terça-feira, 11 de novembro de 2014

Moçambique: Governo acelera reformas económicas face à concorrência na SADAC




O governo moçambicano está a acelerar a implementação de reformas económicas com vista a melhorar o ambiente de negócios, num cenário em que se confronta com a concorrência dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), na atracção de investimentos.

O Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, referiu-se nesse contexto, recentemente em Maputo, a um conjunto de medidas de política económica tomadas pelo Governo e que incluem a adopção de um formulário único para o registo de empresas e uma central de risco de crédito a ser aprovada brevemente pela Assembleia da República.

“Temos igualmente a operacionalização da Lei da insolvência sobre empresários comerciais; o licenciamento comercial e industrial simplificados. A implementação de todas essas medidas de política económica que já estão estruturalmente em funcionamento, quando forem avaliadas nos próximos indicadores do “Doing Business” (relatório anual do Banco Mundial sobre a competitividade das economias no mundo) em 2015, vão permitir que Moçambique suba mais”, disse.

De referir que no relatório recente do “Doing Business”, Moçambique subiu 15 lugares. Reagindo a esta classificação, Armando Inroga disse que “esperávamos subir 75 pontos, mas subimos 15. É bom, mas não é excelente em função da nossa perspectiva de subida com as medidas de política económica que tomámos”.

“Acreditamos que em 2015 teremos melhores resultados e esse continuará a ser sempre o objectivo do Governo: reformas para que Moçambique se posicione nos lugares cimeiros da SADC e seja a porta de entrada preferencial para o investimento na região”, afirmou.

Um outro aspecto evidenciado pelo ministro são as elevadas taxas de juro cobradas pelos bancos comerciais nas suas operações.

Segundo ele, “o Banco Central tem estado a dar uma indicação com a redução das taxas directoras com vista a que o sector bancário comercial possa, com essa indicação, igualmente baixar as taxas de juro e permitir que haja uma maior disponibilidade de fundos à economia”.

“Isso está a ser feito a nível do Governo e do Banco Central e, portanto, o que nós esperamos que aconteça é também que com outros mecanismos de financiamento que temos estado a conseguir, como os acordos de financiamento com os parceiros e que permitem que haja garantias de crédito, redução da taxa de juro bonificada para as pequenas e médias empresas, haja uma maior disponibilidade de dinheiro à economia e, por consequência disso, haja um crescimento do sector privado”, afirmou.

Notícias (mz)

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