O
antigo presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo, mediador da Comunidade
Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a crise política na
Guiné-Bissau, propôs aos guineenses a assinatura de um pacto de estabilidade a
ser assinado "por toda gente".
Para
Obasanjo um pacto de estabilidade poderia servir para se "evitar crises
como a que teve lugar agora" e que o próprio ajudou a mediar entre o
Presidente guineense, José Mário Vaz e o Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições legislativas.
O
pacto de estabilidade seria assinado por partidos políticos, Presidente da
República, líder do Parlamento, primeiro-ministro e a sociedade civil, tendo
como premissas essenciais a cooperação, a colaboração e a concertação, defende
Obasanjo.
"Espero
estar aqui para testemunhar a assinatura desse pacto que poderá servir para
evitar crises como a que tivemos agora", acrescentou o ex-líder nigeriano
enviado especial da CEDEAO para ajudar a resolver o impasse politico que se
registava na Guiné-Bissau.
O
Presidente guineense nomeou na quinta-feira Carlos Correia, de 81 anos,
primeiro-ministro pondo fim a um impasse que durava mais de 30 dias, desde a sua
decisão de exonerar o Governo que era liderado por Domingos Simões Pereira, com
quem se incompatibilizou.
Pelo
meio José Mário Vaz ainda nomeou Baciro Dja primeiro-ministro mas o Supremo
Tribunal de Justiça mandou anular a decisão por a considerar inconstitucional,
o que levou o país a ficar sem um executivo.
Falando
numa conferência de imprensa, o antigo presidente da Nigéria saudou o
entendimento alcançado, salientado ter sido encontrado uma solução entre os
próprios guineenses e ainda felicitou a "paciência do povo" durante o
período do impasse.
Quanto
ao futuro disse esperar melhorais no relacionamento entre os titulares dos
órgãos de soberania sobretudo a partir das ideias mestras dos discursos do
Presidente e do novo primeiro-ministro.
"Tanto
o Presidente como o novo primeiro-ministro reconheceram, nos seus discursos, a
necessidade de colaboração, cooperação, concertação e dialogo. A constituição
da Republica manda que as instituições do Estado funcionem na base de
cooperação", observou Olesegun Obasanjo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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