quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Moçambique: MILITARES DO BOTSUANA NA FORMA, PORTUGAL-MOÇAMBIQUE E NEGÓCIOS

 


Botsuana interessado em formar oficiais na Academia Samora Machel
 
29 de Agosto de 2012, 11:57
 
Maputo, 29 ago (Lusa) - O Botsuana está a ponderar a possibilidade de formar oficiais das suas forças armadas na Academia Samora Machel, em Nampula, no norte de Moçambique, disse na terça-feira um responsável militar moçambicano.
 
As autoridades militares daquele país "estão muito interessadas em enviar os seus efetivos para frequentarem a Academia marechal Samora Machel", disse o vice-chefe do Estado-maior das Forças Armadas moçambicano, Olímpio Camboina, após uma visita àquele país.
 
"As autoridades tsuanas estão apenas à espera da formalização da questão, porque é do seu interesse que militares daquele país membro da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) frequentem a Academia Militar Marechal Samora Machel, em Nampula", acrescentou, citado pelo Diário de Moçambique, da Beira.
 
O militar adiantou que a Academia Samora Machel tem condições para acolher outros alunos oriundos de Estados-membros da SADC.
 
Segundo o jornal, 20 oficias das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) partem em setembro para a China, onde vão frequentar cursos militares ao abrigo de acordos de cooperação entre os dois países.
 
LAS.
 
Lisboa e Maputo vão criar empresa para infraestruturas ferro-portuárias
 
29 de Agosto de 2012, 13:27
 
Maputo, 29 ago (Lusa) - Portugal e Moçambique vão criar uma empresa de capitais mistos para desenvolver projetos de infraestruturas ferro-portuárias, disse hoje à Lusa, em Maputo, o secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional português, António Almeida Henriques.
 
Segundo o governante, o ministro português da Economia, Álvaro Santos Pereira, estará em Maputo em outubro para materializar o plano de criação da empresa, cuja "lógica é dar resposta às várias vertentes do projeto de desenvolvimento de infraestruturas".
 
O tema deverá ser discutido num encontro dos ministros dos Transportes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que vai decorrer na capital moçambicana, Maputo, que contará com a presença do ministro português da Economia, disse à Lusa António Almeida Henriques.
 
"Já há contactos" entre as autoridades portuguesas e moçambicanas, que serão representadas no projeto por empresas dos dois países "já identificadas", assegurou o secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional de Portugal.
 
António Almeida Henriques lembrou que a aposta vai de encontro com o programa de desenvolvimento de infraestruturas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que recentemente criou um fundo para implementar o referido projeto de integração regional.
 
Na cimeira da SADC, que decorreu este mês em Maputo, o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que é igualmente presidente em exercício da organização, elegeu como prioridade o desenvolvimento de infraestruturas por "reconhecidamente, desempenharem um papel de grande relevo no processo de integração" regional.
 
"Esta escolha deriva também do papel que os corredores assumem na cristalização da dimensão social do desenvolvimento e do processo de integração que prosseguimos e almejamos", disse, na ocasião, o novo presidente do bloco da região austral de África.
 
MMT
 
"Nova dinâmica" da economia moçambicana atrai empresas portuguesas para a FACIM
 
29 de Agosto de 2012, 14:34
 
Paulo Machicane (texto) e António Silva (fotos)
 
Maputo, 29 ago (Lusa) - A "nova dinâmica" do mercado moçambicano atrai as empresas portuguesas a exporem-se na Feira Internacional de Maputo (FACIM), a maior "montra" comercial e industrial de Moçambique, disseram à Lusa empresários portugueses.
 
Portugal é novamente o maior país estrangeiro presente na FACIM, com 140 empresas dos mais variados setores de atividade, desde o industrial até ao comércio, passando pela construção civil e serviços.
 
Já com alguns anos de FACIM na "bagagem", a Frigoríficos Imperial é uma das empresas portuguesas presentes no certame deste ano e vê a feira como um teste importante para viabilizar a ideia de montar uma fábrica em Moçambique.
 
"Temos cá uma firma representante da nossa marca, temos ponderado a instalação de uma fábrica para tirar vantagem da nova dinâmica do mercado moçambicano", disse à Lusa José Manuel Fonseca, da Frigoríficos Imperial.
 
O aumento do poder aquisitivo de alguns segmentos da população moçambicana e o peso da juventude na demografia do país oferecem ao setor de bebidas e bens associados uma margem de crescimento impressionante, afirmou José Manuel Fonseca.
 
"O único fator que inibe a instalação de uma fábrica da Imperial é o tipo de matéria-prima que usámos para os nossos equipamentos. Se houvesse essa disponibilidade, era inevitável que montássemos uma unidade", declarou.
 
O ímpeto que a economia moçambicana está a conhecer, com médias de crescimento acima de cinco por cento nos últimos anos, também atraiu a Sociedade Industrial de Carnes do Zêzere (SICARZE), que este ano se estreia na FACIM.
 
"Moçambique é uma grande oportunidade para a nossa estratégia de internacionalização. Em dois dias de feira, gerámos nas pessoas muito interesse, porque perguntam onde é que podem ter os nossos produtos cá", afirmou Célia Ferreira, administradora da SICARZE.
 
Atenta à emergência de uma classe social com considerável poder de compra, a MIRALAGO, empresa de produção de equipamento de ginásio, encara com "otimismo" a ideia de estender o seu negócio a Moçambique.
 
"É a primeira vez que estamos na FACIM e fica-se logo com a impressão de que o país tem um enorme potencial para a nossa área de atividade. O lazer, no caso das bicicletas que fabricamos, e o ´fitness`, para o segmento do equipamento de ginásio, tem uma margem de crescimento enorme", considerou à Lusa o presidente da MIRALAGO, Alfredo Marques.
 
PMA
 
Exportações de Portugal para Moçambique cresceram 44% em 2011
 
29 de Agosto de 2012, 16:11
 
Maputo, 29 ago (Lusa) - As exportações de Portugal para Moçambique cresceram 44 por cento em 2011 e no primeiro semestre deste ano já aumentaram 34 por cento nos bens de consumo e 23 por cento nos bens e serviços.
 
Os dados foram revelados hoje à Lusa pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional de Portugal, António Almeida Henriques, que está na capital moçambicana para participar na Feira Internacional de Maputo (FACIM).
 
"Isso significa que está a haver uma forte mobilização das empresas portuguesas para estes mercados, designadamente através de sistemas que temos em Portugal no âmbito de incentivo dos fundos comunitários para a lógica de internacionalização das empresas portuguesas", afirmou.
 
Moçambique já está entre os 10 países com maior investimento português e as exportações nacionais para a antiga colónia portuguesa têm registado sucessivos recordes desde 2010.
 
"Temos cerca de duas mil empresas a exportarem para Moçambique, o que significa que, só no último ano, temos mais de 500 empresas a interagirem com o mercado moçambicano e 200 empresas de direito moçambicano que estão aqui estabelecidas", afirmou à Lusa António Almeida Henriques.
 
Pelo menos 140 empresas portuguesas ou moçambicanas de capitais portugueses participam, desde o dia 27 de agosto e até 02 de setembro na FACIM, maior feira empresarial anual de Moçambique, ocupando uma área bruta de 1.171 metros quadrados.
 
No Pavilhão português estarão 50 empresas e associações empresariais centrada em setores de forte implantação no mercado moçambicano, como os materiais de construção, agroalimentar e vinhos.
 
Também estarão firmas portuguesas das áreas de metalurgia e metalomecânica, construção civil e consultoria, rochas ornamentais, tecnologias de informação, material elétrico e eletrónico, indústria do papel, portos, transportes e logística, artigos para o lar e de higiene e limpeza, confeção e vestuário, máquinas agrícolas e produtos pecuários.
 
"Há claramente um percurso de grande confiança que se tem vindo a construir ao longo dos últimos anos e sendo que hoje, desde grupos importantes ao setor financeiro, dos seguros, passando pela energia, setor alimentar, a presença é extremamente grande e, portanto, verifica-se uma lógica de grande confiança entre os dois países", sublinhou.
 
Segundo António Almeida Henriques, Portugal e Moçambique "estão num momento de uma boa cooperação política e sob ponto de vista económico todos os indicadores reforçam o excelente momento das trocas comerciais entre os dois países".
 
O secretário de Estado e do Desenvolvimento Regional português considera que "exportar mais é hoje para Portugal a vitamina para a crise", pelo que uma das apostas de Portugal é "internacionalização das empresas".
 
"Obviamente que para Portugal é prioritário consolidar a sua posição da Europa, pois, as exportações para Europa representam quase 73 por cento, mas cada vez mais a nossa estratégia vai no sentido de fortalecer os laços com os países de expressão portuguesa e também esta aposta forte que estamos a fazer na América Latina", disse.
 
MMT.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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