O
governo moçambicano está a acelerar a implementação de reformas económicas com
vista a melhorar o ambiente de negócios, num cenário em que se confronta com a
concorrência dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
(SADC), na atracção de investimentos.
O
Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, referiu-se nesse contexto,
recentemente em Maputo, a um conjunto de medidas de política económica tomadas
pelo Governo e que incluem a adopção de um formulário único para o registo de
empresas e uma central de risco de crédito a ser aprovada brevemente pela
Assembleia da República.
“Temos
igualmente a operacionalização da Lei da insolvência sobre empresários
comerciais; o licenciamento comercial e industrial simplificados. A implementação
de todas essas medidas de política económica que já estão estruturalmente em
funcionamento, quando forem avaliadas nos próximos indicadores do “Doing
Business” (relatório anual do Banco Mundial sobre a competitividade das
economias no mundo) em 2015, vão permitir que Moçambique suba mais”, disse.
De
referir que no relatório recente do “Doing Business”, Moçambique subiu 15
lugares. Reagindo a esta classificação, Armando Inroga disse que “esperávamos
subir 75 pontos, mas subimos 15. É bom, mas não é excelente em função da nossa
perspectiva de subida com as medidas de política económica que tomámos”.
“Acreditamos
que em 2015 teremos melhores resultados e esse continuará a ser sempre o
objectivo do Governo: reformas para que Moçambique se posicione nos lugares
cimeiros da SADC e seja a porta de entrada preferencial para o investimento na
região”, afirmou.
Um
outro aspecto evidenciado pelo ministro são as elevadas taxas de juro cobradas
pelos bancos comerciais nas suas operações.
Segundo
ele, “o Banco Central tem estado a dar uma indicação com a redução das taxas
directoras com vista a que o sector bancário comercial possa, com essa
indicação, igualmente baixar as taxas de juro e permitir que haja uma maior
disponibilidade de fundos à economia”.
“Isso
está a ser feito a nível do Governo e do Banco Central e, portanto, o que nós
esperamos que aconteça é também que com outros mecanismos de financiamento que
temos estado a conseguir, como os acordos de financiamento com os parceiros e
que permitem que haja garantias de crédito, redução da taxa de juro bonificada
para as pequenas e médias empresas, haja uma maior disponibilidade de dinheiro
à economia e, por consequência disso, haja um crescimento do sector privado”,
afirmou.
Notícias
(mz)
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