Dados
de segurança alimentar da CPLP falam em “algumas melhorias” no combate à fome e
pobreza no país.
Em Angola
existem 5,4 milhões de pessoas subnutridas, segundo dados oficiais da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Ao todo a subnutrição afecta
28 milhões de habitantes da comunidade, numa lista liderada pelo Brasil,
onde a prevalência de subnutrição atinge 13 milhões de pessoas, seguido
por Moçambique, com 9,4 milhões.
Os
números foram divulgados pelo site da campanha “Juntos Contra a Fome!”, da
CPLP, onde o caso angolano é elogiado. Desde o fim da guerra, em 2002, o país
tem “demonstrado progresso” na evolução da sua situação económica e
social e “algumas melhorias na situação de fome e pobreza”, refere a
CPLP.
Citando
os relatórios nacionais, a organização lembra que o país registou progressos no
ensino primário universal, redução da mortalidade infantil e saúde materna,
graças a “investimentos assinaláveis nas infraestruturas de saúde e da
educação”.
A
CPLP refere, contudo, que existe um “longo caminho a percorrer”, assinalando
que cerca de 37 por cento da população vive abaixo da linha de pobreza,
condição que afecta sobretudo o meio rural, onde estão 60 por cento dos pobres.
Na
lista estão ainda Timor-Leste, com 460 mil habitantes subnutridos, Cabo-Verde
(44,5), Guiné-Bissau (13) e São Tomé e Príncipe (12,3). Portugal não regista
qualquer caso de subnutrição, embora o número de pessoas vulneráveis à pobreza
tende a aumentar com os efeitos da crise económica e financeira internacional.
Sobre a Guiné-Equatorial não são conhecidos dados.
A
Campanha “Juntos Contra a Fome!” é uma iniciativa da CPLP e da Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destinada a erradicar a
fome entre os países falantes de língua portuguesa.
Rede
Angola
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