas áreas identificadas como prioritárias - agricultura, pesca, turismo e construção civil - que terão ações em todos os países.

"Do plano de actividades escolhemos estes setores prioritários. Em Cabo Verde vamos ter ações de formação de formadores em indústrias criativas e agronegócio", exemplificou.

Em São Tomé e Príncipe, a formação será em agricultura e pescas, na Guiné-Bissau artesanato e pescas e em Angola formação de formadores de chefias.

"Mas cada formação que é realizada num país vai ter também participação dos outros países", explicou.

O representante de Cabo Verde explicou que a reunião da Cidade da Praia serviu também para debater outras questões ligadas à formação profissional e emprego e a partilha dos sistemas de formação profissional de cada país.

Olavo Delgado adiantou que a reunião de sexta-feira contará com a presença dos seis Estados - Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe (entre os PALOP) e Timor-Leste. O PASFP propõe promover e encorajar as trocas de informação, de conhecimentos e de boas práticas entre países que falam a mesma língua e possuem uma mesma herança cultural e administrativa.

Taur Konsedera Lei Veteranus Diskriminativo no La Justu



Acasio Pinto – Rádio Liberdade

Radio, online – Iha premeira kampanha politika Kandidatu Prezidenti, Taur Matan Ruak (TMR) fo sai nia politika hodi dehan lei veteranus halo diskriminasaun ba vetereanus sira no la justu.

Lansamentu premeira kampania eis General fitun rua ne’e halao iha Komoro, kampo Dom Bosco Kuarta, (29/2).

“Mai ita hamutuk hodi muda lei Veteranus ne’e agora tamba halo diskriminisaun,Taur komenta.

Tuir Taur, lei ne’ebe difinittivu konaba Veteranus nian iha Konstituasaun RDTL ne’e la justu no halo diskriminasaun ba veteranus sira tamba balun to’o agora seidauk hetan nia diretu.

Taur mos konfesa ba militantes kuaze rihun resin dehan, “imi la iha ami mate tia ona, tamba ne’e mai ita hamutuk para ita halo mundansa ba lei tamba la justo no halo diskriminisaun ba antigos kombatentes da libertasaun nasional,”.

Taur mos dehan wainhira General ida husik nia kargu hodi hakiduk ba kotuk hanoin povu. Tuir Taur motivasaun iha kandiadtu ne’e laos buka kadera, maibe nafatin hatudu iha tinan 24 nia laran hodi servi povu ho nasaun ne’e to’o mate.

Relasiona ho desizaun governu liu husi Ministeiru da Justisa hasai povu husi nia hela fatin hanesan tau ema Timor oan la iha la Iha Dignidade

Taur husu atu labele lori Polisia hasai ema husi nia hela fatin hanesan animal ne’e halo Taur moe no trsiti.

Taur hato’o kestaun ne’e relasiona problemas disputa rai iha bairo Dos Girilius.

“Ita mak hari nasaun ne’e, nasaun ne’e laos monu husi Lalehan. Primeira ves iha istoria katuas ho oan kiak sira organiza-an hasoru hau, ne’e hau moe tamba problemas rai. Ita labele halo diskriminasaun ba povu,”Taur apela.

Iha kampania eleitoral ne’e simpatizante no militante Taur lori bandeira partido CNRT ho foto Kay Rala Xanana Gusmao ho espanduk bo’ot ho hakerek

“Uluk ho imi, fakar ran ba ukun an. Fila fali ho imi hisik kosar ba moris diak”

Tuir agenda segundu kampania kandidatura prezidensial ne’e sei halao iha Distritu Liquica.


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HORTA APOIU MIDIA EDUKASAUN BA SÃO MIGUEL




Luís Martins – Rádio Liberdade (tl)

Radio, online - Prezidenti Republika Jose Ramos Horta fo apoiu area midia edukasaun ba eskola São Miguel ba estudante hamutuk 30 ne’ebe estuda iha area komnikasun sosial.

Serimonia ne’e halao iha loron Horta halao kampaina eleitoral ba kandidatu Prezidensial nian Kuarta, ((29/2).

“Hau nia ajuda ne’e laos atu halo kampaina, hanesan kandidatu sira seluk hodi bosok povu no promete buat oin-oin hodi fo votus ba hau iha eleisaun mai ne’e,”Horta konfesa.

Horta kontente tebes ho programa eskola São Miguel nian ne’ebe loke ona eskola kona ba jornalismo. Tuir Horta nia uluk estuda konaba area jornalismo nian tamba ne,e husu ba estudante sira hot-hotu tenke estuda makas no la bele prekupa ho dezafios ne’ebe mak hasoru.

Xefi Fundasaun São Miguel Armindo Caitano dehan, midia edukasaun importante tebes ba estudante sira tamba ne ‘e mak fasilita sira prepara ona kondisaun hodi fo treinamento ba estudante sira no sira sevisu hamutuk ho meidia Timor Post.


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LUTA BA UKUN RASIK NA NE’E TOMAK MAK ENVOLVE



La Sama PR2012

Dili.TMKL (Task Media Kandidatura La Sama). Luta ba ukun rasik an ne'e, procesu ida envolve povo tomak, laos grupos ida ka individu balun mak habot historia ne'e, haktuir Jose Nominando Buras Vice Presidente PD ba TMKL, iha sede kampane kandidatura La Sama ba PR2012, Vila Verde, Dili, Quinta- Feira ne'e.

Haktuir tan Buras, “Procesu luta ba ukun rasik an, ne’e procesu bot ida ne’ebe povo tomak mak envolve, laos ema ida rua deit ka grupos kiik oan mak mai atu apropria fali patrimonio historika no luta nian”.

“Mundo tomak hatene ita nia funu tamba determinasaun povu ida nian ba luta libertasaun nasional, laos ba ema ida rua”.

“La los, karik kandidatu balun mai dehan sira maka representa procesu tomak no nain ba histroia funu Libertasaun nian”.

Kontaktos:
Email: lasamatl12012@gmail.com
Telefs.: 7555888, 7519609

PROTETORADO LUNDA SEM PACTOS OU ALIANÇAS COM OPOSIÇÃO ANGOLANA




COMUNICADO DE IMPRENSA

Correm rumores e boatos em círculos e órgãos oficiais em Luanda e noutras cidades de que a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, tem aliança ou pacto politico partidário com  alguns Partidos da oposição Angolana.

1.- A Comissão de Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe, não é um partido Politico no contexto de Angola, é um Movimento de luta pacifica, sem violência em defesa legitima do Protectorado da Lunda sob fundamentos Jurídicos dos tratados de 1885-1894, da Lei8904/1955 e o Manifesto Reivindicativo submetido ao Governo de Angola aos 03de Agosto de 2007.

2.- É um amplo movimento político-jurídico de massas que reúne no seu seio todas as camadas sociais do povo Lunda  e não só, sem discriminação da sua filiação partidária ou institucional-politico em Angola. A sua luta Reivindicativa é a instituição legitima de um governo de AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, ECONÓMICA E JURÍDICA DA NAÇÃO LUNDA.

3.- Assim sendo, a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda esclarece a opinião pública Nacional e Internacional que não EXISTE NENHUMA RELAÇÃO DE ALIANÇA OU PACTOS DE NATUREZA POLITICO-PARTIDÁRIO COM QUAISQUER FORÇAS DA OPOSIÇÃO ANGOLANA, existem sim relações de trabalho com Personalidades Individuais e Profissionais ligados a Partidos da oposição e do Partido Governante em Angola. Esta relação não pode ser confundida com o objecto do nosso movimento reivindicativo.

Luanda, aos 25 de Fevereiro de 2012

Comité Executivo Nacional do Manifesto do Protectorado da Lunda Tchokwe

Angola: MPLA CRIA GUPO FANTOCHE PARA “DIALOGAR” SOBRE A NAÇÃO LUNDA




MPLA CRIA GRUPO SUBVERSIVO E PARALELO PARA SIMULAR NEGOCIAR
O PROTECTORADO DA LUNDA, NO LUGAR DA VERDADEIRA DIRECÇÃO DO MANIFESTO

Saurimo 14, fonte bem colocada, que acompanha o Processo da Reivindicação da Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica da Lunda, disse a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado, que o MPLA contratou a Senhora Maria Karaji, Professora da UAN e ex-membro da direcção do Manifesto, objectivo é mobilizar e presuadir os membros dos Comités fantasmas, vulgo Autoridades Tradicionais de Saurimo, em detrimento dos autoctones que ele marginaliza, favorecendo desta maneira os desígnios do MPLA face as eleições que se aproximam.

Em dois meses (Dezembro 2011 e Janeiro 2012), a Sra. Maria Karaji instalou um escritório secreto em Saurimo com ajuda da Senhora Governadora Cândida Narciso - Embaixadora do regime de Luanda naquele território, por sinal sua amiga pessoal, onde continua a fazer os seus trabalhos subversivos contra o Movimento do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda.

Ela convenceu o Muatchissengue do Itengo e a fez sua Secretaria Institucional para responder diante do Executivo de Luanda, posto que divide com o Sr. Domingos Afonso tc Mukulo colaborador dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SINSE), que deverá actuar em Saurimo junto das autoridades do regime naquela parcela da Lunda.

As conversações entre o MPLA e a medianeira que se ofereceu ao serviço dos inocentes membros dos comités de Sobas e Regedores fantasmas, Sra. Maria Karaji, estão encrustados pela pouca aderência do nosso povo em aceitar as mentiras a que este regime nos habituou, mesmo apoiada por algumas figuras ao serviço do regime instalado na Lunda do Executivo de Luanda, na Assembleia e no Comité Central.

Humilhando-os com promessas de Viaturas, Motorizadas, Bicicletas, Casas, dinheiros e outros benefícios imorais.

O segundo passo, será a simulação de conversações entre tais Comités de Autoridades Tradicionais fantasma e o Executivo de Luanda, onde o Muatchissengue seria obrigado a fazer declarações públicas. Tais como: as de que os nossos bisavós fizeram tratados e entregaram a guardada Lunda a Portugal, e que se a CMJSPLT, quiser reclamar alguma coisa será com Portugal e não com o Governo Angolano, que ele Muatchissengue foi induzido em erro por parte da CMJSPLT e portanto irá pedir desculpas ao Presidente José Eduardo dos Santos, para inviabilizar o andamento vitorioso do processo, tudo isso passa pelo “MAQUIAVELISMO DO MPLA”.

Com mais de 70 anos de idade, Muatchissengue do Itengo, caso mostre  o seu arrependimento e peça desculpas públicas via TPA, Rádio Nacional de Angola, Jornal de Angola e Angop ao Executivo, prometeram-lhe devolver o trono Secular da Autoridade Tradicional Lunda Tchokwe, hoje nas vestes do Sr. Alberto Dumba Muakawewe, irmão do falecido deputado do MPLA José Satambi, ambos conotados a 100% com o regime, o Rei sem povo que vendeu a sua Própria Nação e, em troca, recebe  benefícios em detrimento da maioria da população que vive abaixo da linha de pobreza.

O terceiro passo, o Governo do MPLA sairia publicamente a dizer que tem apoio das Autoridades Tradicionais da Lunda (Kuando Kubango, Moxico e antiga Lunda) e na pessoa do Rei Muatchissengue Watembo, que a CMJSPL está actuar sem apoio nem a conivência destes, no entanto, não são interlocutores válidos para o processo, como já aconteceu no passado presente de outros povos anexados forçosamente a Angola.

O quarto passo, os  mesmos comités de Autoridades Tradicionais, serão usados nas campanhas eleitorais de 2012 pelo MPLA a nível do Território Lunda (Nação Lunda Tchokwe), onde alguns Sobas e Regedores, para além dos benefícios materiais,  esperaml ugares de deputados  na Assembleia Nacional. Se tudo sair como planeado, a Medianeira Sra. Maria Karaji e o Sr. Domingos Afonso esperam do Executivo altos postos Governativos, esquecendo-se da última derrota eleitoral sofrida em 2008, manifestado por aquele povo.

Tudo está a correr discretamente, sem dar na vista das pessoas nem dos membros do Manifesto. As reuniões de concertação são feitas na calada da noite, ou durante jantares para não chamar a atenção aos moradores da cidade de Saurimo e periferia.

O quinto passo, a Policia Nacional na região deverá começar com intimidações, ameaças de morte, e perseguições ou mesmo raptos para as cadeias, exigindo daqueles que se mostrarem defensores do Protectorado da Lunda, fazê-lo junto da Assembleia Nacional em Luanda. Esta medida visa também impedir que as populações apliquem na prática as declarações proferidas pelo Eng.º José Mateus Zecamutchima, Presidente do Manifesto em 21 de Outubro de 2011 na Voz da América, sobre o boicote das eleições na Lunda.

A fonte disse que o MPLA preparou mais de 10.000.000,00 (Dez milhões de dólares americanos) para serem gastos no interior da Lunda com as campanhas de aliciamento às autoridades tradicionais, comerciantes e jovens que se mostrarem hostis ao Executivo.

Uma sociedade civilizada e justa deveria ser feita de equilíbrios e um dos mais preciosos deveria ser aquele que, com a maior harmonia possível, reconhecesse o direito dos outros no pacto, o que não é o caso do regime ocupacionista de Angola na Lunda.

Já cansa ver a cobardia de alguns  filhos intelectuais Lunda Tchokwe, até professores Universitários a se venderem por uma migalha de pão, a indiferença e irascibilidade dos dirigentes do MPLA que são igualmente inadmissíveis, ao invés de contribuir para uma Paz e um desenvolvimento, para um  diálogo aberto sem ambiguidades, optam pelos golpes baixos, só porque querem perpetuarem-se no poder, ocupando ilegalmente um país que não lhes pertence e fazendo as mais bárbaras razias entre o seu povo.

A realidade tenebrosa que  MPLA nos impôs fala por si, escravatura, humilhação, saque indiscriminado das riqueza do subsolo Lunda, não há transparência e justiça da parte de dirigentes dos países ditos democráticos de todo o mundo, que não condenam as denúncias da violação de direitos humanos na Lunda,  a corrupção perpétua, mas que bajulam em cumplicidade criminosa.

A concluir, a fonte promete revelar outras informações, incluindo fotocópias de documentos comprovativos e comprometedores na próxima edição.

- Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe


Portugal: COM A TROIKA E O GASPAR, O DESEMPREGO SEMPRE A AUMENTAR



Carlos FonsecaAventar, com imagem

A imprensa, aqui e aqui, está a divulgar que, depois das revisões feitas pelo Eurostat, o desemprego em Portugal, entre Agosto de 2011 e Janeiro de 2012, teve a evolução que o gráfico demonstra.

Portugal, ao atingir a taxa de 14,8% em Janeiro-2012, subiu ao 3.º lugar no pódio, ex-aequo com a Irlanda. O 1.º lugar é ocupado pela Espanha (23,3%), cabendo à Grécia a 2.ª posição (19,9%). Das estatísticas publicadas, pode ainda inferir-se que, entre nós, o desemprego jovem (cidadãos até aos 25 anos), continua a crescer e subiu para 35,1%.

Os números do desemprego, em conjunto com as quebras do PIB e aumentos de falências, constituem um conjunto de indicadores de que as políticas da troika, na Grécia, Irlanda e Portugal, e as medidas de austeridade em Espanha, cuja cópia em Portugal era reclamada por iluminada gente no tempo de Zapatero, não constituem a terapia correcta para a crise. Antes pelo contrário, geram maior recessão.

Na hora da despedida da troika, Gaspar mostrou-se agradado pela avaliação do tirano triunvirato, proclamando que, em 2012, a taxa média do desemprego se fixaria em 14,5%. Com o valor de Janeiro, agora divulgado, será mais uma previsão falhada pelo governo, criem as comissões interministeriais que criarem.

Uma coisa é certa: com a troika e o Gaspar, o desemprego está sempre a avançar. Vamos para o buraco ou alguém duvida?

Portugal: Número de licenciados a emigrar aumentou 49,5% entre 2009 e 2011



i online – Lusa, com foto

O número de licenciados desempregados que anulou a inscrição nos centros de emprego para emigrar subiu 49,5 por cento entre 2009 e 2011, de acordo com os registos do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

O número de licenciados é reduzido face ao total de trabalhadores que decidiram emigrar segundo os registos do IEFP, mas sugere que a opção pelo estrangeiro está cada vez mais em cima da mesa dos trabalhadores mais qualificados que se encontram numa situação de desemprego.

Em 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 1.893 desempregados licenciados (contra os 1.266 registados em 2009), de um total de 22.700 trabalhadores que deixaram de estar inscritos no IEFP porque decidiram aceitar ofertas de trabalho no estrangeiro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IEFP, Octávio Oliveira, aconselha porém uma “leitura muito limitada” destes dados uma vez que representam “apenas e só as anulações de candidatura a emprego realizadas pelos serviços do IEFP na sequência da declaração do próprio”.

Para o responsável, “não é significativo” o aumento da emigração entre os desempregados inscritos que possuem uma habilitação superior nos últimos três anos.

Para Octávio Oliveira, a saída de trabalhadores para o estrangeiro tem sido constante nos últimos anos e resultado de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado.
“Mesmo em momentos de crescimento da economia nacional foi significativo o número de anulações por motivo de emigração”, disse.

“A própria emigração tem hoje uma componente de sazonalidade, sendo normal o aproveitamento de excecionais oportunidades, com remunerações e condições interessantes”, acrescentou.

A divulgação de ofertas de emprego no espaço europeu e a cooperação dos serviços públicos de emprego tem aliás sido uma das prioridades na União Europeia, reforçou.

De acordo com os dados do instituto, a maioria dos desempregados que optam por emigrar têm entre 35 e 54 anos (55,2 por cento) e possuem habilitações escolares ao nível do ensino secundário (24,3 por cento).

Entre os grupos de profissões com mais trabalhadores a emigrar, estão os operários, artífices e trabalhadores similares (20,4 por cento do total), pessoal dos serviços de proteção e segurança (12,3 por cento) e os trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio (10,5 por cento).

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HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DA CRISE ATRAVÉS DA TERAPIA DA DECORAÇÃO



Helena Ricoli*

Os afazeres profissionais, a labuta pela vida, por um emprego e por manter a nossa casa para que não fiquemos sem ela é a principal ocupação e preocupação destes meses, anos, em que a crise se estabeleceu em Portugal, na Europa e em muitos países do mundo. Parece que por larga temporada vai ser assim. Temos de reagir para alterar este défice de justiça e de democracia que nos é imposto por um PR e um governo insensíveis, mentirosos e hipócritas. Temos de zelar por nós e saber exigir decoro.

Nas atuais circunstâncias, em que o desemprego e a precariedade laboral ameaçam mais de dois terços de portugueses poderá parecer inusitado vir aqui defender a necessidade de mais conforto em nossas casas mas certamente que quem fizer a experiencia de se interessar por encontrar mais conforto e bem-estar no local que habita decerto que me vai dar razão. Note-se que não constará aqui proposta para que gaste dinheiro. Não. O que nos poderá causar mais conforto no lar pode ser movimentar um simples adereço, um móvel, uma banal mudança da disposição dos objetos que adquirimos e que podemos jogar com eles como peças de um jogo retirando-as de um canto para colocar noutro, racionalizando de outra forma o mesmo espaço. Para quem tiver crianças esta operação deve tomá-las em consideração e privilegiar mais espaço livre em que possam movimentar-se. Tudo isso nos causará muito mais conforto.

Há ainda vantagem de ocuparmos o nosso tempo livre em algo agradável e que é exclusivamente para nós, para a nossa família. Melhor ainda se tiver guardado velharias, objetos e “panos” que arrecadou, e que afinal estão sempre disponíveis para os remodelar e lhes dar uso. Verá que a sua imaginação conseguirá ser fértil e com as “velharias” conseguirá um recanto mais agradável que lhe dará prazer olhar. Não duvide que isso é o sinónimo de mais conforto. Simples, sem custos, e agradável para si.

Vá ver o que tem na arrecadação, nas gavetas que raramente usa, na despensa ou na marquise. Parta à descoberta dos objectos que já esqueceu que existem. Eles estão onde os abandonou, sempre dispostos a proporcionar-lhe conforto e muito provavelmente a despoletar em si boas recordações de pessoas e ocasiões em que os adquiriu ou lhe ofereceram.

Ao menos nesse tempo esquecerá a crise e os “apertos” que ela está a causar a tantos milhões de portugueses. Parta à descoberta da sua casa e do seu conforto. Pobrete e alegrete quer dizer isso mesmo. Sermos capazes de encontrar felicidade através de coisas simples. Não podemos esquecer as potencialidades da terapia da decoração que mais nos agrada.

Todos nós sabemos das injustiças de que estamos a ser vítimas para que uns quantos no mundo e em Portugal (que é a parte que nos cabe) enriqueçam à custa do nosso empobrecimento. Todos sabemos que os políticos estão ao serviço desses que enriquecem e que eles próprios colhem chorudos benefícios das medidas e ações que tomam e nos são prejudiciais, contudo não podemos estar a pensar só nisso, devemos pensar também em nós, nos que estão nas mesmas circunstâncias e adquirir energias para dar luta em defesa do bem comum que é o nosso país. Mas primeiro devemos arrumar a nossa casa, torná-la ainda mais confortável. Depois vamos à luta por uma vida melhor, num país e num mundo muito melhor, mais justo e democrático. Não nos podemos abandalhar e dar tudo por perdido. Há mais vida para além da crise.

Não esqueçamos os portugueses que já perderam as suas casas e que hoje partilham a fome entre muitos nessas circunstâncias. Esses já não podem dispor dos seus espaços por não os possuírem. Cabe aos que ainda não chegaram a fase tão má na vida saber ser solidários. Cabe-nos a nós dar as mãos aos mais carenciados, às maiores vítimas desta horrenda crise que havemos de vencer.

*Helena Ricoli é decoradora, escreve para revistas da especialidade e começa aqui a sua colaboração no Página Global

Petição que pede demissão de Cavaco Silva vai ser entregue no Parlamento



Jornal de Notícias

A petição online que pede a demissão do presidente da República e recolheu mais de 40 mil assinaturas vai ser entregue no Parlamento na quarta-feira, num ato "ordeiro e cívico".

Segundo o primeiro subscritor da petição "Pedido de demissão do Presidente da República", Nuno Luís Marreiros, a entrega nos serviços da Assembleia da República será feita às 10.00 horas, num "ato ordeiro, cívico de entrega de um documento coletivo de cidadãos", que contará com a presença de membros do grupo entretanto criado "Iniciativa Democrática".

De acordo com a lista de signatários, até hoje já assinaram o documento 40037 pessoas.

"Mais do que o seu objeto, pedir ao Presidente da República que apresente a demissão, esta iniciativa revestiu-se de um objetivo mais amplo, unir cidadãos com vontade de participar ativamente na vida política do país, mostrar ao poder político que o povo quer e vai participar mais, quer e vai estar mais atento à realidade do país, quer e vai exigir mais, muito mais dos políticos", afirma o primeiro subscritor da petição 'online'.

Entretanto, já depois de Nuno Luís Marreiros ter lançado a petição online, foi criado "um grupo para congregar todos os cidadãos que se reviram nesta iniciativa que estão dispostos a desenvolver outras a muito breve trecho".

Desta forma, refere o primeiro subscritor da petição 'online', surgiu na rede social Facebook o grupo Iniciativa Democrática e, depois, da maioria dos cidadãos presentes neste grupo ter manifestado vontade de figurar como apresentantes da petição, foi decidido que a mesma será entregue como petição coletiva.

No texto da petição, são recordadas as declarações do chefe de Estado em janeiro, quando Cavaco Silva foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de poder receber subsídio de férias e de Natal pelo Banco de Portugal, tendo explicado que, "tudo somado" - o que vai receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações - "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as despesas, recordando que não recebe "vencimento como Presidente da República".

"Estas declarações estão a inundar de estupefação e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento do Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", lê-se no texto da petição.

Posteriormente, numa declaração escrita enviada à Lusa, o chefe de Estado esclareceu que com as declarações que proferiu sobre as suas pensões, apenas quis ilustrar que acompanha a situação dos portugueses que atravessam dificuldades, não tendo sido seu propósito eximir-se dos sacrifícios.

OPINIÃO PÁGINA GLOBAL


QUE ACONTECEU À PETIÇÃO?

Cerca de 40 mil cidadãos portugueses subscreveram em curtíssimo prazo uma petição para que Cavaco se demitisse, mas disso não mais se falou. Porquê? Saberá o promotor da petição que as dezenas de milhares que a subscreveram foram enganadas se acaso a mesma não teve seguimento? O que se passou? O que se passa? Até parece que foi uma brincadeira de crianças. Mas não. Ou foram os homens do presidente ou de outra área congénere que demoveram o promotor da petição de cumprir o que estava estabelecido? De certeza que há dezenas de milhar a querer saber o que se passou. É que certamente que as pessoas não participaram por brincadeira. Saberemos algum dia se a petição chegou ao seu destino? Terá também sido enviada a Cavaco para seu conhecimento?

Cavaco, o pior. Vamos ter de o gramar até ao final do mandato? Pois vamos. Cavaco, o pior PR. Maldito “karma”, o dos portugueses.


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