Maria
Teixeira Alves - Económico
O
Governo já convidou o Governador do Banco de Portugal a manter-se para mais um
mandato. Carlos Costa aceitou, soube o Económico.
Carlos
Costa aceitou manter-se no cargo, na sequência de convite conjunto de Pedro
Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, soube o Económico junto de fonte
governamental. Em causa está a necessidade de manter no cargo o mesmo
Governador que liderou até agora os dossiers complicados do BES, Banif e
Montepio Geral e de assegurar a estabilidade numa área de extrema importância e
sensibilidade.
Apesar
de todas as críticas que foram feitas à sua actuação no caso BES – nomeadamente
ter adiado a saída de Ricardo Salgado; ter garantido que o BES estava sólido
pouco tempo antes da falência do banco; ter frustado as expectivas que criou
aos subcritores do papel comercial do GES de que o BES os reembolsaria; apesar
de não ter tomado medidas suficientes para a ESFG proteger os clientes dos
bancos subsidiários fora do universo BES; e das críticas à aplicação à Medida
de Resolução – apesar de tudo isto o Governador irá manter-se no cargo.
O
Governo entende que a melhor pessoa para liderar a instituição que supervisiona
e regula o sector bancário, numa altura em que é preciso concluir as
contra-ordenações a alguns gestores do BES; de concluir a venda do Novo Banco;
concluir a liquidação do BES, resolver o problema do papel comercial dos
clientes de retalho do BES; concluir a reestruturação do Banif; e concluir a
separação dos orgãos sociais entre Associação Mutualista e Caixa Económica
Montepio Geral, é Carlos Costa.
Paralelalemente
o Governador do Banco de Portugal terá de gerir a entrada em pleno na União
Bancária.
Contactada
fonte oficial do Banco de Portugal, quando questionada sobre a aceitação de
Carlos Costa para continuar no cargo, respondeu que não comentava.
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