Texto
é subscrito por Ana Drago, Daniel Oliveira e Rui Tavares. "Envergonham-nos
e revoltam-nos as notícias de que o Governo de Portugal tem sido um obstáculo a
um novo contrato entre a Grécia e União Europeia."
Uma carta do movimento "Tempo de Avançar", constituído por independentes, membros do partido Livre e outros movimentos de esquerda, foi divulgada esta quinta-feira no jornal grego "Agvi", expressando "vergonha" e "revolta" pela posição do Governo português face à Grécia. É manifestada ainda solidariedade com o povo grego.
Uma carta do movimento "Tempo de Avançar", constituído por independentes, membros do partido Livre e outros movimentos de esquerda, foi divulgada esta quinta-feira no jornal grego "Agvi", expressando "vergonha" e "revolta" pela posição do Governo português face à Grécia. É manifestada ainda solidariedade com o povo grego.
"Envergonham-nos
e revoltam-nos as notícias de que o Governo de Portugal tem sido um obstáculo a
um novo contrato entre a Grécia e União Europeia. A verdade é esta: ele teme
que a Grécia torne possível uma alternativa à austeridade", pode ler-se na
carta.
Segundo
o documento, subscrito por Ana Drago, Daniel Oliveira ou Rui Tavares,
"se a Grécia for bem-sucedida, todos ficarão a saber que era
possível fazer as coisas de forma diferente, ao contrário do que nos
diziam". Relativamente ao ultimato feito pelo Eurogrupo à Grécia, o
movimento "Tempo de Avançar" refere que fará "pressão, dentro e
fora de Portugal, para que o governo de Portugal mude de posição - ou para que
Portugal mude de governo".
O
movimento expressa ainda a esperança de que o destino de Portugal caminhe na
mesma direção da Grécia, optando por um novo rumo
político. "Trabalharemos duramente nos próximos meses para eleger
também em Portugal um governo contra a austeridade, apostado numa nova política
de alianças dentro da União Europeia. No que depender de nós, a Grécia nunca
mais estará sozinha numa reunião do Eurogrupo. E vamos consegui-lo já no futuro
próximo."
A carta será também citada esta sexta-feira pelo jornal grego "Efsyn", dia em que uma delegação do movimento entregará o documento em mãos na embaixada da Grécia em Lisboa.
A carta será também citada esta sexta-feira pelo jornal grego "Efsyn", dia em que uma delegação do movimento entregará o documento em mãos na embaixada da Grécia em Lisboa.
Em
baixo, pode ler a carta na íntegra:
"Caros
concidadãos gregos,
Como
portugueses e europeus, alegrámo-nos com a eleição do primeiro governo
antiausteridade da União Europeia e seguimos atentamente as negociações que
devem levar a um novo contrato entre a Grécia e União Europeia que permita um
futuro melhor para toda a zona euro.
Envergonham-nos
e revoltam-nos as notícias de que o Governo de Portugal tem sido um obstáculo a
esse objetivo. A verdade é esta: ele teme que a Grécia torne possível uma
alternativa à austeridade. Se a Grécia for bem sucedida, todos ficarão a saber
que era possível fazer as coisas de forma diferente, ao contrário do que nos
diziam. Os políticos deste governo português forçam a intransigência dentro do
eurogrupo por razões que se prendem com o futuro político deles, mas que são
contra o interesse nacional ou europeu.
O
governo de Portugal não apoiou o ultimato que vos foi feito em nosso nome, mas
em nome dos seus interesses eleitorais. Não nos representa. Faremos pressão, dentro
e fora de Portugal, para que o governo de Portugal mude de posição - ou para
que Portugal mude de governo.
Trabalharemos
duramente nos próximos meses para eleger também em Portugal um governo contra a
austeridade, apostado numa nova política de alianças dentro da União Europeia.
No que depender de nós, a Grécia nunca mais estará sozinha numa reunião do
Eurogrupo. E vamos consegui-lo já no futuro próximo.
Caros
concidadãos gregos: Aguentem firmes! Os reforços vêm a caminho!"
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