O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje o
"nervosismo" com que se anda "a puxar e a priorizar" as presidenciais,
considerando que tudo tem o seu tempo e a "próxima batalha são as
legislativas".
"Anda
por aí muito nervosismo a puxar e a priorizar as presidenciais, secundarizando
as legislativas, anúncios, pré-anúncios, candidatos que avançam ou que esperam,
candidatos que afinal não vão ser porque dizem que não vão ser", afirmou
Jerónimo de Sousa, no encerramento de um encontro da CDU, que decorreu em Cruz
de Pau, no concelho do Seixal.
Lembrando
que as legislativas são já daqui a seis meses, enquanto para as eleições
presidenciais falta quase um ano, o secretário-geral comunista defendeu que
"tudo tem o seu tempo". E, acrescentou, "o tempo próximo é a
batalha das legislativas".
Ainda
a propósito das eleições presidenciais e referindo-se ao candidato que o PCP
irá apresentar ou apoiar, Jerónimo de Sousa assegurou que "no tempo
certo" o partido "definirá a forma de intervir".
Para
já, continuou, os comunistas apenas clarificam o objetivo: "Tudo faremos
para colocar na Presidência da República alguém que cumpra e faça cumprir a
Constituição da República Portuguesa".
Num
discurso já de pré-campanha, o secretário-geral comunista assegurou que o
partido não só tem soluções, mas também capacidades para assumir as
responsabilidades a que for chamado a cumprir, incluindo no Governo, tal como
tem acontecido a nível local.
"A
CDU tem propostas para resolver os problemas do país e capacidade e competência
para as concretizar", frisou.
No
seu discurso, Jerónimo de Sousa repetiu ainda críticas ao Governo e ao
Presidente da República, considerando que o executivo de maioria PSD/CDS-PP
liderado por Pedro Passos Coelho "só sobrevive" porque o chefe de
Estado, Aníbal Cavaco Silva, "não está em consonância com o país, a
vontade dos portugueses e a própria Constituição da República".
Cavaco
Silva, referiu, está apenas "determinado a salvar uma política de direita
a todo o custo e um Governo da sua filiação partidária".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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