quinta-feira, 3 de setembro de 2015

PM são-tomense defende reforço da cooperação entre os países do Golfo da Guiné




O primeiro-ministro são-tomense defendeu hoje em São Tomé a necessidade de reforçar a cooperação entre os países do Golfo da Guiné para "vencer a pirataria e o roubo de petróleo" nos países da região.

Patrice Trovoada, que falava aos jornalistas no regresso de Abuja, onde participou numa reunião sobre a segurança no Golfo da Guiné, reconheceu que os atos de pirataria na região têm diminuído, mas manifestou-se preocupado com o volume de petróleo que tem sido roubado na Nigéria.

"Os números apontam para cerca de 50 mil barris de petróleo roubados por dia na Nigéria. Esse crude 'oil' sai da Nigéria camuflado para outros mercados e isso implica outros tipos de medidas, outro tipo de controlo", disse.

Patrice Trovoada defende, por isso, a necessidade de "operacionalizar a cooperação" entre os estados membros do Golfo da Guiné.

"Eu creio que é importante que haja encontros, debates, fóruns, troca de informações, pois existe já um certo número de instrumentos e o que é preciso é operacionalizar um pouco mais essa cooperação no golfo da Guiné", defendeu.

O chefe do governo são-tomense diz que tornar mais operativa a cooperação permitirá "vencer quer a pirataria, quer o roubo de crude 'oil', sobretudo na Nigéria e para prevenir que não surja outras formas de conflitos ou de atos de terrorismo perto de São Tomé e Príncipe".

Reconhece, contudo que "os atos de pirataria têm baixado", que alguns focos têm vindo "um pouco mais do lado do Togo, mas é verdade também que a qualquer momento o nível de pirataria pode aumentar".

O governante são-tomense garante que existem três instituições que colaboram a nível africano para o combate a pirataria marítima e outros tipos de crimes, nomeadamente a Comunidade dos Estados da África Central, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, e a Comissão do golfo da Guiné são suficientes, e "o que faz falta é maior coordenação e provavelmente um pouco mais de vontade política de sermos pró-ativos".

Lusa, em Notícias ao Minuto

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