quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Coronavírus | Nenhum moçambicano na China está contaminado


O ministro da Saúde de Moçambique, Armindo Tiago, garante que nenhum moçambicano residente na China foi infetado pelo novo coronavírus. Três casos suspeitos de contaminação no território moçambicano deram negativo.

"A informação que existe, através da embaixada moçambicana na China, indica que, até agora, não há [nenhum] moçambicano que tenha sido diagnosticado ou confirmado com coronavírus", afirmou Armindo Tiago.

O governante falava em conferência de imprensa no final da sessão semanal do Conselho de Ministros, na qual fez um ponto de situação sobre o grau de preparação de Moçambique face ao surto.

Mesmo entre os moçambicanos residentes na cidade que é o epicentro do novo coronavírus, Wuhan, não foi diagnosticada a doença, acrescentou Armindo Tiago.

O ministro da Saúde avançou que o Governo moçambicano não vê uma "necessidade imperiosa de repatriar os moçambicanos" residentes na China, até porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomendou essa medida.

O governante assinalou que as autoridades moçambicanas estão a fazer o levantamento de cidadãos do país que vivem na China.


Centro de trânsito no Aeroporto de Maputo

Em termos de preparação para o diagnóstico e tratamento da doença, as autoridades moçambicanas montaram um centro de trânsito no Aeroporto Internacional de Maputo para casos suspeitos e centros de isolamento nos principais hospitais do país.

Por outro lado, Moçambique vai reforçar a quantidade de reagentes para o teste do novo coronavírus, através da compra de mais produtos e de uma oferta da OMS.

A China elevou hoje para 426 mortos e mais de 20.400 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em mais de 20 outros países.

A OMS declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Deutsche Welle | Agência Lusa

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