Comunicado dos organizadores
sugere que “hino milionário” dos 45 anos da independência de Angola poderá ser
revisto. Comemorações simbólicas com menos participantes devem ser organizadas
para lembrar a data histórica.
A comissão interministerial
responsável pela organização do 45º aniversário da independência nacional de
Angola decidiu cancelar uma série de eventos previstos no cronograma de ações
para a celebração no dia 11 de novembro.
Segundo nota divulgada à
imprensa, a decisão foi tomada considerando a "situação epidemiológica do
país”. Foram cancelados o ato central - previsto para decorrer no Memorial
António Agostinho Neto, em Luanda - e os desfiles cívico e militar.
Há poucas semanas, o contrato
celebrado entre o Governo e uma empresa privada para a criação do hino alusivo
aos 45 anos da independência foi duramente criticado em Angola. A
produção da canção custaria 148 mil kwanzas, mais de 200 mil euros.
A nota informa que a
campanha de comunicação e marketing, nomeadamente a produção de material de
propaganda e da música oficial, entre outros itens, será reestruturada.
No entanto, não deixa claro se haverá qualquer alteração no contrato com a
empresa e nos custos da produção do hino.
Celebrações simbólicas
O comunicado informa que serão
marcadas "celebrações com atos de natureza simbólica, que não envolvam a
participação massiva de cidadãos e não se constituam em foco de propagação” do
coronavírus.
Os atos provinciais e de
representações diplomáticas no exterior alusivos ao aniversário da
independência também serão reconfigurados, e também serão simbólicos para
garantir presença reduzida de pessoas.
A comissão interministerial
declara que "continuará a trabalhar no sentido de garantir que as ações
comemorativas ao 45º aniversário independência nacional de Angola decorram,
enquanto marco de transcendental importância para a memória coletiva do povo
angolano, num clima de harmonia”.
Marcio Pessoa | Deutsche Welle
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