Advogados do fundador da
WikiLeaks não têm acesso direto ao seu cliente "há mais de um mês" e
consideram que esta é a melhor solução.
O tribunal britânico que vai
decidir se Julian Assange, de 48 anos, vai ser extraditado para os Estados
Unidos ou não, decidiu adiar o julgamento para setembro por causa da pandemia do
novo coronavírus, segundo a CNN. O julgamento de extradição de Assange já
tinha sido suspenso até ao dia 18 de maio e agora foi adiado desta
data para setembro.
Citando os receios com o vírus,
um dos elementos da equipa de advogados de Assange, Edward Fitzgerald,
disse que “as provas são de que não seria seguro Assange participar
numa videoconferência de um ponto de vista médico”.
Além disso, por causa das restrições
em vigor no Reino Unido devido à pandemia, a equipa de defesa do fundador
da WikiLeaks afirma que não tem acesso direto a Assange “há
mais de um mês”. Julian Assange encontra-se detido na prisão de Belmarsh,
no sul de Londres, e as visitas foram suspensas.
Uma situação que só piora as
condições para defender Assange. “Houve sempre grandes dificuldades em
aceder a Assange, mas com o surto de coronavírus a preparação
deste caso passou de difícil para impossível”, frisou Edward Fitzgerald,
acrescentando que se o julgamento acontecesse no dia 18 de maio Assange “estaria
numa luta de David contra Golias, com as mãos atadas nas costas”.
De recordar que o governo
norte-americano pretende a extradição de Julian Assange por alegadamente ter
conspirado com a antiga analista Chelsea Manning para expor documentos
confidenciais em 2010.
Se for extraditado para os
Estados Unidos, Assange vai enfrentar 18 acusações de crime e pode
ser condenado a uma pena de prisão de até 175 anos.
Fábio Nunes | Notícias ao Minuto
| Imagem: © Getty Images
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