sábado, 2 de março de 2013

PARASITAS SEM-VERGONHA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNO E DEPUTADOS




PARA A MAIORIA É “QUE SE LIXE A TROIKA”, PARA ELES É “QUE SE LIXE O POVO”

António Veríssimo

Foi mais uma. Mais uma manifestação de repúdio pelas políticas do atual governo, xingado e vaiado, assim como do presidente da República e políticos partidários quase na generalidade, principalmente deputados – como foi perceptível na SIC Notícias quando a repórter no Terreiro do Paço quis entrevistar Jamila Madeira, do Partido Socialista. Os portugueses já não suportam os políticos da atualidade, querem que sejam encontradas soluções em novos quadros de justiça, democracia e liberdade e não que a permanência dos gatunos (políticos da atualidade) perdure. Nesta “leva” estão incluídos alguns ministros do passado recente, os atuais e o presidente da República, Cavaco Silva.

Nunca em Portugal se viu e ouviu o povo “mimar” com impropérios um primeiro-ministro. Do estilo “cabrão”, “sacana”, “gatuno”, ou “Passos escuta és um filho da puta” - palavra de ordem sonante que transporta as nossas consciências em avaliação de sofrimentos causados pelas políticas de Passos Coelho e a condução a desesperos que resultam naquilo que não devíamos presenciar e escutar. Existe indignação, repúdio e um ódio contido às políticas deste governo. Assim como mais especificamente a determinados elementos do governo, principalmente a Vítor Gaspar e Passos Coelho. Para Cavaco Silva, presidente da República os “mimos” foram vaias sempre que a ele se referiam.

A organização de “Que se Lixe a Troika” estimou em 500 mil pessoas que se manifestaram nas ruas de Lisboa. Diríamos que foram mais. De qualquer modo foi uma enorme e cívica manifestação dos portugueses em Lisboa, em Coimbra (40 mil) e no Porto (200 mil), para além de outras cidades de Portugal que compreensivelmente viram os números de manifestantes muito mais reduzidos. Ao todo Portugal inteiro viu decerto mais de um milhão de portugueses manifestarem-se contra este governo aparentemente chefiado por Passos Coelho sob a proteção de Cavaco Silva, de banqueiros e outros agentes de grandes impérios do capital, para além dos neoliberais fascizantes que dominam a União Europeia.

A avaliação da Troika esteve a ser feita pelos funcionários diligentes - que fugiram ao percurso da manifestação e reuniram em local secreto – enquanto os portugueses exigiram por todo o país a demissão do governo. Quase podemos garantir que Cavaco Silva fará o que melhor sabe fazer: ignorar o que esta tarde aconteceu em Portugal. No seu estilo dixlexo tudo fará para o somar a uma enorme crise de autismo e daí à falsa cegueira e surdez não vai haver distância. Tudo redundará no silêncio ou, na melhor das hipóteses, em palavras ocas próprias de oportunista ganancioso com odores insuportáveis a salazarismo. O tabu perdurará quase de certeza e tudo fará para manter este seu governo em exercício. Compreende-se, na atualidade nem ele nem o governo têm o apoio da maioria dos portugueses e um indesejado nunca quer sê-lo sozinho. Deste modo apoiam-se uns nos outros, sozinhos, a dar cobertura ao malbaratar das vidas dos portugueses. Para eles importa ganhar tempo para implementarem o máximo de políticas possíveis contra Portugal e a sua população. Fazem-no por opção ideológica. Se o povo diz “Que se Lixe a Troika”, Cavaco, o governo e os deputados da falsa maioria que apoia o governo dizem “Que se Lixe o Povo”. O que prova que uns e outros não são mais nem menos que exatamente parasitas sem-vergonha - presidente da República, governo e deputados daquela falsa maioria que na atualidade já não tem representatividade legítima.

Os portugueses exigem e urge a demissão de todos estes devassos políticos, uma renovação e novas práticas, menos gula, honestidade, patriotismo e novas eleições.

MOÇÃO DE CENSURA LIDA NO TERREIRO DO PAÇO, EM LISBOA (Porto, Coimbra e noutras cidades de Portugal)

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