terça-feira, 22 de agosto de 2023

NEGÓCIOS DA GUERRA. NEGÓCIOS, NEGÓCIOS, NEGÓCIOS...

BUSINESS AS USUAL

A história dos F-16 para a Ucrânia é exemplar do modo como os EUA fazem negócios.   Os seus monopólios conseguiram transformar tal operação num negócio rendoso impingindo os seus caros F-35 (praguejados de problemas) à Dinamarca e à Holanda por bom dinheiro.   Em contrapartida, "autorizam" esses dois países a cederem os velhos F-16 à Ucrânia (sabe-se lá se e quando seus governos ganharão algo com isso) substituindo-os pelo novo material.   

Diga-se de passagem que os ditos F-16 serão absolutamente inócuos para o desfecho da guerra na Ucrânia – será apenas mais material a ser transformado em sucata pelas FA Russas.   Mas isso pouco importa para os monopólios dos EUA – o que eles querem é fazer negócio.  

Além disso, para o fabricante dos F-35 a operação tem a vantagem adicional de não submeter esse material a uma prova real, com o risco do seu abate na frente de combate e o consequente desprestígio.   Fazer negócio (ou enganar pacóvios submissos) é uma arte do lado de lá do Atlântico.

Resistir.info

F 16

Paolo Calleri, Alemanha | Cartoon Movement

A Holanda e a Dinamarca fornecerão à Ucrânia os muito procurados caças F-16.

Governo da Polónia em pânico depois que um populista rural se aliou à oposição

Andrew Korybko* | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Supõe-se que o interior seja um dos eleitorados mais confiáveis ​​do PiS, mas isso não pode mais ser dado como certo. Os eleitores rurais devem agora escolher se querem continuar apoiando o PiS devido aos seus valores socioculturais comparativamente mais conservadores ou desertar para o PO por solidariedade aos seus amados fazendeiros.

Foi recentemente avaliado que “ o partido governante da Polônia está fazendo das eleições de outono uma questão de segurança nacional ”, particularmente por meio de sua campanha de alarmismo sugerindo que a oposição da Plataforma Cívica (PO) está supostamente planejando implementar um Pacto Molotov-Ribbentrop pós-moderno. O mais recente desenvolvimento desta narrativa de guerra de informação ocorreu no fim de semana, dias após o líder populista rural Michal Kolodziejczak, do movimento AGROunia, ter decidido aliar-se ao PO.

A TVP, com financiamento público, publicou dois artigos consecutivos citando funcionários atuais e antigos que descreveram esta medida como alegadamente uma ameaça à segurança nacional da Polónia. Em seu artigo no sábado sobre como “ simpatizante de Putin se une à oposição polonesa antes das eleições de outubro ”, o veículo difamou Kolodziejczak como “pró-russo” por dar uma entrevista ao serviço polonês do Sputnik. Eles então amplificaram os ataques do primeiro-ministro e do vice-ministro da Defesa contra ele.

O primeiro tuitou que “Você traiu o campo polonês. Agora você tem um simpatizante de Putin na lista. A quem você serve?”, enquanto este último afirmou que “ele [Michał Kołodziejczak] está 100% alinhado com as políticas pró-russas anteriores do chefe do PO, Donald Tusk”. No dia seguinte, domingo, a TVP publicou um artigo sobre como “ polonesa aliado 'poderia ser usado pelo Kremlin': general ”, que citou o ex-chefe das forças especiais da Polônia, general Roman Polko. Aqui está o que ele disse:

“Há uma agressão russa contra a Ucrânia, em tal situação todos devemos mostrar grande solidariedade e responsabilidade por nossa segurança comum. Quaisquer ações desestabilizadoras certamente desacreditam este homem e o colocam nas fileiras dos 'idiotas úteis' do Kremlin ou mesmo daqueles que agem a favor de Putin.

Na minha opinião, como oficial militar, alguém como Kołodziejczak é realmente 'uma grande praga' e uma ameaça à nossa segurança, porque em uma situação de crise difícil, esse é um homem que divide [as pessoas] e pode ser usado objetivamente pelo Kremlin."

O partido governante da Polónia, “Lei e Justiça” (PiS), está em pânico porque esperava que a proibição da maior parte das importações agrícolas ucranianas na Primavera e sua decisão de manter essa política após o término do acordo da Comissão Européia no próximo mês lhes garantisse o apoio dos agricultores. As eleições de meados de outubro estão se preparando para ser extremamente desafiadoras para os governantes, daí seu interesse em reunir o maior número possível de grupos de interesse em torno deles, a fim de aumentar suas chances de permanecer no poder.

Em vez de apreciar a recente mudança de política do PiS, Kolodziejczak aparentemente quer puni-lo por agir tarde demais, depois que seu atraso já infligiu imensos danos aos interesses dos agricultores. Supõe-se que o interior seja um dos eleitorados mais confiáveis ​​do PiS, mas isso não pode mais ser dado como certo. Os eleitores rurais devem agora escolher se querem continuar apoiando o PiS devido aos seus valores socioculturais comparativamente mais conservadores ou desertar para o PO por solidariedade aos seus amados fazendeiros.

Isso pode mudar o jogo se reduzir ainda mais a vantagem estreita do PiS sobre o PO e permitir que o partido anti-establishment da Confederação emerja como o rei do próximo governo. The Economist citou recentemente seu vice-líder, que disse a eles que “pode ​​fazer um acordo para apoiar um governo minoritário”, o que poderia privar o PiS de seu desejado terceiro mandato. Não é de admirar que o partido no poder esteja fazendo de tudo para atacar Kolodziejczak, já que ele pode ser o responsável por sua derrota.

*Analista político americano especializado na transição sistêmica global para a multipolaridade

MARCELO NA POLÓNIA... E ERA MESMO PRECISO E INADIÁVEL, AGORA?

O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, está em visita à Polónia. Por lá foi recebido com pompa e circunstância, como mandou o protocolo. Hoje mesmo, ainda há pouco, ele e o PR da Polónia, Andrez Duda, discursaram longamente. A RTP 3 divulgou em direto os dois discursos enfadonhos... Era mesmo preciso e inadiável? Que seca!

Marcelo aproveita e vai visitar a Ucrânia, já que está ali ao lado o seu amigo Zelenki. Provavelmente leva-lhe uma miniatura do F 16 (fake news), talvez em ouro com hélices e rodinhas elaboradas em diamantes. Boa prendinha. E oportuna? Ajudará em alguma coisa na guerra que todos no Ocidente estamos a pagar com fome, miséria e línguas de palmo e meio? Era mesmo preciso e inadiável?

Disse Marcelo que a seguir irá encontrar-se com os países da CPLP, já nem sabemos bem para onde se destinará esse voo. Tanto voo, tanto avião, tanto contributo para a poluição, tanta despesa numa feira de vaidades sob pretextos incompreensíveis e abusados. Era mesmo preciso e inadiável?

Até parece que os senhores dos poderes perdem a noção das realidades e se servem abusadamente de todo os meios que os povos lhes disponibilizam. 

Pois, e o que parece é. Já sabemos.

Redação PG

Portugal | CONFLITOS DISTRIBUTIVOS

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

As marcas de carros de luxo estão com as suas vendas a aumentar muito. O país tem mais 31 mil milionários que há dois anos e a riqueza dos muito ricos não pára de aumentar. Os salários reais dos trabalhadores caíram em 2022. A inflação não desapareceu e não é o aprofundamento das desigualdades que a combate. Chovem as ameaças de Christine Lagarde/BCE sobre próximos aumentos das taxas de juros.

O Governo prossegue a política financeira de “contas certas”, cega perante as necessidades de investimento estratégico dirigido à melhoria da vida das pessoas, e pouco justa. Entretanto, aproximam-se eleições legislativas regionais na Madeira e nos Açores e para o Parlamento Europeu, em junho de 2024.

É neste contexto que emerge a discussão sobre impostos. Pela política fiscal pode-se melhorar a vida das pessoas, todavia deve ter-se presente dois factos: i) o bloqueio à possibilidade de um futuro melhor para grande parte dos portugueses e a persistência de desigualdades e pobreza assentam em desequilíbrios estruturais económicos e sociais profundos; ii) é falsa a ideia de que se trata de uma guerra em que de um lado estão os “contribuintes” e do outro o Estado. Entre os “contribuintes” há interesses distintos. Há quem reivindique com justiça, e há berros contra o Estado visando afinar mecanismos de apropriação indevida da riqueza.   

Nas últimas décadas foi-se instalando no país, com apoio dos governos, um novo rentismo propiciador de rápido enriquecimento, assente na livre transação da propriedade (feita à escala internacional) em conexões com atividades do turismo e da construção, mas com pesadíssimo prejuízo para os portugueses, inclusive o brutal custo da habitação. Por outro lado, somos um país desindustrializado e em que, na distribuição funcional do rendimento, tem vindo a diminuir a parte que vai para os trabalhadores.

Portugal | DIZES, ESTÁ DITO

Henrique Monteiro | HenriCartoon

Houve veto no «Mais Habitação», mas não pelas suas limitações objectivas

O Presidente da República vetou o programa «Mais Habitação», apesar de não reconhecer as suas opções erradas. Mesmo identificando algumas limitações no programa, o veto visa «recuperar alguma confiança perdida por parte do investimento privado».

O Presidente da República vetou o pacote «Mais Habitação», mas não pelos motivos que a direita queria, já que considerava haver um ataque ao direito à propriedade. Ao contrário do que estava a ser discutido na espuma dos dias, o veto presidencial não foi realizado por haver alguma inconstitucionalidade, mas sim pelo facto do programa «Mais Habitação» corresponder a um «acordo de regime» e não «recuperar alguma confiança perdida por parte do investimento privado».

O veto foi justificado numa carta dirigida ao Presidente da Assembleia da República onde é feito um enquadramento da questão habitacional, da apreciação que estava a ser feita «aos olhos dos portugueses», da polarização gerada no debate político e do «possível irrealismo nos resultados projectados».

Segundo o documento que se encontra no site da presidência da República, existe efectivamente uma «emergência da crise habitacional, que afeta, especialmente, jovens e famílias mais vulneráveis, mas começa a atingir as classes médias» e que tal obrigou o Governo a anunciar um «ambicioso» programa que já integrava medidas de simplificação administrativa «acolhidas noutro diploma» que o Presidente acabou por promulgar.

Todo esse programa, «aos olhos dos portugueses» foi encarado em «cinco ideias muito fortes». A ideia de um «arrendamento forçado de casas de privados, devolutas, aumentando a oferta de habitação»; «a limitação ao alojamento local, permitindo, por essa via, também, aumento da oferta de arrendamento acessível»; «o reforço do papel do Estado na oferta de mais casas, por si e em colaboração com cooperativas, alargando o citado arrendamento acessível»; «a disponibilização de estímulos públicos aos privados para fazerem aumentar a pretendida oferta»; e «medidas transitórias, entre as quais as limitações à subida das rendas, durante o período do arranque e consolidação do Programa».

Portugal | Mais Habitação confirmado? "Parlamento fica na sua e eu fico na minha" - PR

As declarações surgem depois da ministra da Habitação, Marina Gonçalves, ter confirmado que o Governo não deverá avançar com alterações ao diploma que foi já apresentado ao chefe de Estado.

OPresidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a falar sobre o veto ao pacote Mais Habitação, desta vez reagindo às declarações por parte do PS, dando conta de que pretende "confirmar" este diploma mediante nova votação na Assembleia da República.

"O Parlamento fica na sua e vota em conformidade, confirma a sua votação, e eu fico na minha, no sentido de que não me convenceu, mas de que vamos esperar que daqui a dois anos e meio, ou três anos, dê para verificar se [o pacote] era suficiente, mobilizador e resolvia o conjunto de problemas existentes, ou ficava aquém disso", referiu, em declarações aos jornalistas a partir de Varsóvia, na Polónia.

Na perspetiva do chefe de Estado, "aconteceu aquilo que é a democracia". E elaborou o raciocínio: "A democracia é: a Assembleia da República decide e acha que um determinado pacote é bom e eficaz, e produz efeitos nesta corrida em contrarrelógio, de dois anos e meio, até ao fim da legislatura; e eu penso o contrário".

Na sequência do seu veto, Marcelo Rebelo de Sousa deu conta, perante os jornalistas, que já falou com o Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva - "que era com quem tinha de falar" - "logo ao início da manhã", explicou. E revelou não ter ainda falado com o primeiro-ministro, António Costa.

Sobre esse tema, disse ainda: "Certamente vamos encontrar-nos na cimeira [da CPLP, a 27 de agosto] em São Tomé e Príncipe, não sei até se não vamos juntos. Mas lá encontrar-nos-emos com certeza".

Marcelo Rebelo de Sousa revelou ainda que ambos têm ainda "outras questões, importantes" para debater, "de política internacional e interna", "e pode ser que o tema [do Mais Habitação] seja levantado".

Questionado pela RTP3 sobre se "o tempo vai dar-lhe razão" no que diz respeito a esta matéria, o chefe de Estado foi perentório: "Eu desejaria que não". Ainda assim, acrescentou: "Mas tal como eu vejo as coisas, acho que sim, senão não teria vetado" o diploma.

Garantindo que "ninguém gosta de vetar", o Presidente da República lembrou que tem vetado "muito poucos diplomas" - enumerando um total de "33 diplomas em 1.700". Explicou que o fez desta vez "porque é suficientemente importante a matéria" e "entende que aquilo que se pretende com a lei não é aquilo que a lei oferece, de condições, para se chegar lá".

De recordar que Marcelo Rebelo de Sousa devolveu esta segunda-feira à Assembleia da República o pacote legislativo associado ao programa Mais Habitação, "sem promulgação", que avançava com mudanças ao nível do arrendamento, dos licenciamentos ou do alojamento local. Em declarações aos jornalistas, afirmou que o mesmo é "insuficiente".

"Em consciência, não podia deixar de dizer o que pensava. Isso seria faltar à realidade. O problema do diploma não é a constitucionalidade, é um problema político", apontou Marcelo Rebelo de Sousa, num primeiro conjunto de declarações aos jornalistas, na Polónia, salientando "a ausência total de consenso, já que só uma força política vota a favor e tudo o resto vota contra", e adiantando que é necessária uma reforma mais consensual.

Até porque, aquando da votação final global deste diploma na Assembleia da República, a 19 de julho, apenas a maioria socialista votou favoravelmente a proposta. PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e BE votaram contra, enquanto Livre e PAN abstiveram-se.

Importa lembrar que entre as medidas mais contestadas deste pacote estão a suspensão do registo de novos alojamentos locais fora dos territórios de baixa densidade e uma contribuição extraordinária sobre este negócio, bem como o arrendamento forçado de casas devolutas há mais de dois anos.

Apesar da posição do chefe de Estado, o líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Eurico Brilhante Dias, revelou que a bancada que lidera, que dispõe da maioria absoluta dos deputados, vai mesmo confirmar o diploma em causa. Uma ideia, entretanto, ecoada pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, que deixou claro que o Governo não deverá avançar com alterações ao diploma.

Ema Gil Pires | Notícias ao Minuto

Leia em Notícias ao Minuto:

Habitação. Mensagem de Marcelo com veto "não poderia ser mais clara"

O SENHOR AZUL E A CIA

Edward Curtin* | Global Research,  21 de agosto de 2023 | # Traduzido em português do Brasil

“Isso é escravidão, não falar os pensamentos de alguém.” – Eurípides, As Mulheres Fenícias

Algum tempo atrás, num domingo à noite, quando minha esposa e eu tínhamos acabado de nos sentar para jantar, nosso telefone tocou. Como não reconheci o número de telefone e era hora do jantar, hesitei em atender, mas por algum motivo casual o fiz. A voz do outro lado era agitada, intensa, e perguntava por mim.

Ele poderia me visitar imediatamente porque tinha notícias urgentes para mim? ele perguntou. Ele me disse seu nome, um nome que eu não conhecia, e disse que era um grande fã do meu livro, Buscando a verdade em um país de mentiras - que o havia lido várias vezes. Ele se perguntou como eu sabia tanto sobre o funcionamento do que poderíamos chamar de estado profundo, a elite do poder, as conexões de inteligência/classe endinheirada, os assassinatos de JFK, RFK e outros. Ele também leu um jornal Op Ed que escrevi sobre Robert F. Kennedy Jr. e também queria falar comigo sobre isso. Ele disse que tinha uma história muito importante para me contar. A urgência em sua voz era palpável.

Naturalmente, eu estava cauteloso, então o adiei por alguns dias. Mas a Nova Inglaterra é uma área relativamente pequena, o lar de tantas famílias ultrarricas do país e da tradicional estrutura de poder governante do Blue Blood, e o pouco que ele me contou sobre si mesmo me intrigou. Então, alguns dias depois, viajei para encontrá-lo onde ele morava, não querendo me abrir para um visitante desconhecido em minha casa. No caminho, percebi que seu sobrenome soava familiar e estava ligado à importante história dos Estados Unidos na década de 1960. Por questões de privacidade, não divulgarei seu nome.

Chame-o de Sr. Azul.

Isso é inesperado,
em um piscar de olhos.
Nenhuma conspiração que eu saiba,
Embora algo desse tipo
não seja impossível. Entre eu
e você eu diria que flui.
Não faz sentido dizer a eles
o que estamos fazendo ou por quê.
Não nos conhecemos, não é?
Quem se importa, o conhecimento é superestimado.
O que é isso, ainda estamos na escola,
ou não nos graduamos para o mundo
da vida? Do nada,
Num piscar de olhos,
Muito antes de sabermos disso,
Mas não depois, nunca depois.

Combinamos de nos encontrar em um café, mas quando o fizemos, ele pediu para conversar longe do café em um banco ao ar livre. A primeira coisa que ele me disse foi que não era da CIA. Eu entendi isso de duas maneiras: ele era e ele não era. Mas falei pouco e ouvi sua história, mesmo enquanto me questionava por concordar em encontrar um estranho depois de um telefonema tão bizarro. Fiquei feliz por não estar sentado diante de xícaras de café.

Ler depois em Global Research: Jeffrey Epstein e o Espetáculodo Sigilo

Ele começou me contando sobre a herança da família Blue Blood, como sua família estava ligada a todas as famílias ricas proeminentes cujos nomes são muito familiares para muitas pessoas: Forbes, Morgans, Choates, Rockefellers, et.al., um índice do The Cadastro social do dinheiro antigo e da alta sociedade bem ligado a todas as alavancas do poder político e econômico. Baseados principalmente no nordeste dos Estados Unidos, seus tentáculos se estendem por todo o mundo por causa de seu poder e influência. Eles frequentam Yale, Harvard, Princeton e as escolas preparatórias de elite da Nova Inglaterra. Há muito tempo ocupam cargos importantes na mídia, no governo e em Wall Street. Em suma, sua família fazia parte do que C. Wright Mills chamou de “a elite do poder” e, como ele deixou claro, ele e os filhos dessas famílias foram criados para assumir que nasceram para tomar as principais decisões do país. Governar.

Primeiro dia da 15ª Cúpula do BRICS na África do Sul -- atualizações ao vivo

Neste agosto de 2023, a 15ª cimeira do BRICS arranca em Joanesburgo, na África do Sul. Este evento será o maior encontro de sempre de líderes de nações não ocidentais.

Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil

O BRICS é um quadro que une as maiores economias do mundo não-ocidental – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Este ano, 67 chefes de estado participarão no evento de alto nível, enquanto 40 países, incluindo o Cazaquistão e Cuba, manifestaram o desejo de aderir ao clube. Entre aqueles que aproveitaram a oportunidade para se candidatar oficialmente estão Argentina, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Senegal, Argélia, Etiópia, Irã e Indonésia.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, sublinhou que os BRICS representam 31,5% do PIB global (em paridade de poder de compra) e representam cerca de 40% da população mundial. Segundo o principal diplomata, isso faz da organização uma influenciadora global.

Acompanhe o feed ao vivo do Sputnik para saber mais

Cúpula do BRICS fornecerá plataforma para discussões sobre o 'Sul Global', diz Modi

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse na terça-feira que a cimeira dos BRICS na África do Sul proporcionaria uma plataforma para discussões sobre os problemas da região do "Sul Global".

"Partindo para a África do Sul para participar da Cúpula do BRICS que será realizada em Joanesburgo. Também participarei dos eventos de divulgação BRICS-África e do Diálogo BRICS Plus. A Cúpula fornecerá a plataforma para discutir questões de preocupação para o Sul Global e outras áreas de desenvolvimento", disse o primeiro-ministro no X, anteriormente conhecido como Twitter.

Em Sputnik Globe: 

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Angola | Intelectuais da Manada Golpista – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

João Lourenço está contra o embargo dos EUA a Cuba. Como tem por trás um Povo Heroico e Generoso (mais força humana do que esta não existe) pode mostrar que a sua posição é mais do que conversa para pacaça dormir. Chama o embaixador Tulinabo Mushingi e passa-lhe guia de marcha para casa com este recado: Só volta quando o seu governo levantar o embargo a Cuba. No Níger, Mali, Burkina Faso, Guiné Conacri e República Centro Africana a quizomba já começou.

O Presidente Miguel Diáz-Canel ao discursar no Palácio da Cidade Alta recordou o seu compatriota, general Arguelles, que morreu na defesa da Pátria Angolana no Cuanza Sul. Foi um dos Heróis do Ebo, a primeira Grande Batalha pela Soberania Nacional e Integridade Territorial após o dia 11 de Novembro de 1975. 

Recebi um som com declarações do meu amigo e camarada Lopo do Nascimento sobre o 27 de Maio de 1977. Na época cobri esse acontecimento até aos mais ínfimos pormenores. As minhas notícias e reportagens estão publicadas nos jornais Página Um, Diário de Lisboa e Diário Popular. Desde então assumi como missão de vida combater todas as mentiras e falsificações. Não dou tréguas aos familiares e amigos dos golpistas que hoje vendem aldrabices à linha e ao segundo com som e imagem. Não querem que as feridas se fechem. Não me afectam. Porque ao perder os meus melhores amigos e camaradas, jamais as feridas que me causaram serão fechadas. 

Lopo do Nascimento diz, insinuando assim-assim, que o 27 de Maio foi um golpe da DISA (segurança do Estado) que visou eliminar os intelectuais do MPLA do interior. O embate foi entre os guerrilheiros e os activistas na clandestinidade, mais os sobreviventes das grandes operações militares das tropas portugueses no território da I Região Politica e Militar do MPLA (Dembos).

 O declarante comete dois erros, provavelmente por falha da memória. Diz que o ministro das Finanças, Saidy Mingas, foi assassinado no Eixo Viário. Está enganado. Foi lá emboscado, preso e levado para o quintal do Kiferro no Zangado/Sambizanga. Baleado nas pernas e torturado até à morte pelos intelectuais golpistas.

Outro erro. Lopo disse que foi atraído para uma emboscada no Eixo Viário tal como Saidy Mingas. Ligaram-lhe para casa: - Há maka no porto de Luanda. Vai lá resolver. Mas segue pelo Eixo Viário! 

O primeiro-ministro de Angola diz que recebeu ordens para ir resolver um problema no porto de Luanda. Nesta nem acredita os que acreditam no Pai Natal. Da casa do primeiro-ministro ao Porto de Luanda, o caminho directo era precisamente descer o Eixo Viário até ao Bungo e já está. Ir pela Estrada do Cacuaco, descer para a Boavista e daí ao porto, só num filme cómico do General Foge a Tempo. Se no porto existia um problema laboral, quem tinha de agir era o ministro Aires Machado (Minerva). Se era da ordem pública, quem tinha de intervir era o Comandante Petrof, que liderava a polícia.

Lopo do Nascimento era militante do “interior” mas integrou a primeira delegação do MPLA que desembarcou em Luanda vinda do exterior, corria o ano de 1974. A DISA queria eliminá-lo por ser um intelectual? Mentira. Ele não é um intelectual. 

Nito Alves era um intelectual? Professor de posto, nem sequer concluiu o ensino secundário. Papagueava umas larachas marxistas-leninistas um tanto aldrabadas. Se ele é um intelectual eu sou a Madonna com 20 anos que engatou meia Luanda e vai dormir com a outra metade.

Nito Alves era da DISA meu amigo Lopo? Tu sabes tão bem como eu que ele fez esta declaração pelo seu punho e assinou: “A decisão da eliminação física dos Responsáveis eliminados no dia 27/5/977 foi tomada conjuntamente por mim, Zé Van Dúnem e Sita Valles. Mas é de reter que tal decisão visava apenas os responsáveis de que tínhamos conhecimento concreto da sua prisão: o major Saidy Mingas e os comandantes Bula, Dangereux e N’zaji. Os outros detidos eram desconhecidos por nós.”

Rui Coelho, professor do ensino preparatório, foi preso em Luanda por envolvimento no golpe. Disse no seu depoimento: “Defendemos que o MPLA deve estar ligado ao Partido Comunista da União Soviética. Confesso que estou convencido da existência de anti-sovietismo a nível do aparelho de Estado e do MPLA. Colaborei na elaboração das teses que Nito Alves escreveu para apresentar em sua defesa ao comité central. Ele considera que o partido está dominado por forças direitistas, por social-democratas aliados aos maoistas”. O Rui era da DISA? Era intelectual? Não e não.

O Betinho era um miúdo simpático. Nem sequer concluiu o ensino secundário. Era intelectual? Então eu sou o Zelensky. Contou por escrito tudo sobre a reunião do dia 21 de Maio de 1977, para estudar as respostas a dar, no caso de se consumar a expulsão de Nito Alves do Comité Central do MPLA, como aconteceu. Leiam: 

“Nesta reunião tentámos esboçar um plano para o caso de Nito Alves vir a ser expulso do Comité Central. Se viesse a dar-se esta eventualidade, prevíamos desencadear uma insurreição, que é o tal golpe de Estado, que deveria ter início em Malanje. Um levantamento de massas populares em Malanje e que ia culminar aqui em Luanda. Vários militares que nos apoiam, garantiram na reunião, que era possível desencadear o golpe de estado a partir dos seus quartéis”. A reunião foi na DISA? O Betinho era da DISA? Não e não.

A DISA (segurança do Estado) estava completamente infiltrada pelos golpistas. Uma boa parte do pessoal estava do lado do golpe. No dia 27 de Maio, foi necessária uma força especial para arrancar as instalações das mãos dos golpistas. À entrada do edifício, na rua, o comissário político Kambulukusse gritava de arma aperrada: – Cuidado! Esses gajos não são dos nossos! E apontava para homens armados, no átrio do edifício. Os amotinados ofereceram grande resistência. Toda a gente sabe disto e o primeiro-ministro de então, por maioria de razão.

O Presidente Neto disse aos microfones da Rádio Nacional no dia 27 de Maio de 1977, ainda existiam focos do golpe: “Os divisionistas que dirigiram o fraccionismo fugiram da capital. Mas nós vamos capturá-los. Haverá o veredicto do movimento. Haverá, portanto, Justiça. Neste momento em que estamos a combater contra forças que nos atacam do exterior, é muito estranho que os esquerdistas, os ultra-revolucionários, venham combater-nos a nós também. É muito estranho”.

No dia 28 de Maio voltou a falar para revelar nomes de dirigentes assassinados pelos golpistas: “Foram assassinados os camaradas Paulo Silva Mungungo “Dangereux”, membro do Comité Central do movimento, do Estado-Maior das FAPLA e do Conselho da Revolução. E o comandante “Nzaji” (Eugénio Veríssimo da Costa) membro do Comité Central, do Estado-Maior das FAPLA e do Conselho da Revolução. Saidy Vieira Dias Mingas, membro do Comité Central do MPLA, do Conselho da Revolução e Ministro das Finanças”. E garantiu: “não há perdão para os fraccionistas”

Do lado dos fraccionistas não existia um só intelectual. Bakalof, Sianouk e restante pessoal da I Região, nenhum era intelectual. Entre os antigos presos políticos mito menos. Zé Van-Dúnem Sita Vales, Luís dos Passos, Minerva, Fortunato, Juca Valentim e outros eram tão intelectuais como eu sou a Madre Teresa de Calcutá. Vou pedir a transferência para o Inferno  a fim de infernizar a vida aos sicários da UNITA!

O 27 de Maio foi visto por Mário Pinto de Andrade, um intelectual angolano e dos maiores do universo de Língua Portuguesa, no jornal “Diário de Lisboa”, edição de 30 de Junho de 1977, termos: 

“Considero-me sempre um militante do MPLA. Em primeiro lugar lamento profundamente a expressão criminosa e facínora que tomou a intentona de 27 de Maio, devido ao oportunismo e ambições políticas do grupo de Nito Alves e que levou à perda irreparável de comandantes e camaradas tão determinantes na luta de libertação nacional. Estou de acordo com as decisões tomadas pelo Bureau Político do MPLA e com as declarações do camarada presidente Agostinho Neto. Todos nós esperamos que o MPLA saia reforçado desta prova. Reconhecemos que o MPLA, temperado neste tipo de luta, vai com certeza triunfar mais uma vez sobre todas as formas de oportunismo político, mascaradas de verbalismo esquerdista”.

Caro Lopo, Mário Pinto de Andrade entrou no golpe da DISA? Peço encarecidamente que tenhas mais respeito por ti. Mereces. Quanto mais não seja porque foste dos primeiros militantes do MPLA presos pela PIDE no âmbito do processo do imortal Hermínio Escórcio, líder do MPLA do interior e que nem um segundo hesitou na defesa do movimento e da liderança de Agostinho Neto. Não assassinem a História Contemporânea de Angola. Chega de sangue e traição. 

*Jornalista

Angola | O Enxame dos Marimbondos Solidários – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O jornal O País prestou um serviço inestimável à sociedade ao divulgar partes do Acórdão do Tribunal Supremo, que confirma a sentença do Tribunal da Comarca de Luanda no processo do empresário Carlos São Vicente. Um dos factos que levou os conselheiros a tomar tal decisão “teve como base os depoimentos de todos os declarantes ouvidos, entre os quais responsáveis das áreas financeira e jurídica, bem como administradores do Conselho de Administração da petrolífera, que afirmaram desconhecer o processo de alienação da participação social desta no grupo AAA para outras entidades”.

Importantíssimo. Os altos funcionários da Sonangol que fizeram tal declaração assumiram oficialmente que foram gravemente negligentes. Nem se deram ao trabalho de ler os relatórios e contas de uma empresa que, segundo eles, era propriedade exclusiva da petrolífera do Estado. Negligência criminosa ou falsas declarações em Tribunal.

O jornal O País ainda ofereceu mais ao revelar que “além das provas documentais, os conselheiros levaram em consideração os depoimentos prestados em Tribunal pelas testemunhas Paulo Jorge Martins Ferreira Marques, Walter Costa Manuel do Nascimento, Rosário Simão Jacinto, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins e Francisco de Lemos José Maria. Todos, de forma concordante, garantiram que o projecto AAA foi criado e realizado com fundos inteiramente públicos”.

Francisco de Lemos e Sebastião Pai Querido hoje fazem parte do enxame de marimbondos do Presidente João Lourenço. Pai Querido é o PCA de serviço. Ao declararem em Tribunal que a empresa AAA Seguros SA era pública e de capitais exclusivamente públicos não testemunharam, fizeram uma confissão de negligência criminosa. Porque por dever de ofício tinham que ler os relatórios e contas da empresa AA Seguros SA e lá estava a estrutura accionista. E a referência a “sociedade anónima”. Isso queria dizer que não era uma empresa pública.

O Acórdão ao qual o jornal O País teve acesso remata assim: “O que é certo, e cuja prova abunda nos autos (depoimento de testemunhas, documentos diversos), é que a AAA SEGUROS SA tratava-se de uma empresa pública, gerada por iniciativa pública”. Durante anos e anos existiram assembleias de accionistas da AAA Seguros SA. A Sonangol esteve sempre presente. Os “declarantes” altos funcionários da Sonangol nunca denunciaram as alterações do quadro accionista. Se houve crimes, eles foram cúmplices e de que maneira! 

ÁFRICA LUTA PELA SUA LIBERTAÇÃO REAL

Para alcançarem uma independência verdadeira os países africanos terão de libertar-se da opressão neocolonial francesa. Esta libertação aproxima-se.

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