Repatriamento
voluntário é fruto de um acordo entre os dois países e conta com o apoio das
Nações Unidas
Moniz
Francisco - Voz da América
O
repatriamento de refugiados angolanos vindos da Republica Democrática do Congo
continua "sem sobressaltos" mas as autoridades angolanas no Uíge
estão a tomar precauções para detectar qualquer possível caso de Ébola.
O
número de mortos da doença na RDC ascende agora a 31 e mais de 50 casos ou
suspeitos foram detectados.
O
repatriamento voluntário dos Angolanos que viviam há vários anos na condição de
refugiados na Republica do Democrático Congo é fruto de um acordo entre os dois
países e conta com o apoio das Nações Unidas e do executivo Angolano através do
MINARS.
No
último fim-de-semana entraram em Angola um total de 324 cidadãos angolanos,
número que corresponde a 102 famílias reassentadas na província do Uíge.
A
Vice-governadora para área política e social do Uíge, Maria Fernandes da Silva
e Silva, assegurou que o processo decorre “sem sobressaltos” e que as condições
de recepção estão garantidas. A responsavel falava no último fim-de-semana á
imprensa local, no âmbito da visita que efectuou ao centro de acolhimento
da fronteira de Kimbata, município do Maquela do Zombo.
“O
processo continua recebemos 324 refugiados que totalizam 102 famílias, todo
trabalho está sendo feito com amor e carinho para darmos conforto a essas
pessoas que já vêem cansados da RDC”, disse.
A
governante assegurou ainda que estão criadas as condições sobre as medidas de
prevenção e controle de qualquer caso suspeito - atendendo ao clima de tensão
que os países africanos estão a viver e com especial atenção para o país em
causa - RDC - onde as autoridades locais já notificaram casos do Ébola.
“Caso
haja algum sinal que possa nos preocupar criamos também todas as condições aqui
mesmo no Kimbata para poder pôr essas pessoas em quarentena”, disse.
“Depois
de termos feito a triagem são encaminhadas para o campo de acolhimento onde já
temos todas as condições criadas onde eles vão se sentir confortados”,
acrescentou.
Maria
Fernandes da Silva e Silva acrescentou ainda que segundo o acordado entre os
governos de Angola e da RDC, deverão entrar a partir da fronteira de Kimbata na
provincia do Uíge 1.000 compatriotas por semana e que o processo decorre em
conjunto com o reassentamento das famílias nas suas zonas de origem.
A
província do Uíge aguarda por um total de 29.000 angolanos refugiados na RDC.
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