sábado, 22 de setembro de 2012

Moçambique: CONTRA RAPTOS, CLÉSIO NO BENFICA, FALTAM PROFESSORES, ZEE, FRELIMO

 


Polícia vai criar unidade especializada na investigação de terrorismo e raptos
 
21 de Setembro de 2012, 13:23
 
Maputo, 21 set (Lusa) - A polícia de Moçambique vai ter uma unidade especializada na investigação de terrorismo e de raptos, de acordo com um projeto de lei-orgânica da polícia a ser submetida em outubro pelo governo ao parlamento moçambicano.
 
Na última sessão, na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique aprovou o projeto de lei sobre a nova orgânica da polícia, mas o documento carece de análise e aprovação da Assembleia da República, que se vai reunir a partir do próximo mês.
 
Nos últimos meses, cerca de 30 membros da influente comunidade islâmica moçambicana foram raptados nas principais cidades do país, tendo sido libertadas mediante pagamento de elevados resgates.
 
As autoridades policiais apresentaram até ao momento 18 pessoas, incluindo duas mulheres, detidas por alegado envolvimento nestes raptos.
 
A identificação dos alegados mandantes de sequestros de empresários e familiares tem sido possível graças a intervenção da Polícia Internacional (Interpol).
 
Recentemente, o vice-ministro do Interior moçambicano, José Mandra, disse que a polícia enviou agentes para a África do Sul e Ásia, para, em colaboração com a Interpol, deter dois indivíduos indiciados de autoria moral dos raptos.
 
Na cidade de Maputo e arredores, uma operação policial resultou na apreensão de elevadas somas de dinheiro, armas, viaturas e telemóveis e na identificação de casas que serviram supostamente de cativeiro das vítimas dos raptos.
 
MMT.
 
Futebol - Avançado Clésio assina pelo Benfica
 
21 de Setembro de 2012, 15:46
 
Maputo, 21 set (Lusa) - O avançado Clésio, do Ferroviário de Maputo, e melhor marcador do campeonato moçambicano de futebol, vai jogar nos juniores do Benfica a partir de finais de outubro, disse hoje à agência Lusa o representante do jogador, Bruno Morgado.
 
Segundo Bruno Morgado, Clésio, 17 anos, e melhor marcador da principal liga de futebol de Moçambique, com seis golos, assinou um contrato válido por seis épocas com o Benfica de Portugal.
 
O acordo com o Benfica prevê que no próximo ano o jogador atue na equipa B das "águias" e suba à equipa principal na época seguinte, em função da sua prestação, uma vez que o contrato prevê uma progressão por objetivos, acrescentou Bruno Morgado.
 
"É um jogador de seleção, faz 18 anos em outubro, mas já leva oito jogos pela seleção nacional e é um dos melhores marcadores do campeonato nacional", afirmou Bruno Morgado.
 
PMA.
 
Crianças estudam no Malaui devido à falta de professores em Tete
 
21 de Setembro de 2012, 16:21
 
Maputo, 21 set (Lusa) - Vários residentes na província moçambicana de Tete (centro) afirmaram que as crianças da região são obrigadas a atravessar a fronteira para estudar no Malaui, devido à falta de professores na zona, foi hoje noticiado.
 
Os mesmos residentes acrescentaram que os alunos da escolas de Tete têm aulas uma ou duas vezes por semana, o que obriga os encarregados de educação a matricular os educandos em estabelecimentos de ensino no Malaui.
 
De acordo com o Diário de Moçambique, a queixa foi apresentada ao governador da província, Alberto Vaquina, durante um comício popular.
 
"Os professores negam residir cá, em Nhaphale, porque alegam que não há água e uma vez casados, as mulheres não podem sofrer. Vendo esta situação, os pais das crianças não encontram outra saída, acabando por matricular os filhos nas escolas do vizinho Malaui", afirmou um residente.
 
Em resposta, o governador da província de Tete manifestou preocupação com a situação, instruindo as autoridades distritais a encontrar uma saída para o problema.
 
"Viver longe não implica que se deve faltar ao trabalho. O que queremos é que os professores cheguem a horas e lecionem", disse Alberto Vaquina.
 
Além da falta de escolas ou de professores em Moçambique, o interesse no ensino em língua inglesa também motiva os encarregados de educação a matricular os filhos nos países vizinhos, que têm o inglês como língua oficial por terem sido colónias pelo Reino Unido.
 
PMA.
 
Ministério das Pescas e Greenpeace patrulham Zona Económica Exclusiva
 
21 de Setembro de 2012, 17:26
 
Maputo, 21 set (Lusa) - O Ministério das Pescas de Moçambique anunciou hoje estar a realizar com a ONG ambiental Greenpeace uma patrulha à atividade pesqueira na Zona Económica Exclusiva (ZEE) moçambicana, visando a proteção do ecossistema na área coberta pela ação conjunta.
 
Em comunicado enviado à Agência Lusa em Maputo, o Ministério das Pescas de Moçambique adianta que a iniciativa envolve a embarcação Rainbow Warrior, da Holanda, pelo lado da Greenpeace, e Antillas Reefer, pelo lado das autoridades moçambicanas.
 
A patrulha da atividade de pesca na ZEE moçambicana começou no dia 06 de setembro e termina no próximo domingo, refere ainda o comunicado do Ministério das Pescas de Moçambique.
 
A ZEE é vulnerável à ação da criminalidade marítima, principalmente da pesca ilegal, devido à impotência das autoridades marítimas moçambicanas em conter atividades ilícitas nas águas territoriais nacionais.
 
PMA.
 
Renamo e 18 partidos da oposição rejeitam convite da Frelimo para congresso
 
21 de Setembro de 2012, 19:56
 
Maputo, 21 set (Lusa) - Dezanove partidos da oposição moçambicana, incluindo a Renamo, rejeitaram hoje um convite que, afirmam, lhes foi dirigido pela Frelimo para participarem no seu X Congresso, alegando "marginalização e exclusão socioeconómica resultante de acentuada intolerância política".
 
A partir de domingo e até ao dia 28, a cidade de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, vai acolher o X Congresso da Frelimo (partido no poder), que irá eleger um novo presidente do partido, nova Comissão Política e membros dos órgãos colegiais.
 
Em comunicado hoje enviado à Lusa, o grupo de 19 partidos, denominado "Os Partidos Políticos da Oposição de Mãos Dadas", afirma ter recebido cartas-convite do líder da Frelimo, Armando Guebuza, para assistir ao congresso, mas garante que declinou a convocação por alegada "marginalização" nas discussões de temas de interesse nacional.
 
"Os partidos aqui em referência comunicam a Vossa Excelência (Armando Guebuza) que não vão participar, nem vão indicar qualquer representante seu para participar no referido Congresso, porque a distância que a Frelimo, na qualidade de partido/governo, criou e vai cristalizando é enorme", lê-se na carta enviada ao presidente da Frelimo.
 
As forças políticas da oposição afirmam que "não haverá ambiente favorável para os partidos participarem em eventos como o X Congresso, enquanto não houver diálogo entre a Frelimo/Governo e os partidos da oposição, como forma de convivência pacífica e democrática no país".
 
A rejeição deve-se também à não aprovação de "uma lei eleitoral consensual, que poderá conduzir os próximos pleitos eleitorais duma forma livre, justa e transparente", e à "não aprovação de uma lei sobre o Estatuto da Oposição, como forma de assegurar a participação condigna na vida do país", refere a missiva.
 
Os 19 partidos da oposição consideram que "enquanto não houver clareza no objeto da revisão da Constituição da República, de modo a assegurar o verdadeiro Estado de Direito, onde a separação de poderes é uma realidade" e "enquanto a Frelimo/Governo marginalizar a participação da Oposição na negociação e concessão de mega projetos às multinacionais, vedando, muitas vezes, a participação do empresariado nacional" sempre recusarão este tipo de convites.
 
"Enquanto a Frelimo/Govemo continuar a excluir, de forma premeditada, da participação da Oposição nos grandes eventos de interesse nacional, não haverá ambiente favorável para os partidos participarem em eventos como este do X Congresso", refere a carta assinada por Francisco Campira, secretário executivo do grupo de partidos.
 
"Queremos igualmente, por último, alertar e tornar público que, naquele congresso da Frelimo, não gostaríamos que a nossa posição de oposição fosse profanada por certos partidos que, ligados por motivos obscuros ao partido no poder, vezes sem conta e sem mandato e nem legitimidade para tal, se têm apresentado, em uma voz, como representantes da oposição moçambicana. Para esses firmamos a nossa posição de distância com os seus discursos que nada têm de oposição", dizem "Os Partidos Políticos da Oposição de Mãos Dadas" na nota.
 
A agência Lusa em Maputo tentou obter um comentário da Frelimo sobre o assunto, até ao momento sem qualquer resultado.
 
MMT.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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