sábado, 29 de setembro de 2012

PARASITA BORGES CONSIDERA EMPRESÁRIOS PORTUGUESES IGNORANTES




Título novo mas reposição integral do texto publicado mais em baixo. É nosso propósito salientar e encaminhar para links que abordem o tema em resposta a Parasita Borges, a Besta, que tem por vencimento 225 mil euros livres de impostos (Correio da Manhã). Limitamo-nos a apresentar títulos das reações de empresários no jornal i e no Público no final deste texto para os que se interessarem.

António Borges: TAXA SOCIAL ÚNICA ERA MEDIDA INTELIGENTE


O responsável pelo programa de privatizações do Governo, António Borges, diz que a TSU era uma medida inteligente e acusa os empresários que a criticaram de serem ignorantes.

O responsável pelo programa de privatizações do Governo, António Borges, diz também que Portugal é um caso de sucesso no esforço de recuperar a economia.

António Borges afirma que é preciso redirecionar a economia para o exterior, mas admite não será fácil.
As declarações do responsável pelo programa de privatizações do Governo foram feitas, esta manhã, em Vilamoura quando participou no primeiro Fórum Empresarial do Algarve.

A “INTELIGÊNCIA” DE ANTÓNIO BORGES – opinião PG

Selecionámos propositadamente um texto curto sobre as palavras proferidas por António Borges, um parasita ao serviço de grandes organizações do capital, que se arma em “iluminado” pela mão de Passos Coelho para causar o máximo de descalabro na economia de Portugal - e na mais-valia que representam os portugueses que ainda trabalham - com o objetivo claro de retroceder para os tempos do esclavagismo e da exploração desumana de há séculos passados.

O descaramento que este “inteligente” tem vindo a exibir não é admissível  Ou melhor, só o consegue exibir por cumplicidade de Passos Coelho, do próprio Cavaco Silva – um PR manifestamente falso – assim como de empresários e organizadores de fóruns e debates que o convidam para vender o seu peixe em favor do empobrecimento do país e dos portugueses, da humilhação de milhões e da história secular da nação lusa.

Para quando a expulsão deste traidor do cargo que lhe possibilita desgraçar a seu modo Portugal e os portugueses? Só por motivos óbvios não é possível expulsar o “inteligente” Borges de Portugal, apesar de ser o que merecia. Ele que se vá para junto dos outros “inteligentes”, enquanto que a receita devia servir não só para Borges mas também para outros traidores.

Reações relacionadas

Portugal - Arménio Carlos: “SE O GOVERNO NÃO OUVIR A BEM, OUVE A MAL”



Expresso

Secretário geral da CGTP discursou no "Terreiro do Povo", após a "maior jornada de luta dos últimos anos" e diz que "o povo está a perder o medo". Greve geral pode ser marcada nos próximos dias.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, garantiu no Terreiro do Paço, em Lisboa, que a manifestação de hoje foi a "maior jornada de luta dos últimos anos", organizada pela Intersindical Nacional, e anunciou a realização de uma greve geral para breve.

Num palanque montado no Terreiro do Paço, que hoje é apelidado de "Terreiro do Povo", Arménio Carlos garantiu que o "povo está a perder o medo".

"Eles têm medo que o povo perca o medo. O povo está a perder o medo e a mostrar que quer ir para a frente, lutar pelo presente e salvaguardar o futuro das gerações", defendeu.

Referindo várias lutas de empresas, o sindicalista avisou: se o Governo "não ouvir a bem, ouve a mal o povo, com a exigência da sua demissão e alteração de políticas".

Arménio Carlos reafirmou que a CGTP "não aceitará medidas de redução dos salários e pensões nem um cêntimo que seja".

Milhares de pessoas em protesto

Milhares de pessoas desfilam pelas ruas que ligam o Rossio e a Praça da Figueira ao Terreiro do Paço, gritando palavras de ordem e buzinando num percurso por vezes difícil de fazer.

A meio da Rua da Prata a elevada concentração de manifestantes dificulta o acesso ao Terreiro do Paço.

Bandeiras do sindicato dos professores do norte, bandeiras negras e cartazes feitos à mão marcam o cenário daquela artéria, um pouco diferente da imagem do Terreiro do Paço, onde as bandeiras vermelhas da CGTP se destacam.

Há milhares de pessoas entre os Restauradores, o Terreiro do Paço e o Campo das Cebolas, para a manifestação convocada pela CGTP, que teve início às 15h.

"Abaixo a austeridade, viva a Liberdade!"

Ao som dos Homens da Luta, os manifestantes vão gritando "Abaixo a austeridade, viva a Liberdade!", "Passos, ladrão, não levas um tostão". A palavra de ordem mais ouvida é, no entanto, "O povo unido jamais será vencido".

A CGTP acredita que esta poderá ser a maior manifestação dos últimos anos, apontando para a presença de muitos milhares de trabalhadores de todo o país no Terreiro do Paço.

Trabalhadores de todo o país participam na manifestação com o intuito de mostrar ao Governo o descontentamento dos portugueses perante as medidas de austeridade impostas, e para defender novas políticas de desenvolvimento para o país.

Dispositivo de segurança junto aos ministérios

Elementos da polícia protegem os ministérios situados na Praça do Comércio, onde hoje decorre a manifestação convocada pela CGTP, de protesto ao Governo e às medidas da austeridade.

As portas dos ministérios estão protegidas por grades. Junto ao Ministério da Administração Interna encontram-se dez polícias.

Também o Supremo Tribunal de Justiça está protegido pela polícia, com uma carrinha junto à porta.

As esplanadas da Praça do Comércio estão hoje fechadas devido à manifestação.
 

Lisboa: MANIFESTANTES CONCENTRAM-SE EM FRENTE À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


Expresso

Centenas de pessoas concentraram-se em frente à Assembleia da República, após a manifestação promovida pela CGTP em Lisboa.

Algumas centenas de manifestantes estão concentrados hoje, ao fim da tarde, em frente à Assembleia da República.

Um dos manifestantes disse à agência Lusa que o protesto surgiu de forma espontânea, após a manifestação hoje promovida pela CGTP no Terreiro do Paço.

Gritando palavras de ordem como "Está na hora, está na hora de ir embora" ou "FMI fora daqui", alguns manifestantes exibem bandeiras de Portugal e destaca-se um cartaz do movimento de sem emprego.

Nas escadarias e nas imediações do Parlamento já é visível a presença de alguns agentes da polícia, nomeadamente elementos das Equipas de Intervenção Rápida da PSP.  

Madrid: MILHARES DE PESSOAS VOLTAM A MANIFESTAR-SE NA PRAÇA NEPTUNO




El País – tradução por Página Global

O protesto do 25-S retorna à praça Netuno em Madrid, sob o olhar atento da polícia. Após a demonstração, que deixou 35 detidos e feriu mais de 60, os organizadores convocaram novamente os cidadãos para protestar.

Milhares de pessoas demonstram mais uma vez a sua indignação perante a praça junto ao Congresso dos Deputados.

O Coordenador do 25-S tem chamado um novo protesto em Neptuno (Plaza de Canovas del Castillo) e da Puerta del Sol, a fim de cercar o Congresso pela terceira vez esta semana e pedir a renúncia do governo e do início de um processo constituinte. Este terceiro protesto ocorre apesar de o juiz de Instrução em Madrid considerar que "há motivos suficientes" para crer que os presos durante o primeiro protesto em 25 de setembro cometeram um crime contra as instituições do Estado. Na próxima segunda-feira vai decidir se a sentença é em favor do juiz do Tribunal Nacional.


POLÍCIA ESPANHOLA TENTA IMPEDIR TRANSMISSÃO DIRETA DE PROTESTOS




A Bola, com foto

Um novo protesto está concentrado na Praça Neptuno, em Madrid. Protesto este no qual a polícia espanhola terá tentado desmobilizar a produção da transmissão direta alegando motivos de «segurança nacional». 

Segundo uma jornalista do «El País», que refere uma fonte da televisão Overon, as autoridades pretendiam que fossem retiradas as unidades móveis. 

Centenas de pessoas começaram a chegar cerca das 18 horas (17 horas em Lisboa), à zona da Praça Neptuno, na entrada da Carrera de San Jerónimo, zona onde se mantém uma forte presença policial.

Na terça-feira, dia 25 de fevereiro o movimento «Cercar o Parlamento» levou centenas de milhares de pessoas às imediações do Assembleia espanhola, onde decorria o Congresso dos Deputados. O protesto ficou marcado por confrontos entre a polícia e os manifestantes, e terminou com uma série de feridos e detidos pelas autoridades. 

A EUROPA A FERRO E FOGO




Carvalho da Silva – Jornal de Notícias, opinião

As imagens que nos últimos dias nos chegaram de Espanha devem constituir mais do que um grito de alerta. Elas exigem profunda reflexão e convidam a uma redobrada predisposição para agirmos contra a injustiça e a violência das políticas que nos estão a ser impostas.

A loucura que sustenta essas políticas choca com os direitos no trabalho, com os direitos sociais, com os direitos humanos, com as nossas culturas, com a democracia, com a estabilidade dos estados e o relacionamento saudável entre povos e estados, que se exige solidário e respeitador da soberania.

A divisão dos países da União Europeia (UE) em credores e devedores, dicotomia que se transporta também para a execução das políticas concretas em cada país - os trabalhadores e o povo são sempre devedores - é absolutamente criminosa e portadora de genes que podem desencadear conflitos inimagináveis.

Já se começou a ver que podem surgir complexas perturbações na unidade e funcionamento do Estado espanhol, mas este não é um problema exclusivo do nosso grande vizinho. Uma instabilização mais profunda da UE desencadeará situações graves em vários países.

Quando as políticas abandonam o ser humano - na sua dimensão individual e coletiva, e nos valores que estruturam a igualdade - e se instala a conceção de que há indivíduos que, por esta ou aquela razão, têm de ser sacrificados ou excluídos, não mais para a harmonização das condições de vida pelo retrocesso, não param as discriminações no seio de um povo ou entre povos, não param as agressões aos mais elementares direitos.

As "razões" a cada momento invocadas podem ter origem económica, cultural/comportamental, ou sócio/política. Desaguarem ou não em guerras é uma questão de tempo e, por consequência, de haver ou não, em tempo útil, um despertar e uma ação coletiva que trave o desastre.

Como todos sabemos, esta maldita crise tem origem nas práticas desonestas e oportunistas dos grandes acionistas dos bancos e dos grupos económicos. Os bancos atiraram dinheiro para a sociedade, num processo especulativo que só eles "controlavam", visando o enriquecimento acelerado e desmedido de alguns e com a certeza de que a qualquer momento o povo poderia ser acusado de "viver acima das suas possibilidades".

Induziram endividamentos, fomentaram a facilidade dos créditos, enredaram as pessoas e muitas empresas pequenas e médias em dependências e aprisionamentos diversos, designadamente manipulando mercados e preços de produtos e bens associados ao estilo de vida dominante. As "bolhas" com que a crise se expressou rebentaram de tão inchadas de crédito fácil.

Agora impõem-nos premência no pagamento das dívidas, aumentam-nas por processos especulativos através de juros imorais. A dimensão do saque é exatamente igual à dimensão do empobrecimento dos povos.

Esta maldita crise prolonga-se porque os pirómanos que a incendiaram se colocaram de imediato nos postos de comando, encenando que a estão a combater, quando, de facto, atiram sobre ela cada vez mais material altamente inflamável. Ao despejarem austeridade e sacrifícios sem fim sobre os trabalhadores e o povo, sabem bem que estão agravando a crise.

Este incêndio podia ter sido contido se quando deflagrou houvesse sensatez, abandono das políticas que lhe deram origem e responsabilização dos que atearam o fogo. A ganância, a insensatez, a iniquidade dos genes fundamentais do sistema capitalista, os interesses egoístas de uma classe dominante, predominaram e continuam a predominar.

Semearam ventos e vão colher tempestades. Mas, no meio do processo, são sempre os povos que sofrem!

Não podemos tolerar por mais tempo esta escabrosa experimentação social a que vimos sendo sujeitos. Trata-se da insistência numa espécie de crença, afirmada quantas vezes com laivos de insanidade mental, que não está muito distante de opções desastrosas observáveis na galeria de horrores da humanidade.

É tempo de mobilização dos povos contra o retrocesso civilizacional e as várias expressões de belicismo em que nos querem meter.

“Todos a Lisboa”: MILHARES DE PESSOAS JÁ ESTÃO NAS RUAS DE LISBOA




Restauradores, Campo das Cebolas e Terreiro do Paço são alguns dos palcos da manifestação promovida pela CGTP contra as medidas de austeridade


Milhares de pessoas estão já concentradas entre os Restauradores, o Terreiro do Paço e o Campo das Cebolas, em Lisboa, para a manifestação convocada pela CGTP, para as 15:00.

A CGTP acredita que esta poderá ser a maior manifestação dos últimos anos, apontando para a presença de muitos milhares de trabalhadores de todo o país no Terreiro do Paço.

Entre os Restauradores e o Terreiro do Paço estão a praça do Rossio e as ruas do Ouro, Augusta e da Prata, que também já contam com milhares de pessoas.

Trabalhadores de todo o país estão a chegar a Lisboa para participar na manifestação convocada pela CGTP, com o intuito de mostrar ao Governo o descontentamento dos portugueses perante as medidas de austeridade impostas, e para defender novas políticas de desenvolvimento para o país.

Só do distrito do Porto saíram mais de cem autocarros, com mais de 6.000 trabalhadores, com destino à manifestação nacional.

Vários movimentos sociais juntaram-se à manifestação de hoje, nomeadamente, os responsáveis pelo protesto de 15 de setembro - subscritores do apelo «Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!» - e a Plataforma 15 de Outubro.

As forças de segurança também vão marcar presença no protesto através da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que integra elementos da PSP, GNR, Polícia Marítima, Guardas Prisionais, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

A manifestação no Terreiro do Paço será precedida de um desfile, dos trabalhadores dos distritos de Lisboa e Setúbal, que parte da praça dos Restauradores.

Portugal: MORRE QUE ÉS DESPESA



Daniel Oliveira – Expresso, opinião, em Blogues

Miguel Oliveira da Silva, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, informou que o Ministério da Saúde deve limitar o acesso aos medicamentos mais caros para tratar doenças como a sida ou o cancro. Explica: "vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo". No "tudo" inclui a dignidade de quem está nos últimos meses da sua vida. "Será que mais dois meses de vida, independentemente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?"

Onde acaba o "racionamento ético"? E se for um ano? Já vale a pena? E dez anos? No fim, não vamos todos morrer? E se forem 20 mil euros? E se o doente tiver recursos para pagar o tratamento, pode viver mais uns meses? E que tal aprovar um quadro para o tempo merecido de vida com os valores correspondentes? Em que valores exatos, medidos em meses de vida/euros, para o médico de lutar por um ser humano que entregue as suas derradeiras energias a sobreviver? Quanto vale o nosso inabalável instinto de sobrevivência? Quando passará a contabilidade a ser uma fria máquina de morte? E porque ficar pelos doentes? E os velhos que vivem mais do que devem, incapazes de se mover e de trabalhar? Quanto nos custam? Valerá a pena? Terão qualidade de vida que justifique tanto desperdício e ineficiência?

Que fique claro: para continuar a lutar por uma vida não vale tudo. Há coisas que se devem ter em conta. A vontade do doente. A sua qualidade de vida. O sucesso previsível do tratamento. Não os custos. Porque uma vida, um mês de vida que seja, não tem preço. É isso que separa a civilização da barbárie. E no dia em que o médico passa a contabilista sabemos que nada estará entre nós e quem tem de fazer as contas. Que alguém deixou de cumprir o seu papel. O do médico não é medir o valor financeiro dos últimos dias que vivemos. É lutar por nós.

O Presidente daquele órgão consultivo, responsável por um relatório sobre o tema (que li e que é menos explícito, menos brutal e mais cauteloso do que estas inacreditáveis declarações), explica: "é uma luta contra o desperdício e a ineficiência". Finalmente conseguiu-se: os médicos transformados em contabilistas, a vida decidida por uma máquina calculadora. Poderemos, coisa que nos fazia falta, medir o BPN em meses de vida. Refrescante.

Portugal - António Borges: TAXA SOCIAL ÚNICA ERA MEDIDA INTELIGENTE



TSF

O responsável pelo programa de privatizações do Governo, António Borges, diz que a TSU era uma medida inteligente e acusa os empresários que a criticaram de serem ignorantes.

O responsável pelo programa de privatizações do Governo, António Borges, diz também que Portugal é um caso de sucesso no esforço de recuperar a economia.

António Borges afirma que é preciso redirecionar a economia para o exterior, mas admite não será fácil.

As declarações do responsável pelo programa de privatizações do Governo foram feitas, esta manhã, em Vilamoura quando participou no primeiro Fórum Empresarial do Algarve.

A “INTELIGÊNCIA” DE ANTÓNIO BORGES – opinião PG

Selecionámos prepositadamente um texto curto sobre as palavras proferidas por António Borges, um parasita ao serviço de grandes organizações do capital, que se arma em “iluminado” pela mão de Passos Coelho para causar o máximo de descalabro na economia de Portugal - e na mais-valia que representam os portugueses que ainda trabalham - com o objetivo claro de retroceder para os tempos do esclavagismo e da exploração desumana de há séculos passados.

O descaramento que este “inteligente” tem vindo a exibir não é admissível  Ou melhor, só o consegue exibir por cumplicidade de Passos Coelho, do próprio Cavaco Silva – um PR manifestamente falso – assim como de empresários e organizadores de fóruns e debates que o convidam para vender o seu peixe em favor do empobrecimento do país e dos portugueses, da humilhação de milhões e da história secular da nação lusa.

Para quando a expulsão deste traidor do cargo que lhe possibilita desgraçar a seu modo Portugal e os portugueses? Só por motivos óbvios não é possível expulsar o “inteligente” Borges de Portugal, apesar de ser o que merecia. Ele que se vá para junto dos outros “inteligentes”, enquanto que a receita devia servir não só para Borges mas também para outros traidores.

PÁGINA GLOBAL VOLTOU!




A CAMINHO DA NORMALIZAÇÃO

Por motivos alheios ao coletivo de Página Global estivemos impossibilitados de publicar durante mais de 30 horas, aos habituais amigos e leitores apresentamos as nossas desculpas, assim como a todos que nos visitaram e por durante tantas horas depararam com a nossa falta de atualização.

Progressivamente iremos proceder à normalização das atualizações de notícias e das opiniões que têm sido comuns neste espaço da blogosfera.

Em nome do coletivo reiteramos o nosso pedido de desculpas e os devidos agradecimentos por nos visitarem.

Portugal: MANIFESTAÇÃO "TODOS A LISBOA" - hoje




CGTP e movimentos cívicos querem uma multidão no Terreiro do Paço

Rita Brandão Guerra, Fabíola Maciel – Público

 A manifestação “Todos a Lisboa contra o roubo dos salários, pensões e reformas”, convocada pela CGTP para este sábado às 15h, no Terreiro do Paço, promete contar com a participação massiva de diversos movimentos cívicos.

Unidos contra as políticas do Governo e da troika, estarão ao lado da maior central sindical do país activistas da manifestação do passado dia 15 de Setembro, do Movimento 12 de Março (M12M), do Movimento sem Emprego (MSE) ou do movimento “Acordai”. 

Ao PÚBLICO, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, reconhece como positiva a participação de diversas plataformas. “Valorizamos uma grande unidade na acção e fazemos um apelo à participação de todos. Esta manifestação procura dar espaço a todos os que estão contra as políticas de direita e da troika e que exigem um novo rumo para o país. Todos são bem-vindos e serão recebidos de braços abertos”, diz.

Desta vez, a CGTP assume a bandeira de querer ultrapassar aquilo que é o seu universo típico. Ainda que de olhos postos na administração pública e nos grandes sectores de actividade, como são por exemplo os transportes e a indústria, mas também nos reformados e pensionistas, os mais de 10 mil delegados sindicais envolvidos na manifestação, assim como dois a três mil dirigentes da CGTP, não descuram o que já não podem controlar. 

E se continuaram a privilegiar o contacto directo com os trabalhadores nos seus postos de trabalho e se desdobraram na realização de plenários e sessões de esclarecimento nas duas últimas semanas, sabem que a associação dos jovens promotores de iniciativas no Facebook e na rua é uma mais-valia. “Há uma aposta muito grande na população em geral. Não se controla o Facebook. O que verificámos em relação às redes sociais é que houve uma difusão massiva que não acontecia antes em relação às nossas manifestações. A consulta ao site da CGTP passou para 300 a 400 mil visitas numa semana”, explica Armando Farias, membro da Comissão Executiva da CGTP. 

Também João Labrincha, membro do M12M, considera que “vai estar muita gente”. “Tenho recebido mensagens de pessoas fora de Lisboa que estão a ponderar apanhar os autocarros da CGTP. Pessoas que normalmente não viriam, que não vieram ao 15 de Setembro e que vêm agora”, diz. 

Já João Camargo, um dos promotores da manifestação “Que se Lixe a Troika, queremos as nossas vidas de volta”, partilha as reivindicações da central sindical, mas assume que os protestos continuam a estar direccionados para a troika. O movimento considera que “o povo já deu unanimemente uma moção de censura ao Governo”. 

Ana Rajado, porta-voz do Movimento Sem Emprego (MSE), explica que a plataforma assegura propaganda própria e distribuirá cerca de dez mil panfletos com as exigências do movimento. “Lutamos pela redução do horário de trabalho sem redução salarial e queremos o retorno de todos os direitos, dos subsídios cortados injustamente”, afirma. 

Apesar de estar alheio às reivindicações da CGTP, o movimento “Acordai” aposta em pôr o máximo número de pessoas a entoar a música de Fernando Lopes-Graça e José Gomes Ferreira. Para isso, serão distribuídos panfletos com o poema, que será entoado às 15 horas, no Terreiro do Paço, e às 19h45, nas arcadas do Teatro D. Maria II.

Durante esta semana, Arménio Carlos assumiu esperar que a manifestação deste 29 de Setembro fosse “uma das maiores de sempre”, “uma imensa multidão” contra o Governo e contra a troika . Mas nos bastidores da central sindical não se fazem prognósticos. Esperam que seja maior do que a de 15 de Setembro? “Não sabemos”. Mas gostavam? “Com certeza, mas não se deve fazer esse tipo de comparações. A Taxa Social Única (TSU) foi um clique, mas há um processo de consciencialização anterior. Para nós, o importante é a participação das pessoas e ganhar consciências”, explica Farias.

O apelo a uma participação massiva, feito por parte de vários movimentos cívicos, nomeadamente os promotores do protesto de 15 de Setembro, é uma vantagem para extrapolar a massa dos manifestantes da CGTP. Mas também aumenta a possibilidade de imprevistos. Se a CGTP tem estudado ao pormenor o mapa da praça e as organizações de todo o país sabem onde se deverão posicionar no recinto, não haverá, no entanto, lugar destacado previamente pela central sindical para estes manifestantes, assim como para quem espontaneamente se associar.Referindo uma boa colaboração entre a organização da manifestação e a polícia, a CGTP avança que desconhece os planos definidos pelas forças de segurança para o Terreiro do Paço. Mas a própria central sindical tem dezenas de activistas destacados para fazer a segurança dos participantes, instruídos para prevenirem “situações estranhas que possam desestabilizar”.

“Aumenta o nível de descontentamento, de indignação e de revolta das pessoas. Há um ano o Governo assumiu que a resolução dos problemas do país passava pela aplicação do memorando da troika. Os trabalhadores do sector público e privado perderam mais de dez por cento do poder de compra. A austeridade em cima de austeridade gera o empobrecimento do país. Este é o momento certo para responder contra a TSU e contra muitas outras medidas. Vamos ter uma grande manifestação”, diz ao PÚBLICO Arménio Carlos. 

Está previsto que o secretário-geral discurse pelas 16h, estando agendados concertos de Janita Salomé e de os “Homens da Luta”. A CGTP prepara-se para desmobilizar a partir das 17h.

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