sábado, 16 de maio de 2015

Portugal. Lurdes Rodrigues: Troika foi "pretexto" para cumprir "programa ideológico"




A ex-ministra do governo de Sócrates acredita que António Costa é capaz de “fazer alguma coisa na frente europeia para que o problema da dívida seja resolvido em moldes diferentes”.

Portugal pagou “um preço desproporcional e, de certa forma, inútil” para atingir os objetivos orçamentais do memorando de entendimento, considera Maria de Lurdes Rodrigues.

Em entrevista ao Dinheiro Vivo, a ministra da Educação do primeiro governo de José Sócrates diz que o Governo de Pedro Passos Coelho aproveitou a “oportunidade para cumprir um programa ideológico que não estava consagrado no memorando que […] dificilmente teria conseguido fazer passar se não tivesse o pretexto da troika”.

"Não gosto de política escondida atrás de cenários macroeconómicos”, disse a professora, elogiando a forma como o PS apresentou propostas com base num cenário macroeconómico. “A política deve comandar e portanto preferia o exercício ao contrário, que é um político pedir a um grupo de economistas: vejam a viabilidade económica deste pacote de medidas".

Maria de Lurdes Rodrigues acredita que a dívida vai continuar a subir e que tem de ser reestruturada. “A dívida simplesmente não é pagável” e o governo que vença as eleições “vai ter de puxar por essa agenda”, admite.

Notícias ao Minuto

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