O
Banco Privado Atlântico Europa foi constituído arguido do processo Operação
Fizz por suspeitas de branqueamento de capitais. Investigador admite que
descoberta de conta secreta do procurador da República foi um “golpe de sorte”
Como
no enredo de um filme policial, o novelo da Operação Fizz vai demorar a ser
conhecido. Mas todos os dias são reveladas novas pistas: um dos filhos do
procurador Orlando Figueira que em 2015 estava a estudar no estrangeiro, num
momento de aperto pediu ao pai mais dinheiro. Algo banal à primeira vista,
digamos. Mas segundo o "Diário de Notícias" desta
terça-feira, foi essa operação que levou os investigadores da Polícia
Judiciária a descobrir uma "conta secreta" do magistrado do
Ministério Público.
Um
“golpe de sorte”, reconhece ao “DN” um investigador, que foi fundamental para
chegar até à sociedade Primagest, empresa subsidiária da Sonangol de onde tinha
origem o dinheiro transferido para Orlando Figueira. Terá sido através desta
empresa que o ex-procurador terá começado a receber as “luvas” após o arquivamento
do inquérito relativo a Manuel Vicente, vice-presidente de Angola e presidente
da Sonangol na época.
De
acordo com o matutino, a equipa de investigação da Polícia Judiciária terá
tentado, através do Banco de Portugal, obter informações sobre as contas
bancárias de Orlando Figueira, que está em prisão preventiva, desde a semana
passada. Contudo, o Banco Privado Atlântico Europa (BPA) nunca terá revelado a
existência da tal conta para onde foram canalizadas as transferências. Isto
levou a que esta instituição bancária fosse agora constituída arguida por
suspeitas de branqueamento de capitais.
Fábio
Monteiro - Expresso
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