O
PCP considerou hoje que a decisão da Autoridade Nacional de Aviação Civil
(ANAC) em relação ao negócio da TAP dá razão às denúncias do partido sobre
"as várias ilegalidades" na privatização da transportadora aérea.
"Esta
decisão da ANAC vem confirmar a razão das denúncias do PCP ao longo do tempo
sobre as várias ilegalidades, e esta é mais uma, da privatização da TAP",
afirmou hoje o deputado Bruno Dias, em declarações à Lusa.
A
Autoridade Nacional de Aviação Civil admitiu hoje que existem "fundados
indícios de desconformidade" das regras europeias na venda de 61% da TAP à
Gateway, tendo imposto medidas destinadas a impedir decisões de gestão
extraordinária durante um prazo de 90 dias.
A
TAP e a Portugália ficam assim impedidas de tomar decisões de gestão
extraordinária ou que tenham impacto significativo no património, na atividade
e na operação das duas empresas.
O
deputado comunista defendeu que "estão por explicar, e não podem deixar de
ser postos em causa, os vários negócios e decisões que têm vindo a ser
anunciados ao longo destes últimos tempos por esta gestão e por este consórcio
que agora controla a companhia".
E
deu como exemplo: "as questões das rotas, das aeronaves, dos terrenos, as
operações financeiras, tudo aquilo que tem vindo a ser anunciado não pode
deixar de ser posto em causa", bem como "de que quem hoje está no
controlo da TAP não podia ter entrado na companhia, como agora se
evidenciou".
Para
Bruno Dias, "está na hora de colocar um ponto final a esta instabilidade
de uma vez por todas".
"Porque
a situação que está a ser imposta à TAP é insustentável ao longo do tempo e
nunca devia ter começado com este processo de privatização. É preciso fazer
regressar urgentemente a TAP à plena gestão e controlo público", afirmou.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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