quinta-feira, 15 de junho de 2023

Angola | Burlões Doutorados na Vigarice – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Benja Satula nasceu no dia 11 de Novembro, 1978. Um ano e meio depois do 27 de Maio de 1977. Quando os racistas da África do Sul foram derrotados no Triângulo do Tumpo (Cuito Cuanavale) tinha apenas nove anos. Nas primeiras eleições multipartidárias era um menino de 13 anos, quase 14. Provavelmente por culpa do Estado, não sabe nada da História de Angola Contemporânea. Não sabe nada da Luta Armada de Libertação Nacional. Não sabe nada da rebelião da UNITA após as eleições. Não sabe nada do seu país e do Povo Angolano. Não é a minha opinião. Foi ele que revelou a sua absoluta ignorância ao longo de 192 páginas do nojo intitulado “Confissões de um Estadista”.

Insultos gravíssimos, atentados à honra de Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos são crimes, nada têm a ver com liberdade de expressão. Mentir, manipular, falsificar não é opinião, é banditismo puro e duro. Benja Satula é um bandido perigoso. O livro nojento que publicou destrói a História de Angola. Destrói a grandeza da luta armada contra o colonialismo. Viola o direito à honra e à consideração social de dois Chefes de Estado angolanos, Agostinho Neto, fundador da Pátria Angolana, e José Eduardo dos Santos, libertador da África Austral. O crime foi premeditado ainda que preparado em cima do joelho, como acontece com todos os arrivistas.

Benja Satula é membro do Comité Central do MPLA. Foi guindado à direcção do partido pela mão do Doutor Tuti Fruti (Carlos Feijó), criado para todo o serviço do chefe de turno, na Presidência da República. Os dois Chefes de Estado que antecederam o Presidente João Lourenço são gravemente ofendidos, insultados, desonrados, por um membro do Comité Central do MPLA. Chegámos a este ponto, desde 2017.

A psicovigaristanalfabetistacorneadoragrafista Solange Faria, coitada, não merecia ser usada como foi pelo Benja Satula e seus donos. Ainda sabe menos do que o corneado maridão (quem me disse ser corno foi um espírito que entrevistei, se é mentira, peço desculpas) mas tem uma vantagem, não é tão analfabeta como ele. Não é a minha opinião. O Satula é que resolveu dar um festival de analfabetismo militante ao longo das 192 páginas do nojo “Confissões de um Estadista”, uma aldrabice infame. Nunca é demais repetir que se trata de “entrevistas” ao espírito de José Eduardo dos Santos, após a sua morte. Mas também entrevistou Agostinho Neto que faleceu em 1979.

Já no final da entrevista ao espírito do Presidente José Eduardo, ela invocou o espírito de Agostinho Neto e aí vai disto: “Sou Agostinho Neto, filho de Guilhermina Neto e José Pereira Neto”. Até as criancinhas da escola sabem que o Fundador da Nação Angolana é filho de Maria da Silva Neto (Vovó Maria) e Agostinho Pedro Neto. O Satula está cheio de doutorices na cabeça e não cabe lá nem um átomo de decência. O espírito de Agostinho Neto não sabe os nomes do pai e da mãe.

Nos meus arquivos tinha uma fotografia que me foi cedida pelo Comandante Eurico quando o entrevistei no ano de 1974 em Cabinda. A foto mostra os comandantes Pedalé, José Eduardo dos Santos, Eurico, Gika e Foguetão. Quando fizemos um suplemento no aniversário do Presidente da República, usei essa foto e ofereci-a ao arquivo do Jornal de Angola. O Satula publica-a na página 13 do nojo apelidado de livro, sem qualquer crédito. Todas as fotos publicadas ao longo das 192 páginas não têm os respectivos créditos. Pirataria pura e dura. Exijo que a administração da Empresa Edições Novembro tome medidas. Não ofereci a foto histórica para ser usada numa vigarice infame.

Angola | Delírios Perigosos de Adalberto & Bangula -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Adalberto Costa Júnior diz que o governo do MPLA dá “sinais de incapacidade de governação em democracia. De não ter soluções para a pobreza, para o desemprego, para a diversificação da economia, para as reivindicações dos sindicatos, para as exigências da sociedade civil, para as classes profissionais, para os jovens, para as mamãs que zungam para sustentar as suas famílias”. Face a este quadro, a UNITA convocou as suas tropas de choque e os idiotas úteis para no próximo sábado lançarem mais uma insurreição. 

Quem perdeu as eleições e continua a dizer que as ganhou e vai governar em democracia no lugar de quem venceu há apenas dez meses. A UNITA passou décadas a destruir Angola e a matar angolanos ao serviço do regime racista da África do Sul. Destruiu equipamentos sociais. Provocou deliberadamente o êxodo de milhões de angolanos das suas terras para Luanda e outras grandes cidades do litoral. Minou os trilhos de acesso às lavras! Mutilou milhares de pessoas que iam trabalhar a terra para sustentarem as suas famílias. Raptou mulheres para escravas sexuais. Raptou crianças e fez delas carne para canhão. 

A UNITA paralisou a vida social e económica de Angola durante décadas. Tudo parado à bomba, a tiro, com acções terroristas. A UNITA matou, violou, escravizou populações indefesas. Causou milhões de deslocados e refugiados. Por isso Angola é um país mergulhado no subdesenvolvimento. E assim vai continuar porque o Galo Negro fomenta o caos, a rebelião, a destruição de bens públicos e privados. A operação marcada para o próximo sábado é mais uma peça para tomar o poder ilegitimamente. 

A direcção da UNITA faz política fomentando o ódio e promovendo a violência. Depois queixa-se das autoridades que se opõem às golpadas. Foi isso que aconteceu no Cafunfo. Bandoleiros ao serviço do Galo Negro instigaram manifestantes a atacarem a esquadra da Polícia Nacional. No meio iam os terroristas de Adalberto. Mataram agentes policiais. No tiroteio atacantes também morreram. O maior partido da oposição chama a essas mortes “execuções”.

A UNITA está a pisar todos os riscos. Quer mesmo tomar o poder pela força. A reunião da direcção que ontem ocorreu e da qual saiu o comunicado insultuoso e provocatório não é mais do que uma declaração de guerra. Querem guerra. Pensam que chegou a hora da vingança. Espero que os idiotas úteis e os jovens descontentes não alinhem na golpada. O Galo Negro quer fazer correr o sangue nas ruas. É esse o seu programa político. No dia 17 é preciso ir para a rua defender a paz e a democracia dos terroristas da UNITA.

Elites africanas precisam de melhor pensamento estratégico no novo mundo multipolar

No ano passado, em dezembro, 49 chefes de Estado africanos foram recebidos pelo presidente Joe Biden em Washington na Cúpula de Líderes EUA-África. No passado recente, vimos viagens semelhantes feitas por líderes africanos a Londres, Pequim e Moscou. Essas viagens ocorrem em um momento em que o mundo está se realinhando geopoliticamente. A China está começando a flexibilizar seus músculos diplomáticos para resolver conflitos, como fez entre Arábia Saudita e Irã, que recentemente concluiu cinco dias de discussões organizadas pela China, concordando em restaurar as relações diplomáticas.

Samuel Obedgiu | Katehon | # Traduzido em português do Brasil

A Índia, que era tradicionalmente um aliado ocidental, agora joga a geopolítica da "autonomia estratégica". Isso é claramente visto na forma como a Índia lidou com a guerra Rússia-Ucrânia.

Desenvolvimentos recentes agora indicam que países como Brasil, Rússia, China e Venezuela estão pedindo uma moeda alternativa ao dólar para liquidar seu comércio. Na verdade, é correto concluir que, em menos de 15 anos, os Estados Unidos não serão a única potência. Mas a questão para muitas elites africanas deve ser, como elas podem aproveitar essa mudança de poder global para trabalhar para alcançar seus próprios interesses.

Um ponto que deve ser destacado é que a solução para muitos dos desafios da África não será resolvida por pessoas fora do continente, mas por pessoas dentro do continente. As principais resoluções da recente cimeira EUA-África em Washington apenas reforçam esta visão.

Quando os líderes africanos viajaram para Washington, pediram a criação do Conselho Consultivo do Presidente sobre o Engajamento da Diáspora Africana nos Estados Unidos, o primeiro Fórum Espacial EUA-África, o anúncio formal do apoio de Biden à União Africana para se tornar membro permanente do G20 e um compromisso de US$ 55 bilhões para promover as prioridades compartilhadas da África e dos EUA no âmbito da Agenda 2063 da União Africana.

Nenhuma dessas resoluções feitas em Washington funcionará de forma sustentável se a África ainda for um continente com países que continuam a negociar pouco uns com os outros. Atualmente, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento estima que o comércio intra-africano é baixo, com apenas 14,4% do total das exportações africanas, o mais baixo do planeta, em comparação com 66,9% na Europa, 63,8% na Ásia e Oceania e 44,4% nas Américas.

A África ainda é o único continente onde os parceiros comerciais da maioria dos países estão fora do continente. Nenhuma viagem de líderes africanos a Washington, Pequim, Londres, Bruxelas e Moscou resolverá isso. Quando muito, ainda é em grande parte do melhor interesse dessas potências globais manter o status quo onde os africanos negociam pouco uns com os outros.

Voar dentro da África é 45% mais caro do que em qualquer outro lugar e muitas vezes mais difícil. Se você quiser chegar a Túnis a partir de Libreville do Gabão, você tem que passar por Paris. Os viajantes aéreos da África pagam preços de passagens mais altos e impostos mais altos do que os viajantes em qualquer outro lugar do mundo. Como uma viagem a Washington e Pequim vai resolver isso?

A África como um todo está perdendo o turismo de negócios e o comércio por causa de seu serviço aéreo precário. Deve haver uma estratégia coerente a nível da União Africana se a elite dominante quiser transformar as economias africanas. Uma viagem de líderes africanos a Washington não resolve de forma alguma isso. Hoje, na África, as viagens aéreas ainda são restritas pelo que os advogados chamam de acordos bilaterais de serviços aéreos (país a país). É um mercado muito fragmentado. Isso deve mudar. Por exemplo, dentro da comunidade da África Oriental, devemos perceber que as transportadoras aéreas autónomas não são viáveis. Por que deveríamos ter a Kenya Airlines, a Rwanda Air e a Uganda Airlines quando todas elas são entidades deficitárias muito ineficientes?

Se os africanos querem desenvolver uma melhor influência geoeconómica nas negociações geopolíticas, com as potências globais à medida que o mundo está a tornar-se mais multipolar, precisamos que os líderes africanos e a União Africana procurem primeiro soluções a partir de África. África precisa de implementar estratégias de viabilidade económica para que as empresas sustentáveis prosperem em África.

Continuar a fazer viagens a Washington, Pequim e Bruxelas não resolverá nenhum problema, vamos nos organizar internamente primeiro.

O DESMORONAR DE KIEV

Thierry Meyssan*

A sorte das armas decidiu. O momento da verdade falou. A contra-ofensiva ucraniana falhou miseravelmente. O considerável armamento da OTAN não serviu para nada. O campo de batalha está juncado de cadáveres. Para nada. Os territórios que aderiram por referendo à Federação da Rússia permanecerão russos. Este « xeque-mate » não marca simplesmente o fim da Ucrânia como a conhecemos, mas da dominação ocidental que tinha apostado nas suas mentiras. O mundo multipolar poderá nascer este Verão por ocasião de várias cimeiras internacionais. Uma nova maneira de pensar na qual a força não fará mais lei.

Este artigo foi redigido em 10 de junho. Nessa altura, as únicas informações disponíveis emanavam da Rússia e dos Estados-Maiores aliados. A Ucrânia tinha decretado um embargo total quanto à sua contra-ofensiva. Teríamos pois que esperar antes de publicar este texto. Entretanto, pensamos que se a Ucrânia tivesse podido romper a primeira linha de defesa russa, mesmo sem chegar a expandir-se na brecha, ela tê-lo-ia anunciado. É, pois, neste contexto que publicamos esta análise.

Em seis dias, de 4 a 10 de Junho de 2023, o Exército ucraniano lançou a sua contra-ofensiva e sofreu uma tremenda derrota.

Durante o Verão, as Forças russas construiram duas linhas de defesa na parte da Novorossia que libertaram e no Donbass. Estas impediam a passagem de quaisquer blindados.

As Forças ucranianas escolheram uma dúzia de pontos de ataque para retomar o território «ocupado pelo inimigo». Mas, os seus blindados não puderam ultrapassar a primeira linha de defesa russa e se acumularam diante desta onde foram destruídos um a um pela artilharia russa e pelos drones suicidas.

Simultaneamente, o Exército russo atirava mísseis sobre os centros de comando e os arsenais no interior do território ucraniano e destruía-os.

A defesa antiaérea ucraniana fora destruída por mísseis hipersónicos logo após a sua instalação. Na sua ausência, os Ucranianos não puderam realizar as manobras que haviam sido planeadas pela OTAN.

A Rússia não recorreu às suas novas armas, exceptuando o seu sistema de empastelamento dos comandos de armas da OTAN e alguns dos seus mísseis hipersónicos.

A fronteira não é mais é do que um longo cemitério de blindados e de homens. Os aeroportos estão cheios de carcaças fumegantes de Mig-29 e de F-16.

Os Estados-Maiores dos Estados Unidos, da Aliança Atlântica e da Ucrânia atiram a responsabilidade de uns para os outros por este desastre histórico. Várias centenas de milhar de vidas humanas e 500 mil milhares de milhão (bilhões-br) de dólares foram desperdiçados para nada. As armas ocidentais, que faziam tremer o mundo nos anos 90, já não valem nada contra o arsenal russo de hoje. A força mudou de lado.

Portugal | Comissão de Inquérito à TAP: Quem ofereceu os 55 milhões a Neeleman?

As declarações de Miguel Cruz, ex-presidente da Parpública e ex-secretário de Estado do Tesouro, na CPI, contradizem as declarações do anterior responsável da Parpública. 

A Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP (CPI) chegou à fase final dos seus trabalhos, na qual vão ser ouvidos os governantes e ex-governantes. Esta terça-feira foi o dia de Miguel Cruz, enquanto Pedro Marques foi à Comissão de Economia falar do mesmo assunto.

Alguém mente

As declarações de Miguel Cruz, que foi presidente da Parpública e depois secretário de Estado do Tesouro, entram em total contradição com as declarações do anterior presidente da Parpública, Pedro Pinto. Miguel Cruz afirmou perentoriamente que só conheceu a origem do dinheiro usado para comprar a TAP (o adiantamento da Airbus por conta da futura compra de 3,6 mil milhões de euros de 53 aviões pela TAP) muito depois de assumir a presidência da Parpública e que essa informação não lhe foi passada por Pedro Pinto. Por seu lado, Pedro Pinto, não menos perentoriamente, afirmou na CPI que todo o processo era conhecido da Parpública e foi, naturalmente, transmitido a Miguel Cruz. Alguém mente. Ou um ou os dois. Embora esta mentira à CPI seja relativa a um processo que custou 55 milhões de euros ao erário público!

Longe vão os tempos em que as mentiras à CPI por um processo que nos podia ter custado 500 mil euros levantavam a indignação da comunicação social. Agora, é claro como água que alguém está a faltar à verdade: Miguel Cruz, Pedro Pinto, Pires de Lima ou Pedro Marques, ou os quatro estão a faltar à verdade para construir o típico álibi da política de direita, onde ninguém é culpado, nem assume a culpa de nada, mas o dinheiro público acaba sempre no bolso dos capitalistas, das sociedades de advogados e dos outros intermediários destas negociatas.

Este jogo, entre PS e PSD, só é possível porque o essencial dos contratos foi (e continua) mantido em segredo, escondido do escrutínio popular, com o povo apenas a ter direito a conhecer as versões de quem os assinou. 

Portugal | O RAMO MORTO


Henrique Monteiro | Henricartoon

Portugal | A fragmentação da Escola Pública e da profissão de professor

A Escola Pública é uma das grandes construções sociais e civilizacionais do pós 25 de Abril. O que noutros países demorou muito tempo a erguer, em Portugal, bastou pouco mais de duas décadas. Este esforço enorme precisa de ser reconhecido, e, sobretudo, defendido.

Alexandra Vieira* | Esquerda | opinião

A Escola Pública é uma das grandes construções sociais e civilizacionais do pós 25 de Abril. Essa construção deve-se, em grande parte, aos docentes implicados na transição para a democracia e que estiveram na origem da criação do movimento sindical. Podemos dizer que uma e outro se construíram mutuamente. O que noutros países demorou muito tempo a erguer, em Portugal, bastou pouco mais de duas décadas. Este esforço enorme precisa de ser reconhecido, e, sobretudo, defendido.

Porquê? Porque os tempos atuais, sob a batuta liberal na mão da maioria socialista, são de fragmentação dos serviços públicos, à qual não escapa a escola.

A quebra demográfica foi o pretexto para justificar a entrada de medidas economicistas no sistema educativo de que é exemplo a gestão da escola. De democrática, inédita no quadro europeu, transitou-se para a unipessoal. Entra a visão gesticionária e hierarquizada na escola, e com elas a meritocracia e a empregabilidade e foge a democracia.

Da criação de obstáculos à ingressão e à progressão da carreira docente, os resultados estão à vista: a carreira não é atractiva, as pensões serão mínimas e não há renovação geracional.

A proletarização do trabalho do professor é outro sinal. Passa a ser uma peça de uma engrenagem que não controla e só tem de executar o que foi decidido, numa crescente burocratização.

Portugal | RESOLVA-SE A TAP E SIGA A MARINHA

José Cardoso, editor adjunto | Expresso (curto)

Por muito empanturrados que muitos leitores/espectadores/ouvintes estejam com as audições sobre a TAP no Parlamento, o tema vai voltar a ser o grande assunto desta quinta-feira, dia em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)vai inquirir o anterior ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Ontem foi a vez de ser ouvido o ex-secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes, que durante sete horas respondeu às perguntas dos deputados, por entre a assunção de alguns erros, elogios ao assessor do seu ministro e considerandos sobre António Costa.

Hoje é a vez do ex-ministro, penúltima figura a ser ouvida na CPI. Os trabalhos da Comissão terminam amanhã, com a audição da terceira grande figura que faltava, o ministro das Finanças, Fernando Medina. Mas o presidente da CPI não esperou pelo encerramento desta investigação para agradecer aos deputados e pedir calma até que haja um relatório. No fim, terão sido ouvidas 46 personalidades.

Ainda a CPI sobre a TAP não acabou e já há outros dois temas quentes que vão ser discutidos até ao fim da semana no Parlamento: a proposta de criação de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito, agora sobre as “secretas”, e o conturbado processo de privatização de outra empresa, a Efacec.

Também ontem, foi igualmente ouvida no Parlamento a ministra da Defesa, Helena Carreiras, sobre o caso dos 13 militares da Marinha que em março se recusaram a embarcar no navio 'Mondego' para acompanhar um navio russo, ao largo da Madeira, alegando que a embarcação não tinha condições de segurança.

O caso, que tanta polémica deu, deve voltar hoje à baila: deverão ser anunciadas formalmente as acusações aos revoltosos. Quinta-feira, 15 de junho, promete portanto ser mais um dia politicamente agitado.

Mais lidas da semana