sábado, 16 de julho de 2011

S. Tomé e Príncipe: chega ao fim a campanha para as presidenciais de domingo




JOÃO MATOS – MIGUEL MARTINS - RFI

Termina à meia noite desta sexta  feira  (15 de julho) a campanha para as eleições presidenciais de domingo em S. Tomé e Príncipe. Em liça dez candidatos, que durante duas semanas se desdobraram em contactos com a população do arquipélago afro-lusófono do Equador.

A campanha decorreu na calma e tranquilidade, com a polícia nacional a cumprir o estipulado no plano "campanha presidencial e segurança".

Em termos logísticos o escrutínio presidencial vai contar com a participação de 92 mil eleitores que poderão votar nas mais de 265 mesas distribuídas pelo território arquipelágico.

Observadores internacionais nomeadamente da Comunidade lusófona, CPLP, vão acompanhar estas eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe.

"Com este número récorde de 10 candidatos, diz o nosso enviado especial a S.Tomé e Príncipe, Miguel Martins, tudo está muito em aberto e fica subjacente a provável realização de uma segunda volta das presidenciais, mas são poucos os observadores a avançar com nomes."

Encontro pois no domingo, 17 de julho, com o eleitorado a dizer da sua justiça!

Timor-Leste: PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO E A POLÉMICA QUE SUSCITA





"Um Governo já cessante, em que falta menos de um ano para terminar funções, quer obrigar os futuros governos a seguir esse plano, quando se recusa terminantemente a tentar obter consenso."

Não sei o que pensam outros leitores mas esta acusação faz me lembrar a Lei de Pensão Vitalícia criado já nos últimos 'dias' do governo Fretilin.

Neste caso o povo nem sonhava que os senhores de uma "franja da sociedade timorense" lhes estivessem a tramar uma dessas quando o povo vivia e ainda vive com menos de $1 US dólar por dia.

"Querer desenvolver as infraestruturas para além da capacidade de desenvolvimento do capital humano só compromete o país. Se o desenvolvimento for tão rápido que a nossa capacidade humana, em termos de competências, não consegue depois gerir e sustentar, o que vai acontecer?"

Pois bem, o melhor é desenvolvermos a nação a passo de caracol e continuar a gastar o dinheiro do petróleo a sustentar o país com tudo o que precisa para sobreviver.

Desenvolver o país para abrir caminho a outros sectores produtivos não é imperativo porque os recursos humanos ainda não chegam. Vão ter que esperar ate que estejamos prontos. Até lá vai-se vivendo do petróleo.

"Vem o "outsourcing" e vamos ter especialistas de outros países a encherem Timor-Leste e os nossos vão continuar sem fazer nada", comentou o líder da FRETILIN.

Pois, o melhor é esperarmos mais uns 15, 20 anos? (estou a ser optimista) até termos os nossos próprios especialistas (com experiência) antes de começarmos a fazer algum desenvolvimento nacional de significativo.

Afinal de contas é assim que todos os países do mundo funcionam quando têm falta de mão-de-obra especializada, não é?

Para que importar mão-de-obra especializada a par e passo com a preparação de especialistas nacionais quando podemos por o desenvolvimento nacional em molho de água de bacalhau por uns bons anos até termos a capacidade de fazermos tudo por nós próprios?

"Alkatiri exemplifica com "o que já se passa" para executar o Orçamento do Estado: "o Governo tem um batalhão de assessores de duvidosa qualidade, muitos deles jovens licenciados que acabaram de sair da Universidade e não têm qualquer experiência".

Se calhar, para aliviar as preocupações do Sr. Ex-PM Alkatiri, o melhor seria termos um batalhão de funcionários jovens timorenses com qualidades e licenciaturas ainda mais duvidosas e acabados de sair das inúmeras universidades timorenses de renome internacional. Só existe um problema aqui, será que temos o suficiente para um batalhão?

O melhor ainda seria desmantelar o Ministério de Finanças até um dia em que tenhamos os recursos humanos qualificados para retomar o trabalho de tal ministério. Não vá o diabo tecê-las e fazer os meninos gerir mal o dinheiro do povo.

Agora está tudo mais claro! Realmente o PED não é de interesse nacional. É melhor pararmos com todos estes planos ambiciosos e esperar por melhores condições. Quem sabe se daqui a 20 anitos não estejamos prontos para dar o pontapé de partida? Não se preocupem senhores, afinal diz o ditado que 'O tempo voa'.

Com firmeza rezemos a Deus ou a Allah para que com o tempo não voem também as oportunidades.

DEFINIÇÃO DE FRONTEIRAS ENTRE TIMOR-LESTE E A REPÚBLICA DA INDONÉSIA





Díli – A instalação de postes de iluminação, na zona de Passabe, gera polémica devido à falta de clareza em relação à linha de fronteira entre Timor-Leste e a Indonésia.

Entre os dias 11 e 14 de Junho, na zona de Passabe, Timor-Leste, elementos da população indonésia vizinha de Passabe e do movimento militar indonésio (TNI), expressaram à Unidade de Patrulhamento de Fronteira, apreensão sobre a colocação de postes de iluminação com alimentação por painéis solares no local, alegando que a linha de fronteira não estaria ainda definida nesse local.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), a obra foi suspensa temporariamente e o assunto difundido em diversos meios de comunicação social. Trata-se de um terreno do lado de Timor-Leste, conforme foi constatado pelos técnicos do MNE. Esta informação foi posteriormente enviada à República da Indonésia, através dos canais diplomáticos, com vista a reforçar o esclarecimento sobre a linha de fronteira junto da população indonésia.

De acordo com o comunicado do MNE timorense, o assunto aparenta estar já resolvido e, neste sentido, foram feitas declarações à imprensa, na semana passada. Para que não subsistam dúvidas, o MNE julga conveniente prestar um esclarecimento sobre a situação do processo de definição de fronteiras com a República da Indonésia.

Neste momento, a obra está já autorizada a prosseguir e, para esse entendimento, foi essencial a cooperação entre as autoridades locais de ambas as partes. Relativamente aos três segmentos de fronteira ainda não definidos, existe uma manifestação oficial por parte dos Ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países, com o objectivo de ver este assunto concluído até ao final de 2011, para que possam iniciar-se os trabalhos da fronteira marítima previstos para 2012.

(c) PNN Portuguese News Network

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO TIMOR-LESTE





Estão abertas até o dia 8 de agosto as inscrições para o Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor-Leste, coordenado academicamente pela UFSC. O objetivo é a formação em Língua Portuguesa de professores de diferentes níveis de ensino em Timor-Leste.

Na UFSC o programa envolve diretamente as Pós-Graduações em Educação, em Educação Científica e Tecnológica e em Ensino de Ciências, Letras e Linguística, pois está recrutando estudantes de pós-graduação e docentes de diversas áreas (ciências naturais, letras, pedagogia).

Benefícios:

•             Bolsa no valor mensal de € 1,300 para bolsista, e € 2,100 para o Professor Tutor;
•             Seguro Saúde;
•             Auxílio Instalação;
•             Transporte aéreo;

Duração dos projetos


•             Até 08 meses

Timor-Leste: PLANO DE DESENVOLVIMENTO NÃO SERVE O INTERESSE NACIONAL - FRETILIN




MSO - LUSA

Díli, 15 jul (Lusa) -- Mari Alkatiri, líder da FRETILIN, o maior partido da oposição em Timor-Leste, disse hoje que o Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED), apresentado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, "não serve o interesse nacional".

"É do interesse nacional que haja um plano que venha contribuir para estabilizar o país, em termos de processo de desenvolvimento. Um plano que, à partida, é um plano de uma franja da sociedade timorense, como pode servir esse interesse nacional?", questionou, em conferência de imprensa.

Mari Alkatiri lembrou que quando foi primeiro-ministro presidiu à comissão que elaborou o Plano de Desenvolvimento Nacional, "que nasceu com ambição mas em que todos participaram na sua feitura" e não como o PED, em que "Xanana Gusmão contratou um grupo de indonésios, bem pago, para o escrever, que depois quis vender nas andanças pelos sucos e distritos".

O ex-primeiro-ministro e líder da FRETILIN criticou igualmente que o Governo, em final de mandato, queira condicionar a orientação a seguir pelos futuros governos.

"Um Governo já cessante, em que falta menos de um ano para terminar funções, quer obrigar os futuros governos a seguir esse plano, quando se recusa terminantemente a tentar obter consenso. O que se devia ter feito era criar uma comissão nacional do plano, que envolvesse todos, para elaborar o plano e nada disso foi feito", disse.

Para Alkatiri, o PED vai criar oportunidades a técnicos e empresas estrangeiras, mas não à população timorense.

"Querer desenvolver as infraestruturas para além da capacidade de desenvolvimento do capital humano só compromete o país. Se o desenvolvimento for tão rápido que a nossa capacidade humana, em termos de competências, não consegue depois gerir e sustentar, o que vai acontecer?", questionou.

"Vem o "outsourcing" e vamos ter especialistas de outros países a encherem Timor-Leste e os nossos vão continuar sem fazer nada", comentou o líder da FRETILIN.

Alkatiri exemplifica com "o que já se passa" para executar o Orçamento do Estado: "o Governo tem um batalhão de assessores de duvidosa qualidade, muitos deles jovens licenciados que acabaram de sair da Universidade e não têm qualquer experiência".

O líder da FRETILIN esclarece que não está contra a participação estrangeira, mas defende-a noutros moldes, quando a tecnologia avançada a isso obriga, e deixando os ensinamentos necessários a quadros timorenses que possam garantir a continuidade.

O modelo de desenvolvimento proposto pelo PED merece a Mari Alkatiri as maiores reservas.

"O plano é extremamente ambicioso e quer a produção, para 2020, de 800 mil megawatts de eletricidade, para um país que tem um milhão de população. O que se pretende com isto? Que tipo de indústria se está a pensar instalar em Timor-Leste? Não se vê nada disso no plano. De onde vai vir essa energia e quanto vai custar ao país?", pergunta.

Mari Alkatiri conclui que o PED, "a ser implementado como está, vai abrir as portas a um país fisicamente desenvolvido, mas humanamente subdesenvolvido".

Autores africanos de língua portuguesa já chegam a académicos mas ainda pouco às pessoas




LUSA – INFORPRES

Cidade da  Praia, 15 Jul (Inforpress) - As literaturas africanas de língua portuguesa têm circulado ao nível académico, em “circuito fechado”, mas “o que interessa é que cheguem às pessoas”, diz o escritor cabo-verdiano Joaquim Arena.

Presente no colóquio internacional “Percursos, trilhos e margens: receção e crítica das Literaturas Africanas em Língua Portuguesa”, que termina hoje no pólo de Lisboa do Centro de Estudos Sociais (CES), Joaquim Arena falou à Lusa sobre os problemas da distribuição do livro.

Os livros de autores africanos em língua portuguesa “circulam mais ao nível académico, em circuito fechado, ficando nas mãos de especialistas, que não é bem o que interessa”, reconhece. “Esse não pode ser o objectivo, o fim último é que cheguem às pessoas”, contrapõe o jornalista e escritor, nascido em Cabo Verde e residente em Lisboa. “Não há muita divulgação” dos autores africanos em língua portuguesa com excepção de “dois nomes”, José Eduardo Agualusa e Mia Couto, considera. “O resto não consegue passar”, analisa, realçando que “o público vai atrás dos destaques dos jornais, do que aparece mais”.

Autor de “A verdade de Chindo Luz” e “Para onde voam as tartarugas”, e actualmente a começar uma investigação sobre os escravos em Portugal para o próximo livro, Joaquim Arena recorda, a título de exemplo, como foram “uma lástima” as homenagens ao Brasil e a Cabo Verde feitas em edições anteriores das feiras do livro em Portugal. Mas, acrescenta, essa política de divulgação não existe também nos países de origem dos autores.

O colóquio internacional sobre as literaturas africanas de língua portuguesa começou na quinta-feira e termina hoje, tendo proposto uma reflexão a académicos, editores (Caminho, Afrontamento e D. Quixote) e representantes de instituições culturais envolvidos na produção e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa.

Entre os escritores presentes no colóquio estiveram a angolana Ana Paula Tavares, o moçambicano Luís Carlos Patraquim e a guineense Odete Semedo. O escritor angolano José Luandino Vieira cancelou a sua vinda à última hora, por motivos de saúde.

Cabo Verde - Presidenciais: Mais de 300 mil eleitores inscritos para as eleições de 7 de Agosto




LC – INFORPRESS

Cidade da Praia, 15 Jul (Inforpress) - As eleições presidências do dia 7 de Agosto contam com mais de 300 mil eleitores inscritos e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) vai aumentar para quase 1200 mesas de assembleias de voto.

Segundo o jornal A Semana, na sua edição de hoje, citando uma fonte da CNE, para as eleições presidenciais de 7 de Agosto estão inscritas mais de 300 mil pessoas nos cadernos eleitorais, o correspondente aos recenseados no país e na diáspora.

Para fazer face ao aumento do número de eleitores, escreve aquele semanário, a CNE vai aumentar para quase 1200 o número de mesas e assembleias de voto nas próximas eleições.

“Deste universo, 900 ficarão no território nacional e cerca de 300 nas diásporas”, diz o A Semana, acrescentando que esta medida visa facilitar o acesso às urnas aos mais de 300 mil eleitores inscritos.

Electricidade e transportes prejudicam ambiente de negócios em Cabo Verde - revela estudo




INFORPRESS

Cidade da Praia, 15 Jul (Inforpress) - O problema da electricidade e transportes, são alguns dos obstáculos que têm contribuído “negativamente” para a melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde, revela um estudo divulgado hoje na Cidade da Praia.

O estudo sobre “A Melhoria do Ambiente de Negócios em Cabo Verde”, realizado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), diz também que “a concorrência desleal é um dos principais problemas identificados pelos empresários cabo-verdianos e que de alguma forma tem prejudicado os negócios” em Cabo Verde.

De acordo com o apresentador do estudo, Rui Levy, “há um conjunto de intervenções a fazer em Cabo Verde para melhorar o ambiente de negócios, tendo em conta as condicionantes que ainda existem a nível da dimensão do mercado, da inexistência de matérias-primas e da insularidade”.

“Cabo Verde tem um mercado por ilha. Se quiser exportar de uma ilha para outra tem muitas dificuldades. Por isso, o estudo sublinha a importância da unificação do mercado através do investimento no sector dos transportes”, refere.

A electricidade também é um sector que na opinião dos empresários cabo-verdianos carece de “muita melhoria” tendo em conta os prejuízos causados à economia do país.

Neste estudo, refere o apresentador/coordenador nacional da UNIDO em Cabo Verde, Rui Levy, os empresários reclamam que em Cabo Verde existem leis, mas dizem que elas estão a ser cumpridas de “forma insuficiente”.

Cabo Verde “é um caso muito específico porque somos ilhas o que implica uma triplicação dos investimentos necessários para poder executar algumas das medidas que são definidas em termos da lei”, defende, Rui Levy.

Conforme disse, é preciso pensar também de que forma os municípios poderão intervir nas zonas periféricas, a nível regional, para que as leis que são definidas possam ser cumpridas.

Considera entretanto, que o melhoramento do ambiente de negócios em Cabo Verde implica um conjunto de medidas integradas que possam melhorar o nível de intervenção do Estado, enquanto regulador.

“Ou então, tem que ser o poder central a deslocar-se às ilhas para fazer essa inspecção”, sugeriu, Rui Levy, na apresentação do estudo no Fórum "Regulação em tempos de crise” promovido pela Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE).

O estudo constatou também que em termos de ambiente de negócios, Cabo Verde não está no sítio que se desejaria e que “a nível de competitividade o país está menos bem classificado”.

JL Inforpress  

Angola – Portugal: UM AMUO SEM SENTIDO




LUÍS FERNANDO – O PAÍS, opinião

Angola tem de aceitar que estrangeiros trabalhem no seu território de forma ilegal, e sem pagar qualquer tipo de impostos. E a empresa que os contrata deve merecer agradecimentos. No extremo, foi esta a mensagem que veio de alguns sectores portugueses, em reacção à detenção de 42 imigrantes ilegais portugueses que exerciam actividade remunerada em Angola.

Paulo Pisco, deputado português e membro do Partido Socialista, chegou a afirmar que a expulsão dos portugueses poderia criar "algum tipo de tensão" entre os dois países. Ou seja, se Angola fizer cumprir a lei no seu território e se tal tocar em cidadãos portugueses, ainda que apanhados em flagrante conflito com a Lei, Portugal amua.

Por cá também não faltaram os "advogados", mais por questões de ligação emocional, aparentemente, que pela razão. No telejornal da ZTV, de Domingo, apesar de reconhecer que a empresa e os funcionários apanhados não tinham respeitado a Lei, o comentarista Rosado de Carvalho acabou por quase culpar Angola pela situação dos prevaricadores. Angola e todo o continente. A história da abertura ao investimento e do condicionalismo do nosso desenvolvimento aos ditos investimentos, não faltou. É verdade, é fundamental, mas isso não pode abrir portas ao desrespeito pela Lei.

A ideia de que os estrangeiros vêm cá trazer dinheiro e vêm "desenvolver-nos" só pode ser concebida partindo de alguns equívocos. Angola e África só se desenvolverão com o empenho dos seus filhos. Mesmo a ideia de que no tempo colonial haveria mais desenvolvimento e menos problemas sociais tem de merecer algumas perguntas: que África, a dos africanos? Beneficiou do tal "desenvolvimento" de que algumas pessoas parecem ter saudades, algum velho analfabeto da Chiuca? Algum dos contratados arrancados do Sul para ir trabalhar nas fazendas de café? Nós temos problemas, mas temos de ser nós mesmos a tomar consciência disso e a procurar as melhores soluções. E estas soluções, sabemos, passarão também pelo contacto com o resto do mundo. Os africanos não devem continuar a olhar para o seu continente incondicionalmente com olhos europeus, repetindo os clichés, os estereótipos e os preconceitos retóricos. Os africanos têm de se libertar do fatalismo da sua negatividade. Dizer qualquer coisa como "ou eles vêm para cá, de qualquer forma, ou não nos desenvolveremos" é a negação do próprio desenvolvimento.

O que se passou no caso da PreBuild é que uma empresa resolveu contratar para trabalhar em Angola pessoas que entraram com visto de turismo. Funcionários da dita empresa trataram de ludibriar as autoridades angolanas com esquemas que lhes permitiriam continuar a trabalhar em Angola com vistos de turismo. Assim, nem a empresa nem os trabalhadores pagavam os respectivos impostos. Por outro lado, esta era uma mão-de-obra de substituição, não havia a tão propalada passagem de conhecimento. Não se está a falar nem de 42 investidores, nem de pessoas que foram atiradas à clandestinidade pelo atraso na atribuição dos vistos de trabalho ou pela corrupção. Se há alguém que se deva sentir ofendido neste caso, este alguém é o Estado angolano.

Angola: NOVA DEMOCRACIA “CAÇA VOTOS” NO KWANZA-SUL





Depois de no pretérito mês de Junho o seu líder, Quintino de Moreira, ter visitado a província do Namibe para se inteirar do funcionamento das estruturas de base desta coligação constituída por seis partidos políticos, o mesmo repetiu-se no último fim-de-semana, na cidade do Sumbe, onde o secretário executivo, Mateus Carlos, esteve a medir a pulsação do seu eleitorado, antevendo já o próximo pleito eleitoral, em 2012.

Durante a sua estada de dois dias no Sumbe, Mateus Carlos, acompanhado pelo coordenador da comissão técnica, órgão encarregue de supervisionar as províncias, reuniu-se com um grupo de militantes a quem falou sobre a importância de os mesmos participarem activamente no próximo pleito eleitoral, convidando-os a votarem em massa, para ampliar o número de deputados, dois, na Assembleia Nacional.

Para se concretizar este propósito, Mateus Carlos lançou um apelo: “trabalhar para mobilizar e recrutar mais membros para engrossar as fileiras da nossa coligação, no sentido de fazermos a diferença em relação aos resultados que obtivemos nas eleições legislativas de 2008, que nos animaram a caminhar com esse projecto político”.

O político que falava para centenas de militantes mostrou-se satisfeito com o nível de crescimento desta força política, mas ainda assim, disse, “ pretendemos mais militantes”.

Durante o acto de massas, Mateus Carlos disse ainda que o que a NDUE pretende na próxima maratona eleitoral é trabalhar e transformar a coligação na segunda maior força política do país, em 2012 e em 2017 governar o país, discurso esse repetido pelos seus dirigentes nos últimos tempos.

Segundo o responsável, o desafio de transformar a Nova Democracia- União Eleitoral, “não é um mero sonho, mas um projecto há muito delineado e que pode ser transformado em realidade”, justificou.

Explicou aos seus correligionários que o número crescente de mais adeptos que vão aderindo à coligação nos últimos tempos, é o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido pelas estruturas de base, tendo apelado para que se redobre esta actividade no sentido de se conseguir maior número de militantes, não só no Kuanza Sul, mas em todo o país.

“Não podemos parar. Temos de continuar para concretizar o nosso objectivo de governar o nosso país, e proporcionarmos ao povo tudo o que ele merece”, afirmou.

Respeito pela Constituição

No encontro, o político apelou aos presentes, maioritariamente jovens, a respeitarem a Constituição, por ser ela que deve regular o exercício das nossas actividades quotidianas, quer singulares, quer colectivas. “É importante que todos saibamos o que diz a nossa Constituição, para conhecermos os nossos direitos fundamentais, deveres e obrigações e é com base nesses pressupostos que devemos agir, enquanto cidadãos deste país, porque sem a qual ficamos vazios”, alertou o político que se encontrava ladeado de Marques Kunga e Benjamim Yannick.

Sem o conhecimento do nosso ordenamento jurídico, reforçou ao político, “ficamos desprovidos de defender os nossos direitos consagrados constitucionalmente, daí a necessidade imperiosa de conhecermos o que é que está nesta nova Constituição, não é um livro ou brochura qualquer, mas um instrumento ‘importantíssimo’ não só para as novas vidas, mas também para os desafios a que nos propusemos, o de transformar uma Angola democrática onde todos os seus filhos estejam protegidos, de acordo com a mesma lei ”.

O responsável partidário acrescentou que “com ou sem vontade, todos estamos condenamos incondicionalmente a cumprir o que está estipulado na Constituição, por ser a nossa Bíblia que deve orientar as nossas vidas no nosso quotidiano”, reiterou, ao mesmo tempo que exortou aos presentes para consultarem regularmente para actualização da matéria em causa. “Sem essa consulta podemos ser ultrapassados pelos outros”, afirmou.

Mais patriotismo

Ainda durante o encontro, o primeiro desta dimensão realizado na província no ano em curso, apelou aos seus correligionários a se identificarem com acções que demonstrem fidelidade à pátria, ao contrário de se enveredar por outras que podem perturbar a ordem e a tranquilidade públicas. Mateus Carlos referiase aos actos de vandalismo que nos últimos tempos têm sido praticados por jovens, forçando as autoridades competentes a resolverem as suas preocupações se olhares a meios.

“Um bom patriota não pratica vandalismo, pratica o bem, demonstra fidelidade à pátria que o viu nascer, seja qual for o caso. Agora, o que vemos em alguns casos são jovens com comportamentos menos bom que a todo o custo querem ver realizado os seus sonhos, sem obedecerem às autoridades ”, revelou a fonte, para quem essa atitude que considerou “musculada” “não deve prevalecer no seio de jovens que pretendem dirigir este país, principalmente os que são nossos militantes, simpatizantes e amigos”, exortou.

Justificou que o bom cidadão é exemplar e deve abster-se de associar-se a quaisquer actos que coloquem em perigo a estabilidade das pessoas, do meio e do próprio Estado, que é o garante da segurança das pessoas e bens.

“Quem se identifica como cidadão deste país tem de primar pela honestidade e não optar por comportamentos indecorosos que possam perturbar o Estado que o protege”, declarou.

Novos “bastiões políticos”

Os municípios da Gabela, Seles, Conda e Quibala são tidos pela ND-UE como sendo as novas apostas para reforçar o número de militantes. Para o efeito, o político que será aumentada a capacidade de mobilização de novos membros, no sentido de expandir a actividade para outros municípios, onde a coligação precisa de mais trabalho.

Os trabalhos para a expansão da Nova Democracia-União Eleitoral ocorrerão nos próximos dias, altura em que esta comissão da direcção central voltará a estas paragens para a reabertura de algumas sedes municipais que, segundo Mateus Carlos, carecem de apoios para a reactivação das actividades desenvolvidas nos anos passados. Contudo prometeu melhores dias para a normalização institucional da ND-UE num horizonte temporal mais curto.

Ireneu Mujoco, Enviado ao Sumbe - 13 de Julho de 2011

São Tomé e Príncipe: Desordem 'cancela' comício do candidato do MLSTP - polícia




EL - LUSA

São Tomé, 15 jul (Lusa) - Desordens provocadas por jovens estão na origem do cancelamento hoje na capital são-tomense do comício de encerramento da campanha do candidato presidencial Aurélio Martins, disse à Agência Lusa o comandante da Polícia Nacional do distrito de Água Grande.

"O que houve é que um grupo de indivíduos com armas brancas, pequenas machins (pequenos machados), catanas e facas, tentaram criar alguma desordem quando chegasse o candidato", disse o subcomissário Kiaquizique Nascimento.

O comício estava marcado para junto do Forte de São Sebastião, onde se localiza o Museu Nacional.

"O grupo alegou que o candidato está em dívida com eles e queriam boicotar a atividade do candidato", acrescentou.

Antes dos incidentes junto ao local do comício, em outra zona da cidade, defronte da sede do candidato, que é apoiado pelo partido que lidera, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP, maior força da oposição), o mesmo grupo de jovens terá alegadamente tentado assaltar as instalações.

Na confusão gerada, um repórter-fotográfico do Jornal de Angola foi agredido, tendo uma das suas máquinas ficado danificada.

Segundo o subcomissário Kiaquizique Nascimento, elementos da candidatura de Aurélio Martins "são dos que têm dado mais trabalho à polícia".

O comandante da Polícia Nacional do distrito de Água Grande, cuja capital é a cidade de São Tomé, adiantou que a campanha eleitoral de duas semanas, que hoje chegou ao fim, foi marcada apenas por "alguns pequenos incidentes".

Devido à situação de tensão originada pele grupo de jovens junto ao Museu Nacional, a candidatura de Aurélio Martins optou por cancelar o comício, cancelando igualmente a atuação de artistas angolanos contratados.

A Lusa tentou contactar quer o candidato Aurélio Martins que elementos da sua direção de campanha, mas tal não foi possível.

São Tomé e Príncipe vai domingo às urnas para eleger de entre 10 candidatos o sucessor do presidente cessante Fradique de Menezes, impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato consecutivo.

Pinto da Costa sente que vai ser eleito Presidente da República já neste domingo





STP 15jul - A 48 horas das eleições presidenciais, o candidato Pinto da Costa, que já percorreu o país inteiro na caça ao voto, sente que a maioria do eleitorado, se identifica com o seu projecto de sociedade. Garantiu que vai ganhar as eleições, já na primeira volta.

O comício de Pinto da Costa esta quinta – feira, na cidade da Trindade, capital do distrito de Mé-Zochi, o segundo mais populoso do país, foi um dos últimos testes do candidato para sentir que a vitória nas eleições de domingo, é certa.

A capital de Mé-Zochi, distrito que muitos consideram como sendo bastante difícil para Pinto da Costa, tendo em conta os desaires nas eleições presidenciais de 1996 e 2001, nunca antes encheu de tanta gente, para manifestar apoio a um candidato nesta campanha para as presidenciais de 2011.

Para melhor ilustrar os leitores que conhecem a cidade da Trindade, o palco do comício foi montado um pouco mais acima da antiga firma comercial, “Novo Mundo” localizada ao lado da antiga instalação dos correios da Trindade. O povo de Mé-Zochi que apoia Pinto da Costa, preencheu o troço de estrada que vai desde a porta de entrada da capital de Mé-Zochi, designada de “Bond´jau” até ao largo que liga o antigo edifício dos correios à Igreja da Trindade.

O trânsito teve que ser cortado naquela zona da cidade da Trindade, para deixar a onda humana, absorver as ideias de Pinto da Costa para o futuro de São Tomé e Príncipe. «Se alguém tinha dúvidas sobre o apoio do distrito de Mé-Zochi à candidatura de Pinto da Costa ponha os olhos aqui na Trindade, neste mar de gente que quis mostrar a todo o país qual é a sua opção. Só não vê quem não quer… este apoio popular tem crescido de dia para dia e é cada vez maior a confiança numa vitória clara no próximo domingo», declarou o candidato.

Para Pinto da Costa vitória clara, significa ganhar as eleições presidenciais já neste domingo. «E uma vitória clara é uma vitória à primeira volta. Estou cada vez mais convicto que vou alcançar esse objectivo», assegurou Pinto da Costa.

As declarações de Pinto da Costa, lançaram euforia no seio da onda humana que se agigantou na capital de Mé-Zochi. Aplausos, gritos de euforia, Trindade, antiga Vila histórica agitou-se. «Tenho que começar por agradecer, com o coração, a vossa presença aqui, o vosso apoio, o vosso entusiasmo, a vossa esperança que me permite dizer, neste momento, que juntos vamos conseguir», reforçou Pinto da Costa.

O candidato avisou que desta vez vai estar atento ao desenrolar da votação no domingo. A derrota de Pinto da Costa nas eleições presidenciais de 1996, teve nuvens negras, que até hoje não foram devidamente dissipadas. Por isso a atenção redobrada no escrutínio do domingo. «Da minha parte quero assegurar-vos que a minha candidatura estará vigilante para que no próximo domingo os resultados eleitorais traduzam efectivamente a vontade do povo», sublinhou.

Para ler na íntegra o discurso de Pinto da Costa no comício de mè-Zochi, CLIQUE –Discurso de Pinto da Costa – Mé Zochi

Abel Veiga

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