Cabo
Verde é um dos quatro países da África subsaariana que vai cumprir os Objetivos
do Milénio para a redução da taxa de mortalidade materna, segundo um relatório
da ONU divulgado hoje.
Juntamente
com a Eritreia, Guiné Equatorial e Ruanda, Cabo Verde deverá atingir a meta de
reduzir a taxa de mortalidade maternal em 75% entre 1990 e 2015.
Este
feito é referido no relatório "Progresso das Mulheres do Mundo 2015:
Transformar Economias, Realizar Desejos", produzido pela ONU Mulheres, a
organização dentro das Nações Unidas dedicada à igualdade e emancipação das
mulheres, foi hoje lançado em várias cidades do mundo, incluindo Londres.
O
documento é publicado numa altura em que a comunidade internacional discute a
agenda do desenvolvimento para o pós-2015 e coincide com o 20º aniversário da
comemoração da 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres, em Pequim, que determinou
uma agenda para melhorar a igualdade entre géneros.
Desde
1995, reconhece, existiu progresso, nomeadamente num maior acesso de mulheres
ao ensino, à participação política e posições de liderança e também a maior proteção
jurídica contra violência e a discriminação laboral, económica e social.
Porém,
referem os autores, as mulheres continuam em trabalhos pouco qualificados e
baixos salários e muitas vezes sem acesso a cuidados de saúde, água potável ou
saneamento básico.
O
relatório determina 10 prioridades para a ação pública, começando por
reivindicar mais e melhores empregos para mulheres, a redução da disparidade
profissional e salarial entre homens e mulheres, o fortalecimento da segurança
económica das mulheres ao longo da vida, a redução e redistribuição do trabalho
doméstico e o investimento em serviços sociais com consciência das questões de
género.
Segundo
o documento, Cabo Verde evoluiu noutros indicadores, como na taxa de
participação laboral, que inclui não só os empregados e mas também os
desempregados disponíveis e ativamente à procura de trabalho.
A
participação das mulheres cabo verdianas aumentou de 41,8% em 1990 para 51,5%
em 2013, enquanto que a taxa masculina decresceu ligeiramente de 85,3% para 83,7%,
mostrando um acesso crescente do contingente feminino ao mercado de trabalho.
Porém,
o número de mulheres que recebem pensão de velhice é menor do que os homens:
apenas 52,8% das mulheres têm acesso à pensão de reforma, contra 59,8% dos
homens.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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