sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Força para resistir e lutar por um mundo melhor são os nossos votos para 2012


João Bafodonça, um bandido a usar disfarce, como tantos outros na política

Estimados leitores

Pelo simples motivo de existirem elementos que laboram no Página Global que nesta quadra do ano viajam para se juntarem a amigos e familiares, e que, além disso, querem estar mais disponíveis para esses familiares e amigos neste período que envolve Natal e Ano Novo, vamos ter de abrandar em número as habituais publicações de notícias compiladas de vários órgãos de informação.

Também os artigos de opinião, compilados ou de autoria de elementos da equipa, sofrerão uma redução notável neste período. Esperamos que compreendam e nos continuem a visitar. Dentro das nossas possibilidades procederemos à publicação de uma pequena seleção de notícias e outros textos que consideremos imprescindíveis. Contamos com a vossa compreensão e continuidade de preferência. Progressivamente, após este período, normalizaremos o serviço habitual.

Atendendo ao drama de que a humanidade está a ser vítima, principalmente as pessoas e povos de menores recursos, seriamos hipócritas se sem reparos desejássemos Festas Felizes, Feliz Natal, etc., etc. - votos frequentes neste período natalício e de mudança de ano. Em vez disso fazemos questão de deixar aqui para todos vós votos de muita força e coragem para superarmos todas as dificuldades que esta crise - gerada pela alta finança em conluio com os políticos norte-americanos, europeus e de outras partes do mundo – seja vencida com as menores baixas possíveis da parte dos mais carenciados e fragilizados. Idosos e crianças, principalmente. Aos mais jovens e mais saudáveis expressamos votos de que obtenham a sabedoria necessária para serem os maiores contribuintes do derrube desta ditadura imposta pelos “mercados”, pelos políticos corruptos e parasitas que com a maior das desumanidades se usam do pretexto da austeridade para conduzir os seus povos ao esclavagismo, à exploração selvagem, ao desemprego, à miséria, à fome…

Muita força para resistir e lutar por um mundo melhor são os nossos votos. Que 2012 seja o ano dessa concretização.

Página Global

SER DO PSD É MAIS DE MEIO CAMINHO ANDADO




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*

Agora que, finalmente, se sabe que em matéria de democracia Cabo Verde acaba de ultrapassa Portugal, fica aberto (ainda mais aberto) o caminho para os donos do jornalistas lusos os porem em ordem e na ordem.

E onde é que está o problema? Enquanto os Jornalistas, seja no Irão, na China, em Portugal ou em Angola não perceberem que dizer o que pensam ser a verdade é mais de meio caminho andado para a prisão, para o desemprego, para a margem da vida, não vão lá.

É preciso que saibam que a diferença entre Jornalistas bestiais e Jornalistas bestas é apenas o quero, posso e mando dos donos dos jornalistas e, é claro, dos donos dos donos.

Percebida essa regra de ouro, tudo é mais fácil. Os cargos e os correspondentes ordenados estão em linha directa com as colunas vertebrais amovíveis. Portanto, ser jornalista é fácil e até pode dar milhões. Basta, entre outras regras, baixar as calcinhas...

No Irão, há quase dois anos, Bahman Ahmadi Amoui, editor do jornal económico “Sarmayeh” e crítico das estratégias económicas do presidente Mahmoud Ahmadinejad, foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão, acrescidos de 34 chicotadas.

E ainda se queixam os Jornalistas, alguns, do que se passa em Portugal. Já viram o que era apanhar umas tantas chicotadas por ordem dos mercenários que tomaram conta de alguns dos estaminés?

E pelo andar do reino esclavagista do Relves e Coelho, entre outros, os gulags, apesar das denúncias de, por exemplo, Alexander Soljenitsin, continuam a existir, tantas vezes dentro das próprias redacções.

Na China, a 28 de Dezembro de 2009 as autoridades condenaram a seis anos de prisão o realizador tibetano Dhondup Wangchen, por ter filmado entrevistas com tibetanos para um documentário chamado “Leaving Fear Behind” (Deixar o Medo para Trás).

Pois é. Há muito que, no caso de Portugal, chegou a altura dos jornalistas perguntarem não o que o regime esclavagista pode fazer por eles mas, antes, o que eles podem fazer pelo regime.

E o que podem fazer é serem veículos transmissores e reprodutores das verdades oficiais. Se o fizerem terão a vida, uma boa vida, garantida. Sendo que muitos deles até dão o cu como prova de fidelidade, não custa a crer que estejam no bom caminho.

Os jornalistas sabem que é melhor estar de cócoras e ter um prato de lentilhas, do que estar erecto mas de barriga vazia. Sabem que é preferível serem criados do poder e ter dinheiro para pagar ao merceeiro, do que serem honrados profissionais e andarem a mendigar nas esquinas da vida.

O actual governo conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, convencer os jornalistas que devem pensar apenas com a cabeça... do chefe, mostrar aos Jornalistas que ter um cartão do PSD é mais do que meio caminho andado para ser chefe, director ou até administrador.

Miguel Relvas tem razão quando calcula que, com mais meia dúzia de lentilhas, os jornalistas que ontem eram do PS passaram hoje a ser do PSD.

E se amanhã voltarem ao PS, nada de mal acontecerá. Portugal é uma gamela onde têm lugar cativo todos os que são do PS…D. E as gamelas não estão longe. Ontem a mais concorrida era a do Largo do Rato, hoje é a da Rua de São Caetano.

É claro que a questão do mérito é facilmente mensurável. Basta ter cartão de militante do PSD. Não ter coluna vertebral nem tomates é um factor de desempate. Não será decisivo porque, afinal, quase todos estão nessa situação…

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Título anterior do autor, compilado em Página Global: AS PONTES E AS ESTRADAS DO... MPLA

Portugal: SEGURO ACUSA GOVERNO DE “INABILIDADE”



PÚBLICO – LUSA

António José Seguro alinhou pelas mesmas críticas, considerando que a CGTP saiu como resultado “da inabilidade e falta de convicção que este Governo tem no relacionamento com os parceiros sociais”. 

Para Seguro, o Governo “cometeu um erro grave quando retirou da concertação social, sem aviso prévio, a questão do aumento do horário de trabalho” - “Isso criou mossas”, disse.

À margem de uma visita a uma instituição de solidariedade social na Lardosa, Castelo Branco, o líder da oposição reafirmou-se “muito preocupado” com o que diz ser “um enfraquecimento da concertação social, importante em qualquer democracia, mais a mais quando vivemos uma situação de emergência nacional”.

António José Seguro perguntou pelo “acordo mais robusto do que o assinado com o Governo PS”, prometido pelo primeiro-ministro em Julho, concluindo que “foram apenas palavras: desejo que o novo ano possa despertar consciências no interior do Governo”.

O secretário-geral do PS disse hoje estar “estou muito preocupado com o que têm sido notícias sucessivas em relação ao défice e ao relacionamento com a troika”.

Seguro reagia à manchete do jornal “Sol”, segundo o qual o défice público admitido pelo governo para 2012 é de 5,2% e as condições de financiamento externo poderão ser aligeiradas.

O dirigente do PS reafirmou que “Portugal precisa de mais um ano para fazer a consolidação das contas públicas”, tal como pediu “há mais de um mês”, numa reunião com a “troika”.

Sublinhou que “a principal preocupação que o Governo devia ter era juntar-se ao PS nesta reivindicação”, tudo o resto “são notícias com que fico muito admirado”.

António José Seguro visitou hoje o Centro Social Amigos da Lardosa, em Castelo Branco, a fechar uma semana que dedicou a visitas a instituições de solidariedade social.

O Centro Social Amigos da Lardosa apoia 36 idosos em serviço domiciliário e centro de dia, acolhe outros 33 numa residência, tem ainda um centro de actividades de tempos livres e fornece refeições a 20 crianças do 1.º ciclo e a 11 do Jardim de Infância.

Esta foi também a primeira visita de Seguro ao distrito de Castelo Branco, onde nasceu (é natural de Penamacor), desde que foi eleito secretário-geral do PS.

Conselho Constitucional valida resultados da eleições intercalares em três municípios



MMT – LUSA

Maputo, 23 dez (Lusa) - O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique validou hoje os resultados das eleições intercalares do dia 07 dezembro, confirmando a vitória do Movimento Democrático de Moçambique no município de Quelimane, e da FRELIMO em Pemba e Cuamba.

Os resultados finais dão ao candidato do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), terceiro maior partido moçambicano, Manuel de Araújo, uma vitória com 63,14 por cento em Quelimane, quarta cidade do país, no centro.

O candidato da FRELIMO, Lourenço Abubacar, ficou em segundo lugar com 36,86 por cento do total dos votos expressos, de acordo com o apuramento hoje apresentado pelo presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito.

Segundo Hermenegildo Gamito, o Conselho Constitucional decidiu validar os resultados do escrutínio por considerá-lo "justo, livre e transparente".

Contudo, o órgão que dirime os conflitos eleitorais acusou o partido FRELIMO de uso indevido de bens de Estado, nomeadamente automóveis durante a campanha eleitoral.

Reagindo, o membro da FRELIMO Sérgio Pantie negou que o partido no poder em Moçambique tenha utilizado bens de Estado para proveito próprio durante a caça ao voto, assinalando que a sua formação política tem meios.

Segundo o CC, para a presidência do município de Pemba, norte, foi eleito Tagir Ássimo Carimo, da FRELIMO, com 88,8 por cento dos votos, seguido por Assamo Tique, do MDM, com 9,75 por cento, e por Emiliano Moçambique, do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), com 1,45 por cento do total dos votos.

Em Cuamba, norte de Moçambique, ganhou o candidato da FRELIMO, Vicente da Costa Lourenço, seguido por Maria Moreno, do MDM, com 35,30 por cento.

As eleições intercalares nos três municípios foram suscitadas pela renúncia dos respetivos presidentes, aparentemente por pressões do seu partido, FRELIMO, por alegado mau desempenho.

A RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, não participou no escrutínio, alegando uma fraude a favor da FRELIMO.

*Foto em Lusa

Governo precisa de 43 milhões de dólares para desmobilização militar - MNE angolano



FPA (MB/NME) - LUSA

Luanda, 23 dez (Lusa) - A Guiné-Bissau precisa de 43 milhões de dólares (33 milhões de euros) para o processo de desmobilização militar, revelou o ministro angolano das relações exteriores, Georges Chikoti, no final de uma visita a Angola do primeiro-ministro guineense.

"Fomos informados pelo primeiro-ministro Carlos Júnior, que a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDAO), um dos principais parceiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), vai disponibilizar um montante de 23 milhões de dólares para o fundo de pensões e desmobilização dos efetivos militares", afirmou o ministro, citado pela agência Angop.

Segundo Georges Chikoti, que falava à imprensa na quinta-feira à noite, após a visita de Carlos Gomes Júnior, o restante deste valor deverá ser doado pela comunidade internacional, uma vez que a Guiné-Bissau não o possui.

O chefe da diplomacia angolana esclareceu que o processo vai requerer uma sincronização entre a CPLP, CEDAO e o governo da Guiné-Bissau, na qualidade de dono do projeto, para que se possa instaurar o setor de defesa e segurança, com a reabilitação das infraestruturas, e também o fundo de pensões para os efetivos militares que devam ir para a reserva.

Georges Chikoti sublinhou que a missão de Angola na Guiné-Bissau surge em virtude de um convite formulado pelo governo guineense, e as ações estão a ser desenvolvidas, segundo os acordos firmados.

À chegada a Bissau, Carlos Gomes Júnior referiu-se também às conversações tidas com José Eduardo dos Santos sobre o processo de reforma do setor da Defesa e Segurança, tendo afirmando que Angola "mantêm todas as promessas feitas nesse domínio".

"Obtivemos a garantia do presidente José Eduardo dos Santos em como Angola vai continuar a tudo fazer para que essa reforma seja uma realidade. Há algumas dificuldades ainda por ultrapassar, mas com essa garantia ficamos mais reconfortados em saber que os nossos irmãos de Angola vão continuar a apoiar a Guiné-Bissau", disse Gomes Júnior.

"E ainda Angola vai tentar fazer contactos com outros parceiros, nomeadamente o Brasil e a CPLP para continuem a levar avante tudo o que estiver programado no âmbito da reforma do setor militar", acrescentou o primeiro-ministro guineense.

Angola, que detém a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem estado a apoiar a Guiné-Bissau, em termos financeiros e de formação - tendo para o efeito uma missão militar, MISSANG, desde março deste ano no país - a reforma dos setores de defesa e segurança do país.

*Foto em Lusa

Autoridades de Lisboa pedem informações sobre portuguesa acusada de subtração de crianças



RTP

O Instituto da Segurança Social vai contactar as autoridades competentes de São Tomé para solicitar informações sobre o caso que envolve uma portuguesa acusada pelo Ministério Público são-tomense de crime de subtração fraudulenta de menores.

A portuguesa Mafalda Velez Horta foi constituída arguida sob a acusação de subtração de menores, tendo ficado em liberdade mas impedida de sair do país, segundo a medida de coação que lhe foi imposta na quinta-feira pelo juiz de instrução.

Numa nota enviada à agência Lusa, o Instituto da Segurança Social (ISS), na qualidade de Autoridade Central para a Adopção Internacional, explica que apenas sabe deste caso pela comunicação social e que vai pedir mais esclarecimentos junto das autoridades de São Tomé.

O ISS refere ainda que não existiu qualquer contacto oficial das autoridades são-tomenses relacionado com adoções de crianças de São Tomé por famílias residentes em Portugal, nem sobre suspeitas de existência de qualquer rede de tráfico de crianças de São Tomé para Portugal.

"O Instituto da Segurança Social, na qualidade de Autoridade Central para a Adopção Internacional, relaciona-se com as autoridades competentes dos países com os quais coopera e estará nesta e em todas as circunstâncias disponível para qualquer esclarecimento ou informação sobre as crianças adotadas no estrangeiro por residentes em Portugal", refere o organismo na mesma nota.

Relativamente ao acompanhamento das crianças adotadas e das suas famílias, o ISS assegura que esta é uma das atividades de rotina dos serviços de adoção dos organismos de segurança social, quer se tratem de crianças adotadas em Portugal quer adotadas internacionalmente, "estando assim obviamente assegurado o contacto com as famílias que adotaram crianças oriundas de São Tomé".

Portugal ratificou em 2004 a Convenção de Haia relativa à proteção das crianças e à cooperação em matéria de adoção internacional e, ao abrigo deste acordo, os países têm de constituir uma Autoridade Central que no caso português está adstrita ao Instituto da Segurança Social, dando assim cumprimento às obrigações decorrentes da Convenção.

A portuguesa Mafalda Horta estava a ser investigada pelas autoridades são-tomenses por alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores.

Fontes da polícia contactadas pela agência Lusa na capital são-tomense, disseram que a cidadã portuguesa a residir em São Tomé e Príncipe, foi detida na terça-feira à tarde, depois de ter sido denunciada publicamente na segunda-feira pela jurista são-tomense Celisa Deus Lima de alegado envolvimento numa rede de tráfico de menores, acusação que a visada desmentiu categoricamente.

*Foto em Lusa

CAVACO SILVA, PRESIDENTE DO PSD





Cavaco Silva não é o presidente de todos os portugueses, porque não é meu, mas, pelo menos, poderia ter feito um esforço por me contrariar, tentando ser melhor. Não por mim, entenda-se, mas pelo país.

Mesmo admitindo que não sinta especial afeição por Passos Coelho, declarações como “não sei que Governo terá sido mais escrutinado do que este” ou que é “bom que os portugueses estejam conscientes de que os membros do Governo são pessoas e não super-homens, a que não se podem pedir milagres” parecem revelar a absoluta parcialidade de alguém que deveria funcionar como um árbitro.

Se tivéssemos em Belém um Presidente de todos os portugueses, Passos Coelho teria sido chamado depois de ter aconselhado os desempregados a emigrar e o Orçamento de Estado teria merecido um pedido de fiscalização. Se Cavaco Silva não está ao lado de todos os cidadãos, o PSD pode, pelo menos, contar com o seu apoio. É, sem dúvida, um homem com sentido de família. Sentido de Estado é outra coisa.

Portugal: UMA DEMOCRACIA "COM FALHAS"




MANUEL ANTÓNIO PINA – JORNAL DE NOTÍCIAS, opinião

Portugal deixou em 2011 de ser uma democracia plena, de acordo com o Índice da Democracia 2011 do Economist Intelligence Unit, que classifica o país como "democracia com falhas". Segundo o serviço de investigação de "The Economist", isso deveu-se, sobretudo, à erosão da soberania associada à crise da zona euro.

É mais um título, o de coveiros da democracia, de que podem orgulhar-se PSD, CDS e PS, subscritores do memorando com a 'troika', e o Governo de Passos Coelho, que o põe submissamente em prática contra os portugueses sem o mínimo rebate de autonomia ou patriotismo.

A venda da soberania nacional aos 'mercados', a troco de uma 'ajuda' a prestações dependentes do bom e obediente comportamento dos seus feitores locais, teria que ter consequências sobre o regime democrático pois não é possível governar contra os interesses dos povos sem amordaçar as liberdades civis.

E a procissão ainda vai no adro. Não se sabe se "The Economist" já teve em conta o comportamento da PSP durante a manifestação de 24 de Novembro e as ameaçadoras declarações do seu director nacional ("Nós não andamos com bastões, nem com pistolas, nem com algemas, nem com escudos e etc. para mostrar que temos aquele equipamento"). Certo é que, entre outras "falhas", ainda não considerou - pois, para já, foi travada pela CNPD - a intenção do Governo de polvilhar cidades e florestas com câmaras vídeo por simples decisão administrativa.


Portugal: GREVE NA CP COM IMPACTO MÁXIMO AO INÍCIO DA MANHÃ




Paulo Miguel Madeira - Público

Serviços mínimos estavam a ser genericamente respeitados

A greve dos maquinistas da CP estava a decorrer até às 8h30 com uma supressão de comboios próxima do máximo possível, com os serviços mínimos a serem genericamente respeitados.

Das 68 composições que deveriam ter circulado até às 8h30 no âmbito dos serviços mínimos previstos, não se realizaram duas, nos comboios urbanos da região de Lisboa, disse ao PÚBLICO a directora de comunicação da CP, Ana Portela.

Os maquinistas da CP cumpriram integralmente os serviços mínimos até às 6h00 e ainda realizaram três comboios adicionais. A empresa põe a circular 1500 comboios por dia e tem por hábito não divulgar taxas de adesão à greve. No entanto, da informação disponível infere-se que até ao início da manhã a adesão deverá ter rondado os 100% – contando-se aqui apenas os profissionais que não tinham de prestar serviços mínimos.

Esta greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas, começou à meia-noite e prolonga-se até domingo. O seu objectivo é obrigar a transportadora a reavaliar todos os processos disciplinares a maquinistas, visando o arquivamento.

Informação aos passageiros no site

A empresa recomenda que os passageiros consultem o seu sítio na Internet ou o serviço de atendimento telefónico, onde está disponível a informação exaustiva sobre todos os comboios que se deverão realizar durante o período de greve, disse ao PÚBLICO também a directora de comunicação da CP.

Para hoje, o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos que correspondem a 15% do serviço realizado num dia normal nos suburbanos de Lisboa e 16% no Porto. No longo curso representam 11% do normal, e no serviço regional 17%. A percentagem de serviços mínimos prevista face aos dias normais oscila durante o fim-de-semana.

O sindicado diz, num comunicado publicado no seu site, que “mantém toda a disponibilidade, no âmbito da proposta por si apresentada, para encontrar com a empresa as condições para superar o conflito”, com vista ao “cumprimento dos acordos de Abril e Junho de 2011”. E afirma ainda que os maquinistas continuarão a assegurar os serviços mínimos na greve agora em curso.

Angola tem de explicar ao FMI saída não justificada de 25 mil milhões de euros




Joana Gorjão Henriques - Público

O Fundo Monetário Internacional quer que o governo angolano explique a saída não justificada dos cofres do Estado de 32 mil milhões de dólares (25 mil milhões de euros), o equivalente a 25% do Produto Interno Bruto do país, algo que terá de ser feito até à publicação do próximo relatório da organização internacional, esperado até ao início de 2012.

O valor terá a ver com as contas da Sonangol, a petrolífera que é a base da economia do país, a principal fonte de receitas estatais e detém 15% da portuguesa Galp por via da Amorim Energia, além de ser accionista de referência do BCP. Uma das possíveis justificações avançadas pelo FMI será o facto de as receitas da Sonangol terem sido mal declaradas. Ontem, a organização internacional Human Rights Watch emitiu um comunicado a exigir ao governo angolano que esclareça “imediatamente” onde estão os milhões em falta.

No quinto relatório sobre a ajuda a Angola divulgado a 8 de Dezembro, o FMI dá conta que aquele valor, "gasto ou transferido" entre 2007 e 2010 não aparece documentado em lado nenhum. O FMI identificou também falta de coerência nas contas da Sonangol, apesar da ajuda das entidades governamentais para as reduzir. Além disso, o governo angolano assumiu três compromissos com o FMI: explicar o que aconteceu aos 32 mil milhões de dólares, continuar a publicar relatórios de execução orçamental e fazer auditoria externa da Sonangol, “de forma a estimular a transparência e a prestação de contas”.

A transparência nos negócios do petróleo tem sido pressionada por várias organizações. Nos EUA, vai já entrar em vigor em Janeiro a secção 1504 da lei de reforma financeira "Dodd-Frank". Esta lei exige às empresas cotadas em bolsa o detalhe, nos relatórios financeiros, de todos os pagamentos, projectos e governos estrangeiros envolvidos em negócios de petróleo, gás e minérios. Também a Comissão Europeia aprovou há pouco tempo um pacote de medidas que segue a mesma obrigatoriedade e que, a passar a lei, entra em vigor não antes de 2014.

Perita da UNESCO confiante na elevação de M`banza-Kongo a património da humanidade



RTP

A arqueóloga e perita da UNESCO Maria da Conceição Lopes manifestou-se hoje confiante na elevação das ruínas de M`banza-kongo, em Angola, a património da humanidade, admitindo que a decisão final aconteça em junho de 2013.

"Há grandes possibilidades de o sítio vir a ser inscrito como património", disse a especialista portuguesa ao regressar de Angola, onde esteve a acompanhar o programa arqueológico do projeto "M`banza-kongo - Cidade a desenterrar para preservar", a convite do Governo angolano. Em 2010 tinha sido enviada pela UNESCO para avaliar o potencial da candidatura do sítio a património da humanidade, tendo então feito um conjunto de recomendações, que foram adotadas.

Para já, o que é visível é a Sé Catedral, apontada como a primeira igreja católica ao sul do Equador, afirmou Conceição Lopes, explicando que, apesar de ter sido construída após a chegada dos portugueses, no final do século XV, resulta de "uma técnica de construção própria dos mestres locais, que não foi levado pelo poder colonial".

"Vê-se a capela-mor, onde o papa João Paulo II rezou uma missa quando esteve em Angola, as naves", descreveu, acrescentando haver ainda, na missão católica, um conjunto de vestígios que terão a ver com outra igreja, dos monges Capuchinhos.

No entanto, os especialistas estimam, com base nos documentos escritos que referem M`banza-kongo como a cidade dos sinos, que houvesse pelo menos sete igrejas. Além disso, "há as estruturas do reino do Kongo, anterior à presença dos portugueses", disse a arqueóloga.

Os documentos dizem que a cidade tinha muralhas, possivelmente anteriores ao período colonial, e haveria ainda um palácio dos reis, construído numa técnica diferente, em terra batida, do qual não há ainda qualquer vestígio à vista.

As ruínas situam-se num planalto no centro da cidade de M`banza-kongo, que tem dezenas de milhares de habitantes, entre os quais muitos refugiados angolanos recentemente retornados da República Democrática do Congo.

Questionada sobre o perigo de a pressão demográfica da cidade acabar por destruir alguns dos vestígios, Conceição Lopes disse à Lusa que "o plano diretor deverá acautelar isso, e prevê-se que acautele".

A ministra da Cultura, que "está muito empenhada no processo", tem estado em diálogo com o ministro do urbanismo e o governador da província e "estão conscientes de que se não se acautelar poderá haver problemas", disse a especialista, recordando que o risco de o património ser engolido pela pressão demográfica "existe sempre, em todo o lado".

Sobre a candidatura a património da humanidade, a arqueóloga afirmou que até ao final de agosto deverá ser entregue à UNESCO todo o dossiê que fará a inscrição do sítio, depois haverá visitas dos peritos do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS), de que Conceição Lopes faz parte, e em junho de 2013 a comissão reúne-se para tomar uma decisão final.

A perita defendeu ainda que os critérios a utilizar na avaliação desta candidatura não poderão ser os mesmos que se usa para classificar os grandes sítios europeus.

"Normalmente pensa-se que os critérios têm a ver com grandeza, como na Mesopotâmia ou no Douro Vinhateiro. Neste caso, os vestígios não têm essa imponência visual, mas têm uma imponência cultural", disse.

Para Conceição Lopes, trata-se de "um património de uma envergadura extraordinária porque representa uma boa parte da história e da cultura do reino do Kongo, que é muito anterior à chegada dos portugueses", estimando-se que date de meados do primeiro milénio.

A primeira fase das escavações arqueológicas terminou na semana passada e decorreu durante cerca de um mês, envolvendo uma equipa de especialistas angolanos e estrangeiros, incluindo Conceição Lopes.

SPORT DÍLI E BENFICA PROMOVE AÇÃO SOCIAL




SAPO TL

De acordo com comunicado, o Sport Díli e Benfica em conjunto com o agrupamento da GNR de Díli vai promover nas suas instalações no próximo dia 26 de Dezembro, segunda-feira, um convívio com 57 crianças do Orfanato das Irmas Dominicanas situado em Bidau- Mota Claran Dili-Timor-Leste.

Com o intuito de proporcionar um Natal mais Feliz, esta acção vai de encontro ao objecto social do clube que vai muito para além do desporto. Esta será a primeira iniciativa de muitas que o Sport Díli e Benfica pretende promover no futuro dentro deste âmbito.

Em comunicado, o clube agradece à Guarda Nacional Republicana e ao seu comandante por colaborar e participar activamente nesta acção.

SAPO TL com Sport Díli e Benfica

Timor-Leste: José Teixeira compara aviso da MTCI aos comerciantes de Díli a uma ditadura



SAPO TL

O Ministério do Turismo Comércio e Industria (MTCI) através da Direcção Nacional de Comércio Domestico fez uma aviso às lojas, supermercados e hotéis da capital para limparem e pintarem o local de trabalho, especialmente para a quadra natalícia.

“Antes do Natal e Ano Novo, a Direcção Nacional de Comércio Doméstico irá inspeccionar todos os estabelecimentos comerciais e se nos mesmos registarem irregularidades, a própria direcção irá tomar medidas” dizia o aviso do MTCI.

José Teixeira, deputado de bancada FRETILIN, contestou esta medida através da sua página no facebook, dizendo que o aviso não tem qualquer base legal.

“Não existe base legal para a decisão tomada, isto só se verifica em regimes ditatoriais”, critica.

Segundo o CJITL, é possível verificar que nas áreas de Audian e Colmera (zona onde se concentra o maior número de estabelecimentos comerciais) o aviso está ser cumprido.

SAPO TL Com CJITL

TIMOR-LESTE SEM ARTES MARCIAIS DURANTE UM ANO



SAPO TL

Devido aos recentes acontecimentos em Díli, o estado timorense decidiu encerrar todas as actividades relacionadas com as artes marciais. A decisão foi tomada ontem, quinta-feira, durante a sessão do Conselho de Ministros.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmao comunicou-o de forma severa e acrescentou que serão punidas as pessoas que desobedecerem esta decisão. O jogo indonésio apelidado de “ bola guling” também será banido por causar transtorno à vizinhança durante a noite.

Anteriormente, o presidente Ramos-Horta e o Comandante das F-FDTL, Lere Anan, tinham pedido ao Parlamento Nacional para a criação de uma lei que proibisse esta actividade porque só trazia conflitos, e consequentemente mortes e feridos.

O Comandante da Policia Distrital de Díli, Pedro Belo, foi nomeado para garantir a segurança na cidade.

A própria habitação do comandante em Bebonuk, foi atingida durante os confrontos no passado domingo, em que duas pessoas morreram e uma ficou ferida.

SAPO TL com CJITL

REAPARECE NA INDONÉSIA MENINA DADA POR MORTA NO TSUNAMI DE 2004



TERRA, com EFE

Uma família de Aceh, no norte da ilha indonésia de Sumatra, se reuniu novamente com sua filha sete anos depois de a menina ter desaparecido ao ser arrastada pela água durante o tsunami que atingiu a região em 2004, informou a imprensa local nesta sexta-feira.

Wati, 15 anos, reapareceu na quarta-feira em um café da localidade de Meulaboh, aonde chegou de ônibus vinda da capital provincial, Banda Aceh, segundo explicaram os clientes do local à agência Antara.

A jovem, que a princípio era tida como uma mendiga, disse que tentava voltar para casa mas que não lembrava o caminho nem o nome de seus familiares, exceto o de Ibrahim, que descobriram ser seu avô. Os pais da menina foram avisados e a reconheceram por uma pequena mancha no quadril e uma cicatriz na sobrancelha.

Wati desapareceu da aldeia de Ujong Baroh quando a água a arrancou do braço de sua mãe, Yusniar, que tentava colocá-la a salvo da onda gigante junto a seus dois irmãos. Por enquanto não se sabe onde a menina viveu durante todo este tempo.

Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de 9,1 graus causou um tsunami que destruiu localidades litorâneas de várias nações banhadas pelo Oceano Índico, em tragédia que matou 226 mil pessoas. Aceh foi a zona mais afetada pelo maremoto, registrando 164 mil vítimas.

DOIS TERREMOTOS DE 5,8 GRAUS CAUSAM PÂNICO NA NOVA ZELÂNDIA



TERRA, com EFE – foto Reuters

Dois terremotos de 5,8 graus de magnitude sacudiram nesta sexta-feira a Nova Zelândia com menos de duas horas de diferença e causaram pânico entre a população da cidade de Christchurch.

Por enquanto as autoridades não informaram sobre vítimas ou danos materiais, embora a televisão estatal tenha divulgado que os sismos, sobretudo o segundo, causou rachaduras em edifícios de Christchurch, a segunda maior cidade do país.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos localizou o epicentro do primeiro tremor 26 quilômetros ao nordeste de Christchurch e 287 ao sudoeste de Wellington, a capital.

Este terremoto foi seguido por uma réplica de 5,3 graus de magnitude, e uma hora e 20 minutos depois do primeiro tremor ocorreu outro de 5,8 graus 16 km ao nordeste de Christchurch e 293 ao sudoeste de Wellington.

A polícia indicou à televisão neozelandesa que o aeroporto de Christchurch e os principais shoppings foram evacuados e fechados por causa do terremoto, que teve várias réplicas, uma delas de 5,3 graus. Também foi informado que uma pessoa ficou ferida em um destes shoppings e precisou ser levada a um hospital.

Em 22 de fevereiro deste ano, Christchurch foi sacudida por um terremoto de 6,3 graus de magnitude que deixou 181 mortos e danificou ou destruiu milhares de casas.

EUA, UE e Japão boicotam minuto de silêncio por Kim Jong-il na ONU



TERRA, com Reuters

Coreia do Norte e fez um curto minuto de silêncio para homenagear o dirigente nacional Kim Jong-il, que morreu no sábado. Delegações ocidentais boicotaram a homenagem.

Nassir Abdulaziz Al-Nasser, presidente da Assembleia, que reúne 193 países, pediu um "minuto de silêncio" antes do início de uma reunião ordinária, às 15h (18h em Brasília), com uma plenário quase vazio. "É meu triste dever prestar um tributo à memória do falecido Kim Jong-il, secretário geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia, presidente da Comissão Nacional de Defesa da República Democrática Popular da Coreia e comandante supremo do Exército Popular Coreano, que faleceu no sábado, 17 de dezembro", afirmou.

O "minuto de silêncio", em todo caso, durou apenas 25 segundos, e então Nasser deu prosseguimento à pauta. Os EUA, países da União Europeia e o Japão estiveram entre os países que boicotaram a homenagem a Kim.

A missão norte-coreana na ONU fez um pedido semelhante ao Conselho de Segurança, mas diplomatas ocidentais disseram que ele foi rejeitado. "Não achamos que fosse apropriado", disse um diplomata à Reuters, pedindo anonimato. Vários diplomatas ocidentais disseram que o pedido norte-coreano de homenagem ao líder é altamente excepcional. Eles manifestaram surpresa com o fato de Nassir ter aceitado prestar a homenagem.

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