terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Angola: ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS UM TRABALHO DE TODOS




O MPLA ainda não definiu uma data para a realização das primeiras eleições autárquicas, porque há problemas que antes devem ser resolvidos, disse o presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, em declarações à imprensa, no último fim-de-semana, em Luanda.

O deputado que preside ao Grupo Parlamentar do MPLA frisou que antes de se avançar com a marcação de uma data para as eleições, é preciso abrir uma discussão abrangente, no seio do MPLA.

Virgílio de Fontes Pereira avisou que as eleições autárquicas não podem “cair de pára-quedas” porque o país vive numa situação de pós-guerra, em função da qual a sua realidade é diferente de uma nação normal, do ponto de vista de participação política dos cidadãos.

“Angola não pode ter um percurso de ciclos de eleições igual ao de um país normal”, asseverou, o deputado do MPLA, ao mesmo tempo que pediu aos angolanos a encararem as coisas com realismo e objectividade, e não darem passos que possam comprometer os ganhos já alcançados.

Próximas eleições gerais

Na óptica do líder do Grupo Parlamentar do partido com maioria qualificada na Assembleia Nacional, as eleições autárquicas devem juntar-se aos proventos obtidos com o sacrifício de muitos angolanos, nomeadamente a paz, a reconciliação nacional e o crescimento económico. Relativamente às eleições gerais de 2017, o deputado referiu que o MPLA traçou acções, algumas das quais já reveladas pelo presidente do partido, José Eduardo dos Santos, no seu discurso pronunciado na sessão de encerramento do Congresso.

“As tarefas enumeradas pelo presidente  do MPLA e outras não mencionadas, mas que constam dos documentos fundamentais do partido, devem ser organizadas e executadas para garantirmos  um bom desempenho nas eleições gerais de 2017”, sublinhou.

Virgílio de Fontes Pereira afirmou que  tais tarefas passam por um envolvimento das instituições do Estado que têm responsabilidade nos actos eleitorais, como o Poder Judiciário, o Parlamento, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a Sociedade Civil e a Imprensa.

“Toda a sociedade deve envolver-se nas tarefas inerentes à preparação dos processos eleitorais, para que as eleições sejam, como até agora, livres, justas, transparentes e democráticas”, disse Virgílio de Fontes Pereira.

Reforço das acções 

O primeiro secretário do MPLA no Bié, Boavida Neto, solicitou aos militantes do partido, o reforço dos comités de acção, com objectivo do seu fortalecimento. O político disse que os militantes devem desenvolver acções para a revitalização do partido no sentido de encaminhar a sociedade para práticas positivas.

Boavida Neto salientou que os militantes devem praticar actividades que contribuam para a diminuição da pobreza e da fome, e criar o bem-estar em todas as províncias. “A vida política do militante deve ser feita nos comités de acção do partido, criando dinamismo económica e social da população”, esclareceu.

Defendeu que o partido deve ser a solução dos problemas que afligem a população, tendo ainda informado que os militantes do MPLA vão realizar um encontro com as estruturas municipais do partido e realizar actividades em todas as comunas.  

Os militantes do MPLA no Bié realizaram no último domingo, na cidade do Cuito, uma manifestação, com o objectivo de receber os delegados que participaram no congresso  em Luanda.

Durante a manifestação, várias militantes as estruturas de base do partido, no caso da Organização da Mulher Angolana (OMA), a JMPLA e dos comités de acção dirigiram-se ao Aeroporto Joaquim Kapango, na capital do Bié para a recepção dos delegados.

A caravana de militantes exibia as cores do partido, que  coloriram a via que liga o Aeroporto Joaquim Kapango e a avenida, onde se localiza a sede do MPLA. Mais de cem delegados do Bié participaram, de forma activa, no congresso extraordinário.

Jornal de Angola

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