Expresso - Lusa
Sófia, 11 mai
(Lusa) - Partidos políticos na Bulgária, o país mais pobre da União Europeia
(UE), estão a oferecer entre 50 e 75 euros aos eleitores por cada voto nas
eleições legislativas antecipadas de domingo, refere hoje o jornal Standart.
A compra de votos
pelos partidos políticos não é um fenómeno novo na Bulgária, tendo sido
efetuada em todas as eleições realizadas no país desde a queda do regime
comunista há 23 anos, adianta o jornal.
Num país onde o
salário mínimo é de 155 euros, os partidos fazem os pagamentos aos eleitores em
dinheiro ou através do pagamento de faturas de luz e água ou ainda assegurando
a alimentação de vários dias.
UE - DEMOCRACIA OU BANHOCRACIA? - opinião PG
Cada vez mais a UE está
a ser empurrada para o terceiro mundo. É a corrupção, são os lobies, grupos ou
sindicatos de interesses, são as máfias à solta a valerem-se e a roubarem à
sombra de uma democracia que na maior parte dos países já não existe. A notícia
que faz eco da compra de votos na Bulgária é prova disso. Outros países da UE usam
o mesmo método ou similares. Foi notícia em Portugal um candidato do PSD
(Valentim Loureiro, e outros haverá) que em tempos oferecia eletrodomésticos em
troca do voto. Que democracia vigente é esta de que se arroga a UE de ser
exemplo?
Foram exatamente países
da UE e de outros ditos democráticos, no mundo ocidental, que não há muito
tempo, criticaram as eleições em São Tomé e Príncipe devido à prática da compra
de votos (a que chamam banhos) por parte dos partidos políticos. A evidência
alastra a Angola e a outros países de África, disso nos dá conta um sociólogo na Deutsche Welle. E a UE critica… Em surdina ou através de elementos que compõem
a amálgama de parasitas eleitos e não eleitos (democracia?) lá vem a UE referir-se
a reprovar os métodos “não democráticos” dessa prática de compra de votos.
Porque o peixe
morre pela boca a notícia em cima é prova de que a democracia não existe na UE.
O que existe é uma fantochada eleitoral mais ou menos semelhante à que acontece
na Bulgária. A direção de estruturas e cargos importantíssimos e poderosos da
União Europeia é composta por indivíduos não eleitos. Esses mesmos que decidem
em conluio com lobies, com grupos de interesses com sindicatos mafiosos, com
corruptos, com a alta finança.
Por exemplo: Durão Barroso, presidente da Comissão
Europeia, foi eleito? Não. Foi nomeado por razões que sabemos ou estamos para saber. E todos os outros? O que tão descaradamente está a acontecer nas pseudo-eleições da Bulgária é aceite pelos "democratas" da UE como tem sido anteriormente? É isto a democracia da e na União
Europeia?
Democracia é que não é. Só se for democracia de terceiro mundo e a
essa em África chamam-lhe banhos. Aqui, na Europa, também. É a banhocracia europeia. (Redação PG)
Sem comentários:
Enviar um comentário