O
candidato presidencial Sampaio da Nóvoa considerou hoje que "está na hora
de virar uma página da história e abrir um tempo novo" em termos
governativos, defendendo que os acordos à esquerda foram "celebrados de
boa-fé, por partidos responsáveis".
À
margem de um almoço com empresários a convite da CIP/AIP, António Sampaio da
Nóvoa foi questionado pela agência Lusa e TSF sobre o programa de Governo em
discussão no parlamento, escusando a pronunciar-se sobre o mesmo uma vez que
essa fiscalização é feita pela Assembleia da República, cabendo apenas ao
Presidente da República "assegurar-se das condições de estabilidade dos
acordos que sejam feitos em sede parlamentar".
"Vejo
estes acordos como acordos celebrados de boa-fé, por partidos responsáveis e é
nessa medida que os encaro com bom olhar e com uma perspetiva de confiança e de
futuro para Portugal", enfatizou, considerando que "está na hora de
virar uma página da nossa história, de abrir um tempo novo" em termos
governativos.
Para
o candidato presidencial, este novo tempo deve abrir-se "com confiança e
esperança", uma vez que Portugal tem "um novo Governo, que resulta de
uma maioria parlamentar".
"Como
Presidente da República não poderia nunca deixar de considerar positiva a
existência de um Governo de maioria parlamentar, seja este ou fosse outra
maioria com outros partidos. O dever do Presidente da República é, em primeiro
lugar, assegurar a estabilidade, no respeito pelas decisões dos partidos
tomadas em sede parlamentar", sublinhou.
Insistindo
que "está na altura de fechar este tempo", Sampaio da Nóvoa quer por
isso que se concentrem boa parte das energias e atenção "na nova fase da
nossa vida política, que são eleições presidenciais que vão decorrer daqui a
pouco mais de 50 dias", ato eleitoral que pode "ajudar a reforçar
este tempo novo que agora se abriu, a reforçar uma cultura de diálogo e de
compromisso entre os partidos".
"Ou
essas eleições presidenciais podem traduzir-se num recuo em relação a isto,
nomeadamente se os portugueses decidirem votar num candidato, que é o candidato
que está ligado às forças que durante quatro anos governaram Portugal,
trouxeram austeridade e trouxeram enormes recuos ao nosso
desenvolvimento", alertou.
Concretamente
sobre o setor empresarial, o antigo reitor da Universidade de Lisboa
comprometeu-se a "promover o país" em caso de eleição enquanto
Presidente da República, assegurando que vai ser "um elemento de promoção
do Portugal futuro e não do Portugal passado e não do Portugal corporativo,
medíocre".
"Promover
este país em todas as suas dimensões e também na dimensão empresarial,
projetando a globalização, as empresas portuguesas no mundo, muito atento a
libertá-las de muitos entraves burocráticos, assegurando a estabilidade que é
necessária para uma vida empresarial com sucesso", concretizou.
Sampaio
da Nóvoa especificou que, no caso da burocracia, o Presidente da República, na
promulgação das leis, pode estar atento para que essas leis não tragam
sistemáticos acréscimos de burocracia.
"O
Presidente da República pode estar muito atento a que as decisões que são
tomadas no plano económico sejam decisões informadas e transparentes",
acrescentou, considerando que o chefe de Estado pode ainda trazer temas para o
debate.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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