quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Angola: REPATRIAMENTO DE REFUGIADOS DA RDC “SEM SOBRESSALTOS”




Repatriamento voluntário é fruto de um acordo entre os dois países e conta com o apoio das Nações Unidas

Moniz Francisco - Voz da América

O repatriamento de refugiados angolanos vindos da Republica Democrática do Congo continua "sem sobressaltos" mas as autoridades angolanas no Uíge estão a tomar precauções para detectar qualquer possível caso de Ébola.

O número de mortos da doença na RDC ascende agora a 31 e mais de 50 casos ou suspeitos foram detectados.

O repatriamento voluntário dos Angolanos que viviam há vários anos na condição de refugiados na Republica do Democrático Congo é fruto de um acordo entre os dois países e conta com o apoio das Nações Unidas e do executivo Angolano através do MINARS.

No último fim-de-semana entraram em Angola um total de 324 cidadãos angolanos, número que corresponde a 102 famílias reassentadas na província do Uíge.

 A Vice-governadora para área política e social do Uíge, Maria Fernandes da Silva e Silva, assegurou que o processo decorre “sem sobressaltos” e que as condições de recepção estão garantidas. A responsavel falava no último fim-de-semana á imprensa local, no âmbito da visita  que efectuou ao centro de acolhimento da fronteira de Kimbata, município do Maquela do Zombo.

“O processo continua recebemos 324 refugiados que totalizam 102 famílias, todo trabalho está sendo feito com amor e carinho para darmos conforto a essas pessoas que já vêem cansados da RDC”, disse.

A governante assegurou ainda que estão criadas as condições sobre as medidas de prevenção e controle de qualquer caso suspeito - atendendo ao clima de tensão que os países africanos estão a viver e com especial atenção para o país em causa - RDC -  onde as autoridades locais já notificaram casos do Ébola.

“Caso haja algum sinal que possa nos preocupar criamos também todas as condições aqui mesmo no Kimbata para poder pôr essas pessoas em quarentena”, disse.

“Depois de termos feito a triagem são encaminhadas para o campo de acolhimento onde já temos todas as condições criadas onde eles vão se sentir confortados”, acrescentou.

Maria Fernandes da Silva e Silva acrescentou ainda que segundo o acordado entre os governos de Angola e da RDC, deverão entrar a partir da fronteira de Kimbata na provincia do Uíge 1.000 compatriotas por semana e que o processo decorre em conjunto com o reassentamento das famílias nas suas zonas de origem.

A província do Uíge aguarda por um total de 29.000 angolanos refugiados na RDC. 

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