segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

OH TEMPO VOLTA PARA TRÁS…




HELENA BRITO ZENHA – PORTUGAL DIRETO

A UGT anunciou que não há pacto social porque discorda profundamente das medidas impostas pelo governo em obrigar os portugueses ainda com emprego a alargar o horário de prestação de trabalho por mais meia hora diária, cerca de 10 horas por mês, mais de 120 horas por ano. Oferecer à entidade patronal mais 120 horas por ano, contas feitas por alto, a trabalhar mais 15 dias de borla, quero dizer, por obrigação. Não se vislumbra que vantagens traz tal medida para o país, a não ser que o valor desse trabalho imposto revertesse para o estado, partindo do principio que o Estado somos todos nós e que todos benefeciariamos, mas com tanto ladrão será impossivel. Assim, quem ganharia, ou ganhará, é a entidade patronal – que tem escravos oferecidos pelo governo Passos Coelho durante mais 15 dias. Imagina-se que isso contribuirá para mais uns “bólides” para as famílias de certos empresários, para mais remodelações de piscinas, de mansões, talvez até para umas prendinhas para certos partidos negreiros e seus dirigentes, etc.

Passos Coelho e o seu governo ditatorial, escolhido por maioria daqueles que foram votar – porque a verdadeira maioria dos portugueses não votou Passos Coelho, sendo que afinal ele representa uma minoria – faz o que considera por bem. E o bem para ele é explorar-nos enquanto pode e levar-nos ao fundo do poço da miséria. O bem para ele é fazer as devidas sangrias nas classes que toma por prontas a explorar, os pobres e a classe média principalmente. Curiosamente, classe média que nele votou embalada e enganada que foi naquele chorrilho de mentiras que durou meses e produziu uma lavagem ao cérebro dos que estavam irados com José Sócrates. Nem pensaram que estavam a hipotecar as liberdades, dignidade, democracia, justiça e futuro. Eis o resultado.

Sócrates já se foi e sabe-se há muito que não é o único responsável por sermos governados por um bando de mentirosos e parasitas ressabiados das alas direitistas com sede de poder. Novos e velhos, de Belém a São Bento, Portugal está entregue aos poderes de quem conduz o país aos tempos da ditadura.

Isso mesmo percebemos quando um ministro das polícias, dito de Administração Interna, quer fazer da vigilância vídeo do país algo que é inconstitucional e que foi reprovado pela respectiva Comissão. Vai daí o ministro diz que vai perseguir os seus objetivos. Certo que está de conseguir violar o que é garantia constitucional. E ninguém duvide que ele vai mesmo conseguir. Igualmente um bom vai daí para Miguel Relvas, um ditador após a pele visível, que diz que o seu parceiro ditador Obiang, da Guiné Equatorial, será bem-vindo à CPLP. Evidentemente que sim. Mais ditador, menos ditador, que diferença fará?

Vai daí prepara-se tudo e mais alguma coisa para enquadrar ainda mais a comunicação social e a própria internet numa malha de censura democrática, Cujo significado fica-se pela simples censura.

Vai daí, gozando da possibilidade oferecida por esta direita ressabiada que ocupa Belém e São Bento - que alastra com os boys e girls pelo país, o diretor da PSP sentiu-se à vontade para falar com modos de antigamente, mostrando-se uma reles cópia dos tempos salazarentos das PIDEs e das polícias de choque do capitão Maltês. Reles porque nem o Maltês nem o Silva Pais davam preleções ridículas perante a comunicação social. Não davam. Mas, vai daí, o diretor da PSP nem escondeu que tinha polícias à civil entre os manifestantes contestatários às políticas do governo que serve – depreende-se que em qualquer manifestação. O que ele não disse foi que esses polícias têm de desempenhar as funções de agitadores, que é para dar uso aos escudos e bastões, ou pistolas, aos gazes e o que mais tiver de parafernália contra o povinho. Sobre isso nem uma palavra. Existem os vídeos e as fotografias dos tais agentes à civil que até vimos serem agitadores na última manifestação frente ao Parlamento de São Bento. Ou não serão agentes e todos nós estamos errados? Porque não desmentem? Porque esse ministro das polícias tão “democrata” não nos vem garantir que os indivíduos das fotos e dos vídeos não são agentes da PSP ou de outra polícia qualque? E se não são porque razão estão em várias fotos em perfeita harmonia com os seus colegas PSPs? Perdão, colegas não… Talvez conhecidos… Ou talvez nem isso. Estavam por ali, por acaso, misturados com a polícia. Os malandrecos.

Será bem recordar ao diretor da polícia que os portugueses com melhor memória e passado sofredor nos tempos da ditadura conhecem muito bem todos esses métodos ilegais, ainda agora, para gerarem violência e desacreditar os que contestam com toda a razão as políticas antinacionais e desumanas impostas pelo regime do governo que o diretor da PSP serve. Será bem que os mais novos atentem nas experiência desses antifascistas e democratas e não se deixem ludribiar com tais métodos. Métodos desonestos e ilegais, reveladores de uma direção de polícia que cheira demais a “antigamente”. Aliás, o modo como o diretor falou, após a manifestação do dia da greve geral, foi esclarecedor do que lhe vai na mente e nas intenções. Portugueses houve que julgaram estar nos tempos de Salazar-Caetano. Ainda não, mas está quase.

Tudo isto é fruto de uma direita ressabiada que vai fazer-nos suar as estopinhas e se precisar também fará jorrar sangue. Recordem o passado, atentem no presente, previnam o futuro, para que o tempo não volte para trás. Votar para trás é o refrão que os que atualmente detêm o poder repetem e vão pondo em prática. Não estão a dar por isso?

ANONYMOUS PORTUGAL DIVULGA “MENSAGEM AOS CIDADÃOS” EM VÍDEO


Ver video aqui
EXPRESSO

Mensagem do grupo Anonymous Portugal, divulgada em vídeo, é clara: "Viemos para ficar. Não daremos tréguas a corruptos".

Em vésperas do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o grupo Anonymous Portugal divulgou um vídeo com uma "mensagem aos cidadãos" (ver aqui), onde citam o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, e deixam claro que vieram "para ficar, unidos como Um, divididos por Zero". Sem "dar tréguas a corruptos".

O vídeo, com quase quatro minutos, começa com um trecho da intervenção de Marinho Pinto, na sessão solene de abertura do Ano Judicial de 2011. "Não é só na Justiça que as coisas vão mal. A generalidade dos cidadãos sente que o país vive um dos períodos mais difíceis da sua história", disse Marinho Pinto, em março deste ano.

"Temos a sensação de que o estado se dissolve e que as instituições se desmoronam. Ao longo dos anos, a corrupção alastrou a todos os níveis do aparelho de Estado", afirmou o bastonário da Ordem dos Advogados em nome de todos os cidadãos, frisando: "Houve as que acumularam fortunas gigantescas no exercício exclusivo das mais altas funções públicas, durante anos, à vista de toda a gente, sem que aparentemente ninguém se apercebesse ou se incomodasse com isso".

A "coragem e transparência" do bastonário da Ordem dos Advogados é saudada agora neste vídeo pelo grupo Anonymous Portugal, que diz representar "todos os cidadãos que há muito anseiam pela oportunidade de agir pacífica e proativamente".

O grupo deixa claro que é o início de uma "jornada contra a tirania e toda a forma de injustiça", porque é "urgente e justo questionar todos os lados". Com uma voz feminina, distorcida, o grupo passa uma mensagem de incentivo ao país para não cruzar os braços: "Apatia não é solução".

IDOSOS PREOCUPAM O GOVERNO? TRETA!




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*

O ministro português da Solidariedade e Segurança Social considerou hoje "preocupante" o número de idosos em situação de risco, afirmando que é necessário agir de forma "muito determinada" para sinalizar estes casos e garantir a protecção destas pessoas.

Quem diria? Idosos em situação preocupante? Em Portugal? É mesmo estranho, desde logo porque se sabe que só existem 800 mil desempregados, 20% de miseráveis e outros tantos cujo grande objectivo de vida é pôr alguma coisa nos pratos.

A Segurança Social estima que sejam já 25 mil os idosos em risco e sem apoio, num universo de quase 400 mil pessoas com mais de 65 anos que vivem sozinhas em Portugal. É claro que o número dispara se se considerar os que vivem sozinhos… mas acompanhados.

"São números preocupantes", disse Pedro Mota Soares, à margem do seminário "Sociedade Civil e Envelhecimento - Desafios do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações", que decorre em Lisboa.

O ministro adiantou que, com o Censos 2011, já se conhece a dimensão do envelhecimento: "Cerca de 20% da sociedade portuguesa tem 65 anos ou mais".

"Sabemos das situações de risco e, por isso mesmo, queremos agir de uma forma muito determinada e este Ano Europeu do Envelhecimento Activo também terá de acautelar todo o fenómeno que hoje existe dos idosos que estão colocados em situações de risco", afirmou num conjunto de palavras que, logo depois, foram levadas pelos ventos agrestes de um país governado para o défice e não para as pessoas.

Nesse sentido, adiantou o ministro, tem sido feito um trabalho mais directo com as instituições sociais, com os serviços da Segurança Social para se conseguir fazer a sinalização desses casos e "garantir protecção às pessoas dentro das instituições".

Nada como ir dando o peixe (no caso para dividir por vários) sem ensinar a pescar, já não os idosos mas os filhos. Se bem que mesmo os filhos já estão também esqueléticos de tanto tentarem, como quer o Governo, ensiná-los a viver sem comer.

Uma das apostas do Governo passa pelo apoio domiciliário, com a criação de "uma nova geração de políticas" nesta área: "Estamos a discutir essa matéria com os representantes das instituições sociais. Queremos alargar o leque de serviços que são prestados hoje pelo apoio domiciliário", realçou.

No dia 20 de Fevereiro de 2010 (eu sei que se ele já nem se lembra do que disse ontem…) Pedro Passos Coelho disse no Porto, que "Portugal estava a bater no fundo". Hoje, com a sua ajuda, está a cavar mais uns metros no fundo…

Os portugueses quiseram mudar, mês escolherem farinha do mesmo saco. Esperavam que Passos Coelho e o PSD os tirassem do pântano movediço. Mas, mais uma vez, o resultado está à vista. Em poucos meses o Governo já conseguiu cavar mais uns metros, tornando ainda mais fundo e putrefacto o pântano.

Ao contrário do que prometera, Passos Coelho entende que condenar os portugueses ao insucesso é a melhor forma de recuperar o que resta. Disse aos portugueses que havia uma ponte que os levaria para a outra margem. Eles acreditaram. Hoje, chegados ao meio da travessia, concluem que afinal nem ponte existe.

Não deixa, contudo, de ser verdade que o PSD continua a ter muita gente à sua volta. Para além daqueles para quem chafurdar na merda é uma questão de sobrevivência, estão com Passos Coelho uma série de oportunistas que têm coluna vertebral e tomates amovíveis. Esses estão, aliás, sempre do lado do vencedor.

Vencedor que, neste caso já não se recorda que o seu então líder parlamentar e hoje ministro, Miguel Macedo, dizia há um ano: "O que temos hoje no país é impostos a mais, endividamento a mais, despesa pública a mais, riqueza a menos, poder de compra a menos, dificuldades a mais para as famílias e para as empresas".

Miguel Macedo apontava então os "mais de cem mil portugueses que abandonam por ano o país porque não encontram em Portugal um presente e, sobretudo, não vislumbram em Portugal um futuro".

Segundo o então líder parlamentar do PSD, "os portugueses hoje (há um ano) não vivem melhor depois de cinco anos de Governo socialista" e Portugal é "um país com mais pobres, mais excluídos e mais desigualdades".

Ao PSD só falta dizer (mas certamente já pensou nisso) que os portugueses que estão a aprender a viver sem comer são cidadãos de terceira, ou seja são todos aqueles que pensam pela sua própria cabeça e que não têm nem coluna vertebral nem tomates amovíveis.

Valha contudo a certeza de que o PSD quer resolver alguns dos mais sérios problemas do reino. Pelo que está a fazer pode ter-se a certeza de que Portugal vai mesmo ser um país diferente. A esperança média de vida vai diminuir porque os velhotes vão morrer bem mais cedo, porque os de meia idade não vão chegar a velhos e porque os mais novos não poderão ter filhos.

Além disso, a esmagadora maioria dos portugueses vai deixar de consumir definitivamente antibióticos e outros medicamentos, contribuindo assim para pôr em ordem as contas do Serviço Nacional de Saúde. Isto porque, para além do preço (que não podem pagar), esses fármacos devem ser tomados depois de uma coisa que hoje é uma miragem: refeições.

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Título anterior do autor, compilado em Página Global: A LAGOSTA E A MANDIOCA, A ELITE E O POVO

Portugal: Ferro Rodrigues acusa Governo de praticar política de terra queimada



TSF

Em entrevista à TSF, Ferro Rodrigues afirma que a direcção do PS tem de batalhar para recolocar na ordem do dia temas que constituem um legado dos governos socialistas.

O antigo secretário-geral do PS e actual vice-presidente da Assembleia da República, acusa o Governo de fazer uma política de terra queimada em relação a apostas anteriores do Partido Socialista.

«Este Governo faz uma política de terra queimada em relação aquilo que vem de trás e estou certo que o PS e António José Seguro vão recolocar esses temas na ordem do dia porque esses sim são temas de reforma estrutural que são muito importantes para o futuro do país, e que, na generalidade, estavam a correr bem, como o esforço feito em matéria de escola pública, de formação profissional e de certificação», destacou.

Nesta entrevista à TSF, Ferro Rodrigues refere ainda que dentro em breve o líder do PS vai ter que apresentar um projecto político alternativo.

«Não julgo que se possa voltar a inventar a roda, [mas] em termos de alternativa para o futuro, estou convencido que a direcção do PS serão os primeiros a perceber isso. Evidentemente, haveria uma preocupação se daqui a uns meses chegássemos à conclusão de que não havia um programa esboçado de alternativa para o crescimento e emprego, e sobretudo para a saída desta situação de crise gravíssima]», considerou Ferro Rodrigues.

Portugal: GOVERNO PREJUDICOU DIÁLOGO COM AUMENTO DO HORÁRIO DE TRABALHO - CIP



Rosária Rato - Lusa

Lisboa, 12 dez (Lusa) - O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considerou hoje que o Governo prejudicou o diálogo social ao aprovar em Conselho de Ministros o aumento extraordinário do horário de trabalho, sem esperar os contributos dos parceiros sociais.

"O Governo foi inábil ao aprovar o aumento da meia hora de trabalho, pois veio inquinar a discussão com as centrais sindicais. A UGT já manifestou a sua indisponibilidade para qualquer acordo tripartido e vamos ver o que diz a CGTP na reunião que temos marcada para quarta-feira", disse António Saraiva, aos jornalistas, no final de uma reunião com a Confederação do Turismo e a UGT.

Saraiva criticou a forma como o Governo tratou a questão do aumento extraordinário do horário de trabalho diário, cuja proposta foi formalizada na última reunião de concertação social com o convite aos parceiros sociais para que apresentassem contributos até à próxima reunião, marcada para dia 22.

*Foto em Lusa

VÊM AÍ OS BOCHES?



CARLOS TADEU

SARKOZY NEM IMAGINA…

A história reconta-se rápida, porque faz parte da história universal que os mais antigos tiveram de estudar em muito boa hora. Há quase 70 anos que não há guerra na Europa mas Merkel está a fazer tudo por que isso aconteça. Sarkozy talvez nem imagine, por agora, que pelo facto de se miscigenar com Merkel e fazer pacto com a dama, está a contribuir para facilitar a vida ao diabo que há-de aparecer por aquela Alemanha rumo a França para a voltar a escavacar e assassinar os seus cidadãos, já esquecidos que estão daquilo que se canta no seu hino, já esquecidos de quanto vale a liberdade, já esquecidos da soberana Resistência, vestindo a pele de traidores desses mesmos e dos restantes europeus e norte-americanos que lhes libertaram o país, que libertaram a Europa e rumaram a Berlim para então pagar com a mesma moeda: escavacar a Alemanha. Em tudo isto quem se tramou verdadeiramente foram os inocentes povos manipulados e assassinados por uns quantos loucos das elites.

Entre 1914 e 1918 a Alemanha fez tudo para partir a Europa. Um kaiser que havia de inspirar Hitler, muitos anos depois, declarou guerra a eito e causou morte e destruição pela Europa, principalmente pela França e outros países limítrofes à Alemanha. Entre os anos 30 e 40 esse demoníaco Hitler surgiu quase do nada e foi aquilo que se viu. Milhões pereceram, as doenças e a fome pairaram por toda a Europa. Câmaras de gás, campos de concentração… Foram milhões de cadáveres, lugarejos, cidades e países devastados… Foi o fascismo.

Como Hitler, eis que surge do nada uma kzarina Angela Merkel que aguarda o seu Hitler. Merkel tem origem na ex RDA, o historial dela é parco ou mesmo vazio de cultura democrática. Faz que é, só isso. Merkel é uma dama de mente perigosa a que os alemães devem pôr cobro para que estes sintomas que antecedem as guerras na Europa sejam expurgados. Assistimos a uma nova tentativa da Alemanha de se apoderar de outros povos. Esperemos que o povo alemão não embarque novamente nos erros do passado e que a Europa seja uma união de facto, em paz, em progresso, justa, prazenteira, pacífica, sem sofismas. Uma Europa sem amos.

É que não queremos que venham por aí novamente os boches e nos assassinem e partam tudo. É que não queremos voltar a empurrar os boches e partir-lhes novamente a Alemanha.

Começando pelos dirigentes europeus e acabando em todos nós, urge pôr cobro ao que se desenha na Europa.

Paz seja connosco, europeus e cidadãos do mundo!

Cimeira UE – “ÚLTIMA CIMEIRA CHEIROU-ME A PACTO DE MUNIQUE”, diz Manuel Alegre



TSF

À TSF, o histórico socialista acusou Angela Merkel de estar a usar os mercados e os especuladores para destruir os países do Sul, reduzindo-os a mercados de mão de obra barata.

Manuel Alegre mostrou-se de acordo com as críticas feitas pelo secretário-geral do PS em relação às cedências do Governo perante as políticas da chanceler alemã e o presidente francês.

Em declarações à TSF, o histórico socialista disse estar contra a revisão da Constituição ou mesmo a inscrição em lei reforçada dos limites ao défice.

«Eu sou contra a constitucionalização do limite ao défice e, em princípio, contra uma lei reforçada desde que ela ponha em causa a legitimidade da autonomia e independência do nosso Parlamento», afirmou.

«Esta última cimeira cheirou-me a pacto de Munique. É uma vitória em toda a linha da Alemanha, uma capitulação dos demais países europeus, com exceção da Inglaterra», acrescentou.

Portugal: MANUEL ALEGRE PEDE INTERVENÇÃO DE CAVACO SOBRE TAXAS MODERADORAS




Manuel Alegre considerou, em declarações à TSF, que os aumentos das taxas moderadoras põem em causa a «universalidade» e o «carácter tendencialmente gratuito» do SNS.

Manuel Alegre defendeu, esta segunda-feira, que o Presidente da República não pode deixar de intervir perante medidas que, no seu entender, põem em causa o Serviço Nacional de Saúde e a própria Constituição.

Questionado pela TSF a propósito do aumento das taxas moderadoras, Alegre considerou que estas medidas «põem em causa a universalidade e o carácter tendencialmente gratuito do SNS», sublinhando que «a palavra, agora, está com o sr. Presidente da República».

Ouvido igualmente pela TSF, Correia de Campos, antigo ministro da Saúde, disse encarar os aumentos das taxas moderadoras como inevitáveis e, ao contrário de Manuel Alegre, considerou que não são estes aumentos que destroem o SNS.

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Portugal: PS ACUSA PASSOS DE FAZER ATAQUE TOTAL E SEM PUDOR AOS UTENTES DO SNS



JORNAL DE NOTÍCIAS

O PS acusou, esta segunda-feira, o primeiro-ministro de ter feito um ataque total e sem pudor, sobretudo à classe média, ao admitir que a margem de progressão dos aumentos das taxas moderadoras ainda está longe de se esgotar.

O PS acusou, esta segunda-feira, o primeiro-ministro de ter feito um ataque total e sem pudor, sobretudo à classe média, ao admitir que a margem de progressão dos aumentos das taxas moderadoras ainda está longe de se esgotar.

A posição dos socialistas foi assumida pelo deputado e ex-ministro António Serrano, numa reacção a declarações horas antes proferidas por Pedro Passos Coelho, que invocou um acórdão do Tribunal Constitucional para afirmar que o Governo está "muito longe de esgotar o 'plafond' de crescimento das taxas moderadoras" aplicadas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

António Serrano manifestou-se surpreendido com esta posição do primeiro-ministro, já que "informou que ainda há uma margem enorme de progresso no aumento das taxas moderadoras".

"De facto, trata-se de uma declaração de ataque total e sem qualquer espécie de pudor à classe média e a todos os cidadãos em Portugal", acusou.

Segundo o deputado do PS, "independentemente das isenções concedidas - e que sempre existiram ao longo dos tempos no SNS -, verifica-se que o Governo se prepara para fazer aumentos em alguns casos de mais de 300% nas taxas moderadoras".

"Em cima disso, o primeiro-ministro, como que achando que ainda é pouco, avisa que está longe de ser esgotado o "plafond' de crescimento das taxas moderadoras, o que é insustentável para a população portuguesa", considerou o ex-ministro socialista.

António Serrano advertiu que Portugal está a atravessar um momento de "desnatação e de desqualificação do SNS", caminhando "para uma política de cofinanciamento do SNS".

"Num momento de crise e de aumento do desemprego, não é possível pactuar com este tipo de política. Os portugueses têm de dizer basta e o Governo tem é de atacar as gorduras, que antes das eleições sempre apresentou como bandeira do seu programa", contrapôs o deputado socialista.

António Serrano disse depois acreditar que, em termos de via alternativa, há margem para cortar gorduras no sistema de saúde, através da redução de encargos administrativos e da eliminação de funções (por exemplos nas administrações regionais de saúde).

"Não é difícil arranjar 200 ou 300 milhões de euros [em poupanças] para evitar este ataque à população portuguesa no acesso à saúde. O acordo celebrado com a "troika" não dá cobertura àquilo que está a ser feito por este Governo, porque esse acordo abre espaço a medidas alternativas para que se atinjam os mesmos objectivos", sustentou o ex-ministro socialista.

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*Fotomontagem em REINO DA VADIAÇÃO

O REINO INEXISTENTE DE BENGUELA




PEDRO DIAS, Luanda – VOA News

O fictício reino de Benguela iria alargar-se à actual África do Sul e Moçambique

A Sul. O Sobreiro” é o título da mais recente obra literária de Pepetela – Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, colocada no mercado no passado 25 de Novembro no Instituto Cultural Português em Luanda.

“ A Sul. O Sombreiro” contém trezentas e sessenta páginas. O Livro retrata a história de Manuel Cerveira Pereira, Governador de Angola de 1615 a 1617, conduzindo o leitor a Angola dos séculos XVI e XVII, enquanto Portugal vivia sob domínio Filipino.

Segundo Pepetela, a sua mais recente obra, aborda um período pouco conhecido da história de Angola, sobretudo à fundação da cidade de Benguela, que era uma tentativa de fundação de uma nova colónia a sul do Rio Kwanza, até a África do Sul e Moçambique.
Isso iria abranger toda a África Austral e “seria o reino de Benguela”, disse o escritor angolano.

“Nunca existiu nenhum rei de Benguela e no sítio onde foi colocada a cidade praticamente não havia população porque ninguém podia viver no meio de pântanos,” disse Pepetela.

Pepetela considera a sua obra como “um livro histórico que merece o desafio dos historiadores”.

“O desafio é tentar descobrir como é que esta ideia nasceu,” disse o escritor.

Ouça a reportagem no original.

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A LAGOSTA E A MANDIOCA, A ELITE E O POVO




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*

Isaías Samakuva vai derrotar José Pedro Cachiungo na corrida para a liderança da UNITA. Tudo porque o primeiro quer que o Galo Negro continue bem alimentado (com lagosta), mas sem voar, e o segundo quer que ele voe cada vez mais alto (mesmo que só coma mandioca).

O "grande inimigo" de Angola hoje é "o medo que se instalou na consciência das pessoas", considerou em entrevista à Agência Lusa José Pedro Cachiungo.

"O regime do MPLA é um regime astuto. E uma das características do regime, que é uma das vitórias e que vai ser também a derrota, é a capacidade que teve de tirar a política da consciência das pessoas e colocar a política no estômago", disse.

Antigo director de gabinete do fundador do partido, Jonas Savimbi, Cachiungo, de 47 anos, escolheu concorrer à liderança porque, afirmou, "a vocação da UNITA não é de ser um partido da oposição, e a liderança da UNITA tem que ter uma visão que não se deve contentar com aquele tipo de adjectivo que se coloca a esta figura: maior partido da oposição, principal partido da oposição. Este não é o nosso ponto de chegada".

Para mim existem dois princípios que continuam a ser basilares e que também o eram (será que ainda o são?) para a União Nacional para a Independência Total de Angola: é a ética que deve dirigir a política, e as batalhas ganham-se ou perdem-se por causa dos generais, nunca por causa dos soldados.

Os resultados das últimas eleições não revelaram propriamente uma derrota. Foram, importa que todos o reconheçam, uma humilhação nacional e internacional. É claro que, como dizia o Presidente Jonas Savimbi, só é derrotado quem deixa de lutar. É, por isso, necessário que a UNITA continue a luta depois, é claro, de pôr a casa em ordem. Coisa que ainda não conseguiu fazer.

E pôr a casa em ordem significa fazer contas, sérias e honestas, ao facto de com essa derrocada, a UNITA ter atirado centenas, ou milhares, dos seus quadros para as ruas do desespero.

Embora seja ponto assente que houve fraude, manipulação e outros estratagemas por parte do MPLA, desde 1992 que se sabia que isso voltaria a acontecer logo que houvesse eleições. E se durante a guerra não foi possível pensar nisso, os últimos nove anos de paz deram, deveriam ter dado, tempo para que a UNITA se preparasse para o que já sabia que iria acontecer.

E, mais uma vez, o exemplo deve partir de cima. Não basta que Isaías Samakuva assuma a responsabilidade política pela catástrofe. Ele tem, ou deve, dar o exemplo. Exemplo ético de que mandou o seu “exército” pela caminho errado pelo que, como em tudo na vida, deveria há muito ter posto o lugar à disposição de quem, de frente, possa ser alternativa.

Se em qualquer guerra, até mesmo nas muitas que a UNITA travou em prol dos angolanos, os generais que falharam foram punidos, a situação actual é, ou deveria ser, a mesma.

Aliás, se a UNITA responsabilizar quem falhou, por muita honestidade que tenha posto na luta, está a dar um bom exemplo aos angolanos para que estes percebam que, afinal, existe uma substancial diferença entre a democracia que a UNITA defende e a que é imposta pelo MPLA. Acredito, inclusive, que os militantes até queiram que Samakuva continue a liderar o partido. Mas devem ser eles a decidir e não os seus principais colaboradores.

É que, no tal contexto da ética, Samakuva e os seus pares não podem dizer que Eduardo dos Santos devia ser substituído porque cometeu muitos e graves erros (que de facto cometeu) e, apesar de terem também cometido muitos e graves erros, quererem continuar no poder como se nada se tivesse passado.

E se a UNITA quer, julgo que quer mesmo, ser diferente (para muito melhor, entenda-se) do MPLA, não pode usar a máxima “olhai para o que dizemos e não para o que fazemos”.

Importa igualmente recordar agora, e mais uma vez, que Samakuva (mesmo que tenha sido alguém por ele não o iliba) afastou da direcção do partido quadros que, na minha óptica, constituíam não só mas também a nata da UNITA. A tendência para substituir a competência pela subserviência deu no que deu. Uma catástrofe.

Terá sido por isso, estou em crer, que os subservientes colaboradores do Presidente o aconselharam a esquecer as zonas que eram, chamemos-lhe assim, afectas ao Abel Chivukuvuku (Lundas, Moxico, Namibe, Cabinda, Malange).

Vejam-se alguns exemplos que revelaram boa vontade mas que, na verdade, só serviram para que o MPLA comesse a UNITA de cebolada.

A campanha foi coordenada por Abílio Camalata Numa, secretário-geral, que da matéria pouco sabia pois, em 1992, integrava as Forças Armadas de Angola. Adalberto da Costa Júnior, que foi responsável pela informação, em 1992 estava em Portugal. Domingos Maluka, figura de destaque na campanha e vice-presidente da bancada parlamentar, era em 1992 militante da JMPLA. Aliás, o próprio Isaías Samakuva estava nessa altura em Londres

(Lembrei-me agora dos tempos em que o porta-voz UNITA-Renovada para a Europa, Baltazar Capamba, abriu caminho ao encontro, em Paris, entre o enviado do MPLA e Isaías Samakuva que, desde sempre, foi considerado por Eduardo dos Santos o político ideal para liderar a UNITA depois da morte de Savimbi.)

Dizem-me, entretanto, que as listas da UNITA revelaram uma grande democraticidade e transparência. No entanto, ainda não percebi (é certamente falha minha) como é que Adalberto da Costa Júnior que venceu no círculo nacional pela Huíla surgiu como cabeça de lista por Luanda, ou como o general Demosthenes Amos Chilingutila, que entrava no círculo eleitoral do Namibe aparecia como o coordenador da campanha eleitoral da UNITA em Luanda.

Também ainda não percebi (é certamente falha minha), como é que nas listas da UNITA apareceram tantos nomes de familiares de figuras influentes e outros, verdadeiros “generais” que seriam decisivos para vencer esta batalha, ficaram de fora.

É que ficaram de fora os que estiveram presentes, e sobreviveram, em 1992 e que por isso estavam mais do que qualquer outros habilitados a saber o que o MPLA iria novamente fazer em 2008 e repetir em 2012.

Em 13 de Setembro de 2008 perguntei aqui no Alto Hama: O que é feito (e porque razão foram afastados ou semi-afastados) de Carlos Kalitas, José Pedro Cachiungo, Marcial Dachala, Carlos Morgado, Urbano Chassanha, Tito Kandongo, Luís Kissanga ou até mesmo Samuel Chiwale?

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.


AS LACUNAS DO LIVRO DE AMAURY RIBEIRO



CORREIO DO BRASIL - Por Blog do Miro  

Do blog Minas Sem Censura:

Há grandes expectativas no ar. Lançado em entrevista coletiva, dada a um seleto grupo de blogueiros “sujos” (apelido posto por Serra a quem dele discordava, na blogosfera em 2010), o livro de Amaury Ribeiro Jr., A Privataria Tucana, Geração Editorial, criou muitas especulações e merece ser, antecipadamente, definido naquilo que é e que não é.

O Minas Sem Censura esteve presente, com muita honra, a esse momento histórico do jornalismo investigativo brasileiro, junto com os jornalistas/blogueiros Altamiro Borges (Blog do Miro), Conceição Lemes e Luiz Carlos Azenha (Viomundo), Fernando Brito (Tijolaço), Luis Nassif (Blog do Nassif), Renato Rovai (Blog do Rovai) e Escrevinhador (Rodrigo Vianna).

Juntos com centenas de blogueir@s e twiteir@s como PHA, Stanley Burburinho, Beto Mafra, Zé de Abreu, dentre tantos que fazem a mídia comercial estremecer, e que foram responsáveis pela difusão do lançamento mundo afora e por esgotar a tiragem de 15 mil exemplares num único dia. A mídia comercial, por sinal, acompanhou avidamente a Twitcam. Além dela, não foram poucos os escalados nos palácios governamentais para acompanhar o evento. Alguns provavelmente dando gargalhadas, outros com justificada preocupação.Antes de mais nada, é bom informar: a fama prévia da obra em tela não advém de um plano diabólico dos blogueiros fedorentos e das blogueiras sujas. Não. Foram os inimigos tucanos de Amaury Ribeiro Jr. que o impeliram ao trabalho de consolidar o livro, quando o atacaram na campanha eleitoral do ano passado. E foram seus próprios inimigos que deram notoriedade à obra, antes mesmo que estivesse impressa. Coisas da dialética e do mercado.

Mas, o que A PRIVATARIA TUCANA” (em caixal alta mesmo) especificamente é?

É a descrição de um dos ramos da “privatização das privatizações” ocorrida em ninho tucano. Ou seja, tivemos as nefastas privatizações de patrimônio público, concretizadas nos anos FHC. Destas, várias subespécies tucanas articularam seus modos de levar vantagem em cada uma delas, certo? A subespécie focada por Ribeiro foi a serrinus-preciadus (que inclui a verônicus bill gates ), com seus primos ricardus-sergius etc. Tal subespécie interagiu tranquilamente com outras: com a daniel-veronica-dantus, com a jereissatus e outras mais. E todas elas, citadas ou não citadas no livro, bicaram o patrimônio público a tal ponto que, como meros indivíduos das várias sub-espécies, sem tradição e sem patrimônio significativo antes das privatizações, tornaram-se milionários da noite para o dia. Vivem seus nababescos estilos de vida, custeados pela drenagem de percentuais significativos de um dos maiores processos de depleção de patrimônio público, ocorridos no auge do tesão neoliberal em todo o planeta.

O livro descreve e documenta – fartamente – os descaminhos da internalização de parte do dinheiro das privatizações, cuja função foi remunerar as quadrilhas de operadores do tempo dos leilões: paraísos fiscais, brechas legais, títulos podres superfaturados, falências fraudulentas, empresas-caixas postais, deságios imorais de dívidas com o Banco do Brasil, tudo isso é encaixado, com maestria, pela letra viva do jornalista mineiro.

Portanto, ainda que bombástico e denso, o livro do Amaury é a história de apenas uma linhagem da subespécie tucana. Falta ainda a Mendonças-de-barrus, que lidera o que se chamou de núcleo duro do tucanato, sempre sob a batuta de FHC. Onde a subespécie andrea-aecius se encaixaria?

Brasil: EM PLEBESCITO 66% DOS ELEITORES DO PARÁ REJEITAM DIVISÃO DO ESTADO



CARTA MAIOR

Votação inédita realizada neste domingo (11) leva 3,6 milhões de paraenses às urnas. Criação dos estados de Carajás e Tapajós é reprovada por dois de cada três eleitores. Na reta final da campanha, governador tucano abandona neutralidade, prega voto contra divisão, mas reconhece que 'ausência do Estado' alimenta sentimento separatista.

BRASÍLIA – Em um plebiscito inédito no Brasil, a população do Pará rejeitou neste domingo (11) a proposta de dividir o estado em três, criando-se duas novas unidades, Carajás e Tapajós. Com a ida às urnas de 74% dos 4,8 milhões de eleitores paraenses, a votação barrou a separação com dois de cada três votos computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A apuração foi concluída por volta da 0h40 da manhã desta segunda (12). Os 3.601.849 de eleitores que participaram do plebiscito votaram duas vezes, uma sobre cada estado. No caso de Tapajós, foram 2.344.654 votos contrários (66%) e 1.203.574 favoráveis (33%) - brancos e nulos somaram 1,45%. Resultado muito parecido no caso de Carajás, em que houve 2.363.561 votos “não” (66%), 1.185.546, “sim” (33%) e 1,45% de brancos e nulos.

Embora tenha mantido neutro na maior parte do tempo, na reta final da campanha o governador Simão Jatene (PSDB) posicionou-se publicamente contra a divisão. E, em entrevista coletiva depois da apuração, disse ter ficado satisfeito com o resultado.

Para ele, o separatismo, apesar de derrotado, encontra eco em parte da sociedade por culpa do Estado. “Existe sim uma distância e ausência, uma insuficiência do Estado brasileiro para com essas populações, o que está equivocado é o caminho [para resolver isso]."

Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econônica Aplicada (Ipea), a criação de Carajás e Tapajós implicaria gasto público extra de cerca de R$ 2 bilhões por ano. OS defensores da separação diziam que isso seria compensado ao menos em parte com o aumento dos repasses federais referentes ao Fundo de Participação dos Estados (FPE).

O Ipea também estimou que, do ponto de vista político, o PT, entre os grandes partidos, seria o principal prejudicado com a divisão, já que possui políticos com votação mais espalhada pelo território paraense, o segundo maior do país. PSDB e PMDB, outros dois grandes partidos no Pará, perderiam menos.

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Comissário europeu visita Brasil com comitiva de empresários, incluindo portugueses



IG - LUSA

Bruxelas, 12 dez (Lusa) - O comissário europeu para a Indústria, António Tajani, desloca-se quinta e sexta-feira ao Brasil numa primeira missão de "diplomacia empresarial" e com uma comitiva que inclui representantes de três empresas portuguesas.

"É a primeira vez que um comissário vai ao Brasil acompanhado por empresários europeus, é a verdadeira diplomacia empresarial da União Europeia", disse Tajani, num encontro com jornalistas, em Bruxelas.

A comitiva é composta por representantes de 21 empresas europeias, de seis associações do setor industrial e de cinco associações empresariais, começando a visita por Brasília, onde Tajani se reunirá com a Presidente Dilma Roussef e alguns ministros do seu Governo.

Portugal está representado por representantes da CUF-Químicos Industriais, Mota-Engil (construção) e Grupo Pestana (Turismo e lazer).

Na sexta-feira, o programa decorre em São Paulo, com encontros com empresários brasileiros.

"Estão 13 estados-membros representados na comitiva, que abarca vários setores de atividade", referiu o comissário, exemplificando com o turismo, construção, telecomunicações e transportes, entre outros.

As empresas presentes na visita, salientou também, dão emprego a mais de 1,3 milhões de pessoas e representam ganhos na ordem dos 645 mil milhões de euros, "acima do produto interno bruto (PIB) da Holanda".

No que respeita às associações do setor industrial - incluindo, entre outras, a indústria química e a farmacêuticas europeias - estão representados mais de 23 milhões de empregos e 3.616 biliões de euros de rendimentos, equivalente aos PIB da França e Reino Unido somados.

"Queremos apresentar a força e a qualidade da indústria europeia e, se esta viagem correr bem, outras se seguirão", sublinhou Tajani.

Durante a visita, o comissário terá oportunidade de assinar acordos para estágios de formação profissional para 100 jovens brasileiros na Europa e vice-versa, bem como na área da inovação industrial e "clusters" e de cooperação entre pequenas e médias empresas, entre outros.

Depois do Brasil, Tajano ruma à Argentina, já sem comitiva, e depois para o Uruguai, onde representará o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na cimeira do Mercosul.

É URGENTE… VEREMOS DEPOIS




Stephen Leahy - IPS/Envolverde – Durban – Opera Mundi

Os países que participam das negociações sobre o clima admitiram publicamente que suas atuais reduções nas emissões contaminantes não poderão limitar o aquecimento global em menos de dois graus. Entretanto, os delegados presentes na 17ª Conferência das Partes (COP 17) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, propuseram enfrentar a chamada “brecha de emissões” na próxima COP 18, que acontecerá no Catar no ano que vem.

Documentos negociados em Durban reconhecem que a redução necessária de emissões de gases-estufa, segundo estudos científicos, deve ser de 25% a 40% até 2020. Esses cortes e prazos são vitais para impedir que o planeta aqueça acima de dois graus, o que significaria uma catástrofe ambiental ainda maior. O rascunho da declaração do encontro diz que esta deve ser a meta definida na próxima COP.

“Necessitamos de um acordo sobre essa meta, fundamentada na ciência, no mais tardar em 2012”, afirmou Karl Hood, chanceler de Granada e representante da Aliança de Pequenos Estados Insulares. “E queremos que esses objetivos sejam legalmente implantados antes de 2017”, acrescentou. Hood disse à IPS esperar que até 2020 para fechar a brecha é “inaceitável” e significaria “um desastre para os pequenos Estados insulares”, que já sofrem os impactos da mudança climática.

O mundo tem apenas meses para poder reduzir as emissões de gases gerados pela queima de combustíveis fósseis de forma que o aquecimento global não supere os dois graus. Se isto demorar anos, as reduções extraordinárias necessárias para reverter o processo poderão levar a economia mundial à bancarrota e reverter avanços no desenvolvimento na maioria dos países, alertaram especialistas em Durban.

“Estamos aqui para alertar os políticos de que nos aproximamos perigosamente de um ponto tal que não poderemos alcançar a meta de menos de dois graus” no aquecimento da Terra, disse o cientista Bill Hare, diretor da Climate Analytics (http://www.climateanalytcs.org), grupo sem fins lucrativos assessor para temas climáticos com sede na Alemanha. Os atuais compromissos de redução de emissões, acordados na COP 15 de Copenhague, em 2009, permitem um aquecimento de até 3,5 graus, disse Hare.

Hoje, essas promessas continuam essencialmente inalteradas, e isto significa que as opções do mundo para não superar um aquecimento de dois graus estão cada vez menores, destacou em entrevista coletiva em Durban. “Dizendo claramente, quanto mais esperamos, menos opções temos, mais nos custará e maior será a ameaça para os mais vulneráveis”, advertiu.

As emissões mundiais geradas pela queima de combustíveis fósseis aumentaram 49% desde 1990 e alcançaram um recorde de 48 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO²) em 2010, com a probabilidade de chegarem a 50 bilhões este ano, afirmou Hare. Graças ao efeito moderador dos oceanos, o planeta esquentou apenas 0,8 grau, em média. Contudo, muitas partes da Terra registraram aumento muito maior das temperaturas.

A ciência mostra que as emissões globais devem cair para 44 bilhões de toneladas até 2020 e continuar diminuindo 2% ao ano, meta que para a comunidade internacional, fortemente dependente dos combustíveis fósseis, será “extremamente difícil” de alcançar, mas ainda assim realizável, assegurou o cientista.

Se os países preferem limitar-se a cumprir os compromissos assumidos em Copenhague, as liberações de gases-estufa mundiais provavelmente crescerão entre nove bilhões e 11 bilhões de toneladas acima da meta de 44 bilhões, criando uma “brecha de emissões” considerável, alertou Niklas Höhne, diretor de Políticas de Energia e Climáticas da Ecofys, organização consultora em energia.

“Nossos resultados estão de acordo com o Informe sobre Brecha de Emissões, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado no começo das conversações em Durban”, afirmou à IPS. Chama a atenção o fato de muitos dos temas de intenso debate na COP 17 (biocombustíveis, agricultura, créditos de carbono para proteção de florestas, captura e armazenamento de dióxido de carbono) não são considerados importantes pelos cientistas para reduzir as emissões.

Segundo Höhne, “com os biocombustíveis é preciso estar muito certo de que não vão derivar em um aumento das emissões”. Vários novos estudos sobre o biodiesel com base no óleo de palma e no etanol de milho indicam que suas emissões são mais altas do que as geradas pela queima de combustíveis fósseis, quando se calcula todo seu ciclo de vida.

Os biocombustíveis não têm probabilidades de constituírem um método significativo para reduzir as emissões, coincidiu Höhne, e a agricultura está na mesma categoria. As práticas de cultivo podem ser alteradas para reduzir as liberações de gases, mas, segundo estudos de diversos cenários, só reduziriam parte da brecha.

A brecha de emissões só pode ser salva com uma combinação de melhoria da eficiência energética em todos os setores com um significativo aumento do uso de fontes renováveis, incluindo biomassa, passando do uso do carvão para o do gás natural. O custo desta mudança é relativamente baixo, de US$ 38 por tonelada de CO² que não é liberada na atmosfera.

No entanto, esperar até 2020 sairia muito mais caro. Cada dólar que não é destinado à redução de emissões do setor energético exigirá um investimento adicional de US$ 4,3 depois desse ano, para compensar todas as liberações de gases-estufa produzidas até então. É o que afirma o estudo “Perspectiva Mundial da Energia 2011”, da Agência Internacional de Energia. Esperar até 2020 “é um risco que não queremos correr”, afirmou Höhne.

Entretanto, os delegados em Durban parecem não compreender isso. “Não agem como se compreendessem”, ressaltou Höhne, lembrando que em 17 anos de negociações não se chegou a um acordo para reduzir substancialmente as emissões.

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ZIMBABUÉ VAI CONFISCAR TERRAS DE TODOS OS BRANCOS NO PAÍS




William Maia – Opera Mundi -  Foto Wikicommons

Robert Mugabe, de 87 anos, afirma que reforma agrária devolve as terras a "seus verdadeiros donos"

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 87 anos, anunciou neste sábado (10/12) que vai confiscar todas as terras em posse de fazendeiros brancos no país e distribuí-las a zimbabuanos negros.

Num comunicado distribuído aos membros de seu partido, o Zanu-PF, Mugabe, que está no poder desde 1980 e já anunciou a vontade de continuar no cargo nas próximas eleições, disse que terminará o polêmico processo de reforma agrária iniciado em 2000, devolvendo as terras a “seus verdadeiros proprietários”, de acordo com o jornal oficial The Herald.

"O Zimbabwe não poderá ter uma democracia real e durável enquanto as suas reservas naturais permanecerem nas mãos de estrangeiros e servirem os interesses e as economias estrangeiras", diz o texto assinado pelo ditador.

Atualmente, existem pouco menos de 200 propriedades rurais em posse de brancos no Zimbábue. Desde 2000, mais de 4 mil fazendeiros perderam suas terras e tiveram que deixar o país. Foi a partir daí que se intensificou uma grave crise econômica e humanitária, com hiperinflação em desemprego em massa. Ex-colônia britânica, o Zimbábue tem uma das maiores taxas de infecção pelo virus do HIV no mundo.

Desde 2009, após eleições permeadas por acusações de fraude, Mugabe se viu forçado a governar junto a seu rival político, Morgan Tsvangirai, líder do Movimento para a Mudança Democrática, uma coalizão que promoveu certa estabilidade econômica ao Zimbábue a década de crise financeira.

Causa gay

Essa não é a única polêmica recente envolvendo o ditador do Zimbábue. Em novembro, ele disse considerar "satânica" a proposta do primeiro-ministro britânico David Cameron de cortar ajuda financeira aos países que não reconhecem os direitos dos homossexuais.

"É ainda pior e satânico quando vemos um primeiro-ministro como Cameron declarar que os países que querem a ajuda britânica devem aceitar a homossexualidade", considerou o presidente.

Além disso, Mugabe se dirigiu diretamente à comunidade gay: "Não se sintam tentados. Vocês são jovens. Se seguirem esse caminho, serão castigados de maneira severa". E acrescentou que aqueles que "escolhem esta opção sexual são piores que os porcos e os cachorros".

*Com informações das agências AFP e Efe.

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