Milhares de
manifestantes provenientes de várias regiões de Espanha começaram hoje a chegar
a Madrid para uma "marcha da dignidade" contra a "emergência
social" criada pela política de austeridade do governo conservador.
Organizados em oito
colunas, milhares de manifestantes que partiram, nalguns casos há semanas, da
Andaluzia (sul), Catalunha (leste), Astúrias (norte) e Extremadura (oeste) vão
juntar-se ao final da tarde no centro da capital espanhola.
Segundo a agência
EFE, os manifestantes começaram a chegar aos subúrbios de Madrid na sexta-feira
à noite, concentrando-se a partir das 16:00 locais (15:00 em Lisboa) de hoje na
estação de comboios madrilena de Atocha, onde ao início da tarde já eram
visíveis vários grupos.
Os organizadores
preveem que todas as colunas estejam reunidas em Atocha às 17:00 locais (16:00
em Lisboa), para partirem em direção à Plaza de Colón, no centro de Madrid.
Além dos
participantes nas "marchas da dignidade", a organização do protesto
anunciou que centenas de autocarros e pelo menos quatro comboios foram
alugados.
"Vai ser uma
maré cidadã que vai encher de dignidade a capital", afirmou Diego
Cañamero, porta-voz do sindicato andaluz dos trabalhadores, uma das cerca de
300 organizações que participam no protesto.
"A ideia é
unir todas as forças em torno de um objetivo: ou o governo responde às nossas
reivindicações ou faz as malas", acrescentou.
A austeridade
aplicada pelo governo do Partido Popular (PP, direita) a partir de finais de
2011 para reduzir o défice e a dívida pública de Espanha já esteve na origem de
duas greves gerais que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas.
Os cortes, que
afetam sobretudo a educação e a saúde, visam reduzir a despesa 150 mil milhões
de euros entre 2012 e 2015.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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