sábado, 5 de agosto de 2023

O ENCOLHIMENTO DO ESPAÇO DEMOCRÁTICO

Ângelo Lopes, EUA | Cartoon Movement

Nas Filipinas e em todo o mundo, o espaço democrático está diminuindo à medida que ativistas de direitos humanos, jornalistas, advogados, juízes e clérigos são atacados por forças paramilitares, forças paramilitares e extremistas religiosos. Esses ativistas, jornalistas, advogados e clérigos atacados têm sido vozes dissidentes ao poder crescente dos movimentos autoritários em seus países.

Sem essas vozes discordantes, é mais difícil responsabilizar os que estão no poder e defender um bom governo.

O PAPA EM FÁTIMA E NA JMJ. PARA TODOS, TODOS, TODOS!


De onde vem a força deste grandioso ancião?

Todos sabem de onde vem. Todos, todos, todos... Até mesmo os que anteriormente duvidavam.

Redação PG

EUA contra a Liberdade de Informação, contra a Verdade, contra o Mensageiro Assange

Blinken bate a porta na oferta australiana por Assange

O secretário de Estado dos EUA confirmou que a Austrália fez lobby junto aos EUA para encerrar o processo contra o editor do WikiLeaks, mas disse inequivocamente que continuaria, relata Joe Lauria. 

Joe Lauria* | Especial para o Consórcio News | # Traduzido em português do Brasil

EUA - O secretário de Estado, Antony Blinken, rejeitou publicamente os esforços do governo australiano para libertar o editor do WikiLeaks, Julian Assange.

Falando em uma coletiva de imprensa com o ministro das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, em Brisbane no sábado, Blinken disse que entendia as preocupações dos australianos sobre seu cidadão preso, mas adotou uma linha dura contra qualquer movimento para acabar com sua perseguição. Blinken disse:

“Eu realmente entendo e certamente posso confirmar o que Penny disse sobre o fato de que esse assunto foi levantado conosco, como aconteceu no passado. E eu entendo as sensibilidades. Entendo as preocupações e opiniões dos australianos. Acho muito importante que nossos amigos aqui entendam nossas preocupações sobre esse assunto.

O que nosso Departamento de Justiça já disse repetidas vezes, publicamente, é o seguinte: o Sr. Assange foi acusado de conduta criminosa gravíssima nos Estados Unidos em conexão com seu suposto papel em um dos maiores comprometimentos de informações sigilosas da história de nosso país.

As ações que ele supostamente cometeu representam um risco muito grave para nossa segurança nacional, em benefício de nossos adversários, e colocam fontes humanas identificadas em grave risco de danos físicos, grave risco de detenção.

Digo isso apenas porque, assim como entendemos as sensibilidades aqui, é importante que nossos amigos entendam as sensibilidades nos Estados Unidos.”

Como foi demonstrado conclusivamente por testemunhas de defesa em sua audiência de extradição em setembro de 2020 em Londres, Assange trabalhou assiduamente para redigir nomes de informantes americanos antes das publicações do WikiLeaks sobre o Iraque e o Afeganistão em 2010. O general americano Robert Carr testemunhou na corte marcial da fonte do WikiLeaks , Chelsea Manning, que ninguém foi prejudicado pela publicação do material.  

Em vez disso, Assange enfrenta 175 anos em uma masmorra dos EUA sob a acusação de violar a Lei de Espionagem, não por roubar material classificado dos EUA, mas pela publicação   protegida pela Primeira Emenda.

Angola | No Leste Se Escreveu História -- Artur Queiroz


 Artur Queiroz*, Luanda

Dia 1 de Agosto de 1974. Comandantes da guerrilha do MPLA proclamaram as Forças Armadas Populares de Libertação Angola (FAPLA). Apenas os guerrilheiros. A direcção política do movimento não participou. O objectivo era dotar o país de um exército autónomo ainda no período de transição, aberto com o 25 de Abril de 1974 e poucos dias após o Governo Português ter reconhecido o direito das suas colónias à Independência Nacional (Lei 7 de 27 de Julho de 1974).

Os combatentes do MPLA mais uma vez se colocaram na vanguarda. Nesse momento empurrados pelos ventos da História. Em 1972, agentes do ditador Mobutu fuzilaram na base de Kinkuzu pelo menos duas dezenas de comandantes do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA) braço armado da FNLA. A guerrilha do movimento estava praticamente paralisada e desde essa data parou mesmo. No terreno da luta armada só ficou o MPLA.

A UNITA de Jonas Savimbi foi fundada em 13 de Março de 1966. Em 1968, dois comandantes fundadores do movimento foram reforçar os Flechas da PIDE em Lumbala Nguimbo (Gago Coutinho). São eles os majores (posto máximo na organização) Pedro e Sachilombo. O movimento tornou-se uma unidade militar ao serviço dos colonialistas portugueses, pouco depois de ser fundado. Combatia contra a Independência Nacional. Em 25 de Abril de 1974 só a guerrilha do MPLA continuava activa mas muito debilitada.

Daniel Chipenda, membro da direcção do MPLA, a mando dos serviços secretos da África do Sul e da CIA, criou a chamada Revolta do Leste. Quando naquela frente os guerrilheiros tentavam levar a guerrilha ao Planalto Central e ao Planalto de Malange. Uma catástrofe.

Imediatamente Jonas Savimbi propôs integrar as forças da UNITA nas tropas portuguesas. O líder do Galo Negro tinha frequentes encontros com o capitão Benjamim Almeida, comandante de uma companhia de artilharia (CART 6651), instalada na região de Cangumbe. Para proteger o “chefe guerrilheiro” que o ditador Marcelo Caetano considerou, no livro “O Meu Depoimento, “um bom rapaz muito nosso amigo”. 

O bom rapaz defendia a “machadada final” nas forças do MPLA, na Frente Leste. O chefe da UNITA propôs operações conjuntas contra as bases do MPLA, mesmo na Zâmbia, pedindo em troca segurança para os seus homens no “Corredor do Luanginga” criado pelas forças armadas portuguesas no âmbito da “Operação Madeira”. Numa carta do chefe do Galo Negro ao capitão Almeida, ele refere a necessidade de se encontrar “uma maneira mais curta para se resolverem os problemas da participação da UNITA na vida Nacional na sua fase mais avançada da integração” (Angola O Conflito da Frente Leste, página 199. Autor capitão Benjamim Almeida). 

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