segunda-feira, 27 de junho de 2011

Angola – Timor Leste: PRESIDENTE DE TIMOR LESTE HOMENAGEIA PAULO TEIXEIRA JORGE




ANGOLA PRESS

Luanda - O Presidente de Timor Leste, José Ramos Horta, condecorou hoje, segunda-feira a título póstumo, Paulo Teixeira Jorge, então membro do Bureau Político, secretário para as Relações Internacionais do MPLA e deputado à Assembleia Nacional, falecido a 26 de Junho de 2010.

De visita oficial a Angola, o estadista timorense deslocou-se a sede nacional do MPLA, onde foi recebido por membros da direcção do partido, para homenagear Paulo Teixeira Jorge a quem chamou de amigo e humanista que sempre estava disponível para ouvir as preocupações do povo de Timor Leste. 

Antes de entregar a viúva do malogrado, Belém Jorge, o galardão da República de Timor Leste, o mais alto do país o ilustre visitante realçou o facto deste estar a ser atribuído pela primeira vez, a titulo póstumo a Paulo Teixeira Jorge.

O secretário para a política económica e social, Manuel Júnior, e vice-presidente do MPLA em exercício, agradeceu a condecoração, classificando-a como o resultado dos
indestrutíveis laços de amizade e solidariedade que unem os dois povos desde os primórdios da luta de libertação dos respectivos países.

Referiu que a homenagem feita pelo presidente timorense, se estende, igualmente, ao MPLA e a todos os angolanos.

Paulo Teixeira Jorge completou este domingo, um ano desde que calou-se para sempre a sua voz. Natural de Benguela, muito cedo aderiu a luta contra o colonialismo, filiando-se no MPLA, onde militou activa e ininterruptamente por mais de 50 anos.

Angola – Timor leste: RAMOS HORTA IMPRESSIONADO COM BASE DA SONIL




ANGOLA PRESS

Luanda – O Presidente da República Democrática de Timor Leste, José Ramos Horta, disse hoje, segunda-feira, ter ficado bem impressionado com a “grandeza” da base logística de apoio à operações petrolíferas “SONIL”.

O estadista timorense, que realiza uma visita de quatro dias a Angola, falava aos jornalistas no final da ida as instalações da SONIL.

“É um projecto de extrema importância para a economia de Angola e da sua modernização, e tudo indica que este projecto integrado vai facilitar imenso a prestação de serviço ligado a indústria petrolífera. Cria empregos e cria riqueza”, sublinhou 

Disse haver um projecto parecido em Timor Leste, de menor dimensão, mas que ainda está a começar a ser executado na zona sul para prestação de apoio a industria petrolífera em offshore.

O Presidente de Timor Leste afirmou que gostaria de cooperar com Angola no domínio da formação de quadros técnicos de várias áreas, com destaque para a administração pública.

Afirmou estar interessado em explorar com Angola possibilidades de investimentos angolanos em Timor, de estabelecimento de bancos angolanos tendo em atenção o mercado asiático, que é uma região imensa, rica e extremamente dinâmica.

Ramos Horta assinalou que cooperação pode ser favorecida graça as boas relações e confiança política entre os dois Estados. 

Durante a visita Ramos Horta e os membros da sua delegação receberam informações de que a SONIL foi criada em 1995 e até 2008, com o fim da terça fase, beneficiou de obras de expansão de 50 mil metros quadrados para os actuais um milhão e 900 mil metros quadrados, para a melhoria da prestação de serviços logísticos e de assistência técnica a actividade petrolífera.

Os administradores da empresa informara ainda que foram construídos e melhorados os cais para permitir a atracagem de embarcações de maior porte, um novo pontão capaz de permitir, simultaneamente, a descarga de três produtos diferentes e a doca para cargas pesadas.

Fizeram igualmente alusão a construção de novas unidades de extinção de incêndios, bem como uma rede de água para apoiar a actividade dos bombeiros, armazém para produtos químicos e terminal para passageiros. 

Acompanharam o estadista timorense os ministros da defesa nacional, Cândido Van-dunem, e dos petróleos, Botelho de Vasconcelos, o Assessor para os Assuntos Sociais da Presidência da Republica, Justino Fernandes, e responsáveis da Sonangol e da Sonil.

A Sonil garante pouco mais de mil e 500 empregos.

Presidente da AN partilha com Ramos Horta empenho pela paz e segurança mundial





Luanda – O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma, declarou nesta segunda-feira, em Luanda, que aprecia o empenho do Chefe de Estado timorense que concorrem para a paz, a coexistência pacífica e segurança mundial.

Paulo Kassoma discursava na sessão solene da Assembleia Nacional convocada por ocasião da visita de quatro dias à Angola do Presidente da República Democrática de Timor Leste, José Ramos Horta.

Para o líder parlamentar angolano, “partilhamos com toda a comunidade internacional amante da paz a inquietação da nascente diplomacia de conveniência, que tanto mal pode fazer aos Estados que não dispõe de recursos suficientes e bloqueia as premissas de uma reforma credível do sistema e da ordem internacional.

Lembrou que “Timor Loro Sae e Angola partilham um passado e uma herança comuns, fruto de um sistema colonial impiedoso e atroz, assim como tiveram de vencer as agruras de invasões regionais, restaurando a liberdade, a independência e a soberania nacional.

Enalteceu a personalidade e o desempenho de Ramos Horta como diplomata e Nobel da Paz, bem como Estadista abnegado e comprometido com Timor e com a estabilidade mundial.

Sublinha que Ramos Horta nunca vacilou para brindar aos timorenses e ao mundo uma magnífica lição de resistência, de luta pela sobrevivência e, sobretudo, vontade de vencer e construir uma nação sobre os retalhos que o colonialismo e a ocupação indonésia quiseram fazer dela.


BRASILEIROS SÃO OS MAIS BARRADOS NOS AEROPORTOS DA UNIÃO EUROPEIA




CORREIO DO BRASIL, com BBC - de Bruxelas

Os brasileiros são os estrangeiros que mais tiveram a entrada recusada nos aeroportos da União Europeia em 2010 e o sexto grupo com mais permanências ilegais detectadas.

De acordo com a agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, no ano passado 6.072 brasileiros foram barrados pelas autoridades europeias ao tentar entrar no bloco por via aérea, o equivalente a 12% do total de entradas recusadas.

Quase 30% dos casos envolvendo brasileiros ocorreu na Espanha, onde 1.813 pessoas foram enviadas de volta ao Brasil principalmente por não poder justificar o motivo da viagem ou as condições de estadia no país.

Os brasileiros também foram os mais barrados nos aeroportos da França em 2010, com 673 casos.

Queda

O Brasil mantém a primeira posição entre as entradas negadas nos aeroportos europeus desde que a Frontex começou a contabilizar o dado, em 2008, mas a agência destaca que o número de casos caiu 24% no ano passado em relação a 2009.

– A razão está relacionada à crise econômica. Com menos oportunidades de emprego, a UE se tornou um destino menos atrativo para os imigrantes. Por isso houve uma queda significativa no tráfego aéreo para a UE, inclusive a partir do Brasil –, explicou Izabella Cooper, porta-voz da Frontex.

Em segundo lugar, muito atrás do Brasil, estão os Estados Unidos, com 2.338 cidadãos barrados às portas da UE em 2010, o equivalente a 4,8% do total, seguidos de Nigéria, com 1.717 barrados, e China, com 1.610.

Apenas outros dois países latino-americanos estão entre as dez nacionalidades mais recusadas nas fronteiras aéreas europeias: Paraguai, em sexto lugar, com 1.495 entradas negadas, e Venezuela, em décimo, com 1.183.

De maneira geral, considerando também fronteiras terrestres e marítimas, os brasileiros foram a quarta nacionalidade mais recusada pela UE no ano passado, com 6.178 negativas, o equivalente a 5,7% do total.

Em primeiro lugar ficaram os ucranianos, que responderam por 17% do total, com 18.743 negativas, seguidos de russos, com 9.165 negativas, e sérvios, com 6.990.

Ilegais detectados

No ano passado a Frontex também detectou 13.369 brasileiros vivendo ilegalmente em algum país da EU, a maioria deles em Portugal, Espanha e França.

O número representa 3,8% do total de residentes ilegais identificados no bloco em 2010 e coloca o Brasil na sexta posição da lista, liderada por Marrocos, com 6,3% do total.

Na frente dos brasileiros também ficaram os cidadãos do Afeganistão, Albânia, Sérvia e Argélia. Nenhum outro país da América Latina figura entre os dez primeiros entre as nacionalidades com mais ilegais detectados.

Wikileaks: EUA apontaram Lobão como defensor da privatização do setor elétrico




CORREIO DO BRASIL, com RBA - de São Paulo

Edison Lobão recebeu telefonema do embaixador dos EUA, logo após a posse

O ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, foi classificado pela embaixada norte-americana em Brasília como um amigo do setor privado e favorável às privatizações no setor elétrico.

Um telegrama obtido pelo Wikileaks, do dia 5 de maio de 2008, afirma que Lobão, recém-empossado naquele momento, se mostrou “um amigo da indústria e a favor da privatização do setor elétrico”. Além disso, o documento assinala que, em seminário realizado no Rio de Janeiro naquele mesmo ano, o ministro teria enfatizado que o “MME (Ministério de Minas e Energia) deve ser obsessivo no que diz respeito a honrar os contratos para evitar ceticismo nos investidores”.

O telegrama indica ainda que, em ligação “de cortesia” para o embaixador norte-americano, “Lobão se mostrou positivamente inclinado para formalizar negócios com os EUA”.

A embaixada descreve Lobão como “um ex-jornalista e político sem experiência na área de energia, em particular, que se comprometeu a se cercar de especialistas no assunto”. O documento continua: “A maioria dos especialistas do setor nos dizem que o cargo requer mais habilidades políticas do que experiência no assunto e estão, portanto, confortáveis com a nomeação”.

A capacidade elétrica é apontada pelos norte-americanos como um ponto fundamental para o crescimento econômico brasileiro. Eles assinalam que o Brasil ainda podia enfrentar novos “apagões”. “Como o Brasil pretende manter e até melhorar na esteira do recente crescimento do PIB de 5,4%, o sistema elétrico vai representar um desafio constante e talvez mesmo a limitação”.

Apagões e flexibilização ambiental

Outro telegrama, datado de 16 de maio de 2008, destaca que “conforme o Brasil parece continuar em sua trajetória de forte crescimento econômico, capitalizando a recente decisão da (agência norte-americana de classificação de rating) Standard and Poor’s de elevar o país para grau de investimento, este crescimento pode ser reprimido por limites no setor elétrico”. O documento explica que “nesse meio tempo, o governo se encontra obrigado a equacionar precariamente os recursos limitados no setor elétrico para evitar possíveis apagões e racionamento, por um lado, ou picos de custos elétricos, por outro”.

Segundo os documentos, um elemento crítico para o crescimento futuro será a capacidade do Brasil de fornecer um suprimento confiável de energia elétrica. “O País é altamente dependente da energia hidroelétrica, sem muita diversificação, o que gera dificuldades em anos com chuvas leves”.

A embaixada critica duramente as exigências para os licenciamentos ambientais. O argumento central é que as complicações para a obtenção das licenças acaba tendo efeito contrário e, ao invés de ajudar na preservação social e ambiental, estimulam o uso de fontes não limpas de energia, como a termelétrica.

Assim, a embaixada recomenda a flexibilização nos licenciamentos de hidrelétricas – cujas obras, atualmente, geram polêmicas ambientais e sociais, como é o caso da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.  “O Banco Mundial concluiu recentemente um estudo que aborda esta e outras complicações no licenciamento de energia no Brasil, fazendo recomendações na tentativa de aliviar os desafios de licenciamento para empresas de energia elétrica que visam operar no Brasil”.

Uma turba de descontentes

Em diversos telegramas fica claro o descontentamento de representantes do setor de energia com a postura do governo Lula, buscando a embaixada para reclamar da pressão por preços baixos.

“A associação dos fornecedores independentes de energia, Abraceel [Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia], acredita que o papel do governo no processo de concessões tem levado a uma distorção do sistema. O presidente da Abraceel, Paulo Pedrosa, disse ao assessor econômico que as preocupações deste ano acerca de uma eventual crise energética não se deveram a limitações de geração, mas a uma escassez de oferta causada pela intervenção artificial do governo no sistema de leilões para manter os preços baixos. Ele aponta para um eufemismo do governo da demanda real contratada no leilão como forma de diminuir o número de contratos de fornecedores a serem disputados. Ao fazer isso, os fornecedores interessados oferecem um preço mais baixo, na tentativa de ganhar os contratos. Essa tática não só resulta em preços mais baixos de energia para o consumidor, como em uma oferta de energia mais baixa para os próximos anos também”.

As principais fontes citadas nos telegramas são figuras importantes no cenário elétrico do País até hoje, como é o caso de Pedrosa, que atualmente é presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) e atua em Brasília fazendo lobby para empresas como Arcelor, Rhodia, Usiminas, Vale, Nestlé, Schincariol junto ao governo e aos diversos atores do setor, e também de Luiz Fernando Leone Vianna, que preside a Apine, associação que defende os interesses de empresas como AES, CPFL, Duke Energy, EDP, Endesa, Light, MPX e Tractebel.

COMBATE À FOME NO BRASIL PODE SER MODELO PARA GRAZIANO NA FAO





Especialistas afirmam que o Brasil tem lições a ensinar no combate à fome e dizem que essa experiência ajudou o brasileiro José Graziano da Silva a ser eleito diretor-geral da FAO.

Em pleno século 21, apesar de tantos avanços tecnológicos e da diminuição das fronteiras transnacionais, o combate à fome deve ficar ainda mais difícil. É essa a previsão das organizações que se ocupam com o tema há décadas; é esse o cenário que o novo diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o brasileiro José Graziano da Silva, vai enfrentar.

Mas o Brasil tem o que ensinar ao mundo, afirma Luca Chinotti, da Oxfam International. "Graziano teve um papel muito importante na implementação do programa Fome Zero, que teve muito sucesso no Brasil e contribuiu para uma elevada redução no número de pessoas que sofrem com a fome. Esperamos que ele traga esses casos de sucesso para o nível global", disse Chinotti em entrevista à Deutsche Welle.

De Heidelberg, na Alemanha, o brasileiro Flávio Valente, secretário-geral da FoodFirst Information and Action Network (Fian), também associa a escolha de Graziano aos feitos que o Brasil alcançou na última década. "Foi uma decisão de responsabilidade do governo brasileiro indicar o nome dele, e acho que a escolha [deste domingo] aconteceu em decorrência da experiência bastante positiva com toda a política de segurança alimentar e nutricional."

Lições de casa

A expectativa agora é que Graziano, que já era subdiretor-geral da FAO e representante regional para a América Latina e o Caribe, reproduza no âmbito internacional as táticas que deram notoriedade ao Brasil: segundo o governo, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram na classe média nos últimos anos.

A estratégia do Fome Zero mostrou resultados por aproveitar melhor os produtos regionais, investir em hortas escolares, captar água da chuva nas regiões áridas, apoiar a agricultura familiar – a grande produtora de alimentos. "Conceitos simples, porém não tão simplesmente implantados", citados pelo próprio Graziano numa entrevista à Deutsche Welle antes de ser eleito.

"O país tem o que ensinar em relação à segurança alimentar e nutricional. Mas não é o Brasil como governo, mas como sociedade. A parceria com a sociedade civil foi fundamental para produzir os números que conhecemos [de redução da pobreza]", ressalta Valente.

A coordenação das ações, no entanto, é parte do segredo do sucesso. A criação da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional, em 2007, e a regulamentação da chamada Lei de Segurança Alimentar, no ano passado, são exemplos de iniciativas públicas coordenadas, ressalta o chefe da Fian.

"Países como Brasil e também o Vietnã mostraram que, nos últimos anos, as políticas corretas e a liderança certa de políticos possibilitam a redução rápida da fome e da desnutrição", comenta Chinotti, da Oxfam Internacional. Valente concorda, e aponta outro dilema: "Mas isso não elimina todas as esquizofrenias. As contradições permanecem, os interesses dos grandes proprietários rurais permanecem. Mas com essas iniciativas se consegue coordenar melhor as ações."

Fome como business 

Apesar de fornecer bons casos, o Brasil também vive um processo contraditório, cheio de problemas – e tenta conciliar os interesses dos grandes produtores com políticas voltadas para melhorar a vida da população. "O agronegócio recebe muito mais subsídio do governo brasileiro do que a pequena agricultura, apesar do pequeno agricultor produzir cerca de 70% dos alimentos básicos da população brasileira", critica Valente, indicando um dos problemas.

A Oxfam International chama a atenção para o debate em escala mundial: por falta de incentivos e pela ação de grandes empresas da agroindústria, a expulsão de pequenos produtores vítimas de negócios obscuros fez com que, desde 2001, 80 milhões de hectares deixassem de produzir alimentos – área 20 vezes maior do que a Holanda. "Esperamos que Graziano mostre a liderança necessária para tomar as decisões certas que a FAO realmente precisa para se fortalecer no combate à fome", diz Chinotti.

O cenário para as próximas décadas não é animador. Segundo dados da própria FAO, em 1970 havia 950 milhões de pessoas que passavam fome no mundo, atualmente esse número chega a 1 bilhão. "Estamos numa encruzilhada, realmente. A humanidade tem que tomar decisões importantes sobre o que quer para si mesmo. É uma escolha que temos que fazer: se quisermos continuar depredando o mundo de uma maneira impensada e muito imediatista, acho que a gente tende a desaparecer", diz Valente.

Ao mesmo tempo, o brasileiro diz acreditar que medidas urgentes na área agrícola podem contribuir para a instituição vencer definitivamente essa luta. "Mas são medidas urgentes. Não existe só o modelo agroindustrial, que é usado pela indústria para alimentar animais e carros, e não pessoas. É preciso uma mudança de política internacional, de se inverter a prioridade de investimentos. Não é um retorno ao passado, mas o uso de uma ferramenta que estudos mostram ser o mais efetivo na luta contra a fome: a produção familiar, de pequena escala."

Autora: Nádia Pontes - Revisão: Alexandre Schossler

CENTRAL NUCLEAR AMERICANA RODEADA DE ÁGUA DEPOIS DE SUBIDA DO RIO MISSOURI




HELENA GERALDES - PÚBLICO

A central nuclear de Fort Calhoun, no Nebrasca, está rodeada pelas águas do rio Missouri, depois do colapso, ontem, de uma barreira temporária de contenção às inundações. As autoridades garantem que os reactores não foram afectados.

Segundo a Comissão norte-americana de regulação nuclear (Nuclear Regulatory Commission, NRC), foi detectada na madrugada de domingo uma fissura da barreira insuflável que protegia a central. Os edifícios do complexo e os geradores eléctricos estão agora rodeados pelo rio, que subiu devido às fortes chuvas na região. Por isso, as autoridades activaram os geradores de emergência e conseguiram restaurar a energia durante a tarde de ontem.

A central estava fora de funcionamento desde início de Abril para reabastecimento de combustível e não foi activada por causa da previsão de inundações, segundo uma nota de imprensa da NRC. Segundo esta comissão, não existe água dentro dos edifícios. Ao jornal “Washington Post”, o porta-voz da NRC garantiu que a central continua em condições de segurança, uma vez que o colapso da barreira não afectou os sistemas de arrefecimento dos reactores nem das piscinas de combustível usado.

De momento, as causas da fissura na barreira de protecção estão a ser investigadas. A central só voltará a funcionar quando as águas recuarem totalmente.

As águas do rio Missouri também estão a afectar outra central nuclear no Nebrasca, desta vez a central Cooper, perto de Brownville. Segundo o jornal "New York Times", há vários dias que os técnicos da central trabalham para defendê-la das águas, que começaram a subir há uma semana. As autoridades colocaram no local mais de cinco mil toneladas de sacos de areia para proteger a central Cooper, revela o jornal. Ainda assim, o nível das águas estará a recuar, noticia hoje a agência Reuters.

"Ambas as centrais nucleares (norte-americanas) activaram os seus planos de emergência face a inundações e tomaram as medidas apropriadas para proteger as estruturas vitais, sistemas e componentes da subida das águas", declarou, em comunicado, o responsável da NRC para a região, Elmo Collins.

As inundações representam sempre um risco potencial para os reactores nucleares mas esta ameaça ganhou recentemente uma maior dimensão depois da crise nuclear no Japão. Um tsunami atingiu em Março a central de Fukushima 1 e fez parar os sistemas de arrefecimento, gerando uma perigosa subida de temperatura nos reactores e nas piscinas que armazenam combustível usado.

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ORDENA A PRISÃO DE KADAFI E FILHO




DEUTSCHE WELLE

Corte de Haia emite mandado de prisão contra o ditador Muammar Kadafi, seu filho Saif al-Islam e o chefe da inteligência líbia, Abdullah Senussi, acusados de crimes contra a humanidade na Líbia.

O Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia (Holanda), emitiu nesta segunda-feira (27/06) um mandado de prisão contra o ditador líbio, Muammar Kadafi, e dois de seus aliados mais próximos. O ditador de 69 anos de idade, seu filho Saif al-Islam e seu cunhado e chefe de inteligência, Abdullah Senussi, são acusados de crimes contra a humanidade, incluindo o assassinato de centenas de civis, tortura e violência militar.

Segundo o procurador-chefe do TPI, Luis Moreno Ocampo, Kadafi e seus dois aliados seriam responsáveis ​​pelos crimes cometidos durante as tentativas de sufocar o levante popular na Líbia. Ocampo apresentou ao tribunal uma acusação de mais de 70 páginas, baseada em mais de 1.200 documentos.

Com o mandado, os 116 estados-membros da corte são obrigados a prender Kadafi e os outros dois acusados na condição de criminosos de guerra, caso tenham a oportunidade. Mas o ditador já afirmou que não deixará a Líbia, apesar dos constantes ataques aéreos da Otan.

De acordo com diplomatas de Haia, o mandado de prisão poderia complicar as negociações de uma solução para o conflito. Como criminoso de guerra perseguido, Kadafi não poderia exilar-se em outro país.

Ocampo explica que não há alternativas à aplicação de uma lei consistente. "Para conter os crimes na Líbia e proteger a população civil, Kadafi precisa ser detido", disse o procurador-chefe pouco antes da confirmação do mandado de prisão, cuja emissão ele já havia solicitado em maio.

LF/dpa/rtr - Revisão: Alexandre Schossler

PREMIÊ CHINÊS CHEGA À ALEMANHA SINALIZANDO APOIO AO EURO





Alemanha é a terceira estação da comitiva chinesa na Europa. Antes de chegar a Berlim, governantes chineses já deixaram claro que pretendem apoiar o euro comprando títulos de países europeus.

Acompanhado por uma extensa delegação e pela maior parte de seu gabinete, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, desembarcou nesta segunda-feira (27/06) em Berlim. Depois da Hungria e do Reino Unido, a Alemanha é o terceiro país a ser visitado por Wen em sua turnê europeia.

Ainda nesta segunda-feira, Wen será recepcionado pela premiê alemã, Angela Merkel, em jantar para poucos convidados às margens do lago Wannsee, nos arredores de Berlim. Na terça-feira, os gabinetes dos chefes de governo se encontrarão para as primeiras consultas governamentais sino-alemãs.

Wen viaja acompanhado por 13 ministros. O premiê chinês ainda deverá se encontrar com o presidente alemão, Christian Wulff. Ambos os países consideram esse intercâmbio de alta importância e a crise do euro deve ser um dos temas das conversas entre chineses e alemães.

Mesmo antes do início da viagem do premiê chinês, Pequim já deu sinais de que pretende ajudar países da zona do euro financeiramente debilitados. No contexto da visita de Jiabao, os chineses afirmaram ter grande interesse numa solução para a crise de endividamento na Europa.

O porta-voz do Ministério chinês do Exterior, Hong Lei, declarou esta semana que "a China está disposta a ajudar os países europeus também futuramente" e que uma série de medidas já foram tomadas para impulsionar a cooperação econômica – por exemplo, através da compra de títulos de países da zona de moeda comum.

Em Budapeste, primeira estação da viagem pela Europa, Jiabao declarou aos representantes do governo da Hungria que comprará títulos do país e que a China se vê como uma investidora de longo prazo em papéis de países europeus. "Apoiamos a Europa e o euro", declarou.

Fortalecimento do mercado?

Para o especialista em assuntos chineses Eberhard Sandschneider, diretor da Sociedade Alemã para Política Externa (DGAP), a estabilização do euro é de interesse tanto da Alemanha como da China e deverá ser um tema em Berlim. "Mas não há expectativas de curto prazo de que a China vá ajudar a salvar a Grécia e o euro", acresceu Sandschneider.

Ele lembrou que dívidas estatais não são um tema bilateral entre a Alemanha e a China, mas uma questão multilateral, que a China deve discutir com a União Europeia.

Com mais de 3 trilhões de dólares, sendo um quarto em euros, a China possui as maiores reservas cambiais do mundo. Segundo informações próprias, Pequim já comprou, desde abril, títulos de países endividados da zona do euro no valor de vários bilhões de euros. Para o cientista político Gu Xuewu, da Universidade de Bonn, a visita de Wen tem, nesse contexto, um efeito sugestivo.

"Isso pode vir a fortalecer o mercado. A China não ficará indiferente caso a crise em países da zona do euro se acirrar." A visita do premiê chinês pode sinalizar que não somente o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudariam os europeus, mas também uma potência emergente como a China, disse Gu.

Peça na rede de consultas

Com Jiabao viajam 13 ministros do Conselho de Estado chinês para as primeiras consultas governamentais sino-alemãs em Berlim. A Alemanha já mantém reuniões desse tipo com outros países, como França, Espanha, Polônia, Itália e Rússia, mas, no caso da China, esta é um forma completamente nova de cooperação. Para Sandschneider, este encontro de cúpula é, a princípio, uma demonstração mútua de importância.

"A rede de consultas entre a China e a Alemanha já é bem estreita, e agora mais uma peça complementa esse mosaico", disse o especialista Sandschneider. Ele diz que essa nova forma de cooperação faz sentido porque vivencia-se repetidamente que, em tempos de dificuldades políticas, tais formas de cooperação institucionalizada são instrumentos bastante úteis.

Direitos humanos como obrigação

As dificuldades entre a China e a Alemanha começaram quando Merkel recebeu o Dalai Lama na Chancelaria Federal, em setembro de 2007. Pequim viu nisso uma afronta e descreveu a reunião como ingerência em assuntos internos. Na sequência, uma série de reuniões oficiais foram canceladas ou adiadas.

Apenas lentamente, as relações bilaterais se reconvalesceram. Durante sua visita à China, em 2010, a harmonia voltou aparentemente a reinar entre Merkel e Wen Jiabao, durante a visita aos famosos guerreiros de terracota na cidade de Xian.

No entanto, Merkel não perde nenhuma oportunidade de abordar as lideranças chinesas sobre um tema desagradável para elas: os direitos humanos. Até agora, os chineses se restringiram a ouvir tudo pacientemente, mas nada mais. Para o cientista político Gu, os líderes ocidentais se veem na obrigação de abordar o assunto para agradar o público interno, e o governo em Pequim já está acostumado com isso.

"O governo chinês constatou que os líderes ocidentais falam com Pequim sobre os direitos humanos mais por motivos políticos domésticos, não querendo necessariamente forçar a China a melhorar a situação", disse Gu. O resultado é o surgimento de uma espécie de conversa em via dupla: fala-se sobre a cooperação econômica, enquanto se reconhece que há queixas sobre a situação dos direitos humanos.

Opiniões diferentes

Ainda não se chegou a um acordo quanto à eficácia de tais negociações. Dois dias antes da partida de Wen para a Europa, o governo chinês libertou na última quarta-feira o artista e crítico do regime Ai Weiwei. O ativista de direitos humanos Hu Jia também foi libertado.

Alguns observadores veem nessa ação um gesto de aproximação com os europeus. Outros consideram que tal interpretação vai longe demais. Para Jean-Pierre Cabestan, da Universidade Batista de Hong Kong, só o momento de libertação dos ativistas pode ter a ver com a visita de Wen, mas "deve-se procurar a razão para além de uma visita à Europa."

Autor: Haiye Cao / Carlos Albuquerque - Revisão: Alexandre Schossler

RAMOS HORTA ESTÁ DE ACORDO COM A FRETILIN EM RELAÇÃO A QUÊ?




OPINIÃO DO LEITOR


"Ramos Horta já não pode mais continuar sentado a meio campo e pelo que parece também está de acordo com a FRETILIN"

Ramos Horta está em acordo com a Fretilin em relação a quê?

Não se percebe estas declaracoes generalizadas. Fazem declarações destas como que para dar a impressão que todo o mundo está contra Xanana mas a realidade nada disso mostra.

Xanana continua a ser respeitado pelo povo (Não, o povo não é a Fretilin nem a Fretilin é o povo. Essas falácias já foram mais que desmascaradas nas ultimas eleições).

Ramos Horta disse muitas vezes à Fretilin que não via razão para as eleições antecipadas que a Fretilin exigia.

Está agora de acordo com o quê?

Por favor, expliquem-se, em vez de estarem a mandar essas bocas sem qualquer outro fundamento que não o de querem dar a impressão de que são detentores de uma 'verdade' desconhecida pelos timorenses.

Por favor!

Agora reverteram os papéis: XANANA CONTROLA A PNTL E USA-A CONTRA AS F-FDTL




OPINIÃO DO LEITOR


Este leitor anónimo tem uma imaginação muito, muito, fértil.

Engraçado como o leitor faz a interpretação dos eventos para apoiar as teorias de conspiração da Fretilin.

“Não devemos esquecer a ligação das chefias das F-FDTL com a FRETILIN”, diz.

Pois aqui está. A Fretilin nunca aceitou que as FALINTIL se tivessem despartidarizado e transformado num exército de defesa e libertação nacional sob o comando de Xanana Gusmão.

Ainda hoje parece haver leitores que persistem em acreditar que as F-FDTL são uma força armada da Fretilin, como demonstra o comentário deste leitor anónimo.

Durante a crise de 2006 quase conseguiram fazer o tempo voltar para trás e submeter mais uma vez as F-FDTL ao controle politico da Fretilin, com os resultados já conhecidos.

Só que Taur Matan Ruak apercebeu-se do perigo e mais tarde confidenciou isso mesmo a Xanana Gusmão dizendo-lhe que tinha dito ao então ministro de defesa do governo Fretilin que o maior erro do seu governo foi o de tentar submeter as F-FDTL ao controle da Fretilin.

A partir desse momento o Taur e as F-FDTL começaram a adoptar uma postura mais neutra com resultados bem visíveis e positivos na gestão da crise politico militar de 2006.

Engraçado, também, que quando Xanana Gusmão era PR, a propaganda da Fretilin acusava-o de controlar as F-FDTL para atingir os seus objectivos contra o governo Fretilin e que tinha a PNTL sob seu controlo. Diziam eles que Xanana estava a criar confrontos entre a F-FDTL, o seu comando, e a PNTL do governo.

Agora os senhores propagandistas reverteram os papéis. Xanana controla a PNTL e usa-a para atingir os seus fins políticos contra as F-FDTL que estão ligados a Fretilin?

Isto tudo mais parece uma fantasia imaginada de uma cabeça infantil. Certamente que infantil é uma palavra adequada para descrever as teorias de conspiração criadas pela máquina de propaganda da Fretilin.

Já quase ninguém os leva a serio.

RAMOS HORTA CONSIDERA ANGOLA EXEMPLO DE TENACIDADE




ANGOLA PRESS

Luanda – Angola é um exemplo de firmeza e tenacidade na luta pela independência, a segurança, paz e bem-estar do povo, declarou hoje, segunda-feira, em Luanda, o Presidente da República de Timor Leste.

José Ramos Horta discursava na sessão solene extraordinária da Assembleia Nacional, convocada por ocasião da sua visita de quatro dias a Angola.

Disse ser com satisfação que se dirige à Assembleia Nacional democraticamente eleita e testemunho do caminho percorrido por Angola.

Para o líder timorense “Angola é uma potência africana cuja história ao longo das últimas décadas constitui exemplo de firmeza e tenacidade na luta pela independência, a segurança e a paz, condições necessárias para o desenvolvimento económico e melhoria das condições de vida e bem-estar do povo angolano”.

“Angola está finalmente em paz. Tenho tido notícias dos progressos na melhoria das infra-estruturas e das altas taxas médias de crescimento da economia angolana”, referiu.

Adianta que “Angola pode finalmente transformar em bem-estar os dividendos da paz, conquistada graças à firmeza do seu povo e tenacidade dos seus líderes.

Aponta o país como um motor de desenvolvimento regional, uma potência cuja experiência e maturidade continuarão a ter impacto decisivo para a estabilidade do continente.

Referiu a influência positiva de Angola nos processos de independência do Zimbabué e da Namíbia, bem como da democratização da África do Sul e da libertação de Nelson Mandela.

A contribuição para unidade nacional e estabilidade da República Democrática do Congo e para a estabilização da Guiné-Bissau foram outros feitos apontados.

O líder timorense falou da importância da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP), como uma aliança de oito irmãos, com enorme afirmação dos seus valores de liberdade, tolerância, desenvolvimento e convivência pacífica com todos os povos do mundo, mantendo boas relações com as grandes potências e economias mundiais.

Garantiu que Timor Leste apoiará e contribuirá as todas as iniciativas que visem a afirmação da CPLP.

Apela às autoridades zimbabueanas a aderirem as iniciativas de paz e outros esforços regionais de mediação e dar impulso ao processo de renovação da confiança do povo no futuro do país.

O Presidente de Timor Leste enalteceu os ganhos da independência no seu país, referindo dados sobre o crescimento económico, redução das taxas de mortalidade infantil e materna, bem como dos esforços para eliminar o analfabetismo até 2015.

Angola - Timor Leste: José Eduardo dos Santos e Ramos Horta analisam cooperação bilateral




ANGOLA PRESS

Luanda  - Os Presidentes de Angola e da República Democrática de Timor Leste analisaram hoje, segunda-feira, em Luanda, aspectos ligados ao reforço da cooperação bilateral.

José Eduardo dos Santos e Ramos Horta estiveram reunidos, durante cerca de uma hora, no quadro da visita oficial que o estadista asiático efectua a Angola.

No final deste encontro representantes das duas delegações assinaram um acordo no domínio da Defesa e outro atinente à Comunicação Social.

Em conferência de imprensa, o Chefe de Estado angolano disse que durante o encontro foram abordadas questões de domínio bilateral e também procedeu-se a uma avaliação da situação internacional, particularmente naqueles aspectos que interessam aos dois paises.

No quadro das relações bilaterais, disse, focalizou-se as atenções no domínio dos Petróleos e da Defesa, porque "entendemos que nesta área podemos estabelecer uma cooperação mutuamente vantajosa".

Justificou o acordo assinado no domínio da Defesa em que se pretende colocar a disposição dos "nossos irmãos timorenses toda a experiência por nós adquirida nas áreas da formação, organização das forças armadas, da logística, entre outros aspectos".

"É uma cooperação que se vai cingir à área tecnico-militar fundamentalmente. (...) não há aqui cooperção no envio de forças nem de meios bélicos", asseverou José Eduardo dos Santos.

Tambám se falou de petróleo uma vez que os dois países têm este produto e já o exploram.

"Informamos ao presidente Horta que a experiência de Angola está à disposição de Timor", referiu ainda.

Noutra parte das suas declarações o Presidente da República de Angola disse que também se falou da situação prevalecente em África e das reformas das Nações Unidas.

"Aqui sublinho, mais uma vez, que lançamos um apelo para que este processo de reformas das Nações Unidas avance o mais depressa possível porque a configuração do mundo actual é diferente daquela em que foram estabelecidas estas instituções, como o Conselho de Segurança, a Assembleia-Geral, entre outros instrumentos que hoje cuidam da segurança da paz mundial e também do processo de diálogo para favorecer o entendimento entre as nações", pontualizou.

Angola - Timor Leste: José Eduardo dos Santos admite cooperação em vários domínios




ANGOLA PRESS

Luanda - O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, admitiu hoje, segunda-feira, em Luanda, a possibilidade de Angola vir a cooperar no domínio dos petróleos, assim como nas áreas de infra-estruturas básicas, estradas e outras vias de comunicação com a República Democrática de Timor.

Sublinhou que nos petróleos, por exemplo, o país tem um "know how", quer no domínio de pesquisa, quer da prospecção, produção, entre outros."Não é uma grande experiência (...) mas tem alguma", asseverou.


José Eduardo dos Santos falava em conferência de imprensa no quadro da visita que o seu homólogo da República Democrática de Timor Leste, Ramos Horta, efectua a Angola.

"Angola pode, Angola quer, desde que haja a mesma vontade da parte de Timor e podemos depois estabelecer as parcerias necessárias para se completar os nossos esforços", acrescentou.

Ramos Horta, por sua vez, congratulou-se com os esforços que o Governo angolano efectuou para a consolidação da paz em Angola e agora para a reconstrução nacional.

Em poucos anos, enalteceu, o Governo de Angola tem efectuado realizações "sem precedentes no mundo", nos mais variados domínios.

Depois de tomar parte num almoço a si ofertado, no Salão Nobre do Palácio Presidencial, Ramos Horta irá condecorar o Chefe de Estado angolano com a Ordem de Timor Leste, denominada "Grande Colar".

Esta condecoração, segundo Ramos Horta, é feita "apenas a Chefes de Estado que sobressaem como grandes apoiantes e amigos da nossa causa".

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