quinta-feira, 3 de julho de 2014

Guiné Equatorial "está a dar passos muito positivos" para entrar na CPLP - Guebuza



03 de Julho de 2014, 11:11

O Presidente de Moçambique considerou ontem, em Lisboa, que a Guiné Equatorial "está a dar passos muito positivos" para cumprir as normas e poder integrar a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) como membro de pleno direito.

Em entrevista à agência Lusa, no âmbito da visita de três dias que está a efetuar a Portugal e que termina hoje, Armando Guebuza recordou que o processo de adesão da Guiné Equatorial "já vem de há uns bons anos", mas afirmou que foram criadas comissões para avaliar "as condições" do país para "se conformar cada vez mais com aquilo que são as normas da CPLP".

"Nós temos normas ao nível da CPLP e essas normas encorajam a que não possamos admitir um país para a CPLP sem termos escrutinado bem as condições que são definidas nos nossos estatutos", referiu.

A Guiné Equatorial, país rico em petróleo, é governada por Teodoro Obiang desde 1979 e frequentemente criticada por violações de direitos humanos por organizações internacionais.

Em fevereiro, os ministros dos Negócios Estrangeiro da CPLP decidiram em Maputo propor aos chefes de Estado e de Governo a adesão da Guiné Equatorial, decisão que deverá ser tomada na cimeira de Díli, Timor-Leste, marcada para 23 de julho.

Nesta cimeira, Moçambique entrega a Timor-Leste a presidência rotativa da CPLP, que integra ainda Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Instado a identificar o principal desafio e a maior conquista da presidência moçambicana da CPLP, nos últimos dois anos, Armando Guebuza foi taxativo: "Guiné e Guiné".

Referindo-se ao desafio, o Presidente moçambicano recordou que a Guiné-Bissau estava numa situação em que era questionada "a legalidade e legitimidade do Governo que estava no poder".

Sobre a maior conquista, elegeu também a Guiné-Bissau porque este país "voltou ao clube dos governos legítimos".

"Hoje consideramos [a Guiné-Bissau] como uma grande esperança para o desenvolvimento do nosso relacionamento dentro da CPLP", disse Armando Guebuza.

A Guiné-Bissau realizou em abril e maio eleições gerais que puseram fim ao período de transição que se seguiu ao golpe de Estado de abril de 2012.

Lusa 

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