sexta-feira, 1 de maio de 2015

Portugal. 1º Maio - Arménio Carlos: Eleições devem ser usadas como forma de luta




O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, exortou hoje os portugueses a usarem as próximas eleições legislativas como uma forma de luta para acabar com a política de direita e dar uma oportunidade a uma alternativa política de esquerda.

"Façam das próximas eleições legislativas um momento alto da luta, transportando-a até ao voto para pôr um ponto final na política de direita e no Governo PSD-CDS", disse o sindicalista aos milhares de pessoas que participaram na manifestação do Dia do Trabalhador, em Lisboa.

Arménio Carlos defendeu que os votos dos portugueses podem "pode dar corpo à alternativa de esquerda e soberana comprometida com os valores de Abril".

"Este é um desafio que se coloca a todos nós, pois não queremos uma alternância, queremos alternativas", disse.

No seu discurso de encerramento do comicio sindical junto à Fonte Luminosa, Arménio Carlos prometeu que o movimenro sindical não se vai resignar, mas sim intensificar "a ação reivindicativa, o esclarecimento e a unidade na ação em cada local de trabalho" para pôr fim à "austeridade permanente" e ao empobrecimnento.

O aumento dos salários e a reposição integral dos salários e pensões do setor público, o desbloqueio da contratação coletiva, o direito à estabilidade de emprego e a atribuição de subsídio a todos os desempregados foram algumas das reivindicações reafirmadas pelo líder da Intersindical.

Reivindicações que ficaram expressas numa resolução aprovada pelos manifestantes que assumiram, assim, "o compromisso de levar a luta ao voto, para derrotar a política de direita nas próximas eleições legislativas".

No seu discurso, Arménio Carlos criticou fortemente as políticas do Governo e as propostas por si apresentadas recentemente, assim como as propostas do Partido Socialista.

"Aí está o caderno de encargos com um novo pacote de medidas inscritas no 'Programa Nacional de Reformas' para 2016-2019, a confirmar que depois do 'Memorando da Troika' continua a política de esmagamento dos rendimentos dos trabalhadores e pensionistas", afirmou.

Para o sindicalista, este documento e o do PS, denominado "Uma década para Portugal" mostram uma política idêntica para o futuro dos trabalhadores e dos pensionistas.

Arménio Carlos considerou que o país não está melhor, ao contrário do que tem sido dito ultimamente, porque foram destruídos 500 mil postos de trabalho, há um milhão e trezentos mil desempregados ou subocupados, há 3 milhões de portugueses a viver abaixo dos níveis mínimos de dignidade e, apesar de terem sido criados mais de 8 mil milhões euros de riqueza, a dívida pública disparou para 130% do PIB.

No final do comício, depois de todos os discursos e hinos, e tendo como cenário um relvado repleto de gente, o sindicalista disse à agência Lusa que "este 1.º de Maio foi extraordinário, com uma participação massiva da população", tanto em Lisboa como noutras cidades.

"Isto mostra que [os portugueses] estão disponíveis para continuar a lutar pelos seus direitos e por uma política alternativa de esquerda", afirmou.

As estruturas sindicais da CGTP promoveram iniciativas para assinar o Dia do Trabalhador em cerca de 40 localidades, embora tenham sido as de Lisboa e do Porto que tiveram maior impacto, como é habitual.

Em Lisboa, o ponto alto foi o desfile entre o Martim Moniz e a Alameda Afonso Henriques, onde se juntaram militantes sindicais de todas as idades, famílias, jovens e reformados, que aproveitaram para comer a primeira sardinha da época nas tasquinhas sindicais ou desfrutar do bom tempo nos amplos relvados.

Lusa, em Notícias ao Minuto – foto Reinaldo Rodrigues / Global Imagens em JN

Portugal. 1.º Maio Jerónimo de Sousa: Manifestação foi das maiores da Europa




O líder do PCP disse hoje que a manifestação do 1.º de Maio em Lisboa foi "um dos maiores desfiles da Europa e com certeza do mundo" , assegurando que o objetivo da concentração é "derrotar a direita".

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas pouco antes de integrar a manifestação do 1.º de Maio, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.

"Eu creio que é uma grande manifestação, e com sentido da proporcionalidade é dos maiores desfiles de 1.º de Maio na Europa e com certeza no mundo", disse, acrescentando que o objetivo da concentração foi "derrotar a direita".

""Derrotar a direita e conseguir uma rutura e uma mudança na vida política nacional", disse, sublinhando que a manifestação tem "uma grande importância porque é gritada pelos próprios trabalhadores".

Questionado sobre se a manifestação lhe dá ânimo num ano de eleições legislativas, o dirigente comunista disse que sim.

"É isto que nos dá muita confiança e muita esperança de que é possível a mudança, de que é possível uma política alternativa, patriótica e de esquerda", frisou.

Porque, para Jerónimo de Sousa, "Portugal não está condenado a esta política de sacrifícios, de injustiças e de desemprego [política do Governo]".

Tal como o primeiro 1.º de Maio ratificou a Revolução de Abril, este 1.º de Maio vai ratificar a esperança e a confiança", disse.

Questionado sobre a greve dos pilotos da TAP, o líder comunista disse que apesar de a greve poder "merecer algum reparo crítico em relação a algum dos objetivos, isso não pode levar a desviar da questão central que é quem desencadeou este conflito".

"Quem é responsável pela desestabilização é o Governo com o seu anúncio de privatização da TAP, da entrega daquele património nacional, de uma empresa de bandeira, que emprega 12.000 trabalhadores, uma empresa que estabelece as relações lusófonas e que tem este 'know how'", acrescentou.

"Porque é que querem privatizar, porque é que estão, por exemplo, a financiar os 'low costs' e não financiam a TAP para se poder reestruturar", questionou Jerónimo de Sousa, acrescentando que se o Governo acabar com a pretensão de privatizar a empresa o conflito laboral terminará.

Lusa, em Notícias ao Minuto – foto José Sena Goulão / Lusa, em JN

UGT. NÃO É UNIÃO, NEM É GERAL... E OS TRABALHADORES QUE SE LIXEM!


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

O “patrão” da UGT foi ao Porto comemorar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Pelo artigo da Lusa em Notícias ao Minuto dá para perceber que disse umas bravatas discursivas. É o seu trabalho, a sua obrigação neste dia… para trabalhador ver e sair enganado.

Não merece o esforço “descascar” o que o “patrão” da UGT discursou e a Lusa revela. Não, porque aquilo que está à vista é que aquele “patrão” é pelos patrões de alto gabarito e pelo governo. Se não pertence aos TSD (Trabalhadores Sociais-Democratas na UGT) mais parece. Pese embora não existir grande diferença ou diferença alguma se pertencer à militância do PS. Aliás, nem se entende a razão de os dois partidos não se unirem num único partido, dando uma boleia integracionista ao CDS. Seria o três em um que conduziria a grandes poupanças aos próprios e aos portugueses na generalidade. Poupanças até nos tempos de antena. Poupanças nas mentiras que consideram ter de dizer para enganar eleitores, etc. Só vantagens, para todos. Para além de até os menos avisados perceberem com facilidade e  mais transparência os nomes dos bois (salvos sejam).

Quer parecer, pela prática e conhecimento que nos tem sido proporcionado, que a União Geral de Trabalhadores constitui uma desunião para os trabalhadores (dividir para reinar), sendo que as suas práticas comprovam isso mesmo nesta crise que explora os trabalhadores e os rouba em prol do grande patronato e das grandes corporações empresariais - objeto das subserviências do governo e do “patrão” da UGT.

Uma curiosidade. A União Europeia não é união nenhuma mas sim um engano para os menos avisados e facilmente iludidos. É uma união dos países mais ricos contra os mais pobres. Assim está a União Geral dos Trabalhadores. É uma união do grande patronato e governo em detrimento dos trabalhadores.

Mas comemoraram o 1º de Maio. Convém manter as aparências para com os menos avisados. Depois tudo na mesma, como antes. A concordarem com a exploração e assinarem de cruz com governo e patronato.

Moral da história: Não é união, nem é geral… E os trabalhadores que se lixem! (MM / PG)

1º Maio UGT: Simbolismo da greve é mais importante que nunca

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que "mais do que nunca importa o simbolismo do gesto" da greve, referindo-se em especial ao setor da distribuição.

"A greve neste dia é para dizer aos supermercados que contrariamente à mensagem que se faz passar no país de fazerem preços excecionais, de estarem abertos mais horas porque os portugueses naquele dia podem ir às compras, então e os que lá trabalham todos os dias, muitos deles com contratos precários? É esta a mensagem", disse aos jornalistas Carlos Silva, durante a comemoração do 1.º de Maio, no Porto.

A greve dos trabalhadores dos super e hipermercados teve a adesão de "muitos milhares de trabalhadores" no país, revelou hoje o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), afeto à CGTP, sem precisar a percentagem de adesão.

No caso da Jerónimo Martins, o nível de adesão à greve no Pingo Doce era de 0,5% do universo total de colaboradores ao final da manhã, segundo fonte oficial da cadeia de supermercados.

"Dos dados que é possível recolher, observa-se que muitos milhares de trabalhadores não se apresentaram ao trabalho, apesar das pressões, chantagens e também aliciantes oferecidos para furarem a greve", referiu o CESP, numa nota.

Segundo o CESP, "há muitas situações de grande adesão, de tal modo que há lojas que encerraram as portas e muitas outras funcionam em condições precárias, recorrendo a pessoas que habitualmente não exercem nas placas de vendas ou contratando temporariamente trabalhadores para substituir grevistas".

O sindicato lembrou que a greve nos super e hipermercados, armazéns e lojas especializadas foi decretada para "tornar público o descontentamento generalizado com as condições de trabalho e salariais" destes trabalhadores.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal - 1º de Maio. Milhares desfilam em Lisboa pela Almirante Reis com cravos




Milhares de pessoas estão a desfilar pela avenida Almirante Reis, em Lisboa, para assinalar o Dia do Trabalhador e para exigir do Governo novas políticas económicas e sociais.

A manifestação, convocada pela CGTP, dirigia-se perto das 16:30, para a Alameda Afonso Henriques, como é habitual, onde vai ter lugar o comício sindical.

O desfile chama a atenção de centenas de pessoas que, ao longo dos passeios e nas janelas e varandas, o vão acompanhando.

Não faltam os cravos vermelhos nas mãos dos manifestantes nem das pessoas que assistem à marcha, colorida pelas bandeiras sindicais.

À cabeça da manifestação segue a direção da CGTP, precedida por um grupo de bombos que marca o ritmo do desfile, alternando com palavras de ordem contra as políticas do Governo e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

"É só cortar e roubar a quem vive a trabalhar", "Aumento salarial é imperativo nacional" e "Está na hora, está na hora de o Governo se ir embora" foram as principais frases gritadas ao longo do percurso.

Um grupo de idosos da Inter-reformados, da CGTP, juntou-se ao desfile na zona dos Anjos, para poupar as pernas.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal - Jerónimo de Sousa. Governo quer "estoirar património" público empresarial




O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o Governo de querer "estoirar" com o património público empresarial em Portugal, referindo que "a raiz do problema" da TAP é o executivo "insistir em privatizar" a empresa.

O executivo PSD/CDS-PP "volta a insistir nessa privatização por razões que não têm a ver com razões económicas", mas "fundamentalmente com uma opção de fundo do Governo de estoirar com tudo aquilo que é património público empresarial em Portugal", disse Jerónimo de Sousa aos jornalistas, durante uma visita à feira Ovibeja, em Beja.

A propósito da greve de 10 dias dos pilotos da empresa, que começa às 00:00 de 01 de maio, "independentemente do juízo crítico que possa ser feito, tendo em conta algumas questões que são reivindicadas, designadamente no caso de privatização poder haver uma parcela para os pilotos, gostaria de sublinhar que o problema e a causa funda que neste momento existe na TAP tem a ver com a privatização", frisou.

"Podemos fazer o enfoque em relação à greve dos pilotos, podemos questionar e até fazer esse reparo crítico em relação a alguns objetivos que defendem, mas a questão de fundo é esta: se se resolvessem os problemas dos pilotos, o Governo abdicava de privatizar a TAP?", questionou.

Segundo Jerónimo de Sousa, "a questão central, a raiz do problema continua a ser este objetivo de privatização", com o qual o PCP discorda "profundamente" e é o que "leva a que os trabalhadores, preocupados com o seu futuro, reajam".

"Há uma verdade muito linear: O Governo quer simplesmente entregar a TAP a grupos económicos e financeiros, particularmente estrangeiros. Acabe-se com esse objetivo de privatizar a TAP, mantendo-a como uma empresa de bandeira, nacional e o conflito resolve-se. Não se admite que se esteja a financiar as empresas 'low-cost' e não haja possibilidades de financiar a TAP", defendeu, referindo que "considerar que não deve haver nenhum investimento na TAP é uma forma de tentar matar" a empresa, "mas pela chantagem, pela ameaça".

Para Jerónimo de Sousa, "fala-se dos prejuízos que resultam da greve", mas, "no verão passado, por atos errados de gestão, foram canceladas centenas de voos, com atrasos significativos".

"Alguma vez ouviram o Governo ameaçar que despedia o conselho de administração? Não. Nem piou", acusou, referindo tratar-se de uma "demonstração de dois pesos e duas medidas".

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 01 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Dia do Trabalhador. Lei das 35 horas semanais defendida pelo Bloco de Esquerda




A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins disse hoje que a bandeira do Bloco neste Dia do Trabalhador, "o primeiro após a saída da 'troika'", é a lei das 35 horas semanais.

Catarina Martins falava em frente à sede do Bloco de Esquerda, em Lisboa, de onde parte a comitiva bloquista para a manifestação do dia do trabalhador da CGTP.

Para a responsável do Bloco, é necessário continuar "a lutar" pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pela defesa do trabalho.

Sublinhou que numa altura em que há "tantos desempregados e tantas pessoas a trabalhar horas a mais", a lei das 35 horas é tanto mais importante.

O ambiente é de festa na Avenida Almirante reis, onde as pessoas se começam a concentrar para a manifestação do Dia do Trabalhador de 2015.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Portugal. Trabalhadores do Metro de Lisboa marcam greve para 19 de maio




Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa observam no próximo dia 19 uma greve de 24 horas, disse hoje à Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa têm levado a cabo vários tipos de luta, desde a realização de plenários e de marchas até greves, em luta contra a subconcessão da empresa.

As greves no Metropolitano de Lisboa têm sido sobretudo de carácter parcial, estando já marcada uma paralisação para o próximo dia 12.

A paralisação de 12 de maio será a quinta greve parcial desde o início do ano. Foram já realizadas greves semelhantes nos dias 24 de fevereiro, 16 e 18 de março e 28 de abril.
Lusa, em Notícias ao Minuto

EUA ATRAVESSAM O SINAL AMARELO



M K Bhadrakumar [*]

posicionamento de pára-quedistas dos EUA na Ucrânia , juntamente com contingentes do Reino Unido e Canadá, só pode ser visto como o princípio de uma expansão gradual para além dos objectivos ("Mission Creep"). A missão afirma o objectivo de treinar guardas nacionais ucranianos, mas por outro lado tais missões levam invariavelmente a compromissos militares mais profundos. Neste caso, o começo de fornecimentos de armas americanas à Ucrânia agora parece inevitável uma vez que os soldados ucranianos foram treinados para usá-las.

O Ministério Russo do Exterior reagiu fortemente, exprimindo "alarme" e advertindo que este passo dos EUA mina os acordos de Minsk e está "comprometido (fraught) com mais derramamento de sangue na vizinha da Rússia".

A declaração implica também que interesses russos estão envolvidos na medida em que os instrutores estrangeiros estarão a treinar tropas "em métodos mais eficientes de matar falantes de russo na Ucrânia".

A União Europeia e a NATO estão em estado de alerta a observar, mas estariam a compreender que os EUA e dois dos seus mais estreitos aliados no espaço euro-atlântico tivessem mais uma vez de intervir directamente num conflito militar na Europa após o intervalo de mais de uma década e meia desde o término da Guerra do Kosovo em 1999. Em suma, o conflito na Ucrânia está a entrar numa nova fase.

Assim, a observação de ontem do ministro alemão dos Estrangeiros, Walter Steinmeier, acautelando a Rússia contra qualquer movimento no sentido de reconhecer as auto-proclamadas repúblicas de Donetesk e Lugansk na região oriental ucraniana do Donbass poderia ser entendido como uma olhadela ao futuro de um homem de estado experiente.

Um lobby hard-line nos EUA encabeçado por figuras eminentes no circuito estratégico argumentou desde o princípio que armar a Ucrânia elevará o custo da guerra para Moscovo e obrigará o presidente russo Vladimir Putin a compromisso. (Ler o relatório "Preserving Ukraine's Independence, Resisting Russian Aggression" preparado em Fevereiro por uma força tarefa do Atlantic Council, do Brookings e do Chicago Council.) Na verdade, a decisão de Putin na semana passada de fornecer mísseis S-300 ao Irão teria mais uma vez fortalecido este lobby em Washington. A opinião especializada de um analista militar no influente Council of Foreign Relations é a seguinte:

O S-300 não é uma parede no céu. Se nós [EUA] quisermos, podemos atacá-lo e derrotá-lo. Fazer isto, contudo, exige um esforço que é muito maior, muito mais arriscado e muito mais custoso. Recentemente assistimos um debate sobre a escala de um ataque potencial a instalações nucleares iranianas, com alguns a argumentarem que seria relativamente limitado e outros a adoptarem uma visão oposta. Com o S-300 instalado, já não há debate. Ultrapassar este tipo de sistema exigirá um grande posicionamento de activos de ar, mar e terra, incluindo os nossos mais capazes – e caros – aviões e mísseis. Nosso pessoal e equipamento estará em maior risco e cumprir a missão será mais difícil e mais demorado.

Sem dúvida, Moscovo aplicou um duro golpe à capacidade dos EUA para negociar com o Irão a partir de uma posição de força. Embora a Ucrânia e a questão nuclear do Irão não possam ser comparadas, dificilmente será uma surpresa se os hardliners em Washington vierem a argumentar que a administração Obama deve pagar na mesma moeda na Ucrânia.

Então, porque Obama minimizou a questão do S-300 , deixando os israelenses de "queixo caído"? É a qualidade de Obama, estúpido! Ele está a jogar o jogo longo e espera virar a mesa sobre o seu homólogo russo num momento propício em futuro próximo na Ucrânia.

Na minha opinião, portanto, Washington não estará com pressa para explorar a mais recente oferta do Presidente Putin de "trabalhar junto" com os EUA . Moscovo provavelmente considera que embora o equilíbrio de poder na ordem bipolar mundial característica da era da Guerra fria já não exista hoje, ainda há um "contrapeso" aos EUA, graças a uma ampla secção da comunidade internacional, especialmente as potências emergentes, as quais não estão alinhadas com Washington, que por sua vez trabalha a favor da Rússia na sua confrontação com o Ocidente ( Moscow Times ).

Contudo, na realidade isto pode ou não ser necessariamente o caso. As potências emergentes estão preocupadas com suas próprias ambições, estão a lutar para estarem à altura das suas próprias prioridades nacionais. (a China, comprovadamente, podia ser uma excepção, que não pode permanecer indiferente se chegar o tempo do esmagamento.)

Entretanto, nem a Rússia nem os EUA estão numa disposição de recuo à confrontação. E, por falar em Obama, ele não pode permitir-se ser visto como a vacilar (blinking) primeiro uma vez iniciada a campanha para a eleição presidencial. Para todas as finalidades práticas, portanto, as duas grandes potências estão a tropeçar para a guerra. Leiam um excelente tour d'horizon feito por dois eminentes pensadores estratégicos na América que radica em estudos da Rússia sobre a dinâmica EUA-Rússia na Ucrânia não se deter diante do sinal amarelo num cruzamento que é altamente propenso a acidentes ( aqui ). 

[*] Diplomata indiano, analista político.

O original encontra-se em blogs.rediff.com/...

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ 

RACISMO E REVOLTA NO APARTHEID AMERICANO



António Santos – Diário Liberdade, opinião

A revolta voltou a incendiar a cidade de Baltimore, em Maryland, nos EUA, depois de um jovem afro-americano ter morrido nas mãos da polícia, na sequência de uma detenção arbitrária.

Poderíamos estar falando de Trayvon Scott, que em fevereiro apareceu morto numa cela de Baltimore sem qualquer explicação; ou de Tyrone West, inocente e sem cadastro, que foi espancado até à morte pela polícia desta cidade; ou de George King, de 19 anos, que foi preso à cama do hospital e eletrocutado com tasers pelos agentes; ou de Anthony Anderson, que sucumbiu a horas de espancamento na mesma esquadra, mas estamos falando de Freddie Gray, detido ilegalmente em 12 de abril e que no último dia 19 morreu com 80% da coluna vertebral partida e a laringe esmagada. Na verdade, estamos falando do mesmo assassino: o racismo estadunidense e o seu demiurgo histórico: o capitalismo.

Em abril de 1968, a Baltimore negra explodia numa revolta desencadeada pelo assassinato de Martin Luther King Jr. com acumulados dois séculos de racismo, segregação, escravatura e exploração. Nessa altura, metade da população afro-americana de Baltimore vivia na pobreza, o desemprego rondava os 30% e as forças policiais impunham o terror na vida dos trabalhadores negros. Quase meio século depois, os números são surpreendentemente semelhantes: o desemprego entre os afro-americanos da maior cidade de Maryland situa-se nos 42% (11% à escala nacional) e a mesma percentagem vive abaixo do limiar da pobreza. No entanto, há vários aspectos em que a situação está pior: o processo de transferência da indústria pesada permitiu a redução dos salários na cidade e estimulou a tendência para a segregação racial dos bairros num quebra-cabeças unido pelo terror das forças policiais.

Em Baltimore, a polícia é todos os anos alvo de quase 500 acusações de brutalidade e racismo. Porém, apesar de desde 2011 as forças policiais terem sido condenadas por mais de 100 crimes graves, quase nenhum agente foi preso: a administração da cidade canaliza anualmente mais de US$ 12 milhões para a compensação das vítimas de brutalidade policial, o dobro do orçamento para a educação. O resultado é o previsto: o erário público é drenado para resoluções judiciais que apenas fermentam a atmosfera de impunidade policial.

A linguagem dos oprimidosAs manifestações pacíficas contra o racismo que vinham decorrendo desde a morte de Gray atingiriam um momento de viragem no dia do funeral, no sábado (25). As dezenas de milhares de pessoas que se manifestaram por toda a cidade foram recebidas com provocações de grupos fascistas e agressões da polícia de choque. Os enfrentamentos que se seguiram têm sido sistematicamente utilizados pelos principais meios de comunicação social para demonizar os protestos e cobrir toda a cidade com um manto repressivo de 5 mil policiais armados com equipamentos de guerra. Esta segunda-feira (27), o Governador Larry Logan declarou o estado de emergência, impondo o recolher obrigatório e autorizando a intervenção das forças armadas para reprimir os protestos.

Por outro lado, para responder à espiral repressiva, estão a tecer-se alianças improváveis no seio da sofrida comunidade afro-americana. Juntando-se ao movimento Black Lives Matter (literalmente as Vidas dos Negros Importam), às organizações de classe no terreno e à Nação do Islã, foi agora a vez das principais gangs da cidade (os Crips, os Bloods e a Black Guerrilla Family) declararem uma trégua entre si, juntando forças para deter a violência da polícia.

E, no entanto, as atenções midiáticas dos EUA continuam presas nos confrontos e na destruição, com ameaças de que “a economia de Baltimore nunca mais irá se reerguer”. Numa rara amostra da profundidade do apartheid norte-americano, aqueles que nunca exigiram justiça para Gray são os mesmos que se levantam agora, num coro de incredulidade e protesto, contra a destruição de duas dezenas de vitrines, revelando que para o capitalismo a propriedade vale mais do que a vida.


Portugal. CGTP e UGT esperam milhares nas comemorações do 1º de Maio




Marcado o habitual desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde o comício sindical terá como orador principal o líder da Intersindical, Arménio Carlos.

Os sindicatos da CGTP e da UGT esperam contar esta sexta-feira com muitos milhares de portugueses nas comemorações do 1º de Maio, que pretendem que sejam também uma forma de mobilização dos trabalhadores para reivindicarem novas políticas económicas e sociais.

"Temos muito boas perspectivas para Dia do Trabalhador, temos indicação de que vai ser um grande 1º de Maio, com muitos milhares de trabalhadores por todo o país a participar nas iniciativas de comemoração e de protesto contra as politicas em vigor e contra as propostas que têm sido avançadas", disse à agência Lusa o secretário-geral da Intersindical.

Arménio Carlos considerou que este 1º de Maio tem de ser especialmente de protesto porque antecede o período eleitoral e os trabalhadores têm o direito de exigir novas políticas.

Para o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, este dia do Trabalhador também deve ser de "forte mobilização dos trabalhadores".

"Se não houver agora uma grande mobilização dos trabalhadores em defesa de mudanças políticas, antes de eleições legislativas, então nuca haverá", considerou o sindicalista.

Este ano a UGT comemora o Dia do Trabalhador no Porto, pela primeira vez, "para corresponder ao desejo de grandes estruturas sindicais do norte".

 Carlos Silva disse ter a expectativa de "uma grande participação" nas comemorações no Porto, no Palácio de Cristal, que contam com o habitual comício sindical e com animação popular com o cantor Quim Barreiros.

 As estruturas da CGTP promovem concentrações e iniciativas desportivas, culturais e lúdicas em cerca de 40 localidades do país, embora seja no Porto e em Lisboa que se realizam as maiores manifestações.

A CGTP-IN assinala 125.º Aniversário do Dia Internacional do Trabalhador, sob o lema "Com a Força dos Trabalhadores, Lutar por Emprego, Salários e Direitos. Romper com a política de direita!".

A Intersindical espera que os portugueses saiam à rua, num "momento alto de mobilização e compromisso" para prosseguir a luta por "uma real alternativa política, que valorize o trabalho, dignifique os trabalhadores e coloque Portugal no caminho do progresso, do desenvolvimento sustentável e da justiça social".

Para o início da tarde está previsto o habitual desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, onde decorrerá o comício sindical que terá como orador principal o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

Renascença

Portugal. GREVE EM SUPER E HIPERMERCADOS DIVIDE PATRÕES E SINDICATOS



TSF - 14:29

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal diz que a greve está a ter a adesão de "muitos milhares de trabalhadores" no país.

"Dos dados que é possível recolher, observa-se que muitos milhares de trabalhadores não se apresentaram ao trabalho, apesar das pressões, chantagens e também aliciantes oferecidos para furarem a greve", refere o sindicato, numa nota.

Segundo o sindicato, "há muitas situações de grande adesão, de tal modo que há lojas que encerraram as portas e muitas outras funcionam em condições precárias, recorrendo a pessoas que habitualmente não exercem nas placas de vendas ou contratando temporariamente trabalhadores para substituir grevistas".

O sindicato lembrou que a greve nos super e hipermercados, armazéns e lojas especializadas foi decretada para "tornar público o descontentamento generalizado com as condições de trabalho e salariais" destes trabalhadores.

Numa nota enviada à redação da TSF, a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) assegura que a maioria dos estabelcimentos está a funcionar em condições normais.

Portugal - greve da TAP. PILOTOS ACREDITAM QUE ADESÃO À GREVE VAI AUMENTAR



TSF - 13:32

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil considera que a adesão à greve na TAP e na Portugália está a ser "bastante interessante".

Fonte da direção do SPAC, sindicato que convocou a greve que se iniciou hoje à meia-noite e que se deverá prolongar até 10 de maio, disse à agência Lusa que os primeiros números de adesão à paralisação são "bastante interessantes", tendo em conta que "é o primeiro dia", e acrescentando que nos próximos dias a greve terá mais perturbações.

"Quem está a fazer os voos são os pilotos ligados à direção da operação de voo, que têm tempo limite para voar, o qual será atingido nos próximos dias", especificou a mesma fonte.

Ainda assim, o SPAC não quis comentar números - a TAP divulgou esta manhã que foram realizados 52 voos e cancelados 21 -, argumentando "não ter acesso às plataformas", onde não constam, por exemplo, os voos cancelados antecipadamente pela companhia aérea.

Os pilotos da TAP iniciaram à meia-noite uma greve de dez dias, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.

Greve TAP: muitos pilotos estão a "furar" a greve

TSF - 13:25

A TAP atualizou, ao início da tarde, o balanço da paralisação convocada pelos pilotos. Até ao meio-dia realizaram-se 118 voos, incluindo os serviços mínimos. 38 ligações foram canceladas.

Abaixo do previsto. O número de voos cancelados devido à greve dos pilotos está a ser muito menor do que se esperava.

Nas primeiras horas de greve, entre a meia-noite e o meio-dia, foram canceladas 38 ligações, num total de 156 voos programados até às 12 horas. Em contrapartida realizaram-se 118 voos durante este período de tempo.

A TAP, através da porta-voz Carina Correia, já veio publicamente demonstrar que está satisfeita com o facto de muitos pilotos não estarem a aderir à greve convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.

Para o primeiro dia de greve, que começou hoje e termina no dia 10, o Tribunal Arbitral impôs a realização de 32 voos.

Na sua página oficial na Internet, a companhia aérea portuguesa disponibilizou a lista dos voos que serão realizados: nos dez dias de greve estão garantidas um total de 276 as ligações pelos serviços mínimos (10% da operação durante o período), dos quais 30 se realizam hoje.

Os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) preveem a realização de voos para Açores, Madeira, Brasil, Angola, Moçambique e sete cidades europeias.

A companhia aérea sublinha que "com uma média diária nos próximos dias de 296 voos, a realização da restante operação não contemplada pelos serviços mínimos vai depender da adesão dos pilotos à greve".

Nesse sentido, os passageiros com voos marcados na TAP entre 01 e 10 de maio poderão só saber se têm viagem apenas com uma hora de antecedência, quando a companhia souber se os pilotos se apresentam ou não ao serviço.

Os pilotos da TAP e da Portugália começaram hoje uma greve de dez dias, que deverá afetar cerca de 3.000 voos e 30.000 passageiros, por considerarem que o Governo não está a cumprir dois acordos que lhes davam garantias na privatização.

O SENTIDO HISTÓRICO DO 1º DE MAIO E A LUTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO




Nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos, no final do século 18 e início do século 19, a jornada de trabalho chegava a alcançar 17 horas diárias.

Férias, descanso semanal remunerado e aposentadoria inexistiam. Homens, mulheres, adolescentes e inclusive crianças trabalhavam, literalmente, até morrer de exaustão, fome e doenças.

Famintos e oprimidos, os operários começaram a criar “caixas de auxílio mútuo”. Estes organismos de solidariedade classista, que depois deram origem aos sindicatos, foram também os embriões de diversos movimentos reivindicatórios.

No dia 1º de maio de 1886, a cidade de Chicago, então o principal centro industrial dos EUA, amanheceu tomada por uma greve geral, que tinha como principal exigência a redução da jornada de trabalho, de 13 para 8 horas diárias.

Manifestações e passeatas foram brutalmente reprimidas pela polícia que não hesitava em abrir fogo contra a multidão. Centenas de trabalhadores foram mortos.

Gângsteres contratados pelos patrões invadiam residências de operários, que eram espancados e tinham suas casas destruídas. A ordem: voltar ao trabalho.

A imprensa burguesa chamava os grevistas de “cafajestes, preguiçosos e canalhas”.

A justiça, em um julgamento onde os réus já entraram condenados, sentenciou à forca os líderes operários Parsons, Engel, Fischer, Lingg e Spies. Fieldem e Schwab, foram condenados à prisão perpétua e Neeb a quinze anos de prisão.

No dia 11 de novembro, Spies, Engel, Fischer e Parsons foram levados para o pátio da prisão e executados. Lingg cometeu suicídio. Perante o tribunal que o condenou, entre outros motivos por “agitação socialista”, Parsons manteve uma postura heroica e suas palavras imortais até hoje emocionam e mostram que a repressão não quebranta a dignidade de um verdadeiro revolucionário.

"Arrebenta a tua necessidade e o teu medo de ser escravo, o pão é a liberdade, a liberdade é o pão. A propriedade das máquinas como privilégio de uns poucos é o que combatemos, o monopólio das mesmas, eis aquilo contra o que lutamos. Nós desejamos que todas as forças da natureza, que todas as forças sociais, que essa força gigantesca, produto do trabalho e da inteligência das gerações passadas, sejam postas à disposição do homem, submetidas ao homem para sempre. Este e não outro é o objetivo do socialismo".

A coragem de Parsons vem de uma percepção lúcida da realidade. Como mostra seu discurso, quando o proletariado desperta para a batalha política enquanto classe, as lutas por conquistas específicas têm sentido histórico mais amplo, pois estão ligadas à peleja maior contra toda a forma de opressão tendo como norte o fim da exploração do homem pelo homem.

Três anos depois dos eventos de Chicago (1889) reuniu-se em Paris um congresso operário marxista, que marcou a fundação da Segunda Internacional Socialista. Neste encontro elaborou-se uma diretiva, iniciativa do belga Raymond Lavigne, de organizar uma grande manifestação internacional para o ano seguinte, ao mesmo tempo, com data fixa, 1º de maio, em todas os países e cidades, pela redução da jornada de trabalho para 8 horas.

No Congresso da Segunda Internacional em Bruxelas, em setembro de 1891, foi aprovada a resolução histórica: em homenagem aos mártires de Chicago, tornar o 1º de maio "um dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade".

Hoje, na maior parte do mundo, a data é reconhecida como o dia internacional do trabalhador, menos nos EUA.

Resgatar a história do 1º de maio é valorizar o seu sentido principal: um evento classista que pugna sempre por mais justiça e democracia.

É também um momento de festa, mas a festa do dia do trabalhador deve ter constantemente um objetivo primordial: elevar a consciência política e de classe.

Neste primeiro de maio de 2015 motivos especiais realçam no Brasil o caráter combativo da data. A Câmara dos Deputados aprovou recentemente o projeto de lei 4330, que amplia a terceirização para todas as áreas das empresas.

Em sete décadas esta é a mais séria ameaça contra os direitos trabalhistas.

O projeto ainda vai ter que ser aprovado pelo Senado. Caso o Senado faça alguma modificação, e certamente fará, o projeto volta a ser discutido na Câmara, e só então irá para a sanção ou veto da presidenta Dilma Rousseff.

É importante que no dia 1º de Maio vibrantes e aguerridas manifestações por todo o Brasil digam não à terceirização e ao lado disso empunhem a bandeira da defesa da democracia contra os intentos golpistas da direita.

Um primeiro de maio de luta, unindo uma bandeira imediata (contra a terceirização) a uma bandeira estratégica (a defesa da democracia) faz justa homenagem aos heróis de Chicago e a todos os homens e mulheres, construtores e construtoras do rico patrimônio que forma a história do proletariado em sua incansável contenda contra a burguesia.

Além de Parsons, August Spies também falou no tribunal que o condenou à forca em 1886. Portou-se como um valoroso soldado da luta de classes, fenômeno social que existirá enquanto existir capitalismo e, portanto, exploração.

Persistir na construção do dia do trabalhador de forma ampla, criativa, mas sem abrir mão do seu caráter fundamental, é seguir o caminho de manter acesa a chama mencionada por August Spies, diante dos seus verdugos burgueses.

"Se com o nosso enforcamento vocês pensam em destruir o movimento operário - este movimento de milhões de seres humilhados, que sofrem na pobreza e na miséria, se esperam a rendição – se esta é sua opinião, enforquem-nos. Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão. É um fogo subterrâneo e vocês não poderão apagá-lo!".

Vermelho, editorial

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