segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Timor-Leste: URGE SANEAR A PNTL, LUTAR PELA DEMOCRACIA APÓS SAÍDA DA ONU

 

 
Secretário-geral da Fretilin diz à ONU que reabilitação da polícia timorense foi feita de forma errada
 
Díli, 05 nov (Lusa) - O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin, oposição), Mari Alkatiri, disse hoje que a reabilitação da Polícia Nacional foi feita de forma errada e que a filosofia de atuação daquela força vai ter que mudar.
 
"Nos últimos cinco anos pouco se fez no sentido de reforço institucional da nossa polícia. Pouco se fez, o que se fez foi uma tentativa de reabilitar uma instituição que trazia consigo uma carga negativa muito grande por causa da crise de 2006", afirmou Mari Alkatiri.
 
O líder da oposição timorense falava à agência Lusa após se ter reunido com uma missão do Conselho de Segurança da ONU que se encontra em Díli a fazer uma avaliação da situação no país.
 
Questionado pela Lusa sobre o que falou com a missão do Conselho de Segurança da ONU, Mari Alkatiri explicou que falou sobre a reabilitação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), que considerou ter sido reabilitada de "forma errada".
 
"Sem critério e sem capacidade de castigar aqueles que deviam ter sido castigados, de se livrarem deles, de os sanear. Não houve saneamento na polícia", na sequência da crise política e militar de 2006, que provocou a implosão da polícia timorense, afirmou.
 
Para Mari Alkatiri, a reabilitação foi feita de forma errada em termos políticos e institucionais e o que "se verifica agora é que há uma indisciplina generalizada dentro da polícia".
 
Questionado pela Lusa sobre o que é preciso fazer para reabilitar a polícia, o secretário-geral da Fretilin defendeu que em primeiro lugar é preciso capacitar a administração da polícia a todos os níveis, incluindo o logístico.
 
Em segundo lugar, Mari Alkatiri considerou que é preciso profissionalizar aquela força de segurança, o que passa por nunca a utilizar para fins político-partidários e para intimidar.
 
"A polícia deve ser uma instituição que atua no sentido de ganhar a confiança da população e não de meter medo à população, porque a polícia só pode ser eficaz se tiver o apoio e a compreensão da população", defendeu.
 
Para Mari Alkatiri, a "filosofia" de atuação tem de mudar, porque a polícia é a "instituição que mais lida com a população e deve ter a confiança da população".
 
"Deve servir para proteger os direitos dos cidadãos e não o contrário, ser usada pelo poder político para negar esses mesmos direitos aos cidadãos", acrescentou.
 
Outros assuntos abordados por Mari Alkatiri com a missão do Conselho de Segurança da ONU foram os setores da justiça e da governação.
 
Para o líder partidário, a justiça "sofre bastantes interferências do poder político, particularmente os tribunais".
 
A missão do Conselho de Segurança da ONU que se encontra em Díli deve ser a última antes do final da Missão Integrada das Nações Unidas para Timor-Leste, que termina a 31 de dezembro.
 
MSE // VM.
 
Fretilin pede a timorenses para continuarem a lutar pela democracia após saída da ONU
 
Díli, 05 nov (Lusa) -- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin, oposição), Mari Alkatiri, pediu hoje aos timorenses para mostrarem uma cidadania consciente e continuarem a lutar pela consolidação da democracia, independentemente do final da missão da ONU, em dezembro.
 
"Mostremos a nossa parte de cidadania consciente. Fizemos uma luta de 24 anos para sermos nós próprios a governar o país sem coabitações, nem casamentos contranatura", afirmou à agência Lusa Mari Alkatiri.
 
O secretário-geral da Fretilin falava à Lusa no final de um encontro com uma missão do Conselho de Segurança da ONU que se encontra em Díli para fazer uma análise sobre a situação no país.
 
A visita dos elementos do Conselho de Segurança da ONU deve ser a última antes do final da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT) no país, previsto para 31 de dezembro.
 
Para Mari Alkatiri, com o final da UNMIT os timorenses devem continuar, "agora mais do que nunca", a lutar para a consolidação da democracia e do Estado de Direito.
 
"Nós não lutamos para consumirmos melhor, na base do dinheiro do petróleo, lutamos para nos sentirmos livres dentro do nosso próprio país", salientou.
 
Nas declarações à Lusa, o secretário-geral da Fretilin disse também que o partido vai continuar a "viabilizar o Estado", salientando que foi por isso que lutou durante 24 anos.
 
"Nós vamos continuar com esta postura", afirmou.
 
A Fretilin, maior partido timorense, é a única formação partidária com assento parlamentar na oposição.
 
Os restantes partidos com representação parlamentar -- Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), Frente Mudança e Partido Democrático -- fazem parte da atual coligação governamental, liderada por Xanana Gusmão, que tomou posse no passado mês de agosto.
 
MSE // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Mari Alkatiri,

Dentro do comité central da Fretilin, existe muito lixo e Vossa Exª. não tem capacidade para limpar esse lixo.

Porque não saneia e limpa a sua casa primeiro?

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

Bravo querida Lucrécia gostei do teu comentário.Ao Senhor Alkatiri só tenho a dizer:"A si primeiro se engana quem outros quer enganar.

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