FP – PJA - Lusa
Bissau, 10 mai
(Lusa) - O braço armado do movimento independentista de Casamansa, sul do
Senegal, assume ter detido 12 pessoas mas garante que estão a ser tratadas de
acordo com as leis locais e internacionais, nomeadamente a convenção de
Genebra.
Num comunicado
enviado hoje à Agência Lusa o comandante do Atika (braço armado do movimento,
palavra que significa guerreiro), Atoute César Badiate, assume a autoria do
sequestro e diz que as questões tendentes à libertação serão da
responsabilidade do braço político do movimento.
O braço político do
Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC), em cooperação com o
Atika, vai explorar "as vias e os meios para um desfecho honroso" do
caso, diz o comunicado.
O comandante do
Atika explica que as 12 pessoas foram detidas no início da tarde de dia 03
perto da localidade de Kailon para "inquéritos preliminares de
identificação e esclarecimento da forma de agir suspeita nessa zona de
Casamansa livre".
As detenções, estão
relacionadas com o não respeito pelo acordo assinado a 20 de março e que
envolveu uma organização não-governamental suíça, APRAN e os responsáveis do
Centro Nacional Senegalês de Ações Antiminas (CNAMS), diz o comunicado.
O movimento diz que
foi o CNAMS, em colaboração com a empresa de desminagem sul-africana MECHEM,
quem voluntariamente violou o acordo e por isso assume "a grande
responsabilidade" pelo rapto.
A imprensa
senegalesa diz que na equipa de desminagem estão três mulheres e que o grupo de
reféns está algures perto da fronteira do Senegal com a Guiné-Bissau. E também
aponta como autor Atoute Badiate, um dos três principais chefes do braço armado
do MFDC.
Desde o rapto que
estão a decorrer negociações para a libertação dos prisioneiros.
No encontro de 20
de março em São Domingos, na Guiné-Bissau, os rebeldes terão dito que não
garantiam a segurança na zona. O CNAMS conduz as ações de desminagem no terreno
desde 2008.
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