Ana Sá Lopes – Jornal i
Só uma minoria de
inquiridos do barómetro i/Pitagórica defende os consulados de Santana Lopes e de José Sócrates
No estertor do
cavaquismo, em 1995, António Guterres ganhou as eleições legislativas ao
sucessor de Cavaco, Fernando Nogueira, sem maioria absoluta; repetiu a vitória
em 2000, igualmente – desta vez por um triz – sem o poder total, que o povo só
entregaria em 2005 a Sócrates. Abandonou o governo numa noite de Dezembro,
depois da derrota eleitoral autárquica, para evitar “o pântano”, e deixou-se de
qualquer intervenção política interna – é hoje presidente da ACNUR, o organismo
da ONU para os refugiados. Para espanto de muitos, quando confrontados com a
pergunta sobre qual foi o melhor primeiro-ministro em democracia, os inquiridos
do barómetro i/Pitagórica põem-no em primeiro lugar (26,8%), à frente de Cavaco
Silva, com 23,7%, e de Mário Soares, com 22,7%. Apenas 8,4% dos inquiridos
aceitam dar a Pedro Passos Coelho o estatuto de melhor primeiro-ministro em
democracia – mesmo assim, uma percentagem maior que a reservada às “bêtes
noires” da política nacional, José Sócrates (6,2%) e Pedro Santana Lopes (4%).
Durão Barroso, que abandonou o governo para se tornar presidente da Comissão
Europeia, abrindo caminho ao executivo de Santana, também não sai propriamente
bem visto – sobretudo tendo em conta eventuais ambições presidenciais –,
ficando no ranking atrás de Passos Coelho, com apenas 8,1%.
No ranking dos
líderes partidários, nem Pedro Passos Coelho nem António José Seguro são
considerados os melhores chefes dos seus partidos. No PS, o presidente da
Câmara de Lisboa continua a ser nomeado pelos inquiridos o melhor
secretário-geral para o PS, reforçando a sua posição relativamente ao mês
passado. Também aumenta a percentagem dos que consideram Rui Rio o melhor líder
para o PSD. Manuela Ferreira Leite – que fica em segundo lugar neste ranking –
reforça igualmente a sua posição.
Para os inquiridos
do barómetro i/Pitagórica, Paulo Portas é o melhor líder para o CDS – e essa
percentagem também aumenta relativamente à última sondagem. Jerónimo de Sousa é
o melhor líder para o PCP – e deverá ser reeleito secretário-geral do partido
no congresso que decorre este fim-de-semana. Quando ao Bloco de Esquerda,
apesar de a sucessão já ter sido formalizada, Francisco Louçã continua a ser
apontado como o melhor coordenador do partido, com 32,7% dos votos. No entanto,
a sondagem revela que os coordenadores João Semedo e Catarina Martins
aumentaram a sua popularidade relativamente ao último barómetro, produzido
antes da convenção que os elegeu. Semedo tinha 5% no mês passado, hoje tem
10,2%; Catarina Martins passou de 4,5% para 8,7%. A.S.L.
Ficha técnica
Estudo de opinião
realizada pela Pitagórica – Investigação e Estudos de Mercado SA, para o Jornal
i, entre 9 e 16 de novembro de 2012.
Universo
Foram realizadas entrevistas telefónicas-CATI por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de conhecer a opinião sobre questões políticas e socIais da actualidade nacional. O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade e recenseados em Portugal com telefone fixo ou móvel. Foram validadas 505 entrevistas, correspondendo a 79,5% das tentativas realizadas.
Recolha de informação
Foi utilizada uma amostragem estratificada por quotas de sexo, idade e distrito: (homens – 233; mulheres – 272; 18-34 anos: 149; 35-54 anos: 187 e 55 ou mais anos: 169; Norte: 123; Centro 56; Lisboa: 147; Alentejo: 92; Algarve: 62 e Ilhas: 25). A geração dos números móveis a contactar foi aleatória ea dos números fixos seleccionada aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladas No caso da intenção de voto. os indecisos foram distribuídos de forma proporcional. O erro máximo da amostra é de 4,50%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Universo
Foram realizadas entrevistas telefónicas-CATI por entrevistadores seleccionados e supervisionados, com o objectivo de conhecer a opinião sobre questões políticas e socIais da actualidade nacional. O universo é constituído por indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade e recenseados em Portugal com telefone fixo ou móvel. Foram validadas 505 entrevistas, correspondendo a 79,5% das tentativas realizadas.
Recolha de informação
Foi utilizada uma amostragem estratificada por quotas de sexo, idade e distrito: (homens – 233; mulheres – 272; 18-34 anos: 149; 35-54 anos: 187 e 55 ou mais anos: 169; Norte: 123; Centro 56; Lisboa: 147; Alentejo: 92; Algarve: 62 e Ilhas: 25). A geração dos números móveis a contactar foi aleatória ea dos números fixos seleccionada aleatoriamente por distrito nas listas telefónicas. Em ambos os casos o entrevistado foi seleccionado de acordo com as quotas estipuladas No caso da intenção de voto. os indecisos foram distribuídos de forma proporcional. O erro máximo da amostra é de 4,50%, para um grau de probabilidade de 95,5%. Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Veja no PDF em
baixo os resultados gráficos da sondagem.
Leia também:
Ficheiros em anexo
(PDF)
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