domingo, 20 de novembro de 2022

MUNDIAL NO CATAR. A “FESTA” SOBRE MILHARES DE CADÁVERES COMEÇA HOJE

O presidente da FIFA e a própria FIFA como sindicato das negociatas e da corrupção – como anteriormente foi público - veio a terreno para tentar branquear o que ocorreu e ocorre no Catar acerca das violações dos direitos humanos sistemáticos e daqueles que são imputados às violações que envolvem a construção de infraestruturas para o Mundial de futebol a começar hoje naquele país do médio oriente. Evento que vai ser jogado nos estádios recém construídos no Catar sobre os cadáveres de 6.750 cadáveres de imigrantes vítimas de tráfico humano e de violações das condições de segurança no trabalho de todos os trabalhadores nacionais e estrangeiros que ergueram imensas infraestruturas logísticas para a realização do evento alvo de negociatas com a FIFA.

Já é publico que o Catar é um país violador dos Direitos Humanos mas assim o presidente da FIFA abriga-se nos erros gravíssimos cometidos pelos países do Ocidente para tentar “lavar” o presente no Catar, indo ao extremo de evocar o racismo e a hipocrisia do Ocidente relativamente aos crimes graves que ocorreram e ocorrem no Catar, assumindo a figura de Porco Sujo da Humanidade porque as razões das negociatas que a FIFA fez e faz por sem a devida transparência são o que levou em 2010 a escolher o Catar para a realização do Mundial de Futebol hoje a começar…

Não se ponham dúvidas sobre a intenção de Infantino na qualidade de presidente da FIFA: o que pretende é fazer a lavagem das razões que levaram o Catar a fazer o que sempre faz, ignorar e violar os direitos humanos naquele país, usando o esclavagismo e o desrespeito pela humanidade que ocupa sempre as mentalidades e práticas dos mais altos responsáveis políticos e executivos do Catar. O Catar não é constituído por uma sociedade minimamente livre nem democrática, antes pelo contrário. Só por isso a FIFA devia excluir as suas possíveis nomeações de tais países para a realização dos eventos que realiza e de que é o seu principal responsável. Em vez disso exibe a irresponsabilidade e a cumplicidade em violações do senso e das disposições legais até da própria ONU como as por todos conhecidas e agora também, neste Mundial de Futebol, que irá ser jogado e mostrado ao mundo exibido com a prática de pitons das botas dos jogadores a saltarem e correrem nefastamente sobre milhares de cadáveres…

A lavagem ou branqueamento pretendido nas declarações de Gianni Infantino a seguir como quem diz: todos os crimes contra a humanidade e todas as violações já foram feitas, porque não devemos assim continuar?…

Porque a continuar esse argumento Porco Sujo de Gianni, da FIFA e de mais energúmenos (estados e políticos) nunca mais corrigiremos os erros de muitos séculos contra os povos mais fragilizados e vítimas do poderio de países muito ricos e de organizações como a FIFA e quejandos, que coleccionam crimes contra a humanidade como troféus de vencedores.

MM | PG

Presidente da FIFA acusa críticos do Mundial de "hipocrisia"

Gianni Infantino considera as críticas à realização do Mundial no Qatar "profundamente injustas" e lembra o passado dos povos ocidentais quando se fala em direitos humanos. "Pelo que nós, europeus, temos feito nos últimos 3000 anos, devemos desculpar-nos nos próximos 3000 anos antes de começar a dar lições de moral."

O presidente da FIFA reagiu este sábado às críticas sobre a questão dos direitos humanos no Qatar, acusando os críticos ocidentais de "hipocrisia". E isso sem tomar em consideração a obrigatoriedade do cumprimento dos direitos humanos e das condições de trabalho dos artífices que iriam ter de construir as atuais infraestruturas para suporte da realização do evento.

Numa conferência de imprensa dada este sábado, véspera do início do Mundial de futebol no Qatar, Gianni Infantino também expressou o seu apoio à comunidade LGBTQ e aos trabalhadores migrantes.

"Essa lição de moral - unilateral - é apenas hipocrisia", disse o suíço. "Não quero dar nenhuma lição de vida, mas o que está a acontecer aqui é profundamente, profundamente injusto." E acrescentou: "Pelo que nós, europeus, temos feito nos últimos 3.000 anos, devemos desculpar-nos nos próximos 3.000 anos antes de começar a dar lições de moral às pessoas".

A preparação para este Mundial tem sido dominada por preocupações sobre o tratamento do Qatar aos trabalhadores migrantes, mulheres e à comunidade LGBTQ.

Na conferência de imprensa deste sábado, Infantino expressou o seu apoio a essas comunidades. "Hoje sinto-me qatari, hoje sinto-me árabe, hoje sinto-me africano, hoje sinto-me gay, hoje sinto-me deficiente, hoje sinto-me um trabalhador migrante", disse.

As autoridades do Qatar dizem que país tem sido alvo de "racismo" e apontam para as reformas das condições de trabalho e segurança que foram saudadas como inovadoras na região do Golfo.

Sobreviver sem cerveja

Falando sobre a questão da proibição de álcool nos estádios, Gianni Infantino disse que o público do Mundial do Qatar pode sobreviver três horas por dia sem cerveja.

"Acho que, pessoalmente, uma pessoa sobreviverá se não conseguir beber uma cerveja durante três horas por dia", disse o presidente da FIFA em Doha. "O mesmo se aplica em França, Espanha, Escócia."

A organização do Mundial proibiu na sexta-feira a venda de cerveja nos estádios do Qatar, naquela que foi uma impressionante reviravolta, apenas 48 horas antes do início do torneio. O álcool é amplamente proibido no Qatar, mas os organizadores provocaram a fúria dos fãs com esta decisão tardia.

A FIFA anunciou a proibição da venda de cerveja aos adeptos em todos os oito estádios do Mundial após discussões com os anfitriões. Foi ainda anunciado que as vendas de cerveja estariam concentradas em fan zones e locais licenciados, "removendo os pontos de venda de cerveja dos perímetros dos estádios do Mundial 2022 no Qatar".

Não foi dada nenhuma razão para esta decisão, mas os media noticiaram que houve uma intervenção da família governante do Qatar.

Dezenas de barracas de cerveja Budweiser já haviam sido montadas antes do primeiro jogo.

O Mundial começa no domingo, com o jogo de abertura a ser disputado entre o anfitrião Qatar e o Equador.

Diário de Notícias | AFP

Imagens: 1 - O logo e a falta de vergonha recheada de descaramento. Gianni Infantino, presidente da FIFA © EPA/MOAHAMED MESSARA

Sem comentários:

Mais lidas da semana