quarta-feira, 30 de maio de 2012

Portugal: CRESCE A VIOLÊNCIA GRATUITA DA PSP E A PGR O QUE FAZ?




No artigo da postagem que se segue à deste título já estão as considerações adequadas a determinadas atuações da PSP e o vídeo ali publicado é verdadeiramente repugnante pela violência gratuita, estúpida, de uma mole exagerada de agentes que deviam andar a combater o crime em vez de se passearem num "dolce fare niente" que lhes transmite tédio e consequentes reações inapropriadas à resposta de situações que deveriam ser tratadas com sabedoria e o devido respeito pela cidadania de cada um de nós.

Mas, infelizmente, há mais a dizer desta polícia que se supunha ser de segurança pública. Retirámos exemplos de dois blogues. Comente quem quiser. Por enquanto ainda podemos. Não sabemos é se as represálias pidescas um dia não terão lugar. Pelo andar deste estado policial terrorista, afirmação baseada nestes testemunhos, talvez um dia os que divulgam verdades tenham de pagar o atrevimento. A nova PIDE anda por aí em reboliço e Passos nega... Onde andam os deputados eleitos por todos nós? O que faz a PGR em relação a esta violência policial preocupantemente em crescendo que se revela tão gratuita, cobarde e impune? (Redação PG – CT)

Mais um espancamento da PSP


Esta é a minha filha… QUE FOI BRUTALMENTE AGREDIDA PELA PSP !!

Claro que foi aberto de imediato um processo crime e ela foi hoje vista por um médico do Ministério Público que ficou literalmente aterrado com o que viu,não só em todo o corpo como na mente (pois ela agora não consegue olhar de frente para um agente da PSP nem andar de combóio), e solicitou a entrega de um TAC à garganta que mandámos fazer, numa clínica privada, pois na ida ao Hospital S.Francisco Xavier, imediatamente após a agressão, não tinham equipamento para ver os tecidos moles do pescoço onde os punhos fechados de um dos agentes fizeram pressão, estando ela contra uma parede. O TAC acusou os danos.

Estava a viajar num comboio de Lisboa para a área de residência e saíu na estação perto de casa onde estavam 10 agentes que se juntaram aos 3 que vinham no comboio e onde tiveram problemas com um grupo de jovens que saíram 2 estações antes dela. Ela até vinha a dormitar. Saiu na sua estação e um conhecido que vinha com ela começou a ser de imediato agredido pelos agentes na gare.

Quando ela gritou a pedir para pararem de bater no jovem foi imobilizada e arrastada pela estação. Foi atirada de cabeça contra as cancelas de passagem dos passageiros tendo caído. O agente que a agrediu levantou-a pelos cabelos e arrastou-a pelos braços para dentro da esquadra localizada nas imediações da estação, onde a levou para uma área vazia a atirou contra uma parede e lhe espremeu o pescoço com os punhos fechados.

Não foi feito qualquer auto. Ela conseguiu telefonar-nos do telemóvel a pedir socorro porque foi espancada e estrangulada. O agente a quem ela passou o telefone disse não saber o que se passava ou o que o colega tinha feito (com a minha filha a gritar em background que era ele que a tinha espancado) mas que ela seria de imediato libertada pois não havia qualquer problema com ela.

Vamos amanhã a uma consulta da APAV para receber acompanhamento e formação sobre segurança pois parece provável que hajam retaliações segundo nos foi comunicado por diferentes entidades o que nos obriga a ter cuidados redobrados….

E agora? Que devemos fazer? Aceitam-se sugestões…..

“qui custodiet custodes?”

Joao Penha-Lopes no Facebook



"Eu não quero vingança! Eu quero que se faça justiça!"


Dando continuidade ao que aqui anunciámos, passo a apresentar alguns factos

O Tony tem 46 anos. Nasceu em Cabo Verde e veio para Portugal em 1991. É motorista de pesados. Não tem cadastro.

Embora de fraca qualidade (imagem), o som permite ouvir a revolta dos muitos vizinhos que, aos gritos, exigiam que os agentes (fardados e à paisana) parassem com as agressões ao Tony. Tudo aconteceu na noite de 25 para 26 de Maio, por volta da uma hora da manhã. O Tony estava à espera que a companheira acabasse de limpar o café para seguirem ambos para casa. Como era costume… naquela noite os hábitos desta família foram brutalmente interrompidos e as liberdades, direitos e garantias destes cidadãos foram atirados para a sarjeta

Os agentes da PSP chegaram e, pouco depois, passaram à acção. As agressões começaram logo ali, à porta do café. Primeiro o gás pimenta nos olhos para que a cegueira impedisse qualquer resistência. Das janelas dos prédios em redor, os vizinhos gritavam em desespero. Há mais testemunhas, para além dos vizinhos, que estão dispostas a acompanhar o Tony nesta luta.

Da porta do café, a violência foi transferida para a Esquadra da PSP de Santa Marta de Corroios.

O gás pimenta foi uma constante. O Tony, que já chegou à Esquadra inconsciente, demorou a recuperar os sentidos. Deitaram-lhe água nos ouvidos. Repetidamente. Por volta das 5h30 os Bombeiros do Seixal foram chamados e transportaram o Tony para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Saiu ao meio-dia. Líquido nos pulmões. Hematomas por todo o corpo. Costelas partidas.Tudo isto vai passar. A dor que transmite com o olhar não.

Ao contrário de muitos outros, o Tony não está sozinho. O caso será levado até às últimas instâncias. Ao sair do Hospital Garcia de Orta, em Almada, o Tony disse a um amigo: «Eu não quero vingança! Eu quero que se faça justiça!»

Portugal - PSP: UMA POLÍCIA SEM MIOLOS, BOÇAL, ANIMALESCA, EXAGERADA, INDIGNA




UMA POLÍCIA À MEDIDA DE CAVACO SILVA E DO PSD

O vídeo tem por título Stress na Morais Soares, uma rua de Lisboa. O conteúdo visual vem acompanhado do texto constante mais em baixo, entre aspas. A desastrosa e boçal atuação da PSP é bem visível, mais parecem um grupelho de delinquentes que obsessivamente querem levar a sua avante sem tomar em consideração que estão a aterrorizar uma criança de colo (2 ou 3 anos de idade). As razões alegadas pela PSP não justificam a atuação desmiolada, indigna de uma polícia de um estado verdadeiramente democrático. Por que razão a PSP tem atuações mais animalescas sempre que Cavaco e o PSD estão nos poderes (PR e Governo)?

“Segundo o cidadão, tudo começou quando um dos agentes lhe tira à força dois documentos negando devolvê-los. Indignado com o abuso, o cidadão insiste que lhe devolvam os documentos. O agente acaba por chamar reforços (1 carrinha + 2 ou 3 carros patrulha). O cidadão aflito chama o filho para o seu colo momento em que a polícia decide detê-lo.

Toda a Morais Soares assistiu indignada. Embora rapidamente afastados, até velhotes transeuntes tentaram impedir que separassem pai e filho.”
 
PSP ESCLARECE VÍDEO NO FACEBOOK? NÃO. PSP DEMONSTRA QUE TEM NAS CHEFIAS APOLOGISTAS DE ATOS DESUMANOS, ATERRORIZANTES

Segue após nossas considerações uma prosa retirada do Jornal de Notícias em que se toma conhecimento de que a PSP usou o Facebook para propagar a sua versão sobre os acontecimentos registados no vídeo em causa. Somos de opinião de que a PSP não esclarece as razões da boçalidade, da animalidade, da selvajaria, do excesso que visionamos nas imagens. Principalmente por não ter usado os miolos, usado de persuasão inteligente, humana, democrática, baseada na legalidade de um Estado de Direito. Justamente por isso classificam já a PSP de neo-fascista, o que decerto será por razões de ações indignas como a reportada.

Ao contrário do que querem fazer acreditar, a lei não deve ser cega. Primordialmente, no caso à vista, deve ser assegurado o bem-estar, o conforto, a total observância nos procedimentos policiais (mesmo com toda a razão) que preservem os interesses de menores. Muito mais de uma criança de colo. Isso a PSP não o fez. Agiu, como antes já foi afirmado por nós e por outros, como um grupo de bandidos tresloucados. Sem nível. Sem decoro. Provocando a reprovação, a ira da maioria que assistiram e virão a assistir às repulsivas imagens. A “coisa” podia ter-se complicado com a crescente indignação da população. Estão agentes nos efetivos da PSP que provocam situações inadmissíveis, intoleráveis. Mas o pior nem é isso. O pior é que assistimos a chefias que vêm demonstrando o seu elevado grau de desumanidade, fazendo a apologia da prática de atos que aterrorizam os cidadãos, neste caso, principalmente, aterrorizando uma criança de 2 ou 3 anos de idade, quando podia por via do diálogo - não com aquele polícia que apreendeu os documentos mas com outro agente que soubesse calmamente resolver a questão – ter obtido os resultados que fizessem prevalecer a sua razão no cumprimento e no respeito que a PSP devia merecer. Sublinhe-se o devia porque assim, a atuar assim, não é merecedora do respeito de que era há alguns anos atrás. Ora se as chefias aprovam e tornam público no Facebook ações deste tipo… Tudo está errado com elas e até podemos, como cidadãos, ficar com a perceção de que exatamente por isso é que os agentes tratam tão mal os cidadãos. Até parece que este ministro da polícia primou em colocar nas chefias agentes à sua cor e ao tradicional modo do PSD: a lei da cachaporra que os portugueses tão bem conheceram nos tempos salazaristas e que agora está a retornar.

Acresce o facto de que a razão de tudo foi um telemóvel no ouvido do pai da criança quando este vinha a conduzir. Muito bem, é proibido por lei. Mas seria assim tão grave aquela infração? O agente que abordou o automobilista, pai da criança, terá sido correto? Agiu corretamente ao retirar os documentos e ao alegar não os querer devolver? O indivíduo (pai da criança) mostrou-se agressivo para com o agente? Com uma criança ao colo que agressividade – para além da verbal – ele poderia pôr em prática? Pelo que se pressente a história na versão da PSP está muito mal contada. Claro, prevalece a palavra dos indignos de uma corporação que urge pôr a servir corretamente os direitos dos cidadãos de um Estado de Direito. Não é competência da PSP brutalizar os cidadãos e muito menos aterrorizar crianças. Ou as chefias que se querem limpar das imagens alegando a sua versão no Facebook consideram que não aterrorizaram a criança com a sua selvática e desproporcionada ação? Desmiolados. Indignos de uma corporação que já tinha no seu palmarés a democratização em curso.

Para que se acabe de vez com estes tristes “fados” o processo pode ser demorado porque a limpeza tem de fazer-se desde o Palácio de Belém a São Bento, e por onde existirem mais apologistas do Estado da Cachaporra, da bufaria, do terrorismo de pantufas (por enquanto) que mais cedo que tarde calçará botas cardadas. Quem põe mão e travão nisto? Os deputados da Assembleia da República não vêem? A Comissão de Proteção de Menores não se digna atuar neste caso? Não é do seu pelouro?

O que se exige é humanidade e inteligência à PSP, sem isso não há segurança possível. É que lidar com algumas bestas é muito difícil.

Uma última observação. Diz o Jornal de Notícias que há os cidadãos que no Facebook aprovam a atuação e que até lhe dão os parabéns perante tão repugnantes imagens. Quantos agentes da PSP usam o Facebook? (Redação PG – AV)

PSP esclarece vídeo que mostra detenção que envolveu uma criança


A PSP decidiu utilizar o Facebook para esclarecer a população sobre um vídeo que anda a circular nas redes sociais. No vídeo, é possível ver uma detenção, ocorrida a 28 de maio, em Lisboa, onde uma criança é retirada dos braços de um homem, antes deste ser detido. Veja o vídeo.

Segundo diz a PSP no esclarecimento publicado no Facebook, o homem foi detido a "exercer condução fazendo uso de telemóvel". "Durante a abordagem, [o elemento policial em serviço] apercebe-se de que o cidadão se encontra acompanhado por um filho menor (de colo)", assumindo "uma postura agressiva".

"Depois de solicitados reforços pelo agente", diz o comunicado, foi dada a ordem de detenção tendo em conta o comportamento do condutor. "Apercebendo-se disso, o condutor retirou o filho do colo do cunhado e serviu-se do mesmo como 'escudo' para evitar a consumação da detenção".

É mesmo este facto que está a dar que falar nas redes sociais: a parte do vídeo que tem sido alvo de maior escrutínio é aquela em que se vê os agentes a tentar retirar a criança dos braços do pai.

Nesse sentido, assegura a polícia, os agentes envolvidos "asseguram a integridade física da criança, colocando-a temporariamente sob a atenção e cuidado de uma agente feminina", procedendo "à manietação do condutor", "sem ser possível verificar qualquer imagem de violência".

O post já foi partilhado mais de 60 vezes. Quase cem pessoas "gostaram" da publicação da polícia. O comunicado acumula quase 150 comentários, que se dividem entre o apoio à polícia e acusações de exagero.

Se, por um lado, alguns dizem que a polícia exagerou na sua atuação, tendo em conta que se tratava apenas de um condutor a falar ao telemóvel e tendo como agravante o facto de ter uma criança ao colo, por outro há quem concorde com a atuação da PSP.

Pelo meio, há quem acuse a polícia de abusar do poder noutros casos similares e quem dê os parabéns à PSP pela rápida intervenção.

Quanto ao vídeo da detenção, este já foi visto mais de 44 mil vezes em apenas um dia. No mesmo, é dito que o condutor se indignou com "o abuso" da PSP ao não entregar os documentos entregues e insistiu que os mesmos lhe fossem devolvidos. "O cidadão aflito chama o filho para o seu colo, momento em que a polícia decide detê-lo", é dito.

PORRA! DE NOVO A MULHER DA LIMPEZA?




Orlando Castro*, jornalista – Alto Hama*

O director do Expresso, Ricardo Costa, disse hoje que quer saber quem ordenou um relatório sobre a sua vida profissional e pessoal e espera que essa resposta seja dada "ao mais alto nível".

Vai esperar sentado, como é óbvio. Aliás, ele sabe que é mesmo assim. O máximo que se conseguirá saber é que a culpa volta a ser da dona Maria – a mulher da limpeza.

O Expresso 'online' noticiou hoje que o antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e ex-administrador do grupo Ongoing, Jorge Silva Carvalho, tinha um relatório detalhado sobre a vida do director do semanário.

Trabalhando em série, como parece ser a vocação dos mais recentes espiões made in Portugal, é provável que Jorge Silva Carvalho, este ou outro qualquer do mesmo jaez, para lá tenha informações sobre muitos outros jornalistas da praça.

E como espião prevenido vale mais algumas coisa, os directores e similares que iam ao beija-mão do anterior sumo pontífice socialista, José Sócrates, que se cuidem. Enquanto jornalistas venderam a alma e, por isso, sujeitam-se a que a história tenha novos capítulos.

"O documento, a que o Expresso teve acesso, tem 16 páginas e contém informação pormenorizada sobre aspectos pessoais e profissionais de Ricardo Costa, incluindo relações afectivas, nomes, idades e escolas frequentadas pelos filhos menores, uma análise do seu perfil e dos seus aliados e adversários, bem como um historial desde os seus tempos do liceu", refere o semanário.

Convenhamos que estes supostos discípulos de Silva Pais parecem, de facto, querer honrar as técnicas e estratégias da PIDE/DGS. Tal como Rosa Casaco, estes novos espiões não olham a meios para atingir os seus fins, os fins de uma ambição desmedida onde vale tudo… até mesmo tirar olhos.

"Não sei se o secretário-geral dos Serviços de Informação da República tem a noção de que estas coisas são feitas sobre os jornalistas", comentou o director do Expresso.

Para eles, se calhar bem mais do que a PIDE, os jornalistas nada significam, a liberdade nada significa, a democracia menos ainda. Eles, com a necessária ajuda (mesmo que passiva) dos políticos, apenas querem ser co-proprietários do reino.

Aliás, numa altura em que se conhecem mais ou menos quem são os donos dos jornalistas mas, pelo contrário, se desconhece quem são os donos dos donos, importa dizer que por via maçónica, partidária, homossexual ou outra, muitos desses supostos jornalistas chegaram a cargos de topo sem saberem ler nem escrever. Portanto…

Em segundo lugar, acrescenta Ricardo Costa, "não faz sentido que os jornalistas sintam que, de alguma forma, estão eventualmente a ser espiados por autoridades públicas, ainda muito menos quando depois esses serviços têm relações com interesses privados mais ou menos obscuros".

De uma coisa todos podem estar certos. Não são muitos os jornalistas espiados. E não são porque esse tipo de espionagem só é necessária quando os jornalistas têm coluna vertebral e tomates. E como o Ricardo Costa sabe, são cada vez menos os que se podem gabar disso.

Se os jornalistas portugueses se limitasses, a bem da nação, a fazer o que o poder político e seus lacaios querem, ou seja a reproduzir as ordens, dando tudo (muitos já nem usam vaselina, tal é a prática) o que têm para agradar ao chefe, evitassem contar até 12… para não terem de se descalçar, nenhum espião estaria interessado neles.

Mas como muitos deles, mais do que serem jornalistas, querem é ser directores, lá andam com uma mão à frente e outra atrás, com frascos de vaselina no bolso, a mendigar de joelhos, de cócoras ou na horizontal. E quando lá chegam, mesmo quando muda o chefe do posto, não podem ter ambições que vão além de sipaio.

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Título anterior do autor, compilado em Página Global: NEM AS CRIANÇAS (MORTAS) ACORDAM A NATO

Portugal: MIGUEL RELVAS É OUVIDO HOJE ÀS 17:30 NO PARLAMENTO




Miguel Relvas regressa ainda esta tarde à primeira comissão parlamentar por causa das secretas.

Os requerimentos do PCP e do BE para que o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares volte a ser ouvido na comissão de Assuntos Constitucionais foram hoje aprovados por unanimidade, tendo Miguel Relvas manifestado disponibilidade para ser ouvido já hoje.

O presidente da comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Fernando Negrão, afirmou que "intuindo" que a votação seria a que se verificou falou com Miguel Relvas, que lhe comunicou a disponibilidade para ser ouvido ainda hoje, após o debate quinzenal.

A audição ficou marcada para as 17:30.

O requerimento do PCP invocou a «publicitação de novos elementos sobre o relacionamento estabelecido entre o antigo diretor do SIED Jorge Silva Carvalho e o ministro Miguel Relvas, que contradizem declarações prestadas à primeira comissão por este membro do Governo».

O BE argumentou pela necessidade de voltar a ouvir o ministro, tendo em conta a informação veiculada pela comunicação social «dando conta que o Ministério Público identificou mensagens trocadas entre um adjunto do gabinete do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e o ex-diretor do SIED» e «que as mesmas notícias referem que existiu idêntica troca de mensagens entre o próprio ministro e o ex-diretor do SIED, que extravasam o âmbito que o próprio já assumiu».

O Bloco sustentou a necessidade de nova audição referindo que «a resposta obtida» do ministro «negava os dados» posteriormente «vindos a público» e dado «o carácter perentório das respostas do ministro, que as recentes informações vêm desmentir».

A vice-presidente da bancada social-democrata Teresa Leal Coelho sublinhou que a maioria não encontrou «nenhuma contradição» entre os esclarecimentos prestados pelo ministro na comissão no dia 15 de maio e as informações veiculadas na comunicação social, assim como afirmou não ter encontrado «factos novos imputáveis» a Miguel Relvas.

Teresa Leal Coelho repudiou as «acusações expressas e implícitas» nos requerimentos, que comparou a «despachos de acusação», mas considerou que o ministro deve voltar à comissão para prestar esclarecimentos sobretudo porque tem o «direito à defesa».

A "vice' da bancada do PSD referiu-se ainda a "factos muito preocupantes que envolvem o ministro Miguel Relvas, mas enquanto "vítima", designadamente as referências que a comunicação social tem feito, de que o ex-diretor do SIED terá elaborado um relatório sobre o ministro Miguel Relvas, não só sobre o ministro Miguel Relvas, mas também".

Teresa Leal Coelho salientou ainda que Miguel Relvas não consta do despacho de acusação deduzido relativamente ao ex-diretor do SIED, Silva Carvalho.

A deputada socialista Isabel Oneto (PS) revelou que esse despacho foi distribuído aos deputados, mas sem os anexos, aos quais os socialistas também querem aceder.

Em resposta, Fernando Negrão disse ter feito chegar aos deputados todos os documentos que o ministro dos Assuntos Parlamentares enviou à comissão.

Tal como o PSD, o CDS-PP, através do deputado Telmo Correia, disse não ter encontrado "nenhuma contradição" entre os esclarecimentos prestados pelo ministro na primeira comissão e notícias veiculadas posteriormente, reconhecendo apenas "a novidade" da demissão de um membro do gabinete de Miguel Relvas.


Passos Coelho: “MIGUEL RELVAS COMPORTOU-SE COM CORREÇÃO”




O primeiro-ministro, Passos Coelho, afirmou hoje não ter dúvidas de que, no que respeita aos serviços de informações, Miguel Relvas agiu bem «com a correção e a transparência devidas».

Pedro Passos Coelho fez esta afirmação com Miguel Relvas ao seu lado, na abertura do debate quinzenal no Parlamento, para o qual o Governo escolheu como tema o Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP).

«Quero dizer-vos que, das alegações que li nos jornais e daquilo que conheço e que confrontei com o respetivo ministro, não tenho nenhuma dúvida em dizer que o ministro atuou bem, no sentido em que não teve qualquer interferência neste processo. Não vou aqui proceder à avaliação do mandato do senhor ministro noutras matérias. Nesta matéria, o senhor ministro comportou-se com a correção e a transparência devidas», afirmou o primeiro-ministro.

Passos Coelho acrescentou que, como primeiro-ministro, nunca recebeu de Miguel Relvas «nenhuma comunicação, nem sobre serviços de informação, nem sobre sugestão para nomeações para serviços de informações».

Em seguida, o primeiro-ministro assinalou o facto de não ter feito alterações nos lugares dirigentes desses serviços, considerando que essa decisão se revelou acertada: «Por decisão própria do primeiro-ministro, minha própria, não houve qualquer substituição nos lugares dirigentes dos serviços de informações, nem a substituição do secretário-geral que já estava em funções. E deixem-me dizer que o tempo bem mostrou que essa foi a melhor decisão que este primeiro-ministro poderia ter tomado».


Portugal: Duas enfermeiras trabalham a troco de casa, comida e roupa lavada




António Gonçalves Rodrigues - Público - Foto: Nelson Garrido

Em Miranda do Douro

Oito meses de portas fechadas e sem emprego levaram duas recém-licenciadas a fazerem-se à estrada, subirem país acima e aterrarem, de armas e alguma bagagem, em Atenor, a aldeia do concelho de Miranda do Douro, conhecida pelo seu esforço de preservação dos burros, os de carga.

Isabel Moreira e Tânia Dias decidiram montar, durante três meses, um projecto de voluntariado em que oferecem à comunidade os seus serviços, como a medição de tensão arterial, diabetes, acompanhamento a consultas, apoio na medicação ou na execução de pensos, por exemplo. Findo o prazo, esperam um contrato.

Os sonhos de trabalhar num hospital ou centro de saúde, foram-se desvanecendo à medida que os dias em casa se iam transformando em desespero. Isabel Moreira, de 39 anos, natural da Mêda, na Guarda, trocou uma carreira como gerente hoteleira pelo sonho de tratar dos outros. Um dia, desafiou a colega de curso Tânia Dias, de 22 anos, de Seia, também no distrito da Guarda, e com o mesmo sonho, a embrenharem-se no Planalto Mirandês e darem a conhecer o Laços, um projecto de apoio à comunidade em regime de voluntariado, para já, com a esperança de lançar a semente que no Verão lhes possa trazer o ordenado.

Até lá, contam com o apoio da Junta de Freguesia de Atenor, cujo executivo há muito dava voltas à cabeça para uma solução que, pelo menos, amenizasse o crescente envelhecimento da população e a desertificação do território. Depois de uma conversa casual, no início do ano, com Moisés Pêra Esteves, o presidente, o projecto foi pensado e, desde 17 de Março, trouxe outra alegria aos quase 200 habitantes desta freguesia.

Três meses à experiência

“Propusemo-nos a ficar três meses à experiência, de forma a darmo-nos a conhecer e ao nosso trabalho", conta Isabel Moreira, acrescentando que o apoio da junta de freguesia passa por alojamento, carro para as deslocações e acompanhamento dos idosos às consultas e um pequeno subsídio para alimentação e outras pequenas despesas.

A somar a esse apoio, somam-se as ofertas das pessoas da terra, que, como bons transmontanos, não têm pejo em partilhar o que a terra lhes dá. “Desde alfaces, cenouras, couves, batatas, azeite, as pessoas dão-nos de tudo o que produzem. No início até estranhámos mas ficam ofendidas se não aceitamos”, explica a enfermeira que durante 22 anos trabalhou na hotelaria.

Para evitar surpresas e suspeições, o presidente da junta acompanhou as duas profissionais e, durante três dias, apresentou-as a todos os habitantes da freguesia, um a um. “No início, houve algumas pessoas que disseram que não estavam interessadas nos nossos serviços e então não íamos a casa delas. Mas, depois, mudaram de ideias, quando viram o que fazíamos, e até pediam aos vizinhos para nos dizer para passarmos por lá também”, contam as enfermeiras, com um sorriso.

Passados praticamente dois meses, a iniciativa está a “superar as expectativas”, dizem. Também a junta de freguesia está satisfeita com a dinâmica e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes. Por isso, Moisés Esteves revela que estão a ser “criadas as condições para o projecto continuar”. Por um lado, as várias associações da terra estão a ser convidadas a contribuir. Por outro, vai ser criada uma outra associação, com o objectivo de agregar os excedentes da produção agrícola da freguesia, sobretudo azeite, para os vender e investir os lucros no pagamento dos salários das duas enfermeiras, que já estão a tratar de parcerias com outros profissionais de saúde, como dentistas, psicólogos, terapeutas da fala ou terapeutas ocupacionais. Tudo valências que existiam nos centros de saúde da região e foram sendo retirados nos últimos tempos, em nome da contenção de custos.

"Sobretudo o mimo"

Mais do que os cuidados de saúde, são os cuidados emocionais que têm feito as delícias dos mais velhos de Atenor. “Sobretudo o mimo”, confessa, com um sorriso, Isabel Moreira. Mais do que saúde, as enfermeiras trazem companhia às pessoas. “Contam-nos tudo. As queixas dos filhos, as coisas que acontecem por aqui... Tudo!”, garante Isabel Moreira, mãe de quatro filhos, que ainda fica com o coração apertado de cada vez que se lembra do dia em que explicou à filha mais nova, de 12 anos, que vinha para Atenor.“Ai mãe, para aquele sítio tão longe?", perguntou-lhe. "Pois, filha, tem de ser.”

As duas enfermeiras revezam-se de modo a assegurar os cuidados à população 24 horas por dia e de maneira a poderem ir a casa. A distância entre Atenor e a Guarda não se estreita sequer com a ajuda da Internet ou do telemóvel, os montes cortam o sinal.

Noventa por cento dos utentes do projecto Laços tem idade acima dos 65 anos, “a média de idades supera os 70 anos”, dizem as enfermeiras. “Eu dizia mal da minha zona, na Mêda, mas aqui é muito pior”, confessa Isabel, entre duas visitas. Para trás, ficou Fernando Marcos, cujos 66 anos vêm dar um vislumbre da estatística. Um olhar mais certeiro do que o seu, que já se perdeu por um glaucoma, apesar das 12 operações. Mediu a tensão, um pouco mais alta do que o costume, os diabetes, tomou a medicação e lá foi contando a sua história. Sentado no escano da cozinha, garante que as duas enfermeiras “não fazem mais porque não podem”. “Até foi uma boa ideia. Andamos mais acompanhados, mais vigiados e ajudam a passar o tempo”, explica, sob o olhar atento de Isabel, a esposa, que lá vai sussurrando que o serviço “dá muito jeito por causa da medicação”.

Além disso, as duas enfermeiras também os acompanham ao médico, de carro, e ajudam na tradução da linguagem técnica usada no consultório e que, muitas vezes, é imperceptível. “Não tínhamos ninguém que se preocupasse connosco. Para levarmos uma injecção tínhamos de ir a Sendim”, a uns dez quilómetros, aponta Marcos.

Quando os instrumentos de medição da tensão regressam à maleta de trabalho, o homem tem alguma dificuldade em despedir-se. “Não quer que fale mais?”, pergunta, ainda com esperança de mais uns dedos de conversa.

Um pouco mais à frente, do outro lado da rua empedrada da aldeia de Teixeira, mora Gregório, que na véspera sofrera uma queda. “Ir ao médico? Nem pensar. Fui uma vez à urgência e quase me matavam”, recorda, sob o olhar reprovador da mulher, Natividade da Purificação, que aproveita para desfiar um rol de queixas. “Sabe, eu também ando em consultas desde 1999. E tenho de pôr o oxigénio. Mas eu é só para ir passando, porque tenho uma crónica [bronquite] muito grande”, explica.

Mudado o penso e dada a medicação, é hora de partir rumo a outra “cliente”. “Espere lá, então hoje não me medem a tensão?”, atira ainda a tempo o Gregório, que tem direito a mais uns minutos de atenção. No final, ainda pergunta “quanto é”. “Nada? E não querem uma pinga?”, insiste. Não que já se faz tarde e à espera está já a senhora Felicidade. “É só para lhe medirmos a tensão e fazemos um bocadinho de companhia”, murmura Isabel Moreira, já no caminho. Entretanto, Tânia foi medir a tensão a outro vizinho, o senhor Altino, que está com pressa para ir para o campo.

Ao todo, são cerca de 50 as pessoas que já esperam, ansiosas, à porta de casa a chegada das duas enfermeiras. Os laços já estão criados.

Directora do FMI continua sob crítica: ganha 380 mil/ano livre de impostos


"Grande mula", dizemos no PG
Público, com agências - Foto: Dominick Reuter/Reuters

A directora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, ganha 380 mil euros por ano em salário, livre de impostos. A remuneração de Lagarde está a ser criticada depois de aquela responsável ter dito, numa entrevista durante o fim-de-semana, que os gregos devem empenhar-se em ajudar o país a braços com uma grave crise, pagando os seus impostos.

A remuneração livre de impostos de Lagarde deve-se ao facto de a directora do FMI usufruir de estatuto diplomático. Vários responsáveis políticos europeus – com os gregos à cabeça - têm criticado as recentes declarações de Lagarde.

A polémica estalou no passado fim-de-semana, altura em que o diário britânico Guardian publicou uma entrevista a Lagarde em que esta responsável deixou claro que não tenciona suavizar os termos do pacote de austeridade para aquele país. A directora do FMI disse estar mais preocupada com as crianças da África subsariana do que com os pobres da Grécia, porque elas “precisam mais de ajuda do que as pessoas em Atenas”.

“Penso mais nas crianças de uma escola numa pequena aldeia no Níger que têm duas horas de aulas por dia e têm de dividir uma cadeira por três”, comparou Lagarde quando questionada sobre como conseguia não pensar nas mães que não têm acesso a parteiras ou em pacientes que não conseguem obter medicamentos de que precisam para sobreviver.

“Sabe que mais?”, questionou a dada altura a própria directora-geral do FMI. “Também penso em todas aquelas pessoas na Grécia que estão a tentar fugir aos impostos”, prosseguiu Lagarde, acrescentando pensar nesses “da mesma forma” que pensa nos que estão a ser privados de serviços públicos. “Acho que se deviam ajudar uns aos outros”, concluiu. Como? “Pagando impostos.” Para Lagarde, chegou o tempo de a Grécia e outros países europeus pagarem.

Após estas declarações, as reacções não se fizeram esperar. As primeiras vieram precisamente da Grécia. Evangelos Venizelos, líder do partido socialista grego PASOK, criticou Lagarde por ter “insultado” os gregos.

“Ninguém pode humilhar assim o povo grego pela crise e falo em particular da senhora Lagarde, que com as suas declarações insultou os gregos. Peço-lhe que reveja e repense aquilo que disse”, disse o ministro das Finanças do Governo cessante e líder do terceiro partido mais votado nas eleições gregas.

As reacções também não se fizeram esperar na própria França, país de origem de Lagarde. A porta-voz do governo de François Hollande, Najat Vallaud-Belkacem, respondeu: “Acho as declarações [de Lagarde] um pouco simplistas e estereotipadas. Penso que, neste momento, não temos de dar lições à Grécia”.

A Internet também está em ebulição com esta entrevista de Lagarde. Na sua página do Facebook, inundada de críticas, Lagarde publicou entretanto uma mensagem de reconciliação com os gregos. “Como já disse muitas vezes antes, o FMI apoia a Grécia neste esforço para sair desta crise e retomar o caminho do crescimento económico, emprego e estabilidade”, escreveu. “Uma parte importante deste esforço é que todos contribuam, especialmente os mais privilegiados, pagando os seus impostos”, acrescentou a directora-geral do FMI, explicando que era isso que queria dizer na entrevista que deu ao Guardian.

Algumas das mensagens de crítica colocadas no Facebook remetem para um artigo publicado a 6 de Julho do ano passado no site Tout Sur Les Impots e que refere que o salário anual de Lagarde pelo seu trabalho no FMI é de cerca de 380 mil euros (perto de 60 mil euros destinam-se a despesas de representação), que não estão sujeitos a impostos.

Nota Página Global: O melhor que temos por este blogue alusivo à senhora Lagarde é o silêncio e o facto de associarmos o seu nome a frases muito feias que merecidamente a conspurcam. A ela e a todos que se alimentam das mesmas malgas de abastança em prol do capitalismo desumano que representam e servem com requintes de malvadez. Silêncio e pensamentos largos, fecundos… “à lagardere”. (AV)

Comissão Europeia volta a questionar duração máxima dos subsídios de desemprego



Planos nacionais de reforma

Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas - Público

A Comissão Europeia volta hoje a questionar a duração máxima dos subsídios de desemprego em Portugal para os trabalhadores com mais tempo de descontos para a Segurança Social considerando que "ainda é muito longa".

A posição de Bruxelas é assumida na opinião emitida esta quarta-feira a propósito dos planos nacionais de reforma (PNR) que todos os países da União Europeia (UE) têm de apresentar anualmente com as medidas previstas para a redução dos défices orçamentais e reformas estruturais.

Portugal, Grécia e Irlanda, os três países sob programa de ajuda da zona euro e FMI, são os únicos que não estão obrigatoriamente incluídos neste exercício, já que estão sob apertada vigilância da troika da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI.

Apesar disso, Portugal decidiu apresentar um PNR a Bruxelas, que suscitou uma opinião da Comissão em linha com as avaliações da troika sobre a execução do programa de ajuda

No que se refere às reformas do mercado de trabalho, Bruxelas considera que a nova lei sobre as reformas está em linha com o previsto no programa de ajustamento negociado como contrapartida da ajuda. Apesar disso, sublinha que "a duração máxima dos subsídios de desemprego ainda é demasiado longa".

Esta afirmação retoma a posição já assumida pela Comissão no terceiro relatório da troika sobre o programa de ajuda que foi emitido no início de Abril: "no que se refere ao mercado de trabalho, poderá ser necessário ir além das reformas planeadas actualmente em áreas específicas como a duração dos subsídios de desemprego ou a extensão dos mecanismos de acordos colectivos", afirma o texto.

Peter Weiss, o responsável na Comissão pelo programa português, invocou na altura a eventualidade de uma redução da duração dos pagamentos dos subsídio de desemprego superior à média europeia de 18 meses, embora precisando que não se tratava de "uma exigência" mas apenas algo a "discutir com o governo".

O responsável explicou que tinha em mente os casos dos trabalhadores com mais anos de contribuições para a segurança social, mas não entrou em pormenores.

A lei portuguesa limita a 540 dias o período máximo de benefício de subsídio de desemprego. Porém, os trabalhadores com mais de 40 anos e com mais anos de descontos poderão beneficiar de majorações de 45 dias – 60 dias para os maiores de 50 anos – por cada 5 anos de trabalho acima dos 540 dias.

Opinião Página Global

Na postagem em baixo, a seguir, já foi expressa com alguma turbulência o que no PG se pensa dos “mais sabedores” da UE que servem os interesses dos mercados e do capitalismo selvagem e desumano. São exatamente estes parasitas que sem o mínimo de cultura equitativa e democrática, praticantes de imoralidades como a que se conhece na conspurcada mente de maioral do FMI, Christine Lagarde – constante na postagem anterior – ditos senhores da Comissão Europeia a viver à grande e nababamente à custa dos contribuintes europeus, que avançam com sugestões-pressões-decisões que visam fomentar mais miséria em Portugal, na Grécia, nos países que consideram a África ou a China da Europa, o sul do continente. Porquê? Porque somos morenos e de olhos escuros? Bem dizia Lula da Silva que “olho azul é uma merda”!

Não vamos por aí. Não vamos à cor de pele nem à cor de olhos. Vamos antes ver e saber quem realmente servem aqueles parasitas que mensalmente atafulham as suas contas bancárias com muitíssimos milhares de euros sem que as funções que desempenham justifiquem, e ainda, para além disso, os muitos milhares de euros que recebem em mordomias imerecidas. Já para não falar das verbas e outras vantagens provenientes da corrupção, dos favores.

São os cidadãos europeus uns totós que vão permitir este estado de filha-de- putisse que nos estão a impor? Serão os portugueses e outros povos do sul da Europa (Espanha, Grécia, Itália) uns inertes, uns sem-coluna-vertebral cuja paciência não se esgota, que não ripostem e saibam exigir que a Europa quer democracia equitativa, justiça e liberdade aqui e agora? Vamos ver. O tempo o dirá. Mas certo é que por agora o que se tem visto são reações que têm desembocado em manifestações estéreis, para além de uma enorme desunião entre os europeus por cada um por si estar a pensar na sua própria barriga e nada mais que isso, por quase todos se deixarem contaminar com uma doença terrível do salve-se quem puder. E enquanto isso, dividindo para reinar, assistimos a um exército de políticos parasitas e criminosos, antidemocráticos, egoístas e gananciosos que roubam até mais não poderem indiferentes a estarem a destruir os povos da Europa, o projeto europeu que visa (visava) uma Europa democrática, desenvolvida, justa e de bem-estar para os seus cidadãos.

Senhores e senhoras, povos europeus, Portugal, está provado que não será com as lutas que têm sido postas em prática que é possível fazer recuar esta enorme ofensiva de uma corja de mafiosos que nos querem submeter aos seus ideias e exploração. Já não resultam as greves aqui e acolá, manifestações, acampadas, “indignados” por uns dias ou umas horas. Está provado. Novos métodos, novas formas de luta têm de ser postas em prática. A violência não serve. Ou melhor: serve aos da corja de políticos e radicais que nos parasitam porque mais facilmente decretam a repressão e o domínio dos povos. É isso que eles querem absolutamente.

Pensando bem algo de simples, cómodo e inequívoco relativamente à comprovada contestação maioritária dos povos europeus seria as pessoas, o povinho, não saírem de casa e por um dia, dois ou três deixarem a Europa deserta nas suas ruas, vilas e cidades. Que eles, os parasitas nos poderes, usem todo o espaço de vilas e cidades desertas… E depois logo veríamos as suas reações. A Europa parada, Portugal parado, tudo deserto… Qual seria a reação daqueles manhosos, corruptos, criminosos, indivíduos desprovidos de caráter em que a justiça,a democracia e o humanismo deve ser primordial. Se três dias não chegassem para assistirem ao deserto europeu porque não uma semana, desde que devidamente e atempadamente preparado… Duas semanas? Podem acreditar, eles iriam ceder. Novas formas de luta. Esta, aqui sugerida, ou outras, provavelmente mais atuantes e melhores. Mas que urge encontrá-las, disso não ponham dúvidas. De que é que estás à espera Portugal? Experimente-se aqui, em Portugal. Talvez que a Europa precise de uma lição à portuguesa, e nisso somos realmente bons e originais. Olhem o 25 de Abril de 1974. Dirão alguns: utópico. Pois será, enquanto não existir força para o fazer, enquanto o egoísmo, o salve-se quem puder prevalecer. (Redação PG – AV)

UE recomenda que Portugal tem de "reduzir custos do trabalho" e aumentar flexibilidade



Jornal de Notícias

A Comissão Europeia aconselhou, esta quarta-feira, o Governo português a prosseguir o programa da 'troika' e a adotar "reformas estruturais" para "reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade" e acabar com margens de retorno excessivas ("rendas").

Nas suas recomendações de política económica a Portugal, hoje divulgadas, Bruxelas considera que o país "está a progredir em várias frentes" e que o Governo "está a implementar uma série de reformas para melhorar a gestão orçamental e o controlo das despesas, e a avançar com um programa de privatizações."

A Comissão nota, contudo, que Portugal enfrenta "desafios consideráveis", nomeadamente, o desemprego.

A situação do mercado laboral deteriorou-se "significativamente" nos últimos meses, lê-se no documento das recomendações, onde se prevê que o desemprego "vai agravar-se mais ainda este ano".

A Comissão considera que "cumprir as metas orçamentais [definidas com a 'troika'] continua a ser essencial", mas acrescenta que o Governo também deve "concentrar-se em reformas para melhorar a competitividade".

Ora, o Governo não adotou planos para uma "desvalorização fiscal" (a redução da taxa social única, contribuição das empresas para a Segurança Social), medida proposta inicialmente pela 'troika'.

"Isto dá uma importância crucial à adoção de reformas estruturais nos mercados do trabalho e de produtos com vista a reduzir os custos do trabalho, aumentar a flexibilidade, reduzir as barreiras de entrada e acabar com os lucros excessivos", lê-se no documento.

A Comissão Europeia apresentou hoje em Bruxelas as suas recomendações anuais de política económica para cada um dos 27 países da União. Estas recomendações, parte do processo do chamado "semestre europeu", incorporam dados dos programas de estabilidade ou convergência enviados por cada estado-membro.

No caso de Portugal, que está sob um programa da 'troika' (tal como acontece com a Grécia e a Irlanda), as recomendações da Comissão estão subordinadas ao que já foi definido no memorando de entendimento. Pelo mesmo motivo, Portugal não foi incluído na análise macroeconómica que a Comissão fez hoje às 12 economias europeias consideradas mais instáveis.

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Opinião Página Global

O que a UE quer é mama. Quer tetas de escravos à borla. Quer fazer dos trabalhadores portugueses os chineses da Europa, de Portugal e do sul da Europa, a China dos fornicados e mal pagos, onde poderá contar com uma situação esclavagista que nada tem que ver com o espírito para que foi criada a UE. É que os tecnocratas ao serviço dos grandes magnatas e das máfias globais – regra geral corruptos criminosos – vêem na crise por eles próprios criada a oportunidade de retirar tudo que foi conseguido através de lutas árduas contra o sistema de exploração que estão sub-repticiamente a restaurar. Porque não baixam os ordenados na Alemanha e restantes países europeus que andam a reunir isoladamente (matando a democracia) e a tomar decisões isoladamente, impondo-as?

A Alemanha já nos presenteou com os terríficos anos negros do nazismo, do holocausto, e agora esta vadia Merkel o que quer mais? O que tem ela – Merkel - e seus apaniguados contra o sul da Europa, contra Portugal, contra o espírito com que foi fundada a União Europeia? Estamos cá para ver e lutar contra esta descarada reimplantação do esclavagismo pelo seu subordinado e obediente, o paspalho mentiroso-mor Passos Coelho.

Desta situação e de anteriores podemos ficar com a certeza de que estamos a pagar para uns quantos dótores nas universidades se formarem e seguidamente tramarem os que realmente produzem e criam riqueza para o país, os trabalhadores. Xicos-espertos parasitas que através da posse de um canudo - pago quase sempre por todos nós - tramam a vida ao povinho com os seus "saberes de sabores a trampa" e exploração desenfreada. Para que eles, a máfia, viva no deslumbre da abastança e da ganância. Os trabalhadores portugueses já ganham bastante mal para não lutarem contra as dimanações dos parasitas da UE enfeudados às conveniencias do capitalismo desenfreado e desumano, contra a ditadura dos mercados a quem servem. (Redação PG – AV)

Timor-Leste: APROVADA LISTA DE CANDIDATOS DA ASDT



Sapo TL

O Tribunal de Recurso rejeitou a versão de Gil da Costa Alves sobre o partido ASDT, tendo aprovado a de João André Avelino Correia, informa a agência PNN.

A decisão do tribunal teve como base no recente congresso extraordinário da ASDT, realizado em Salaun Timor Klaran, Aileu, que contou com a presença de 5400 apoiantes.

Em termos legais, apenas uma lista de candidatos da ASDT poderia ser aprovada antes das Eleições Parlamentares.

Os apoiantes de Gil da Costa Alves não participaram na recente reunião extraordinária do Conselho Nacional da ASDT, convocada e presidida pelo Presidente do partido. Como secretário-geral da ASDT e ao abrigo do estatuto de 2006, Gil da Costa Alves foi convidado para participar no Congresso mas não compareceu.

Depois de o Tribunal de Recurso ter apoiado a versão de João André Avelino Correia, o deputado foi para a Comissão Nacional de Eleições para apresentar a sua lista de candidatos para a Eleição Parlamentar.

Por sua vez, o secretário-geral do CNRT, Dionísio Babo, disse que o seu partido está pronto para abraçar lista de Gil Alves, do partido ASDT. O partido ASDT foi registado no Tribunal de Recurso, em Abril de 2005.

No primeiro congresso da ASDT, o estatuto do partido foi aprovado e publicado no Jornal do Estado, em Fevereiro de 2007. O falecido Francisco Xavier do Amaral foi nomeado Presidente e Gil da Costa Alves secretário-geral, com base no Congresso Nacional de 2006.

Muitos membros do Conselho Nacional, desde então, deixaram o partido. Alguns formaram outros partidos, outros deixaram o país. Houve também quem se tenha junto ao secretário-geral, numa versão alternativa da ASDT.

SAPO TL com PNN Portuguese News Network

Timor-Leste: PR pede a partidos políticos que trabalhem juntos...




… para que legislativas sejam "experiência educativa"

MSE - Lusa

Díli, 30 mai (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, reuniu-se hoje com os partidos políticos que vão participar nas legislativas de 07 de julho para os sensibilizar para trabalharem juntos para que as eleições sejam uma "experiência educativa".

"Foi um encontro para a preparação das eleições parlamentares. O senhor Presidente só queria assegurar aos partidos que tem um interesse muito grande em ajudar a resolver assuntos que possam acontecer durante a campanha, nomeadamente relacionados com a segurança interna", afirmou a deputada Fernanda Borges, líder do Partido de Unidade Nacional.

Segundo a deputada, o Presidente disse também aos partidos para trabalharem juntos para que a campanha eleitoral e as eleições legislativas possam ser uma "experiência educativa" para a população.

No encontro estiveram presentes representantes dos 21 partidos e coligações que vão participar nas eleições legislativas.

A campanha eleitoral começa na próxima terça-feira e termina a 04 de julho.

O Presidente timorense vai receber também hoje em audiência elementos da sociedade civil e de organizações não-governamentais.

Candidatura de Timor-Leste à presidência traduz "maturidade" do país, diz MNE



AC - Lusa

Pequim, 30 mai (Lusa) - A anunciada candidatura de Timor-Leste à presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no biénio 2014/16 traduz a "nova fase de maturidade" do país, afirmou hoje o chefe da diplomacia timorense, Zacarias da Costa.

"Dez anos depois da restauração da independência é também a altura de Timor se afirmar no quadro da CPLP e, sobretudo, contribuir", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, em declarações à agência Lusa em Pequim.

"A presidência da CPLP será um momento importante da nossa contribuição para uma comunidade que sempre nos apoiou e esteve sempre ao nosso lado", acrescentou.

Zacarias da Costa chegou no passado fim de semana a Pequim, numa "visita de trabalho" de cinco dias à China para celebrar o 10.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e "aprofundar" os contactos bilaterais.

"A China foi um dos primeiros países a estabelecer relações com Timor e um dos primeiros a abrir uma embaixada em Díli", disse.

Em declarações à agência Lusa, Zacarias da Costa salientou que a candidatura à presidência da CPLP, que deverá ser oficialmente formalizada na próxima cimeira da comunidade, em julho, em Maputo, Moçambique, ocorre "no momento ideal".

"Hoje temos condições mínimas para presidir com dignidade à organização de todos nós", afirmou.

O ministro realçou ainda que Timor-Leste "está a entrar numa nova de fase de maturidade", marcada "pela passagem de testemunho da geração mais velha, que dirigiu a guerra (de libertação nacional), para uma nova geração, com ideias novas e uma nova visão do futuro".

"Temos de mostrar ao mundo que já ultrapassámos a fase de instabilidade, que as nossas instituições têm pernas para andar, que estamos no bom caminho e que o nosso sistema democrático está consolidado", afirmou Zacarias da Costa.

Antiga colónia portuguesa, com cerca de um milhão de habitantes, a maioria católicos, Timor-Leste tornou-se independente em maio de 2002, após mais de duas décadas de ocupação militar indonésia e de dois anos sob administração da ONU.

A CPLP, constituída em 1996, reúne hoje oito países de vários continentes - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - com uma população conjunta de cerca de 225 milhões de habitantes.

Moçambique assumirá em julho próximo a presidência da CPLP, por um período de dois anos, sucedendo a Angola.

Dia Mundial Contra o Tabaco assinalado pela primeira vez no país com marcha em Díli



MSE - Lusa

Díli, 30 mai (Lusa) - A Cruz Vermelha de Timor-Leste vai assinalar pela primeira vez no país o Dia Mundial Contra o Tabaco, na quinta-feira, com uma marcha em Díli, capital do país.

Segundo um comunicado divulgado à imprensa, a marcha vai percorrer a rua de Comoro, local onde estão concentrados vários estabelecimentos comerciais com o objetivo de apelar aos proprietários para tornarem as suas lojas em locais livres de fumo.

"Estamos juntos para espalhar a mensagem de que fumar mata. Parar de fumar pode salvar a vida de pessoas, bem como de outros que respiram o fumo do tabaco", afirmou Vidiana Xareal, coordenador da juventude da Cruz Vermelha de Timor-Leste.

A marcha vai começar no Palácio Presidencial e terminar no centro comercial Timor Plaza, onde é proibido fumar.

Cerca de seis milhões de pessoas morrem anualmente devido a doenças cancerígenas, cardíacas e respiratórias provocadas pelo tabaco.

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