Bruxelas
pede amanhã autorização à ONU para ataques no mar da Líbia. Comissão quer ainda
repartir de forma mais justa acolhimento dos refugiados que chegam pelo
Mediterrâneo. Portugal pode ser obrigado a receber mais imigrantes.
A
União Europeia preparou um plano para fazer ataques militares nas águas
territoriais da Líbia. O objetivo é travar o fluxo de migrantes pelo Mar
Mediterrâneo. O pedido de autorização será apresentado amanhã nas Nações Unidas.
A
notícia está a ser avançada esta manhã pelo jornal inglês The Guardian que
acrescenta que a ideia é travar, na origem, os migrantes vindos através de um
país em guerra civil e com zonas dominadas por grupos jihadistas e pelo Estado
Islâmico, o que tem favorecido as redes de tráfico. A missão militar será
liderada pela Itália e com a participação de perto de dez outros países
europeus como o Reino Unido, Espanha ou França.
Em
paralelo, o jornal espanhol El País conta esta manhã que a Comissão Europeia
quer estabelecer quotas para repartir de forma mais "justa",
"equilibrada" e obrigatória os imigrantes que pedem asilo, quando
chegam de forma massiva à Europa. A proposta será votada quarta-feira no
colégio de comissários e pode levantar polémica pois até hoje a decisão de
acolher imigrantes dependia, apenas, de cada governo.
Se
forem aprovadas, estas quotas para receber refugiados irão depender do PIB, ou
seja da economia de cada país, mas também da população e do desemprego. Ao
mesmo tempo vai ter-se em conta os pedidos de asilo dos anos anteriores.
Na
prática, o El País explica que esta medida da UE irá aliviar a Alemanha e a
Suécia, que normalmente recebem grande parte destes imigrantes. Do outro lado,
mais acabarão por ir para a Roménia, Espanha e Portugal, três dos países que
menos refugiados acolhem.
Nuno
Guedes – TSF - foto Reuters/Darrin Lup
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