Um
relatório interno a que o jornal português Expresso teve acesso deixa antever o
colapso iminente da petrolífera.
O
presidente da Sonangol, Francisco Lemos, assumiu em reunião interna, há cerca
de um mês, que o modelo operacional que a petrolífera segue “fracassou e
está falido”, cita o jornal português Expresso.
As
conclusões da reunião não são optimistas. São apontados problemas devido à
constante “alteração de gestão”, sendo que o único segmento que “funciona é o deupstream,
gerido pelas companhias estrangeiras, sem qualquer intervenção da Sonangol”.
Lemos
acrescenta ainda que se deixou de “aprender a saber fazer”, para apenas saber
“contratar e subcontratar”.
No
relatório a que o jornal Expresso teve acesso, é ainda referido que a
petrolífera muito dificilmente conseguirá “mover-se por si própria” sem o apoio
do Tesouro Nacional, deixando antever uma possível falência técnica.
A
crescente dependência do modelo operacional da Sonangol da contribuição de
terceiros é caracterizada no documento como “insustentável”. Mais de metade dos
trabalhadores da petrolífera (cerca de 4500 de um total de 8500), são
consultores estrangeiros, desde as “finanças, saúde e gestão da cadeia
logística”.
“A
Sonangol já não é o que era, todo o mundo vive à pala de consultores
estrangeiros importados em massa e o negócio particular lá dentro afogou os
interesses da empresa. Aquilo parece a raposada a tomar conta do galinheiro”,
lê-se no jornal Expresso pela voz de Gervásio André.
O
relatório fala ainda de contratos-fantasma para enriquecimento ilícito de
alguns dos administradores e altos funcionários. “ O descaramento chegou a ser
tal que um antigo administrador foi acusado de ter solicitado uma comissão de
20 milhões de dólares para assinar um contrato”, denuncia fonte do conselho de
ministros.
A
notícia avançada pelo Expresso, sustentada pelo relatório da Sonangol, encontra-se
na edição de 20 de Junho do semanário.
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Angola
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